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História Behind The Guns. (Por trás das Armas) - O Fim da Linha


Escrita por: Shantty

Notas do Autor


Obrigada a todos comentários e faves que muito nos inspiram!!!!
Abraços a todos!!!!

Capítulo 21 - O Fim da Linha



O Fim da  Linha
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Leon abotoava o jeans quando um sorriso surgiu em seus lábios. Era interessante observar que Jill pensara em pegar as roupas limpas para trazer ao hospital. Essa era certamente um dos dons femininos, mas Leon não consiga lembrar-se de alguem já ter feito isso para ele antes.
Era bom sentir em Jill uma mulher comum em alguns pontos, mas se Leon pudesse descrevê-la naquele momento, ele certamente diria que ela era única.
Todas as mulheres com quem Leon envolvera-se antes haviam se mostrado interessante desde o primeiro momento, mas com Jill foi diferente. Leon precisara desvendá-la aos poucos para descobrir não apenas uma mulher interessante, mas a mais especial.
Leon conhecia muitas mulheres bonitas, ágeis e inteligentes como ela, mas nenhuma tinha uma personalidade tão forte e tão encantadora.
Leon queria mais, queria conhecê-la melhor, queria estar com ela mais tempo, queria tê-la em seus braços novamente. Ele sabia que a profissão de ambos seria um desafio, mas naquele momento ele queria apenas pensar em todas as coisas boas que aconteceram desde que a conhecera.
O agente levou a mão na camiseta quando ouviu o celular tocar. Ele atendeu prontamente.
_Sente minha falta, não é Hunnigan?.
_Leon. Preste atenção.  A reunião precisou ser antecipada, então você precisara viajar antes, talvez pela manhã.
_ Antecipada? Bom, mas o acordo era que eu viajaria apenas em três dias, certo?
_ Não Leon, precisará viajar antes. São questões políticas.
_ Não dou a mínima para questões políticas. Você sabe disso.
_ Você não Leon, mas nosso governo sim. Precisa representar nosso país como uma das testemunhas de  Lanshiang.
_ Mais investigação?
_ Não. Consegui descobrir que é apenas uma reunião e possivelmente um cerimonial em homenagem as vítimas. Isso é importante para as relações e você...
_ Eles adoram um ritual... Bem agora que eu começava a gostar das férias.
_ É apenas um imprevisto. Mas terá suas férias recompensadas se realmente quiser.
 Leon nada disse, apenas balançou a cabeça em desagrado como se ela pudesse vê-lo como sempre.
_ Leon estou apenas informando-o assim deverá  ficar atento, a qualquer momento ligarei e você deverá embarcar.
Leon sabia da importância das relações internacionais contra o bioterrorismo. Mesmo que estivesse profundamente incomodado com a viagem de ultima hora, não a evitaria.
_ Estou entusiasmado. - ele disse torcendo o nariz.
Quando Hunnigan desligou, Leon pegou a camiseta que colocara sobre a cama e vestiu.  Parece que toda vez que ele começava a gostar das férias, ele tinha as férias interrompidas por alguma razão.
Um carro esperava em frente ao hospital para levar Leon para o aeroporto, onde Quint e Jill o esperavam. Ele decidiu lamentar a viagem depois e apressou-se.
Quando Leon chegou ao aeroporto, Jill esperava-o. O sorriso dela de alguma forma afastou o mal humor que sentia por ter que viajar contrariado. 
_ Bom dia!  - Ela disse ainda sorrindo
_ Bom dia! - Quint disse atrás de Jill.
_ Bom dia. - Leon respondeu os dois.
_ Como você está se sentindo? – Jill deu um passo a frente em direção a Leon e ele pegou a mão dela, ignorando a presença de Quint – estou novo.
_ Ótimo! Não sente dor?
_ Um pouco com o movimento, mas o doutor disse que passará em alguns dias.
Jill sorriu tímida e Leon percebeu que ela parecia desconfortável, talvez pela presença de Quint. Mas mesmo assim Leon não soltou a mão dela, ao invés disso ele beijou-a suavemente.
_ Obrigado pela preocupação, senhorita.
Quint limpou a garganta tentando disfarçar e virou-se para o lado do pequeno avião que os aguardava, caminhando em seguida. 
Jill arregalou os olhos diante do comportamento de Leon. Ao perceber o desconforto de Quint ela olhou para Leon e levantou a mão fingindo um tapa.
Leon fez uma cara de dor e tocou as costas.
