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História Behind Hazel Eyes - Moonbyul, A Canibal


Escrita por: carolsama1993

Notas do Autor


AAAAAAAAAA
Tô de volta -qqq
Vocês queriam o passado dela... então me esforcei pra escrever algo >3<
Tô a uns 4~5 dias trabalhando nesse capítulo... eu tive até umas mini-aulas de medicina com a Gabriele que me ajudou com detalhes médicos da história~
Deu um cado de dor de cabeça pra lembrar as coisas que eu tinha escrito na primeira temporada... pra não deixar 'furos' no que eu disse da primeira temporada... nossa D: realmente a gente deve planejar melhor as coisas antes de começar :v eu quase morri pra pensar em como adaptar umas coisas já q tinha que seguir o que eu já tinha falado :'v
.
NÃO ME MATEM PELO QUE FIZ NESSE CAPÍTULO -qqq
..e tentei fazer ele menor D: mas ele continuava crescendo ;^;

Capítulo 14 - Moonbyul, A Canibal


Alguns anos atrás...

Moon Jae Myung era um político influente e poderoso, então recebia constantemente ameaças contra sua vida e de sua família, devido a isso, suas filhas estudavam em casa e sua esposa, Moon Chae Won, também estava sempre em casa cuidando das crianças. Houve um tempo que tinham vários empregados na casa, mas devido a um incidente que um assassino se infiltrou em sua casa como empregado, Jae Myung decidiu manter o mínimo de empregados e sua esposa assumiu o papel de cuidar das crianças.

Moonbyul era uma criança curiosa, brincalhona e alegre. Sempre estava brincando e cuidando de sua irmãzinha mais nova, Seulgi. A mãe dela sempre se juntava as brincadeiras, então eram sempre as três brincando pela casa. Como não saia de casa, quando não estava brincando com sua irmã, ela estava sempre lendo e aprendendo novas coisas. Ela era uma criança muito inteligente.

Quando estava para completar doze anos, pediu sua mãe para comemorarem seu aniversário no Lotte World – um parque de diversão famoso que tinha em Seul.

Fazia algum tempo que não recebiam ameaças, então Chae Won usou isso como argumento para que Jae Myung deixasse ela levar as crianças no parque para comemorar o aniversário de Moonbyul. Depois de resistir por um tempo, ele acabou cedendo com a condição que um segurança as acompanhasse, e claro, Chae Won aceitou sem retrucar.

Era vinte e dois de dezembro, dia do aniversário de Moonbyul, ou seja, dia de irem ao Lotte World.

Moonbyul acordou cedo animada, correu para o quarto de Seulgi para acordá-la. Ela subiu na cama de sua irmãzinha e começou a pular na cama gritando: “Acorda, Gi~! Hoje nós vamos para o Lotte World!! Finalmente vamos brincar juntas fora de casa!” A mais nova acordou resmungando pela algazarra que sua irmã estava fazendo, mas assim que ouviu as palavras ‘Lotte World’, tratou de levantar e se juntou a sua irmã mais velha na excitação.

Depois de tomarem banho e café da manhã, esperaram sua mãe se arrumar para saírem.

Era 9:30 AM quando saíram. Seul ficava apenas 27km de Bucheon, mas até o local onde o Lotte World ficava, dariam mais alguns quilômetros. O parque abria às 10:00 AM, então certamente já estaria funcionando até elas chegarem até o local.

Elas passaram o dia todo aproveitando o parque – acompanhadas pelo segurança. Quando estava começando a escurecer, as crianças estavam cansadas, e claro, Chae Won também por acompanhá-las o dia todo. As crianças agradeceram sua mãe pelo melhor dia de suas vidas – segundo elas, e que queriam voltar mais vezes. Chae Won ficou imensamente feliz por ver suas filhas tão feliz, era um tipo de felicidade que nunca tinha visto antes nelas.

O motorista foi buscá-las. O segurança sentou na frente e Chae Woon ficou no meio no assento de trás com suas filhas – que deitaram em seu colo bocejando de sono.

No caminho pra casa, aconteceu algo que não esperavam para arruinar o dia perfeito – a estrada estava vazia, mas de repente dois carros pretos apareceram batendo contra o carro da família Moon. Não deu tempo do motorista ou do segurança reagirem, os dois carros fizeram com que eles saíssem da estrada e capotasse. As crianças acordaram assustadas, o motorista estava desmaiado e antes que o segurança pudesse fazer qualquer coisa, um homem se aproximou da janela do carona e disparou três tiros contra ele, obviamente o matando.

