História Befour. - Nineteen

Katheryn POV​

- Mrs. Tomlinson, eu sou a professora do Freddie, Katherin. - estendi minha mão livre e ele logo a segurou, me cumprimentando.

- Sim, sim, eu sei. Já nos vimos antes, como poderia me esquecer?! - riu envergonhado.

- O senhor disse que veio entregar o atestado?

- Sim. Na verdade, nem sei onde devo entregar isto. - balançou o pedaço de papel em sua mão. 

- Bem, se o senhor preferir pode deixar comigo e amanhã eu levo até a coordenação, eles já estão se preparando para irem embora a esta hora. - Isso era um fato, agora o pessoal da coordenação já estão saindo mesmo.

- Tudo bem, já que se ofereceu... - fez uma breve pausa - e  não precisa dessas formalidades, me chame de Louis.

- Pode deixar, Louis, amanhã o faço. - sorri.

- Está indo para casa? - assenti. - Vai nessa direção? Pois eu também estou indo por aqui e posso te acompanhar se quiser. 

- Não precisa, senh... Louis. Minha casa fica poucas quadras daqui. - recusei educadamente.

- Não quer mesmo minha companhia, huh?! - riu enquanto eu fiquei envergonhada, não era bem isso... Só não via necessidade já que morava "perto" da escola. - Estou brincando. Sabe já está quase anoitecendo, pensei que seria uma boa ideia não te deixar ir sozinha.

Ainda estava claro, porém considerando o horário, daqui a pouco iria cair a noite.

- Aliás, eu estaria retribuindo um favor de qualquer maneira. 

Logo me lembrei do dia que Zayn me deu carona como recompensa por te-lo esperado tanto tempo. Droga, lá estou eu pensando nele de novo.

- Hãã... Tudo bem então. Vamos? - perguntei já dando um passo a frente e ele concordou.

Fomos conversando coisas aleatórias o caminho todo, Louis era muito engraçado e eu sou o tipo de pessoa que quando começa a rir não consegue mais parar.

Zayn POV

Percebi que estava sendo um  tanto quanto idiota com Katheryn, não só por estar falando pouco com ela depois de nossas confissões no parque e dos beijos dados. Quer dizer, tenho quase certeza de que ela se lembra de tudo que fizemos aquela noite apesar de estar meio alterada pelo vinho e champagne. Ela só é bem fraca pra bebidas!

Acabei de sair de uma papelaria perto da escola com Sam, ela insistiu muito quando fui busca-la na escola para comprarmos lápis de cor alegando que seus coleguinhas roubavam cada dia uma cor. Típico de escola, nem me surpreendeu. Ainda mais sabendo como Samantha é, aposto que metade dos lápis foi ela que perdeu.

Entramos no carro e eu segui o caminho habitual que faço, pela rua da escola de Sam. Katheryn não deixava meus pensamentos de maneira nenhuma, eu precisava vê-la, não é justo com ela, com Samantha e até mesmo com Madison deixa-las de lado por conta do trabalho. Cujo qual, estava avaliando um segundo caso, faltando tão pouco para ajudar Kath, protegê-la, como deve ser.

- Filha, o que acha de dar uma carona para sua professora? - perguntei para a menina no banco de trás enquanto nos aproximava do colégio.

- SIM. - ela me olhou animada. - Eu gosto da tia Kath, ela é muito legal.

Parei em frente do edifício e fiquei olhando para os portões a procura de alguém, estava tudo vazio e calmo de mais, se não havia alunos, ela já teria ido para casa.

- Ela já foi embora, Sam. Quem sabe amanhã?! - vi seu semblante de decepção através do espelho do carro, mas acredite, eu não estava diferente.

Menos de 5 minutos de trajeto, eu a vi. 

Mas não estava sozinha, estava com um homem, que não consegui ver o rosto pois estar virado para ela, que ria enquanto arrumava seus fios loiros que insistiam em cair sobre seu rosto. Os dois estavam parados na calçada, esperando para atravessar, conversando e rindo. Ela parecia estar feliz.

E por algum motivo aquilo me machucou bastante, mais do que se pode esperar em uma situação dessas. Eles não estavam fazendo nada de mais, e mesmo que estivessem, ela não é nada minha. É estranho pensar sobre isso, visto que eu a levei para casa algumas vezes e hoje não seria diferente. Ela sempre vai andando com ele?

Aliás, o que ela é dele? Visto de longe parecem tão próximos, tão íntimos... Eu sei que pode não ser o que parece, como nos filmes, mas esse sentimento forte que me consumiu não me deixou pensar direito. Eu estava magoado e com ciúme, muito, muito ciúme.

É quase como se no tempo que estive ausente, ela tivesse me substituído.

Não importa o que está acontecendo entre eles, de qualquer maneira a culpa era minha, certo?

Parece que eu não tenho sorte mesmo no amor.