_ Injusto agredir um homem convalescente.
Jill balançou a cabeça fazendo careta e deu as costas para ele, mas Leon percebeu que ela ria disfarçadamente.
A viagem de volta, além de rápida, transcorreu tranqüilamente. Jill cochilara o tempo todo e Leon entendeu que ela passara a noite toda acordada ao lado dele.
Quando eles pousaram Jill abriu os olhos. Leon percebeu que ela suspirou aliviada ao identificar que estavam na B.S.A.A. Certamente sentia-se feliz por estar de volta.
Assim que desembarcaram, Quint afastou-se ordenando que trouxessem Grant. Leon seguia Quint, quando Jill entrou no caminho, fazendo-o parar.
_ Não prefere voltar para casa e descansar? Sei que as noites no hospital não são nada agradáveis.
_ Não. Prefiro ver o desfecho. Como não pude participar das ultimas investigações com vocês, prefiro ficar atrás do vidro, mas gostaria de assistir. Acho que todos estamos ansiosos para entender perfeitamente o que aconteceu. 
_ Sim. - Jill balançou a cabeça com o olhar distante – Nem sempre escolho acompanhar todos desfechos, mas esse é diferente. E tudo indica que é uma triste história.
_ Como sempre.  - Leon disse.
Jill confirmou enquanto os dois seguiam Quint a distância.
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_ O que você está dizendo? - Quint perguntou a Larry Smith.
Larry Smith era o advogado de James Grant e estava sentado ao lado de seu cliente, posicionando o laptop sobre a mesa para que Quint e Jill pudessem visualizá-lo.
_ Simples. Vocês estão acusando meu cliente de chantagear o senhor Joseph Brown, mas não perceberam que o culpado pelos e-mails e chantagens é exatamente o homem que consideram vítima, Paul Lopez.
Jill e Quint entreolharam-se rapidamente, mas deixaram que o homem continuasse.
_ Este é o laptop do senhor Paul Lopez, que meu cliente conseguiu pegar com o objetivo de procurar as autoridades e tentar impedir que uma tragédia acontecesse. Vocês estão acusando o senhor Grant, mas as fotos e os e-mails foram enviados pelo senhor Lopez e tudo está aqui, podem investigar. Vocês se esqueceram que o senhor Lopez é quem estava de poder de algum tipo de vírus e poderia facilmente infectar-se para tentar culpar meu cliente, que tentava convencer o senhor Lopez a desistir dos seus planos.
_ Interessante – Quint posicionou o chip sobre a mesa – Mas investigamos e-mails e mensagens de vóz e nos parece que era o Lopez quem tentava convencer Grant a desistir dos seus planos.
_ Ora, oficiais. É fácil investigar e descobrir que ao deixar a B.S.A.A. Lopez teria problema com seu visto e se voltasse para o México, onde nasceu, teria menos assistência médica para a sua mãe. Ele teria mais motivos para chantagear o senador que meu cliente, não concordam? Tudo isso foi um plano arquitetado minuciosamente por ele para que acreditássemos que ele era vítima. Apenas me surpreende perceber que agentes tão experientes como vocês caíram nesse golpe.
Quint olhou para Jill e balançou a cabeça, ela balançou a cabeça de volta e levantou-se, aproximando da mesa e colocando a seringa sobre a mesa. Quint fez um sinal para que ela continuar.
_ Nós encontramos duas digitais nessa seringa. Uma, logicamente do senhor Lopez, e a outra...- ela virou a cabeça - Como me explicaria isso, senhor Grant?
_ Bem... - Grant parecia hesitar – Lopez parecia enlouquecido quando nos encontramos e tentei convencê-lo a desistir disso, então ao ver que ele pretendia injetar-se, tentei evitar, mas não obtive sucesso. Decidi fugir, não seria inteligente de minha parte esperar que ele se transformasse.
_ Sinto muito, mas algumas coisas informações não procedem. A seringa foi identificada a alguns metros da casa, não podemos supor que Lopez teria tempo de afastar-se da casa apenas para desfazer-se dela.
_Com tantas provas contra o senhor Lopez, não é possível que apenas pela posição da seringa vão querer dizer que meu cliente é o culpado e responsável por tudo.