Depois do segurança, os homens se dirigiram para o banco de trás e ao abrirem a porta, se depararam com Chae Won ensanguentada segurando suas filhas.

“O que vocês querem?!” A mulher ensanguentada perguntou.

“Vocês.” Um dos homens respondeu. “Seu marido é uma pessoa influente que não quer nos dar o que pedimos, então vamos usá-las para negociar com ele.” O outro completou.

Chae Won estremeceu, ela agarrou ainda mais forte suas filhas e começou a tremer. Os homens a tiraram do carro com as crianças – Seulgi estava chorando e parecia machucada, já Moonbyul tentava segurar seu choro e apenas observava tudo que estava acontecendo.

Numa tentativa desesperada de salvar suas filhas, Chae Won avança para cima de um dos homens tentando pegar sua arma, mas o outro homem reage dando um tiro nela. Ela cai no chão e Moonbyul corre em sua direção.

“M-Mamãe! Você n-não pode m-morrer! Você é t-tudo que temos nesse m-mundo!” Ela diz chorando segurando a mão de sua mãe.

“Byul, minha pequena estrela...” Chae Won leva sua outra mão até a bochecha de sua filha mais velha. “Me prometa... que você vai cuidar... da Seulgi... por favor...” A mulher baleada mal conseguia falar.

“N-Não! Eu n-não vou prometer isso! Você que vai cuidar dela!” Byul disse entre seus soluços de choro.

“A-Apenas prometa... por favor... querida...” A mulher disse querendo que sua filha mais velha fizesse a promessa como uma forma de com isso fazer com que ela tivesse um propósito depois de sua morte.

“T-Tá... eu prometo, mas por favor, você tem que...” antes de terminar sua frase, Moonbyul sente o aperto da mão de sua mãe folgar e seus olhos se fecharem... ela tinha parado de respirar.

“AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!” Moonbyul solta um grito estridente, mas logo é silenciada por um dos homens com um golpe em sua nuca – a fazendo desmaiar.

*****

Moonbyul acordou com uma imensa dor no pescoço e pelo seu corpo. Quando abriu os olhos, não conseguiu ver nada, ela sentiu um pano em seu rosto, então provavelmente estava vendada. Suas mãos estavam amarradas atrás de suas costas. Ela sentia que estava em movimento, então provavelmente estavam em um carro em movimento. Quando estava tentando relembrar o que aconteceu, começou a ouvir dois homens conversando.

“O que vamos fazer com essas crianças?! O alvo era a esposa e você matou ela!!”

“Se eu não tivesse atirado, talvez você não estivesse aqui agora!”

“Eu tinha tudo sob controle! Argh! O capitão vai nos matar!”

“Ei, pra isso que trouxemos as crianças. Podemos usá-las também.”

“Espero que o capitão pense o mesmo.”

“Vamos esperar o contato dele.”

“Avise aos outros que fiquem em seus postos, se precisarmos, chamaremos por eles. Dois carros assim juntos podem chamar atenção.”

“Certo. Vou ligar para avisá-los.”

Moonbyul começou a se sentir sonolenta e acabou dormindo.

*****

Sem noção de quanto tempo ficou desacordada, Moonbyul acordou num quarto pequeno, agora desamarrada e sem nada cobrindo seus olhos. Seu primeiro reflexo foi procurar por sua irmãzinha, que depois de olhar em volta, não a encontrou.

Ela caminhou até a porta e começou a bater e gritar, mas não obteve resposta.

O local que ela estava era escuro e não tinham janelas, então ela não tinha noção alguma do tempo. Ela tinha um relógio analógico no pulso, mas com ele apenas poderia saber a hora, não sabendo se era dia ou noite. Ela mal dormia.

Por suas contas, ela estava ali a pelo menos três dias e além da água que estava bebendo de uma torneira que tinha no quarto, ela não havia comido nada.

A preocupação com sua irmãzinha, a morte de sua mãe e a fome estavam acabando com o pouco de sanidade que ainda lhe restava.

Ainda naquele dia – ou pelo menos ela achava que ainda era no mesmo dia, um homem abre a porta e a luz que ela não via a algum tempo, machuca seus olhos.

