História Because Of You - Capítulo Três - Seus Olhos

Chapter Three- Your Eyes

Eu acordei com um sentimento novo aquela manhã, alguma coisa boa estava por vir. Provavelmente era apenas ansiedade. Sim, ansiedade! Hoje seria meu primeiro dia de aula no segundo ano do ensino médio, não era para menos. Sim, com toda certeza era ansiedade. Mesmo assim, sentia que alguma coisa estava por vir, só me resta desejar que seja boa.

Me levantei rapidamente da cama com um pulo, e corri para o chuveiro. Eu estava inquieto, imaginando mil e uma coisas sobre meu primeiro dia de aula. Rapidamente ensaboei meu corpo, e senti o cheiro gostoso de sabonete. Ah, bem que poderia existir um perfume com aroma de sabonete, eu assisti a água levar toda espuma do meu corpo para o ralo.

Abri o box de vidro do banheiro e me enrolei a uma toalha. E em um piscar de olhos, eu já estava vestido com o uniforme escolar e de frente ao espelho do banheiro ajeitando meus cabelos negros. Eu deixei o banheiro e marchei pelo corredor até a cozinha, sendo calorosamente recebido por minha mãe.

    “Bom dia, meu amo,” Sua voz soa suave e carregada de carinho, enquanto ela me envolve em seus braços magros e amorosos. Envolvi seu corpo e beijei o topo de sua cabeça.

    “Bom dia, mãe,” Disse enquanto a esmagava em meus braços.

    “Para com isso Jungkook, está me apertando muito forte!” Ela deu um leve tapa em meu braço seguido de uma risada por minha parte. A soltei e me sentei na cadeira de madeira da cozinha. Ela deslizou graciosamente até o balcão, e me serviu o café da manhã.

“Ansioso?” Ela me questiona, enquanto despeja café em minha xícara. Amo café.

“Sim! Muito na verdade, dá para acreditar que eu estou indo para o segundo ano do ensino médio!?” Perguntei animado, e ela ri de meu jeito alegre.

“É parece que foi ontem que você tinha oito aninhos, e vivia correndo por essa casa com os meninos. Aliás, como vai o Tae?” Ela pergunta descontraidamente. Eu e os hyungs somos amigos, desde… Sempre.

Embora eu seja muito próximo de todos eles, meu amigo mais próximo com certeza era o Taehyung. Nós éramos os mais novos, o que eu acho que meio que contribuiu para nossa aproximação. Ele vivia aqui em casa, era como meu irmão, eu tinha roupas do Tae no fundo de meu guarda-roupa em caso ele resolva dormir aqui. Minha mãe o tratava como um filho, aliás, todos os meninos.

Nos conhecemos na pré-escola. Seokjin -carinhosamente apelidado de omma-, era o mais velho dos seis, e por sua causa nós todos somos amigos hoje. Nossa amizade só foi ficando mais forte com o passar dos anos, mesmo com a nossa diferença de idade e, desde que meu pai e minha mãe se separaram aos meus onze anos, eu e os meninos só nos aproximamos ainda mais. Eles me ajudaram durante aquele tempo difícil, eu sou muito grato a eles.

“Ele vai bem. Tenho certeza que ele vai passar aqui para irmos juntos, afinal, ele é Kim Taehyung,” Disse rindo e dando uma mordida em minhas torradas. Delicioso.

“E os meninos? Você os viu recentemente, não é?” Ela questiona e se senta ao meu lado, mordiscando seu pão.

“Sim, nós fomos ao shopping sexta-feira. Eles estão bem. Acredita que o Yoongi-hyung pintou os cabelos de verde-menta?” Eu assisti seus se esbugalharem quando eu lhe dei a notícia. Ri de sua expressão e ela me encarou chocada.

“Sério mesmo?” Assenti com a cabeça, e a ouço suspirar. “Ficou pelo menos bonito?” Ela diz, sorvendo o chá de sua xícara.