_Certamente não, senhor Smith.  Podemos afirmar que o senhor tem razão quando diz que o senhor Lopez é o responsável pelos emails enviados ao senador. Conseguimos descobrir que ele quem tirou as fotos, portanto o senhor não trouxe nenhuma novidade. Mas o objetivo do senhor Lopez não era chantagear o senador, mas alertá-lo de algum plano que estava sendo arquitetado contra ele e que deveríamos ficar atento a B.S.A.A., já que o perigo partia daqui. Lopez infelizmente errou ao não fazer uma denúncia formal, que poderia ter poupado a vida dele, mas acredito que ele tentava proteger a mãe e temia de alguma forma uma reação do senhor Grant. 
_Isso tudo é absurdo. - Grant disse.
_ Calma, ainda não terminei. - Jill disse colocando um pendrive sobre a mesa – O senhor até agora conseguiu explicar de certa forma todas nossas suspeitas. Mas como o senhor explicaria que alguns dias antes da sua expulsão, as câmeras conseguiram capturar sua imagem no laboratório, onde são feitas análises de samples? Naquele mesmo dia havia chegado algumas amostras para serem avaliadas e curiosamente Lopez não trabalhou durante toda a semana por acompanhar sua mãe no hospital. Como o senhor sabe, todas as samples são destruídas após serem analisadas para evitar acidentes, isso impede que possamos analisar as digitais, mas talvez o senhor não saiba que os relatórios são individuais. Não sei como o senhor conseguiu driblar algumas câmeras, mas conseguimos descobrir nos relatórios daquele dia que em uma das samples, existia uma quantidade de solvente. Portanto, senhor Grant, embora o senhor possua seus dons para driblar as investigações com sua lábia, contra fatos não há argumentos. 
_ Eu não queria infectá-lo, Lopez era meu amigo. Mas ele estava obsecado por tentar me impedir de conseguir tirar dinheiro do senador Brown.  Os políticos são todos corruptos, eu estaria apenas reembolsando nosso dinheiro...
_Quieto – o advogado ordenou
_ Isso não é justo.
Quint e Jill olharam-se sérios. Jill sentia um pesar por Lopez e sua mãe. Lopez tentara impedir seu amigo de cometer um erro e acabara envolvendo-se numa situação sem volta, tornando-se vítima do bioterrorismo pelas mãos do próprio parceiro.
Jill viu Quint pedir que os policiais levassem Grant e assistiu Smith deixar a sala irritado.
Quando ela saiu da sala, Leon esperava por ela com um sorriso nos lábios.
_ Triste resultado, mas é bom saber que tudo está finalmente encerrado.
_  Sim, pelo menos por agora.
_ Agradeço muito o apoio de vocês todos da B.S.A.A. Principalmente você e Quint...
_  Não tem que agradecer, sabe que é nosso dever.
Leon balançou a cabeça e sorriu.
_ Acredito que tenha alguns papéis para cuidar. - Jill balançou a cabeça afirmativamente antes dele continuar - Tenho algo para resolver e precisarei de algumas horas. Mas voltarei aqui ainda hoje e nos falaremos.
_Tudo bem senhor Kennedy. - Jill sorriu.
Leon piscou o olho para ela e sorriu antes de virar-se e caminhar pelo corredor. Jill assistiu-o afastando por alguns segundos e sorriu, antes de virar para o lado oposto.
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Jill saiu do banheiro e apagou a luz antes de amarrar o roupão. 
Depois de várias horas sem dormir e horas fazendo a papelada, ao olhar para sua cama ela percebeu que nada seria melhor que um bom descanso. Ela tinha que confessar que estava feliz por estar finalmente em casa.
Jill olhou para a pequena bagagem ainda não desfeita no chão da sua sala e lembrou-se de Leon. Ele dissera que retornaria para a B.S.A.A. ainda aquele dia, mas não o fizera. Embora conhecesse os contratempos que viviam acontecendo na profissão de ambos, Jill sentiu-se de certa forma triste por ele não ter voltado ou ligado.
Antes que mais pensamentos invadissem sua mente, ela escutou a campainha de seu apartamento. Provavelmente o entregador de pizza chegara.
Jill abriu a porta e recebeu a pizza, pagando e agradecendo o rapaz em seguida. Quando ela ia fechando a porta, uma mão masculina impediu. Jill então afastou-se e percebeu Leon parado a porta segurando uma garrafa de vinho.
Ele olhou para a pizza na mão dela e levantou a garrafa, olhando para ela e sorrindo ao dizer:
_ Quer compartilhar?
Jill sorriu discretamente em resposta, enquanto por dentro dava saltos de alegria.
 



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