“POR QUE VOCÊ ME TROUXE PRA CÁ? CADÊ A MINHA IRMÃZINHA?!” Moonbyul esbravejou com a pouca força que lhe restava.

O homem ficou em silêncio e apenas colocou um prato de comida – que parecia um ensopado de batatas com carne – na sua frente e saiu do local sem falar nada.

Com a fome que estava, Moonbyul esperou o homem sair e atacou o prato de comida. Comeu tudo e até mesmo lambeu o prato. Não que a comida estivesse boa, ela apenas estava com muita fome. Tanta fome que nem mesmo conseguiu sentir o sabor do que tinha acabado de comer.

Passaram o que Byul pensava ser dois dias, em ambos os dias, ela foi alimentada com um prato de sopa. Ela tentou fazer perguntas ao homem que ia levar a comida, mas ele permanecia em silêncio não importava o que ela fizesse ou falasse.

Passaram mais alguns dias, e nesses dias seguintes, ela não foi mais alimentada. Moonbyul estava exausta e sem mais forças para resistir. Ela imaginou que tivessem a largado ali e ido embora.

Mais tarde naquele dia, um homem inquieto entrou no quarto e apesar do medo, ela sentiu alívio por não ter sido abandonada para morrer naquele local.

“QUE DROGA, PIRRALHA! SEU PAI PARECE QUE NÃO QUER COOPERAR COM A GENTE! PELO JEITO AQUELE FILHO DA PUTA REALMENTE NÃO LIGA PRA FAMÍLIA!” – o homem gritou indo em direção a Moonbyul e dando um chute no corpo frágil que estava deitado no canto do quarto.

“AAAAAH!” A criança gritou de dor. “O-Onde está minha... irmãzinha?” Foi a única coisa que ela perguntou em meio a seus grunhidos de dor.

O homem ignora a pergunta e a chuta novamente.

“MALDIÇÃO! NÓS PASSAMOS POR TODO ESSE SUFOCO PARA NÃO DAR EM NADA! ABSOLUTAMENTE NADA!!!” – o homem estava descontando sua frustração e raiva dando chutes e pisões na menor.

“AAH– ARGH! AAAH–“ Moonbyul gritou de dor pelos chutes e pisões, mas ainda encontrou forças para perguntar novamente: “M-Minha irmãzinha... onde–“

Antes de terminar sua frase, o homem começou a rir de maneira insana e agachou para ficar com os olhos na mesma altura da menor, e começou a olhar para dentro dos olhos da criança.

“SUA IRMÃ? HAHAHA! VOCÊ QUER DIZER A QUE VOCÊ ESTEVE COMENDO A UNS DIAS ATRÁS NA SOPA QUE TE SERVIMOS?”

A feição de Moonbyul escurece, ela pisca seus olhos várias vezes enquanto tenta entender o que o homem acabou de lhe dizer.

“N-Não... não pode ser... ela estava viva e–“ Ela começa a murmurar para si mesma, como maneira de tentar se convencer que o homem estava mentindo para mexer ainda mais com a sua cabeça.

“HÁ! Ela ESTAVA viva, querida... mas como estamos numa base provisória já que o plano de fuga deu errado, estávamos ficando sem suprimentos e bem, seria você ou ela... e como ela estava ferida e provavelmente não aguentaria, escolhemos ela.” – o homem falou com um sorriso no rosto em meio a suas risadas insanas.

“N-Não... isso não é verdade–“ Lágrimas começaram a escorrer dos olhos da criança enquanto ela negava e não se permitia acreditar no que o homem estava falando.

“ISSO É TUDO CULPA DO SEU PAI! Foi ele quem não aceitou nosso acordo... apenas pedimos para ele nos fornecer algumas informações... mas ele se recusou falando que nunca ajudaria a Coreia do Norte... nosso capitão entrou em contato com ele a uns dias atrás e ele se recusou a negociar conosco, mesmo não sabendo que apenas uma das crianças ainda estava viva. Bem, que pena... agora tenho certeza que ele não vai mesmo aceitar. AHAHAHAHA!”

Moonbyul começou a chorar desesperadamente e começou a tremer de maneira que parecia que estava tendo algum tipo de convulsão. O homem começou a tocar o corpo dela, mas ela não reagiu. Ele então começou a tirar as roupas dela e novamente, ela não reagiu... apenas começou a tremer ainda mais e com isso, parecia que as palavras do homem finalmente a atingiram e ela começou a ter um ataque de pânico.

