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História Behind The Lights - Second Season - Summertime Sadness


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


Leia ouvindo Summertime Sadness da Lana Del Rey

antes de tudo: desculpa ser eu, mas eu sou eu e assim eu sou.

"Dricka já sei porque o Justin se encantou pela Aubrey, até eu já me encantei." - Uma leitora de Behind The Lights

Capítulo 12 - Summertime Sadness


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - Summertime Sadness

                      21 de Março de 2014. – 10h16m PM. – Calabasas, Los Angeles

Blake Berry – Point Of View

Existem momentos na vida da gente em que tudo parece estar desmoronando... e está mesmo. Você se sente pra baixo, triste, angustiado, ao mesmo tempo a raiva queima dentro de você, e então você acaba se esquecendo do lado bom da vida, a verdade é que um mísero minuto pode destruir toda a sua droga de vida, pode te fazer mudar e querer sumir, ás vezes até mesmo... morrer. Se pelo menos houvesse alguém que te entendesse o suficiente pra te suportar desse jeitinho imperfeito que você é, mas não, ninguém é capaz de ficar por muito tempo, você é tão enjoativa, todo mundo se vai tão rápido, qualquer um é melhor do que você, qualquer merda dita por qualquer pessoa é mais interessante do que a sua falta de jeito, sua explosão de sentimentos e o seu jeito um pouco desajeitado e irritante de ser. E bom, era assim que eu vinha me sentindo por muitos malditos e dolorosos dias.

Justin havia mudado como eu nunca pensei que ele seria capaz, eu passava quase o dia inteiro no estágio e quando voltava pra casa ele raramente estava lá, se ele ao menos estivesse trabalhando, mas não, cancelou até mesmo seu desfile pra Victoria’s Secret e toda a gravação de seu novo clipe naquele final de semana onde tudo, tudo mudou.  Ele quase nunca falava comigo e frequentemente chegava bêbado em casa, eu podia ver em seus olhos vermelhos que ele estava chorando e me perguntava se era por mim, da mesma forma que queria entender o que eu havia feito de errado.

Mas isso não era o que mais me irritava, e sim o motivo de toda essa mudança repentina, o fato de que ele e Aubrey tinham se tornado almas gêmeas, e de que ele se esqueceu até de mim pra ocupar todo o seu tempo com ela. Por que tem que ser assim? Já não basta ficar longe do Joey, ter um pai filho da puta e descobrir que a minha irmã que eu nem sabia que existia é uma vadia que veio do quinto dos infernos pra roubar o meu namorado e a minha paz, já não basta sentir falta do meu melhor amigo?

– Você não vai passar por essa porta Justin Drew Bieber, se fizer isso eu não vou estar mais aqui quando você voltar. – tinha me dado um acesso de fúria, estava cansada das suas babaquices, de tudo que ele havia aprontado nos últimos dias, era mais do que eu podia suportar em mil anos.

– Oh, é mesmo? – ele se virou pra trás de repente, um sorriso irritantemente sexy em seus lábios rosados – E por que você faria isso?

– Talvez porque nós não estamos mais dando certo, porque você não está mais dando certo, porque eu não preciso que seja assim, eu estou me sentindo mal Justin, muito mal.

– Hum, me parece penso na consciência. Agora, eu? O que eu fiz de errado?

– Isso é realmente uma pergunta? – raiva queimou dentro de mim – Puta que pariu Bieber, será que você é cego? Desde aquele maldito dia em que meu pai contou toda a verdade sobre a minha vida você age como um idiota, grudou naquela garota como se ela fosse chiclete, eu não sei que feitiço ela fez e não entendo porque você insiste em me manter aqui, insiste em dormir na mesma cama que eu todas as noites se a sua essência, o namorado por quem eu me apaixonei não está mais aqui, principalmente o fato de que você tem que ficar me dizendo o tempo todo que você e ela são apenas bons amigos.

– E nós somos.

– Arghhhh – revirei os olhos – Vai pro inferno!

– Blake, para! – ele segurou meu pulso, com força, seu toque me fez tremer, eles tinham sido raros em muito tempo – Você só precisa acreditar em mim, só isso.

– Tem fotos de vocês dois estampadas em todos os tabloides, eles estão dizendo que você não se contentou com apenas uma Blake, e...

– Desde quando você liga pro que eles dizem?

– Eu não ligo pra isso, mas eu ligo pro que você faz, e o que você faz me deixa muito triste Justin, muito triste.

– Se lembra quando eu falei que as coisas só iriam ser como antes quando você parasse de ser tão orgulhosa e aceitasse conversar com a Aubrey?

– Cara eu entendo que você tenha achado essa história emocionante, entendo que uau ela deve ter sofrido muito na vida por nossa, ter sido criada por empresários muito ricos, por ter tido uma mãe vagabunda, por...

– Amor para, você não pode falar como se ela fosse... se ela fosse alguém ruim ou algo assim, caramba ela sofreu tanto quanto você, imagina só...

