1. Spirit Fanfics >
  2. Behind the Camera >
  3. Capítulo 3

História Behind the Camera - Capítulo 3


Escrita por: LadyJ

Notas do Autor


Peço desculpa pela demora, mas aqui está outro capitulo!
Boa leitura :)

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Behind the Camera - Capítulo 3

Pov. Gabriella Miller

Virei-me assustada, e constatei que eram dois dos seguranças do Justin, que me estavam a perseguir há pouco. Tinha sido verdadeiramente estúpida ao pensar que os tinha conseguido despistar.

Um deles falou para um interlocutor, chamando alguém, e passado pouco tempo já não estava rodeada por dois homens, estava rodeada por quatro, tinham-se multiplicado para meu grande desespero.

- Têm a certeza que é esta a pessoa que estamos à procura? – um deles perguntou, fazendo-me ficar com um pouco de esperança.

- Sim, eu tenho a certeza. É esta mesmo. – afirmou, e a minha esperança foi-se tão depressa como veio.

- Desta vez parece que o nosso alvo é feminino, o que contraria a minha ideia de que quase todos os paparazzi são homens. É bastante raro encontrar uma mulher neste ramo.

Mantive-me em silêncio, limitando-me a revirar os olhos. Tentei esconder o meu nervosismo, enquanto pensava numa forma de conseguir escapar. Mas provavelmente, qualquer tentativa de fuga, seria completamente inútil.

Na verdade não estava assustada, estava apenas a sentir-me intimidada com a presença de quatro homens tão enormes e fortes a rodearem-me. Afinal o que é que eles me poderiam fazer? Provavelmente iriam apenas apagar as fotografias, que me tinham dado tanto trabalho a tirar.

- Bem, como deve compreender essas fotografias violam a privacidade de uma pessoa, e não podem de maneira nenhuma ser publicadas. Por isso vou pedir-lhe que colabore connosco, e que nos dê a câmera pacificamente, para podermos apagar. Não queria nada ter de ser bruto com uma mulher.

Após dizer isto, um deles deu dois passos na minha direção, estendendo a mão para eu lhe dar a máquina fotográfica.

Suspirei frustrada. Não tinha outra alternativa senão ceder. Mas, se eu os deixasse apagar as fotos, não iria receber o dinheiro por elas, e eu necessitava tanto desse dinheiro!

Passou-me pela cabeça uma completa loucura, mas já não tinha nada a perder.

- Já disse que odeio guarda-costas? Sabe, acho que o que têm a mais de músculo, têm a menos de cérebro! – sorri sarcasticamente, e num ato impulsivo, levantei o joelho e acertei com força nas suas partes íntimas.

A minha intenção era usar o fator surpresa a meu favor, e fugir aproveitando a mais pequena distração deles, mas como é óbvio, não deu certo.

Antes que pudesse pensar sequer em correr, fui agarrada por dois homens corpulentos, que me imobilizaram em dois segundos. Senti-me a pessoa mais estúpida deste mundo. Onde raio eu tinha a cabeça quando tentei usar a força contra quatro homens?

- Tentámos resolver isto de uma forma calma e simpática, mas não nos deste escolha, miúda. – A minha câmara foi arrancada de mim com brutalidade.

Apagaram todas as fotografias que tinha tirado, e depois, talvez num ato de vingança, o homem que eu agredi, jogou com toda a força a minha câmara contra a parede, fazendo com que esta fizesse um estrondo ao bater na parede, e depois no chão. Tinha ficado completamente destruída.

Quis gritar com ele, e ofendê-lo de todos os nomes possíveis, mas a perplexidade tomou conta de mim, fazendo com que eu não conseguisse ter qualquer reação, limitando-me a olhar com pena e angústia, para o que restava da minha câmara.

- Da próxima vez pense duas vezes antes de tentar perseguir pessoas. Uma rapariga tão bonita e jovem como tu, facilmente arranja outro emprego bem mais digno que esse! – disseram e foram-se embora, deixando-me ali naquele beco, de joelhos, entre lágrimas, segurando os pedaços do que foi o meu objeto mais pessoal durante anos. Tinha sido o melhor presente que os meus pais me tinham dado, tendo um grande valor sentimental para mim, e uma história da qual eu os meus pais fazíamos parte.

Aquela câmara fazia parte de mim, fazia parte do que eu sou hoje, do meu dia-a-dia. Nunca ia a lugar nenhum sem ela. E agora estava toda despedaçada, eu própria também me sentia despedaçada, era como se uma parte de mim, também se tivesse quebrado em mil pedaços, e não tivesse mais retorno.

Eles não tinham o direito de ter feito isto, não tinham! E agora? Era com aquela câmara que eu me sustentava, que eu sobrevivia. Agora o que é que me restava?

