1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Camera >
  3. Subject: Results

História Behind The Camera - Subject: Results


Escrita por: WhoIsBangtan

Notas do Autor


Desculpem qualquer erro. 🤗

Capítulo 1 - Subject: Results


– Mãe! O e-mail chegou! — Eu estava realmente animada, não sabia qual seria o meu real destino.

   Sempre fui apaixonada por fotografias, pelas cores, pelo sentimento que cada foto tirada passava para mim e para os outros que sabiam apreciar isso, mal tinha chegado ao final do ensino médio e já sabia o que faria da minha vida.
   Quem anda comigo sabe que estou sempre com uma câmera na mão, seja ela normal ou câmera de celular. Às vezes eu penso que em uma única foto seja possível ver o verdadeiro sentimento de alguém, a pessoa pode esbanjar toda felicidade do mundo, eu só precisaria tirar a foto no momento certo, saberia que em seus olhos e suas expressões haveria tristeza ou raiva.
  
   Alguém que eu possa chamar de amigo, além da câmera? Daniel, as pessoas as quais o apresentei já chegaram a dizer que  ele é minha versão masculina. Quando o conheci estava no primeiro ano do ensino médio, fiquei muito feliz porque não pude só mostrar como também dividir minha paixão por fotografias e câmeras. Sou apaixonada por sua coleção de câmeras antigas inclusive.

   "Fotógrafo" não é uma profissão cujo tenha a necessidade de um diploma como médico, engenheiro ou advogado. Depende muito do equipamento e do conhecimento que a pessoa tem sobre, que pode ser obtido por cursos livres ou até mesmo por internet, mas caso eu não conseguisse o que realmente desejo, queria ter algo já preparado para mim, como um plano B.
   Eu escolhi jornalismo, no caso eu me especializaria em fotojornalismo, esse é meu plano B, antes de tentar algo independentemente vou deixar tudo pronto se algo der errado.

   Recentemente tive uma prova para fazer a faculdade fora do Brasil, mas fiquei com um pé atrás já que a idade limite foi ultrapassada, mesmo assim a fiz. Eu podia escolher três lugares de minha preferência, estava esperando ansiosa a semanas, afinal seria emocionante estudar fora do Brasil.

  – Filha calma, estou subindo, não abra o e-mail ainda! — Disse minha mãe subindo a escada mais eufórica que eu.

Mesmo que ela tenha gritado, não prestei muita atenção e acabei abrindo o e-mail que me mandaram com o resultado da prova e local para onde iria se tivesse passado.

Prezada S/N,
É com prazer que lhe damos o resultado de sua prova recentemente feita conosco. O local onde estudará durante dois anos será a sua terceira escolha em seu perfil da prova, por conta do limite de idade para tal evento, o Canadá e a Austrália acabaram lhe rejeitando, porém a Coreia do Sul lhe acolheu.
*Abaixo segue a nota de sua prova e as informações necessárias sobre a viagem.

   Então por conta do limite de idade, que seria 18 anos, eu fui rejeitada por dois lugares. Não foi atoa que escolhi a Coréia como minha terceira opção, sempre tive um carinho especial por esse lugar.

   Faz alguns anos desde que um aluno de intercâmbio estudou na mesma sala que eu, ele era da Coréia, possuía uma alegria e um sorriso contagiante, perfeito para as lentes da minha câmera aliás. Ele se comunicava através do inglês, mas toda vez que ele mencionava sobre o lugar onde mora eu ficava maravilhada, o que acabou fazendo eu me interessar na língua também. Depois do curso de coreano que tive, achei que podia arriscar por a Coreia na lista.

  – Eu consegui! — Acabei levantando da cadeira muito rápido, derrubando e espalhando algumas coisas pelo quarto.

  – Isso foi caro mocinha! — Apontou para minha caixinha de música antiga. Ela parecia brava, mas logo lembrou o porque de estar alí. — Você passou? Para onde vai?

  – Passei! Vou para Coreia do Sul, mãe! — A abraçei, que logo correspondeu dando um sorriso em seguida. Ela fazia um carinho em minhas costas enquanto me parabeniza com toda calma, isso me fez pensar que eu vou sentir falta demais de seu carinho quando for embora.

  – Seu pai estaria tão orgulhoso de você...   — Ela se desvencilhou do abraço e  passava a mão em meu rosto, como se estivesse vendo ele em mim.

Meus olhos já estavam marejados por lembrar do meu pai, que nos deixou muito cedo, acho que se não tivesse o conhecido, não teria essa minha paixão por fotografias, já que em todas as minhas lembranças ele estava segurando uma câmera.

  – Sim... É... Minha viagem será daqui a duas semanas, — Mudei de assunto antes  de desabar. — acho que da tempo de comprar roupas de frio certo?

  – Sim... Tem certeza de que quer ir? — Ela estava quase implorando para eu ficar, se a conheço bem.
 
  – Tenho mãe, não acreditei que fosse conseguir, mas já que é o caso, vou aproveitar essa chance.

  –Tudo bem então... Já avisou ao Daniel? Não esqueceu dele certo?

  – O Daniel! Mãe, preciso ir! — Disse enquanto saia do quarto e descia a escada.

  – Precisa mesmo ir até a casa ele? — Gritou para que eu a pudesse escutar.

  – Meu melhor amigo, não posso contar por telefone. — Gritei também abrindo a porta em seguida.

   Quando tinha algo "sério" para contar, eu andava até a casa dele, afinal não é longe da minha. Vou sentir falta de conversar com ele assim, pronto pra me escutar a qualquer momento.
   Percebi no caminho, tudo que estava pensando depois de receber o e-mail, é que "vou sentir falta". Preciso parar com esses pensamentos, afinal é claro que sentirei falta, mas pensar demais nas coisas que deixarei para trás dificulta a despedida.