O mundo ao seu redor se escurece e ela perde a consciência.

*****

Moonbyul acorda dopada, com a mente leve, ela não se lembra das coisas direito. Ela abre seus olhos e olha ao redor, ela estava sozinha em seu quarto, ligada a várias máquinas.

Ela tenta se levantar, mas sente uma dor forte em seu torso, então estremece de dor e volta para sua posição deitada. Ela ouve alguém abrir a porta de seu quarto, então fecha os olhos e finge que estava dormindo. Ela reconhece as vozes, era o Doutor Leeteuk, o médico da família, e seu pai.

“Ela ainda não acordou, Jae Myung. Isso está começando a me preocupar.” Disse o doutor se aproximando da cama da menor e checando os monitores.

“O que diabos aconteceu afinal de contas? Ela é minha filha, mas com tudo que aconteceu nessas últimas duas semanas, senti como se nada mais importasse... por isso acabei sendo negligente com ela por tanto tempo.” Jae Myung diz.

“Hmmm... acho melhor você sentar e a gente conversar então.” O doutor gesticulou para sentarem num sofá no canto do quarto e respirou fundo antes de começar.

“Ela ficou desaparecida por catorze dias, Jae. Acharam-na abandonada num beco. Provavelmente foram despejar seu corpo achando que ela não sobreviveria devido a todos os seus ferimentos. Mas bem, nossa pequena Byul mostrou que eles estavam errados ao subestimarem-na. Ela foi forte e sobreviveu. Uma pessoa anônima foi quem ligou para polícia sobre o que ele achava ser um corpo jogado num beco. Para surpresa da polícia, ela estava viva, e reconheceram pois você garantiu com que continuassem procurando por elas.” O homem faz uma pausa, esperando alguma reação do pai de Moonbyul – que também era seu amigo.

“Isso tudo ainda parece tão irreal... elas estavam aqui e felizes...” Jae Myung diz colocando a mão em sua testa e a balançando em negação.

“Sim, entendo, Jae... mas você precisa ser forte. O estado dela é grave. Costelas quebradas que causou perfuração do pulmão, hematomas que cobrem boa parte do corpo dela, acometimento renal – que vai causar sangramento na urina por algum tempo, traumatismo craniano e por fim, algo que precisamos conversar seriamente sobre.” O doutor diz e pareceu procurar palavras para continuar.

“Ela foi abusada sexualmente. Como você sabe, é necessário que haja uma lubrificação na vagina da mulher para não machucá-la na penetração durante a relação sexual. Bem, o homem que fez isso não se preocupou se iria machucá-la, e por ela ser criança, só pioraram as coisas. Ela deve sentir um incômodo nas suas partes íntimas por algum tempo, e com todos os outros ferimentos, temos que assegurar que ela não saia da cama por pelo menos mais duas semanas.” O homem disse terminando seu discurso e recebendo um olhar de culpa de Jae Myung.

“Isso é tudo culpa minha... se eu tivesse feito o que eles pediram...”

“Não diga isso, amigo. Se você cedesse, seria pior. Ela sobreviveu, isso que importa. É realmente uma tragédia o que aconteceu com a Chae Won e a Seulgi, mas mantenha-se firme pela sua filha que sobreviveu.” Ele disse tentando consolá-lo.

“S-Sim. Obrigado pela força, Leeteuk. Vou tentar fazer isso.” Jae Myung se levantou, indo até o lado da cama de sua filha e dando um beijo em sua testa antes de sair do quarto, seguido por Leeteuk.

Ficando sozinha em seu quarto, Moonbyul abre os olhos e começa a chorar. “E-Eu...” A pequena gaguejou aos prantos. “...queria estar morta.” Foi o que ela disse antes de fechar seus olhos e dormir desejando que não acordasse mais.

*****

Moonbyul passou um ano em tratamento até se recuperar por completo.

Nesse ano que ela ficou isolada, decidiu fazer nivelamento para saber em qual ano entraria na escola, e para surpresa da pessoa que aplicou a prova, o nível de Moonbyul era superior ao ensino médio aos 13 anos. Ela então decide começar a faculdade de medicina e mudar para Seul. Não era uma surpresa para quem a conhecia – bem, na verdade ninguém mais a conhecia, pois seu pai que era seu último familiar, mal estava em casa para trocarem algumas palavras.

