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História Before The Right Time - Capítulo Trinta


Escrita por: EduardaSales17

Notas do Autor


Meu deus chegamos no capítulo TRINTA 😱❤️❤️ Sou muito grata por cada pessoa que acompanha a fanfic, seja desde o início ou com o decorrer da história, agradeço também pelos comentários que são maravilhosos a cada capítulo, eu amo vocês!!!!! Adorei os comentários de ontem, as suposições e digo que a maioria errou hahaha aproveitem o capítulo 🙊💟

Capítulo 30 - Capítulo Trinta



Daenerys sentia o ódio a tomar por inteira. Mais um plano elaborado por Tyrion tinha dado errado, ela não queria ter esses pensamentos mas estava começando a achar que Tyrion estava protegendo sua família. Já tinha perdido Dorne e as Ilhas de Ferro e agora tinha perdido o Jardim de Cima que fornecia mantimentos para seu exército e agora não tinha nenhum aliado porque Olenna Tyrell também estava morta. Ela não conseguia enxergar nada além da raiva que sentia, sua vontade era de pegar os três dragões e atacar Porto Real e conseguir o Trono de Ferro de uma vez por todas.

— Chega de planos inteligentes. Eu tenho três grandes dragões. – Daenerys lembrou do conselho que Olenna Tyrell deu antes de partir. Daenerys tinha o sangue de um dragão em suas veias, tinha que agir como um. — Vou com eles até a Fortaleza Vermelha.

— Já falamos sobre isso... – Tyrion tenta intervir.

— Meus inimigos estão na Fortaleza Vermelha. – Daenerys estreita os olhos. Não disfarçava a fúria que sentia pelo plano ter dado errado. — Que rainha eu seria se não arriscasse minha vida?

— Uma rainha inteligente...

Daenerys não aguentava mais escutar a voz de Tyrion com seus planos inteligentes. Se ela tivesse escutado seus aliados, mas preferiu acreditar no plano de Tyrion por ele ser um sábio homem. Ela não queria ter que atacar Porto Real e matar inocentes, mas estava começando a ficar sem opção. Daenerys observa as ondas no mar buscando por alguma resposta e vira seu olhar para Jon Snow, que apenas observava a situação de longe.

— O que você acha que devo fazer? – Daenerys o pergunta diretamente. Jon reage surpreso e olha para os lados para ter certeza de que a rainha estava falando consigo.

— Eu não ousaria...

— Estou em Guerra e estou perdendo. – Daenerys apressa seus passos indo até a direção do Rei do Norte. — O que você acha que devo fazer?

Jon observa os olhos de Daenerys indicarem o desespero que a rainha estava sentindo. Jon conseguia tentar desvenda-la apenas pelos olhos que sempre indicavam o sentimento que a Rainha tinha, diferente da expressão que quase sempre era neutra. Mas dessa vez, ela tinha a fúria no rosto e não escondia de ninguém, mas não podia fingir o olhar que indicava o medo que a rainha sentia no momento. Jon vira seu olhar para os três dragões que voavam pelas redondezas.

— Não imaginei que dragões voltariam a existir. Ninguém imaginou. – Jon volta a encarar os olhos violetas da Rainha. — As pessoas que seguem você sabem que você fez algo impossível acontecer. Talvez acreditem que você pode fazer o impossível de novo. Construa um mundo diferente do lixo que elas conhecem. Mas você os usar para derreter castelos e queimar cidades, você não será diferente!

Daenerys sentia-se surpresa pelas palavras do Rei do Norte. Ela tinha imaginado que ele tivesse a mesma opinião que a sua, e que escutaria algo positivo, incentivando a atacar Porto Real. Mas ele não a tinha contrariado, de seu modo ele a tinha alertado-a sobre o quão mal visto seria aquela atitude impensada. Daenerys respirou fundo, tinha analisado a situação e já sabia o que deveria ser feito. Ela apenas assente com o olhar para Jon Snow e se retira da Ilha indo em direção ao castelo, deixando todos confusos.

— Jon Snow, podemos conversar um pouco a sós? – Tyrion interrompe o silêncio que estava após a saída da rainha. Jon o olha surpreso mas concorda, o seguindo até a sala.