– Eu já sei todo o seu discurso, decorei e tudo o mais. Sabe de uma coisa? Eu entendo tudo isso, agora só preciso saber uma coisa, você vai ser o meu namorado ou não? Responda Justin, porque eu não tenho todo o tempo do mundo, aliás eu já perdi um tempo do caralho esperando você voltar dessas baladas super divertidas que a vadia da minha sósia parece adorar comparecer com você.

– NÃO A CHAME DE VADIA – seu tom de voz me assustou, despertando-me de todas as noites mal dormidas, um susto tomando conta do meu ser ao me dar conta de que ele realmente estava com ela, ele me trocou tão fácil por ela. – Blake eu...

– Oh meu... – levei a mão até a boca, em sinal de horror.

– Me desculpe, eu não quis dizer isso, eu só... – ele ainda segurava meu pulso, seus olhos castanhos estavam vermelhos e pareciam tão malditamente distantes, eu sabia que nunca mais os veria brilhar enquanto eu estivesse perto.

– Não encosta em mim! – arranquei suas mãos do meu pulso, afastando-me o máximo que eu consegui, ás lágrimas já brotando no canto dos meus olhos, o horror ainda presente naquela cena dolorosa.

– Amor, espera, você não entende, você não entende... – havia chuva em seu olhar, ele se aproximou, me abraçou apertado, segurando seus braços com força em torno de mim, como se algo queimasse dentro dele, como a raiva queimava dentro de mim.

– Sai, sai! – gritei exasperada, incapaz de fugir do seu corpo quente – Você está me traindo Justin, está me traindo com a minha própria irmã!

– Eu não estou te traindo porra! E pelo que você mesmo diz, ela não é  sua irmã, lembra? Lembra orgulhosa?

– É claro que é imbecil – finalmente consegui empurrá-lo, me desfazendo daquele momento de fraqueza – Posso não considerá-la minha irmã, mas ela continua tendo o meu sangue, continua tendo a porra do meu sangue e o rosto fodidamente igual ao meu. E o principal, ela continua roubando o meu namorado.

– Não consigo entender porque você a odeia tanto. – ele bufou, relaxando um pouco.

Ela tirou você de mim, você acha isso pouco?

– Santo Deus, blackberry jamais diga uma coisa dessas. – e mais uma vez juntou minhas mãos em seu peito, me apertando com força. – Você é a única pessoa que pode me tirar de você, a única.

– Inferno, será que você é único que não enxerga o quanto isso é ridículo? Nós dois, essa cena... eu deveria ter ido embora a muito tempo, no exato momento em que você começou a demonstrar o quanto pode ser feliz sem mim.

– Eu posso. – murmurou ele bem na minha cara, soprando seu hálito quente sobre os meus lábios – Mas eu não quero.

– Me larga, Justin.

– Aubrey e eu somos apenas amigos, eu gosto de estar perto dela, além do mais ela têm se sentido muito sozinha ultimamente, ela não conhece ninguém aqui, e bom, tudo que ela descobriu sobre a sua vida, eu só acho que é coisa demais pra ela suportar sozinha.

– Eu achei que ela tivesse um namorado, não é isso que você vive me dizendo?

– E ela tem Blake, para de pirar!

– Pelo menos eu não sou a única traída da história, coitado do namorado dela, ser trocado pelo Justin Bieber, oh Deus, que horrível...

– Você fica patética assim, sério, muito patética cara.

– Eu não acho que vocês são amigos, ok? Não faz ideia de como doeu ver você passando o seu aniversário de vinte anos com ela, não sabe como foi triste falar com a sua mãe no telefone e nem ao menos saber onde você estava, nem ao menos poder ter te dado um abraço porque estava com muita raiva pra isso. Doeu Justin!

– Me desculpe...

– Desculpas não vão mudar o que aconteceu. – murmurei, me afastando o máximo que eu podia dele – E agora eu sinto muito em dizer isso, mas acabou, eu não quero mais ficar aqui, acabou Justin.

– Não, as coisas não são como você pensa, eu juro!

– Eu não quero saber como as coisas são, eu quero saber do que eu estou vendo, do que eu sinto, e nesse momento eu só quero tirar a porra do meu traseiro dessa casa e parar de ser idiota.

– Você não é idiota.

– Eu sei, isso é passado, eu cansei de ser estúpida.

– Bels, você prometeu que eu era o homem dessa relação, prometeu que eu era o único que poderia terminar o que nós temos, e agora você faz isso!

– Que gozado – gargalhei, sobressaltada – Você me prometeu que eu era única e nós não transamos a quase um mês.

– Então é isso? É tudo sobre sexo? – enquanto dizia essas palavras, Justin começou a desabotoar os botões de sua camisa xadrez, ver seu peitoral incrivelmente sexy não ajudava muito – Não se preocupe, nós temos a noite inteira pra foder Blake!

– Filho da puta! – não pude contar a minha mão quando ela acertou em cheio sua face esquerda, deixando-a vermelha em seguida.

Subi as escadas correndo, sentindo as lágrimas quentes queimarem a minha bochecha, cegando a minha visão até que eu pudesse enxugá-las. Entrei no quarto e tirei as minhas roupas do guarda-roupa, comecei a jogá-las na mala sem ao menos dobrar ou algo assim, joguei até mesmo as do cesto de roupas sujas, peguei minhas coisas no banheiro, peguei tudo que pertencia a mim, mesmo sabendo que deveria ter outras dezenas de coisas espalhadas por aí, sem me importar muito fechei a mala, deixando pra trás qualquer coisa que Justin tivesse me presenteado.