No tempo que ficou em casa se recuperando e mal tendo contato com as pessoas, ela se afundou em livros. Os de medicina eram os que mais lhe interessavam, e devido ao seu alto QI, ela entendia boa parte, e o que não entendia, pesquisava para saber mais. E como era uma pessoa que não tinha muito contato com as pessoas, também mergulhou nos livros de psicologia para tentar entender mais a mente humana.

Sem dificuldade ou surpresas, ela se formou com 18 anos em medicina e decidiu fazer sua especialização em Psicanálise. Afinal, além do corpo humano o que mais a fascinava era a mente humana. Ela foi assunto de várias revistas de medicina. “A mais jovem aluna formada em medicina da República da Coreia do Sul”. Muitos professores fizeram comentários sobre como esperavam ver o futuro jovem brilhante, uns falaram que era um desperdício alguém tão inteligente se especializar em psicanálise, já outros disseram que mal podiam esperar pelo avanço que ela poderia proporcionar na área.

*****

Durante seu último ano de estágio de especialização num hospital grande de Seul, ela teve contato com um criminoso que chamou bastante sua atenção. Era uma mulher que sofria de esquizofrenia e tinha matado o marido em um de seus episódios. Como a mulher estava sendo tratada, acharam melhor ela ficar num hospital comum até se estabilizar e não no hospital da penitenciária. Moonbyul acompanhou o caso de perto e percebeu como uma mente conturbada lhe excitava. Pois diferente das mentes que ela estava acostumada a analisar, ela não sabia o que esperar, e isso fazia com que ela quisesse tentar manipular e ver o que aconteceria. Ela começou a se perguntar: "Posso matar uma pessoa quando ela não espera ser morta?", "Será que consigo matar alguém que trabalha na polícia sem que ache que fui eu?", "Será que posso armar uma cena de crime que precisem de mim para analisá-la?" e com esses pensamentos, ela decidiu depois que se formar, tentar entrar na área de psiquiatria forense para trabalhar para polícia.

*****

Com 21 anos, formada, ela presta concurso para psiquiatria forense, onde trabalharia na assistência de tratamento psicológico de criminosos, e bem, passa sem dificuldade. Ela abriu um escritório onde atenderia seus pacientes.

Ela deu assistência em vários casos policiais, em menos de um ano ficou bastante conhecida e sempre era requisitada pelos detetives para ajudar nas investigações.

Depois de um tempo atuando na área forense, ela começou a manipular criminosos para matarem outros criminosos – os que ela julgava rudes ou ‘más’. Ela estava colocando em prática os pensamentos que teve ao pensar em entrar na área forense, e achava que estava indo bem até que um assassino em série apareceu e abalou seu psicológico. Ele matava suas vítimas e as enfeitava como se fossem esculturas com hanbok, e a autópsia revelou que cometia canibalismo.

Isso a abalou inicialmente por trazer lembranças de sua irmã, mas a encantou e excitou por ver como ele realmente conseguia produzir uma obra de arte. Desde criança ela sempre foi uma apreciadora de artes, ela adorava um escultor brasileiro do período barroco, Aleijadinho. Na parte de pinturas, era Edvard Munch com seu quadro “O Grito” e também tinha um fascínio pelas obras de Van Gogh. Ela estava adicionando em sua lista de admiração esse assassino em série. Ela ficou obcecada com os métodos dele e queria conhecê-lo pessoalmente.

Depois de um tempo traçando o perfil do assassino em série, ela começou a dar forma a possíveis suspeitos, mas óbviamente mandou os detetives na direção oposta para que pudesse ter o criminoso apenas para ela.

Depois de algumas tentativas, finalmente achou o assassino em série. Ela o vigiou por alguns dias e então decidiu conversar pessoalmente.

DING DONG

Moonbyul tocou a campainha da casa. Alguns minutos depois, uma pessoa abriu a porta.

“Sim? Em que posso ajudá-la?”

“Kwon Boa-ssi, certo?” Moonbyul pergunta, tendo um aceno de cabeça da outra confirmando.

“Eu sou MoonByul, sou psiquiatra forense e colaboro com a polícia de Seul.”