“Incrivelmente, sim, ficou bom nele!” Eu exclamei e ela ri soprado da minha expressão.

“É qual foi a reação do Hoseok-ah ao ver isso?”

“Ele-”

“Bom dia, querida família Jeon!” Sou interrompido pelo tão familiar timbre grave de Taehyung. Ele entrou  pela porta da frente, sem ao menos tocar a campainha e se sentou ao lado de minha mãe na mesa.

“Oh Tae! Eu havia perguntado sobre você a pouco, para o Jungkook. Como está, querido?” Ela pergunta, e era notável o carinho em sua voz.

“Eu estou ótimo, Tia Min-Seo. Só passei pra buscar o Biscoito  mesmo,” Ele diz, soltando seu tão peculiar sorriso quadrado.

“Bom, vocês tem que ir logo. As aulas a pouco começarão!” Minha mãe anunciou se levantando da cadeira e me empurrando para fora de casa. Pego rapidamente minha mochila, e me despeço de minha mãe, com um beijo na testa.

Segui pelas calçadas com Tae ao meu encalço.

“E aí biscoito, ansioso?” Ele solta, com um sorriso e enlaça meus ombros com seu braço direito.

“Não vou mentir, estou sim! Dá para acreditar que logo eu vou para faculdade?” Pergunto e ele ri.

“Eu me lembro de quando tu era moleque, e me implorava para dormir com você, porque você tinha medo dos Teletubbies! Ah, bons tempos!” Sinto minha orelhas esquentarem, com seu relato nostálgico.

“Em minha defesa, eles são horríveis! E eu te avisei que eu não queria assistir! Mas você não me ouviu, Taehyung! E eu só tinha sete anos, okay?” Disse e ouço sua risada. Não aguentando eu cai na risada também.

“Okay. Se lembra quando nós tínhamos uns doze anos e assistimos O Cemitério Maldito?” Ele disse rindo da lembrança.

“Mas é claro que eu lembro. Os gritos do Hobi-hyung ainda estão na minha cabeça,” Nós riamos alto pelas ruas.

“O pior foi quando o Namjoon-hyung deu a ideia de assistirmos Poltergeist. O Hobi-hyung não largava o Yoongi-hyung, e gritava o tempo todo. Ele não conseguiu encarar uma televisão por três semanas," Nossas risadas certamente eram ouvidas de longe.

Aquele dia foi um dos melhores. Era véspera de Halloween e nós fomos todos dormir na casa do Namjoon, ele deu a brilhante ideia de assistirmos um filme de terror que ele achou nas coisas dos pais dele. Como o senhor e senhora Kim não estavam presentes, nosso plano foi posto em ação.

Eu lembro que mal prestei atenção no filme, eu só conseguia rir das reações do Hoseok-hyung que não parava de se assustar e agarrar o braço alheio mais próximo. No caso o sortudo foi o Yoongi-hyung, ele até tentou mudar de lugar algumas vezes, mas o medroso não iria largar seu braço, então desistiu.

Aquela conversa me trouxe nostalgia, senti falta do nosso tempo de moleque.

[...]

Logo nos havíamos alcançado nossa escola, e os meninos nos esperavam em frente a ele, eles estavam sentados no pequeno muro que ficava na entrada da escola. Ao redor haviam campos gramados e as quadras de esportes, no canto direito do pequeno muro embaixo dos galhos de uma árvore florida, estavam Hoseok vestindo o uniforme escuro da escola sentado, e Yongi estava entre suas pernas. O de cabelos tingidos descansava a cabeça no ombro de Hoseok, que o envolvia com os braços, os dois conversavam calmamente. Ao seu lado estavam Jin e Namjoon também conversando.

Nos aproximamos e eles transferem sua atenção para nós.

“Bom dia, gente!” Tae como sempre um poço de animação, cumprimenta a todos. Todos respondem com um sonoro bom dia. Claro, com exceção de Yoongi, que resmungou um preguiçoso “Dia” e enterrou o rosto no pescoço de seu namorado.