Claro que nenhum deles pensou nisso, afinal estavam apenas a cumprir ordens de um gajo mimado que tinha tudo aquilo que queria. Era injusto, porque ele tinha tudo, e por culpa dele, eu agora não tinha nada.

Limpei as lágrimas que me escorriam pela face com a manga da blusa. Comecei a apanhar os pedaços partidos da câmara do chão, e ao sentir uma dor aguda numa das mãos, constatei que me tinha cortado. Uma onda de fúria e raiva trespassou-me o corpo, fazendo-me fechar a mão com força em redor dos cacos, e apertá-los contra a minha pele.

 

Pov. Justin Bieber

 Esperava ansiosamente pela chegada de algum dos meus seguranças, dentro do meu carro numa zona abrigada. Estava com receio de que eles não tivessem conseguido apanhar aquele paparazzo, e amanhã visse a minha cara novamente ser capa de manchetes e de estar envolvido em mais uma polémica.

De repente avistei os meus seguranças a correr em direção ao automóvel e destranquei as portas.

- Então, conseguiram apanhar o tipo? – questionei-os, assim que entraram no carro.

- Conseguimos. Apesar de ela ter tentado fugir e ter mostrado alguma resistência, aquelas fotografias já não são um problema para si. – um deles informou-me, numa voz ofegante.

- Ela? – perguntei confuso erguendo a sobrancelha.

- Sim, era uma mulher. Tinha aí os seus 20 anos, mais ou menos.

- Têm a certeza que era essa a pessoa que me estava a tirar as fotos na discoteca? É que pareceu-me que era um homem.

- Sim, sim. Temos a certeza absoluta, nós vimos as fotos na câmara dela.

Estava bastante surpreendido. Não era muito habitual ver mulheres a fazer esse tipo de trabalho, muito menos sendo tão novas.  

 - Humm…, e ela não especificou se trabalhava para alguma revista ou se estava por conta própria?

- Não, senhor. Ela não se pronunciou sobre nada disso.

- E não há a hipótese de ela ser apenas uma fã minha, e não uma paparazzo?- voltei a questionar, ainda com sérias dúvidas.

- Bem, não é possível termos certezas, mas não me pareceu. Se fosse uma fã não teria oferecido toda aquela resistência, além de que ela parecia determinada em não deixar que apagássemos as fotos. Ah, e depois, a máquina fotográfica dela, era profissional, daquelas usadas pelos jornalistas e paparazzi.

- Okay, então. Não exerceram qualquer tipo de violência sobre ela, certo?

- Claro que não, da nossa parte não houve qualquer tipo de violência. Já da parte dela não posso dizer o mesmo. Ela agrediu-me com uma joelhada na zona genital, quando lhe pedimos que nos desse a câmara. –  o Robert, um dos meus seguranças informou-me, voltando a deixar-me surpreso.

- Se ela fez isso quer dizer que estava mesmo disposta a divulgar as fotografias,- constatei. – Deve estar a ser mesmo muito bem paga, para ter toda essa determinação sendo tão nova, como vocês dizem. Só gostava de saber para quem é que ela trabalha, ou se está mesmo por conta própria.

- Pois, sobre isso não sabemos nada. Mas provavelmente, tão depressa não vai voltar a tentar fotografar pessoas à socapa. Eu tratei disso, quando lhe parti a câmara, deixando-a aos pedaços. – ele declarou, com um sorriso orgulhoso.

- O quê? Tu partiste-lhe a câmara? – Robert balançou afirmativamente a cabeça. – Isso era mesmo necessário? Não te podias ter limitado a apagar as fotos?

- Depois do que ela me fez, como deve imaginar não me apeteceu muito ser gentil com ela. Admito que agi sem pensar, mas estava com raiva.

­ - Não me interessa como é que estavas. Não tinhas o direito de ter-lhe partido a câmara, podia ser muito provavelmente o seu instrumento de trabalho. Ela agora de certeza que me vai processar por isso, e vai argumentar danos físicos e morais, e mais uma vez vão conseguir-me extorquir dinheiro. Dinheiro esse, que eu ganho de forma honesta com o meu trabalho, enquanto esses parasitas não fazem mais nada a não ser infernizar-me a vida todos os dias!

Bati com as mãos no volante,  revelando a minha  irritação. Ao tentar evitar uma polémica, quase que me tinha metido noutra.

- Temos de encontrar essa rapariga, antes que ela me processe. Descubram-na, e tragam-na até mim. Eu vou dar-lhe uma máquina fotográfica novinha em folha de uma das melhores marcas. Pode ser que isso e um pedido de desculpas, seja suficiente para a dissuadir.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...