   Cheguei em sua casa sorridente, bati na porta três vezes como de costume, esperei que logo em seguida ele abrisse a porta, mas foi necessário bater três vezes de novo. O que ele estava fazendo?
   Depois de tanto esperar e bater na porta, pude escutar anjos cantarem quando ela se abriu.

  – O que estava fazendo? — Perguntei o observando, seu rosto estava inchado como de alguém que acabara de acordar.

  – Dormindo! — Talvez eu o tenha irritado, mas é a primeira vez que isso acontece.

  – Você pode dormir outra hora. — Soou sugestivo, mas na verdade eu estava mandando ele dormir outra hora.

  – O que faz aqui em pleno domingo, às... — Ele parou para olhar em seu braço um relógio imaginário. — 7:30 da manhã?

  – Você nunca teve um relógio, e já passou do meio dia. — Ele não costuma acordar tarde desse jeito, aliás quem me acorda assim é ele, sempre de bom humor logo cedo.

  – Pra mim ainda é de manhã! Vai entrar ou vai ficar olhando pra mim? — Deu espaço em seguida para que eu pudesse passar, fechando a porta depois.

   Ele pode ter a mesma paixão que eu, mas nunca foi um amor de pessoa com os outros, comigo pelo menos quando o acordo ele fica emburrado.

  – Que silêncio... Onde estão os seus pais?

  – Saíram provavelmente, eu estava dormindo então eu não sei para onde foram. — Disse se sentando no sofá, quase que dormindo novamente.

  – Você não presta atenção em nada a seu redor, dormindo ou não. — Eu posso o ter ofendido, mas ele consegue ser pior que isso.

  – Me diga algo que eu não tenha percebido passar por mim sem uma vez na vida. — Que tal o fato de que eu gostava de você a dois anos atrás e você nunca percebeu?

  – Que tal a garota de óculos que gostava de você?

  – Quem? Eu conheço? — Ele parecia não saber mesmo quem era, o que é um absurdo já que estudávamos com ela.

  – Mas ela estudava com a gente. Está vendo, além de não perceber nem lembra que fizemos trabalhos juntos.

  – Acho que ela não devia ser tão importante quanto você. — Ai que fofo, mas nessa eu não caio.

  – Eu? Importante? O que deu em você?

  – Disse algo errado?

  – Digamos que você não é a simpatia em pessoa

  – Então... Não vai me contar o que é tão importante pra me acordar desse jeito?

  – Lembra a prova que eu fiz para fazer parte da faculdade de jornalismo no exterior? — Sentei ao seu lado no sofá.

  – Lembro, mas como eu disse antes você já passou o limite de idade. — Disse se   ajeitando no sofá de uma forma que o deixasse acordado — O que vai fazer?

  – Me aceitaram, não foi o Canadá como o esperado, mas sim a Coreia do Sul. — Sorri abertamente.

  – Vai pro outro lado do mundo? Vai me abandonar? — disse enquanto batia a almofada em mim.

  – Você disse que seria uma boa ideia, então eu estou indo. — Tirei a almofada de sua mão e joguei nele em seguida.

  – Mas eu pensei que não te aceitariam por conta da idade. — Sua expressão passou de surpreso para triste. — Quanto tempo você tem até ir embora?

  – Duas semanas.

  – Tenho duas semanas antes de você me abandonar então... — Disse fingindo estar pensativo.

  – Não estou abandonando ninguém, prometo que passo o resto das semanas com você. — Sorri tentando não demonstrar que estava triste também.

  – Vou sentir sua falta. — Ele fez que iria me abraçar, mas logo me afastei. — O que foi?

  – Vista algo que cubra boa parte do seu corpo, depois eu te dou um abraço tudo bem?
 
  – Qual o problema com a minha roupa? — Tentou se ver de baixo para cima.

  – Que roupa? — Disse levantando indo em direção a porta. — Abre, tenho que voltar.

  – Vou deixar você ir sem um abraço, mas só porque eu já tinha planejado de ir na sua casa hoje de tarde. — Abriu a porta em seguida. — Você tem mesmo que ir?

  – Por favor não faz assim, você sabe que eu sempre quis isso. — Dei meia volta e fui em sua direção. — Sem contar que quando eu perguntei se queria fazer a prova comigo você rejeitou.

  – Eu pensei que não seriamos aceitos por conta da idade.

  – Meu caso deve ter sido sorte, mas você pode me visitar nas férias! — Disse abrindo um sorriso que o fez sorrir também.

  – Só não queimo seu passaporte por isso.

  – Sei... Até mais tarde. — Me virei e saí, ouvindo a porta fechar.

   Seria incrível se meu melhor amigo pudesse ir comigo também, mas ele decidiu não arriscar, espero que a despedida não seja tão ruim como estou imaginando. Espero também que essas duas semanas passem voando porque não vou suportar nenhum minuto no aeroporto.
   Sobre gostar do Daniel, superei, a partir do momento que ele começou a namorar. Namoro que não durou muito tempo por sinal, percebi que estava confundindo as coisas então preferi aceitar apenas sua amizade, que se tornou o bastante pra mim.
   Queria muito conhecer outras pessoas, mas toda vez que me aproximo de alguém fico tímida. Na Coreia será diferente já que ninguém conhece meu verdadeiro jeito, que não é nada extrovertido por sinal. Por mais que eu realmente queira estudar fora, não posso mentir, vou sentir falta da minha família e do meu melhor amigo, vou sentir falta do Brasil.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...