                                      •••

— Acho melhor fechar a porta. – Tyrion vai até a jarra que estava na mesa e procura uma taça. — Quer? – Jon apenas assente, não tinha o costume de beber com frequência, mas não sabia o rumo que aquela conversa podia tomar. — Não me olhe com essa cara de assustado.

— Estou apenas imaginando o que você quer falar comigo. – Jon pega a taça que Tyrion tinha preparado para ele e leva até a boca.

— Somos dois amigos apenas tomando um bom vinho. – Tyrion sorri e se senta na cadeira e indica o lugar para Jon fazer o mesmo. — Acredito que suas palavras tenham convencido a rainha.

— Ela pediu a minha opinião sobre o assunto. – Jon responde com tom de defesa.

— Não precisa ficar na defensiva, não vou lhe julgar. Quero agradecê-lo pelo que disse, com tão poucas palavras você conseguiu a convencer de algo que todo dia faço questão de reforçar mas ela não me dá ouvidos – Tyrion balança a cabeça negativamente e esboça um sorriso triste. — Foi difícil convencê-la do meu plano, eu tive que o refaz milhares de vezes até a rainha aceitar. Pra tudo dar errado, não imaginei que seria tão previsível.

— Você deu o seu melhor e fez seu trabalho como Mão da Rainha. Não precisa ser o melhor sempre!

— Ainda fui acusado de proteger a minha família. – Tyrion enche outra taça de vinho. Ele não disfarçava a mágoa em sua voz. — Eu sinto falta do meu irmão. Mas ele sempre optará pelo lado de Cersei, eu não consigo explicar o que os dois tem um pelo outro mas é forte. Minha irmã cometeu vários erros e continuará assim, não desejo a sua morte, diferente dela, mas eu jamais a protegeria.

— Daenerys vai entender isso. O que ela falou foi pelo calor do momento, estava com muita raiva. Quando tudo isso acalmar, você reforça que está lutando ao lado dela e não da sua irmã. – Jon observava o anão indo até o jarro encher a terceira taça de vinho, enquanto ele estava ainda na metade da primeira.

— Agora entendo o por que da rainha ter aceitado tão bem as suas palavras. – Tyrion brinca.

— Eu gostaria que ela escutasse o que realmente eu tento fazê-la entender desde que coloquei meus pés nesse lugar. – Jon resmunga. Por um momento na caverna tinha achado que ela fosse aceitar o seu pedido e o ajudaria, mas tudo que ela queria era vê-lo dobrando o joelho. — Eu não sei mais o que posso fazer para que ela acredite.

— Eu já havia conversando sobre algo que tenho pensado desde que soube que você tinha se tornado Rei do Norte. – Tyrion muda sua postura, a deixando mais rígida e deixa a taça de lado. — Não sei quem é mais teimoso dos dois. Você não irá abdicar do título de Rei do Norte e ela não vai aceitar ajudar sem que dobre o joelho. Daenerys é uma forte mulher, por mais que seja independente, ela não conseguirá governar os Sete Reinos sozinha. Ela tem seus momentos de impulso, e se você não tivesse dito aquilo, ela estaria nesse momento voando até a Fortaleza Vermelha e queimando cidades, castelos e crianças. Você é novo, Jon Snow. E querendo ou não é um Rei, e precisa de uma aliança política forte para vencer o Inimigo. Vocês dois são os melhores partidos de Westeros, nada mais justo que unam suas forças em um matrimônio.

— Um casamento? – Jon estava absorvendo o que Tyrion tinha acabado de dizer. Olenna antes de partir havia comentado com ele algo parecido, mas não tinha dado muita importância. 

— Exatamente o que eu disse. Daenerys está ciente desta proposta, essa ideia surgiu antes mesmo de você botar os pés aqui. – Tyrion nota a confusão no rosto de Jon Snow e levanta da cadeira, indo até o nortenho. — Você não precisa me dar a resposta agora, terá tempo suficiente para pensar. Eu irei conversar com Daenerys sobre o que ela pretende fazer após tudo isso que aconteceu.