“Oh, e o que você teria a tratar comigo, senhorita MoonByul?” BoA disse arqueando uma sobrancelha.

“Bem, digamos que é algo relacionado a seu magnífico trabalho.”

BoA a encarou com um olhar curioso.

“Você não vai me convidar para entrar?” Moonbyul disse num tom parecendo desapontada.

“Ara~ que falta de educação minha. Por favor, entre.” BoA deu dois passos para trás e gesticulou para a mais nova entrar.

BoA a guiou até a sala e gesticulou para a mais nova sentar em uma poltrona, e ela logo em seguida sentou no sofá.

“Bem, você me parece diferente dos policiais. Em que posso realmente lhe ajudar?”

Ambas conversaram por algumas horas e Moonbyul falou sobre admirar a maneira que a mais velha lidava com os corpos e como admirava a forma que os fazia parecer esculturas vivas.

Lógico que BoA inicialmente suspeitou que fosse algum tipo de truque para pegá-la em flagra, mas depois que foi conversando com a mais nova, acabou também se interessando por ela.

Alguns meses depois já eram cúmplices, e BoA ensinou a arte da culinária a Moonbyul. Ela mostrou quais eram as melhores partes para comer da vítimas, e como poderiam transformar os órgãos delas também em obras de arte culinárias. Inicialmente Moonbyul foi contra comer, mas depois passou a ter um prazer em saborear os pratos tão bem feitos. Não era como se ela achasse que a carne humana era melhor do que de qualquer outro animal, ela apenas o fazia para apreciar as obras de arte gastronômicas que BoA criava. Com o tempo, ela também passou a preparar as refeições, e nessas horas ela podia afirmar o quão genial realmente era, pois com pouca prática ela conseguiu um resultado similar, ou até mesmo superior, ao de BoA.

Além da cumplicidade criminal, as duas começaram a se relacionar mais intimamente. Devido a seu trauma do passado, Moonbyul nunca teve interesse ou curiosidade sobre relações sexuais. A parte teórica do assunto ela sabia, devido às aulas na universidade. Então tudo sobre esse assunto para ela também era algo novo e que começou a interessá-la.

A cumplicidade e relação íntima com BoA já durava seis meses, tudo indo ‘bem’. Moonbyul despistando os detetives do caso de sua amante e cuidando dos novos casos sem problemas. Ah, e claro, brincando com algumas mentes conturbadas quando tinha tempo.

Moonbyul a esse ponto se sentia um ser com o mesmo poder de Deus, capaz de manipular tão facilmente as mentes das pessoas. Ela sentia como as mentes humanas e as esculturas que fazia juntamente a BoA fossem um pincel que usava para colorir suas telas em branco. Pois as mentes que ela facilmente manipulava faziam coisas que normalmente não fariam. Isso aumentava o seu ego.

 

BoA começa a mudar o seu comportamento. Ela começa a matar qualquer tipo de pessoa e não se preocupa muito com o acabamento das ‘esculturas’, e isso começa a irritar Moonbyul. Pois ela não gostava do jeito que as ‘obras’ estavam ficando tão ‘rudes’, e também como BoA estava agindo tão deliberadamente e não se preocupando tanto em cobrir seus rastros já que ela estava lá para fazer isso por ela. E a mais velha também começou a sair com vários homens e mulheres diferentes.

Ela decide questionar BoA sobre seu comportamento, mas a mais velha diz que já está entediada e que isso já não a preenche mais como antes; e que até mesmo a mais nova já estava começando a deixá-la entediada.

Insatisfeita com a resposta da mais velha, afinal, como um reles humano ousa dizer que um ser superior como ela a deixa entediada? A mais nova decide se livrar da mais velha.

Depois de alguns dias planejando, ela finalmente decide colocar em prática o que havia planejado.

 

Seu plano acaba dando errado e BoA consegue fugir com total consciência de que Moonbyul tinha sido responsável pela tentativa de assassinato.

 

Algumas semanas passam e Moonbyul não escuta nada sobre BoA, nem mesmo um assassinato da parte dela. Ela então continua com seu cotidiano – mas alerta a um possível ataque da mais velha.

 

Depois de um logo dia de trabalho, Moonbyul chega em casa e vai direto para o banheiro para tomar banho. Depois de cerca de 25 minutos, ela sai do banheiro e dá de cara com BoA sentada em sua cama, apontando uma arma em sua direção.