“Dificuldades para acordar, Suga?” Tae soltou, fazendo todos rirem, e Yoongi soltar um baixo “Vai se danar!”

Os quatro se levantam do murinho e vem cumprimentar a mim e Taehyung. Yoongi para a minha frente, fica nas pontas dos pés e me abraça, em seguida bagunçando meus cabelos.

“Olha só nosso bebê, ele já está no segundo ano! Vai fazer dezesseis aninhos," Yoongi debochou fingindo estar emocionado e limpou uma lágrima imaginária de seus olhos.

“Ele cresceu tanto, parece um homenzinho nesse uniforme.” Foi a vez de Jin me abraçar e fingir estar emocionado para depois rir da minha cara.

“Parece que foi ontem que ele chorava, com medo dos Teletubbies!” Disse Namjoon, também fingindo emoção, mas eles não aguentam e caem na gargalhada, enquanto eu estava lá com cara de paisagem.

Eu realmente pensei que a época de bullying comigo e meu medo por Teletubbies, já tinha acabado.

Ledo engano, Jeon Jungkook.

“Das colinas tão distantes... Os Teletubbies vem brincar.” Hoseok citou a frase do começo do programa infantil -maligno-, e um arrepio subiu minha espinha.

Ninguém entendia como aqueles bichos eram demoníacos, eles eram malignos!

Acho que eles perceberam o meu olhar assustado e pararam de rir. Mas vi em seus olhos o quanto eles estavam se segurando para não rir.

Hoseok pareceu meio arrependido e tentou me abraçar, mas eu o empurrei indignado.

“Não era eu que tinha medo do meu Furby!” Eu disse olhando diretamente para Hoseok, que treme na base quando ouve aquela palavra com F.

Todos riem menos Hoseok, e a muito custo Yoongi,ele estava se segurando, contudo ao invés de gargalhar junto, ele abraçou o namorado, tentando o consolar.

“Aquele bicho era possuído! Vocês estavam comigo aquela noite!” Ele apontou indignado.

“Okay, aquela noite foi meio sinistra.” Confessou Tae.

Eu tinha sete anos. Não era Halloween, mas era sexta-feira treze. Sim, nós fomos dormir na casa do Hobi em plena sexta-feira treze. Mas Jungkook, porque você foi dormir na casa do Hoseok em plena sexta-feira treze?

    Simples, o abençoado do Hoseok tinha ganhado um Furby meio estranho. Aquela noite seus pais sairiam em um evento e ele estava convencido que o brinquedo o atacaria enquanto ele dormia, porque segundo ele, o brinquedo já agia esquisito em dias normais, ele com certeza tentaria o matar a noite. Então implorou de joelhos para passarmos a noite todos juntos.

Assim ele não morre sozinho, certo?

Nada aconteceu a noite toda, então nós fomos dormir quando a babá mandou, como crianças exemplares que nós éramos. Porém, contudo, entretanto, todavia… O Furby carinhosamente apelidado de Zoiudo, resolveu acordar no meio da noite enquanto dormíamos. Os olhos do bicho abriam e fechavam, fazendo um barulho sinistro de click click, e ele começou a falar coisas desconexas e dançar- tremer-. Parecia mesmo que estava possuído.

Resultado: Seis marmanjos correndo como doidos pela casa.

Os pais do Hoseok estavam fora a trabalho, e a babá já tinha ido embora. Então nós resolvemos que não podíamos deixar aquele bicho no quarto, e corremos para a cozinha nos equipar.