                                    •••

Jon Snow estava sob o alto da montanha, o lugar era um de seus preferidos em Pedra do Dragão. O vento que batia em seu rosto, a sensação de paz que tinha ali. Mas aquele momento era uma exceção, sentia-se nervoso e apreensivo com a demora da Rainha. Soube que ela tinha saído sozinha montada em Drogon, e logo após os Dothraki a seguiram. Sua maior preocupação era pelo pouco que soube, Daenerys tinha saído sem armadura ou alguma vestimenta que a defenda, ela poderia estar montada em um dragão mas isso não a tornava intocável, qualquer flecha poderia atingila-a.

Ele aproveitou o momento para refletir sobre a proposta feita por Tyrion. Jon não imaginava se casar tão cedo depois que Ygritte o deixou, e a ideia de fazer um casamento por aliança o apavorava. Agora as circunstâncias eram outras, e ele precisava da ajuda dela para salvar todos do Rei da Noite. Lembrou-se do momento deles na caverna e o quão forte tinha sido o que ele sentiu por estar tão próximo a ela, o quanto ele desejava saborear seus lábios. E a dúvida do que poderia ter acontecido se Davos não tivesse os chamado ecoava pela sua cabeça.

Jon procurava algum sinal da Rainha, sua ansiedade estava o consumindo. Ele achava que Tyrion tinha exagerado quando afirmou que ela era um Rainha impulsa, mas teve a certeza depois disso. Ele tinha a aconselhado a não atacar a Fortaleza Vermelha para evitar uma grande destruição e a morte de milhares inocentes, mas Daenerys tinha interpretado de outra forma e achou que deveria sobrevoar sozinha até o acampamento Lannister.

O Rei do Norte já estava quase desistindo de ficar ali à espera, tinha passado horas ali à espera de algum sinal. Quando ele dá um passo para trás, ele enxerga de longe uma figura enorme que aumentava com a proximidade. Seu coração encheu de alívio ao ver que o dragão estava sendo montado e que tudo tinha ocorrido bem. O dragão fez uma volta e pousou bem em sua frente, que se curvou e a cada pesada em sua direção, tinha feito Jon Snow perder a própria respiração.

Daenerys tinha feito uma longa viagem, mas a sensação de ter destruído o exército Lannister tinha valido a pena. Ela gostaria de ver cara de Cersei quando souber que seu exército tinha se tornado cinzas e os que sobraram dobraram o joelho para a rainha estrangeira. Daenerys tinha visto a figura de Jon Snow quando Drogon fazia a curva, como se tivesse a esperando. Ela observa o dragão rugindo enquanto se aproximando do Rei do Norte, tinha certeza que Drogon não o atacaria sem o seu consentimento por isso deixou que o animal continuasse o assustando, para mostrar o poder que tinha e o lembrar que se quisesse o Rei do Norte poderia se tornar cinzas também. A Rainha não conseguia enxergar direito a reação de Jon Snow, o dragão tinha tapado sua visão e ela se esticava para ver o que tinha acontecido para Drogon ter parado de rugir e estar calado. O dragão se abaixou como se estivesse ficando confortável e Daenerys consegue esticar-se para o lado na tentativa de ver o que tinha feito ele ficar desse jeito. Tinha se passado milhares coisas na cabeça de Daenerys, o dragão poderia ter feito o Rei do Norte desmaiar de pavor ou sem querer tê-lo derrubado da montanha ou que o animal tivesse sido atacado, mas a cena que viu não chegou nem perto de uma dessas teorias.

Jon Snow tinha as mãos trêmulas por estar tocando no dragão. Por anos escutou histórias com dragões e que eles jamais voltariam existir e ele estava colocando as mãos sob um. Nem ele sabia o por que tinha feito isso, mas foi um instinto, como se ele soubesse que o animal não faria nada para machuca-lo. Ele percebe o olhar de Daenerys sob si e ela tinha a expressão de surpresa. Daenerys sentiu algo dentro de si pulsando ainda mais forte quando seus olhares se encontraram. Nunca ninguém tinha feito algo parecido com o que ele tinha acabado de fazer, sempre viram os dragões como feras e tinham receio de se aproximar e o Rei do Norte estava alisando o dragão com sua mão. Ela percebe que Drogon tinha abaixado sua asa e estava mais calmo, desceu pelas suas asas e automaticamente o dragão os deixou sozinhos ali. 

— São bonitos, não é? – Daenerys sorri admirando seus três filhos voando juntos.