“Achou que depois do que fez comigo, eu não faria nada, querida?” Disse a mais velha com um tom irônico.

“Bem, eu não esperava que você sobrevivesse pra falar a verdade.” Respondeu a mais nova levantando os ombros com o mesmo tom irônico.

“Ora~ Foi por ciúmes? Não gosta de dividir?”

“Bem, de fato eu não gosto. O que é meu, é apenas meu. Mas o que me levou a tomar essa atitude... bem, foi a maneira que você parece ter perdido o tato para as coisas. Eu já disse várias vezes que odeio qualquer coisa rude, e você começou a seguir um caminho aderindo todos os tipos de atitudes rudes que tanto odeio.” Disse a mais nova enquanto secava seus cabelos.

“E desde quando EU me tornei sua? Na verdade, sempre achei que fosse o contrário, afinal, quem assume o comando na cama sou eu. E quanto a sua outra reclamação... eu apenas estava entediada, então queria tentar novas coisas.”

“Bem, digamos que me decepcionei com você. Eu esperava que você fosse um ser superior como eu, mas no fim das contas... você é como todos os outros.” Moonbyul disse caminhando em direção ao seu guarda-roupa e o abrindo para pegar uma muda de roupa.

BoA ficou em silêncio e assim que ela terminou de se vestir e virar para a direção da mais velha, ela continuava apontando sua arma. Moonbyul começou a caminhar em sua direção, conversando e tentando usar suas técnicas de manipulação de mente. Demorou, mas BoA finalmente começou a ser influenciada pelas palavras da mais nova e abaixou sua arma.

Em seguida Moonbyul sentou ao seu lado e começou a sussurrar várias palavras em seu ouvido. Depois de alguns minutos ela levantou e saiu do quarto, BoA seguindo logo atrás dela.

 

Moonbyul entrou em seu carro e abriu a porta para a mais velha – essa que não disse sequer mais uma palavra e ainda tinha a arma em sua mão.

 

O carro parou numa área isolada, BoA saiu do carro e andou até ficar na frente do carro, então virando para olhar o rosto de Moonbyul, essa que deu ré no carro – apenas alguns metros.

BANG!

BoA atirou em sua cabeça. Moonbyul abriu um sorriso no rosto e dirigiu de volta para casa, deixando o corpo no local.

 

Moonbyul chegou em casa, achando que finalmente tinha se livrado de seu problema. O que ela não esperava era que na manhã seguinte quando chegasse ao escritório dos detetives, eles teriam recebido um dossiê das mortes anonimamente e com todo tipo de prova física e circunstancial apontando para ela. Ou seja, antes de BoA ir até sua casa, ela tinha enviado anonimamente uma caixa endereçada a divisão policial para qual Moonbyul prestava seus serviços.

Não tendo como escapar, já que teve o elemento surpresa, Moonbyul é presa por eSNa que era sua ‘parceira’. Lógico que todos ficaram chocados ao descobrirem que alguém tão próximo a eles era a culpada por trás de tais atrocidades. Perguntaram sobre o cúmplice que lhe ajudava, mas ela se recusou a responder qualquer pergunta.

Ela foi a julgamento e foi acusada de assassino com dolus eventualis (미필적 고의), que se refere a um tipo de assassinato que o assassino premedita atacar a vítima causando morte e ainda assim persiste independente das consequências. Devido a tantas mortes, ela é condenada a prisão perpétua um pouco antes do seu aniversário de 23 anos.

Assim que foi presa, passou por uma análise psicológica e é diagnosticada com Transtorno Anti Social Psicopata. Inclui um amplo espectro de sintomas, às vezes pode ser caracterizado com comportamento impulsivo ou violento. No entanto, se nos atermos à notação científica, ela cai perfeitamente sob a subcategoria Malevolente de TAP, que inclui o destemor, falta de remorso, brutalidade, vício e insensibilidade.

 

A mídia foi a loucura com o caso.

O caso de “Moonbyul – A Psicopata”, “Moonbyul – A Canibal”, “Moonbyul – O Monstro”, entre muitos outros nomes, estava estampado em jornais, revistas, etc.

E foi assim que a ‘lenda’ de Moonbyul – A Canibal nasceu.


Notas Finais


AAAAAAAAAA~ já pensando nas coisas da segunda temporada aqui~
Eu volto com ela em breve~~~


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