Hoseok não parava de tremer e querer chorar, todos nós estávamos assustados. Mas aquela noite, nós estávamos preparados para o combate! Jin arrumou as panelas nas nossas cabeças, Namjoon achou lanternas, e Yoongi segurava algumas colheres de páu. Já Tae e Hoseok? Eles tinham enchido uma garrafa de água e se ajoelharam, rezando e segundo a eles, santificando aquela água, já que não tínhamos água benta. Nós subimos silenciosamente as escadas, e abrimos a porta do quarto do Hoseok, no mesmo momento aquele Furby parou de tagarelar com o diabo, e começou a dançar de um jeito muito estranho, fazendo ele cair de costas com seus olhos virados para nós.

Minha alma abandonou meu corpo, foi para o céu e voltou. Nossos gritos nunca sairão da minha mente. Eu não sei como o Hoseok não teve um ataque cardíaco, mas ele caiu duro no chão e o Tae correu e começou a bater no bicho com uma das colheres de pau do Yoongi até ele se calar e parar de tremer. Em tempo recorde nós abandonamos Hoseok no chão e colocamos o Furby dentro de uma panela.

Conclusão: Uma panela em chamas com um Furby possuído sendo jogada da janela do quarto, um Hoseok traumatizado, e pesadelos por quatro dias.

Embora eu tenha superado o incidente, eu ainda sinto arrepios ao me lembrar daquela noite.

Brinquedo do satanás.

Todos parecem ter acordado do flashback sinistro e nos entreolhamos.

“Sangue de Jesus tem poder!” Soltou Yoongi fazendo o sinal da cruz, o que deixou o clima meio leve.

O sinal da escola toca, me trazendo de volta a realidade.

“Temos que ir!” Disse Tae, e eu assinto com a cabeça. Nos despedimos com abraços breves, e Hoseok se despede de Yoongi com um breve selinho e um sorrisinho apaixonado.

“Eca! Que meloso!” Eu solto brincando, e eles riem.

“Um dia você vai ser tão meloso quanto, pequena criança.” Namjoon disse enlaçando Jin com seus braços, e com um olhar sábio, que não me convenceu muito. Simplesmente sorri brevemente e virei a cabeça em direção a escola, com Taehyung and Hoseok ao meu encalço, enquanto Yoongi, Jin e Namjoon se dirigiam a faculdade ao lado da escola.

 [...]

Meu primeiro dia de aula foi bem normal, beirando a monótono para ser sincero. E assim foram duas semanas inteiras, tirando o dia que acordei atrasado e por pouco não peguei uma detenção, graças a G-Dragon o professor estava de bom humor -fiquei sabendo que teve um encontro com a professora do terceiro ano-, e deixou passar. Taehyung e Hoseok que não paravam de falar de um aluno novo do terceiro ano, e como eles tentaram de tudo para tentar falar com o menino, só que tudo que recebiam eram respostas curtas - às vezes rudes - e as fugas do garoto.

Porém, nesta linda manhã de quarta-feira meu belíssimo despertador não tocou,  o abençoado do meu melhor amigo não veio tomar café da manhã conosco, e minha mãe não me acordou. O que gerou um Jungkook fazendo as coisas na velocidade da luz. Eu não sei como, mas consegui me arrumar em exatos treze minutos e comer em cinco. Eu corria tão rápido pelas ruas de Seul, tudo que eu conseguia era correr, correr e correr.

Obrigado corpo atlético. Foi tudo que eu consegui pensar, quando eu alcancei a escola poucos minutos depois. A escola não era tão distante assim.

Eu corri pelos corredores e troquei de sapatos para entrar na sala de aula, orando ao Senhor, que aquele professor tenha tido uma boa noite com aquela professora míope do terceiro ano. Mas quando eu timidamente abri a grande porta de madeira escura, minhas esperanças foram por água abaixo, assim como minhas chances de aproveitar meu dia, depois do período escolar.

“Está atrasado, senhor Jeon.” Ele anuncia, em tom irritadiço. “Quase dez minutos.”

“Obrigado, eu não sabia.” Soltei baixinho em um tom debochado. Mas como esse não era meu dia, o professor criou ouvidos biônicos e ouviu.

“O que disse, senhor Jeon?  Detenção! Você irá limpar a sala de aula hoje!” Ele decretou irritadíssimo.