— Não foi essa palavra que eu pensei mas ... – Jon ri enquanto coloca a luva novamente. Ele levanta seu olhar e percebe que a rainha ficou ofendida com seu comentário. — Sim, eles são. São lindas feras.

— Não são feras para mim. – Daenerys discorda. — Por mais que cresçam e sejam assustadores para todos, são os meus filhos.

— Você não demorou. – Jon quebra o silêncio, ele observava a satisfação da Rainha em ver os dragões voando por perto.

— Não. – Daenerys o observa. Ela sabia que o Rei do Norte a julgaria por ter obrigado o exército Lannister que tinha testado a dobrar o joelho, e os que se recusaram foram queimados vivos. — Hoje tenho menos inimigos do que tinha ontem. – Daenerys percebe que Jon tinha vacilado o olhar. — Você não sabe o que pensar sobre isso.

— Não, não sei. – Jon admite. Ele imaginava o que Daenerys poderia ter feito, mas preferia tirar esses pensamentos.

— Quantos o seu exército matou ao tomar Winterfell dos Boltons? – Daenerys pergunta enquanto caminha, sendo acompanhada pelo Rei do Norte.

— Milhares.

— Nós dois queremos ajudar as pessoas. Só podemos ajudá-los com força. – Daenerys tenta o explicar. O pensamento de que Jon tivesse pensando algo de ruim sobre ela, a causava terror. — Às vezes ser forte é horrível.

Os dois foram interrompidos pela chegada de alguns Dothraki. Conversaram com a rainha pela língua deles, deixando Jon sem entender o que estava acontecendo. Os homens se afastaram e surgiu a imagem do homem que tinha visto na Muralha para buscar Daenerys. Daenerys sente um alívio por vê-lo novamente e se aproxima.

— Vocês dois se conheceram na Muralha, certo? – Daenerys observa a tensão nos olhares de um sobre o outro.

— Senhor Comandante. – Jorah o cumprimenta.

— Ele agora é Rei do Norte. – Daenerys enfatiza o título do homem ao seu lado, e Jorah estranha o fato. 

— Eu não sabia que podia abdicar dos juramentos da Patrulha.

— Eu não abdiquei. Varias coisas aconteceram e elas não são do seu interesse. – Jon força um sorriso. Ele não estava gostando da presença do traidor, mas sabia que ele era um grande amigo da rainha.

— A senhora ordenou que eu encontrasse a cura e voltasse para servi-la. – Jorah se aproxima lentamente de Daenerys e mostra seus braços lisos. — Estou curado! Espero que você me aceite de volta.

— Será uma honra!

Daenerys tinha os olhos lacrimejados por estar diante de seu mais antigo amigo. Ela tinha passado por diversas situação e Jorah esteve ao seu lado mesmo que tivesse a traído, não poderia ser injusta porque o homem nunca tinha feito mal algum. Ela toma a iniciativa de abraçá-lo, surpreendendo Jon por sua atitude. O Rei do Norte observava a cena com estranheza, um sentimento de raiva e antipatia pelo homem crescia e eles mal haviam conversado, o sentimento era algo novo para Jon. Negaria que fosse ciúmes, afinal eles não tinham nada para ele sentir possessividade por algo que não era seu. Seus pensamentos e o abraço entre os dois, para o alívio de Jon, tinham sido interrompidos pela chegada de Davos.

— Majestade, chegou um corvo enviado da Muralha. – Davos entrega para Jon, e o observa.

— Você já leu? – Jon pergunta como uma afirmação, ele conhecia o conselheiro que possuía. Daenerys observa a cena com curiosidade para saber o que tinha na mensagem. Jon encara a mensagem como se não acreditasse no que estava lendo, ele sorri largamente.

— O que tem escrito? – Daenerys não consegue segurar o sorriso por ver a felicidade estampada no rosto do Rei do Norte.

— Meu irmão, Bran. Ele está vivo e na Muralha! – Jon olha para Davos, que negava com a cabeça ao imaginar o que o Rei do Norte estava pensando. — Eu preciso ver o meu irmão! Eu irei até a Muralha. 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Deixem seus comentários!!!! Segurem seus corações pro capítulo de amanhã porque vai ser lindo ❤️


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