Por todos os deuses, oh querida autora, por que tens de me deixar com o coração na mão?
Em primeiro lugar eu queria lhe parabenizar pelo lindo trabalho que você fez com a capa da fanfic e do capítulo. Sem sombra de dúvida uma das mais bonitas que eu já vi — e saiba que eu sou super daquelas que julga fanfic pela capa!
Segundamente gostaria de parabeniza-la pela escolha do tema que é de uma complexidade gigantesca de ser discutido, quem dirá de ser abordado em mundo onde todos esperam um final feliz.
Há uma banda chamada Hurts — talvez você não conheça, mas ela é uma de minhas favoritas — que há mais ou menos um ano lançou uma canção chamada “Somebody to Die For” onde o eu lírico afirma que não há necessidade de permanecer vivo e tudo o que ele precisa é de alguém por quem morrer. Confesso que apesar de entender todo o contexto e mensagem da música nunca fui realmente capaz de compreender a mesma.
A morte heroica é uma das principais características do gênero épico e também muito utilizada em propagandas de guerra onde morrer por sua nação é vista como um admirável ato de bravura. Talvez seja todo esse meu antipatriotismo ou quem sabe minha falta de altruísmo, mas a ideia de abrir mão de sua própria vida por amor a algo ou alguém sempre me soou tão absurda...
Só que hoje, as seis horas de uma manhã de domingo, enrolada em meu cobertor eu chorei.
Chorei porque essa estória tocou minha alma; chorei porque eu fui capaz de sentir algo que eu achava impossível; simplesmente chorei...
Tenho plena consciência de que jamais repetiria esse ato. Convenhamos, há crianças demais espalhadas pelo mundo que precisam de pais e mães e para mim, colocar mais um órfão no mundo pelo simples desejo de gerar um bebê nada mais é do que puro egoísmo.
Só que a escolha feita pela Claire me causou — deixe me pensar —, me causou certa admiração. De forma que o fato dela permanecer viva ou não se tornou irrelevante (mesmo que lá no fundo eu realmente espero que tenha ocorrido a primeira opção). Ela praticamente me levou a crer que ainda há esperança para o mundo, e mais do que isso, talvez ainda haja esperança para mim.
Talvez um dia eu encontre esse “alguém”, talvez a vida me mostre que a morte valha a pena e talvez eu conte a essa pessoa que 1.091 palavras quase me fizeram mudar minha opinião. Mas nesse instante, no aqui e no agora, tudo o que eu posso lhe oferecer é admiração por conseguir transmitir em tão poucas palavras algo que muitos (dentre eles eu) tem dificuldade em compreender.
Autora, muito obrigada por compartilhar seu dom divino conosco.
Um beijo de sua nova admiradora
Lola ❤