Eu fechei os olhos e me direcionei a minha cadeira e ele se virou, para dar continuidade à aula.

Eu não tenho culpa se você não conseguiu pegar a professora cegueta.

Eu olhei ao redor, e todos me olhavam com semblantes em um misto de surpresa e assombro.

“O que?” Eu perguntei, e um menino apontou os dedos brancos em direção o professor. Seu rosto estava vermelho e seus olhos sombrios. Merda, eu falei aquilo em voz alta.

Eu olho para o professor mais uma vez, e dou um sorrisinho sem graça.

“Detenção por uma semana Jeon Jeongguk! Esteja aqui depois da aula, o senhor limpará a biblioteca!” Ele bradou e a sala toda se silenciou.

Droga!

 [...]

    A sala estava completamente vazia, somente eu e as carteiras dos alunos do segundo ano. As janelas de vidro abertas, mostravam a linda tarde que estava. O sol brilhante e alegre, se exibia no límpido céu azul. As árvores floridas, bailavam junto ao vento.

Eu fiquei encarando aquela bela paisagem, e filosofando sobre a vida. As vezes, eu tinha a leve impressão que o universo conspirava contra mim, e meu dia seria como esse: acordar atrasado, pegar detenção por chegar atrasado, e depois pegar detenção pela semana toda por soltar merda. Mas eu não passou por minha mente que eu teria companhia.

Ele entrou silenciosamente pela porta de cabeça baixa, seus cabelos castanhos lisos cobriam seu rosto. Ele tinha piercings nas orelhas como eu, e percebi que ele era mais baixo. Ainda de cabeça baixa, ele se aproxima e ficamos frente a frente. Ele lentamente levanta a cabeça, e seus cabelos escorregam por seu rosto.

Sua tez era branquinha, e não deixei escapar suas pintinhas na testa. Seus lábios eram cheios e rosados. Eram… lindos. Seu nariz afinado, e bochechas levemente rosadas. Agora eu podia ver sua altura exata, sendo essa apenas alguns sentimentos mais baixa que a minha. O uniforme escuro da escola, caia perfeitamente bem em seu corpo. Ombros largos, mas não tão largos quanto os meus. A calça lisa e preta, marcavam levemente suas coxas. Tão lindo.

Mas por último, e o que mais me chamou a atenção.

Seus olhos.

Eu olhei diretamente para aqueles lindos olhos castanhos escuros, me assustando com a intensidade de seu olhar. Ele era diferente. Seu olhar era diferente de todos que eu já vi. Não eram iguais aos de Yoongi, que quase sempre eram preguiçosos e indiferentes, mas que se iluminavam de uma forma inexplicável, quando ele olhava para Hoseok. Não eram iguais os de Hoseok, que transbordavam felicidade e sentimentos positivos. Tampouco como os de Jin, gentis como de uma mãe, eles também não traziam o carinho que Jin tinha ao olhar para Namjoon. Eles traziam uma coisa em comum ao de Namjoon, a inteligência, mas com certeza não eram iguais. Eles eram diferentes, mas não iguais os olhos diferentes de Tae, o garoto peculiar.

Eles traziam tantas coisas, muitas que eu nem soube reconhecer. Eram misteriosos, e de alguma forma eu enxerguei o olhar de alguém que já se feriu. Mas eu não pude deixar de reparar no pequeno brilho que seus olhos carregavam.

Ele depois de um tempo, vira a cabeça, quebrando nosso olhar e segue em direção a uma carteira para esperar os professores, sem pronunciar uma sílaba sequer. Ele me deixou lá, encarando o nada, ainda me recuperando de seu olhar. Minha mente estava confusa, repassando a imagem de seus belos olhos, que eu não conseguiria esquecer tão facilmente, pois eu tinha apenas uma certeza naquele momento.

Eu iria desvendar os segredos por detrás daqueles olhos escuros.