Não me importava.

Comecei a descer as escadas com pressa, quase atropelando a mim mesma com aquela mala grande e pesada, nervosa demais pra pensar na minha segurança, disposta a ir para bem longe dali, onde tudo fosse como deveria ser.

E não do jeito que estava.

– Blake! Blake o que é isso? – Justin me olhava incrédulo, sua mão estava em seu rosto, no local atingido pela palma da minha mão.

– Adeus Justin! – bati a porta com força, fechando os olhos com força por um segundo e jurando a mim mesma que não iria chorar mais.

Entrei na minha BMW que ele havia me dado no meu aniversário, antes do... pesadelo. Eu me encarregaria de devolvê-la pra ele assim que possível, não queria ter nada que pudesse me lembrar aquele idiota. NADA.

E como no dia em que eu sai pra uma boate com os meninos do The Wanted, Justin veio até mim, correndo ele batia no vidro, gritando obcenidades e tentando me convencer de ficar. Mas eu não ficaria, não dessa vez. Eu estava decidida a mudar, a ser forte e não depender de ninguém. Muito menos dele.

– VOCÊ VAI SE ARREPENDER DISSO, PODE APOSTAR QUE SIM!

Fingi não ter ouvido o que ele disse, seguindo em frente com a certeza de que eu estava fodidamente certa na decisão que tinha tomado. É assim que termina a nossa história, e eu sei que é bizarro, mas é a realidade. Nem todo relacionamento dura pra sempre. Nem tudo é um conto de fadas e infelizmente meu castelo desmoronou, meu reinado não durou para todo o sempre e até os príncipes e as princesas chegam ao divorcio. Ele me deixou pela minha irmã gêmea, ele fez a sua escolha, e por mais que ele pedisse, eu nunca iria entender isso.

Depois de algum tempo de viagem estacionei na porta do apartamento onde estavam as únicas pessoas que nunca me deixaram, apesar de todas as malditas vezes que eu os troquei pelo Justin. Falei com o porteiro e ele me deixou entrar, até se ofereceu pra me ajudar com a mala mas eu a deixei dentro de carro, correndo as pressas para o elevador. Ao chegar lá em cima, abri a porta sem fazer a menor questão de bater. Sorri ao finalmente enxergar aqueles lindos olhos azuis sentados em uma cadeira, me olhando com curiosidade e espanto.

 – Connor – sussurrei, minha respiração estava um pouco pesada e acelerada.

Ele se levantou, ainda surpreso, seu cabelo bagunçado como eu me lembrava, sua calça desbotada preferida, com o peito nu mesmo naquela noite gélida. Por mais irritado que ele estivesse comigo por todo esse tempo, havia um sorrisinho no canto de seus lábios sedutores pelos quais eu era completamente louca antes de Justin aparecer na minha vida e bagunçá-la por completo. Eu nunca o desejei tanto quanto naquele momento.

– Blake. – ele piscou lentamente, confuso.

– Eu sei que isso é louco e que eu fui uma idiota, mas eu preciso do meu melhor amigo de volta, e mais do que isso, eu preciso que o que eu sinto aqui dentro pare de doer tanto, porque parece que eu vou explodir, que eu não vou aguentar... você é o único que pode me curar, o único que pode preencher esse vazio, por favor, por favor.

– Mas...

– Eu preciso de você, Col. – imediatamente pulei nele, colocando meus braços em volta de seu pescoço e enroscando minhas pernas em sua cintura, puxando seus lábios para os meus com volúpia, duro.

Ele não correspondeu no início, estava parado, sem se mover, até se dar conta de que eu realmente o queria, que eu realmente estava ali disposta a lhe dar aquela chance que eu nunca pude dar por ser tão burra, tão cega. Em momento algum pensei que poderia me arrepender, a verdade é que nada nunca me pareceu tão certo.

Ao acordar do transe ele então apertou sua mão na minha cintura com força, me colocando sentada em cima da mesa, começou a puxar minha blusa pra cima, fazendo o mesmo com a minha saia, sentir sua língua no meu pescoço era uma das melhores sensações que eu já havia experimentado, era tão certo na minha cabeça.

– Oh, Col – gemi fechando os olhos com força, mordendo o lábio inferior com a mesma intensidade.

– Finalmente – sussurrou ele com um sorriso, me carregando no colo para a sua cama quentinha.

Talvez ele pudesse me fazer acreditar em conto de fadas, de novo.

21 de Março de 2014. – 11h26m PM. – Oak Park, Los Angeles

Justin Bieber – Point Of View

Ela estremeceu quando minhas mãos acariciaram seus braços lentamente, se arrepiou não só pelo frio, mas também pelo que eu tinha pedido a ela pela milésima vez, e como sempre a ouvi negar o meu pedido abafado, olhando para o nada enquanto éramos aquecidos pela lareira do seu apartamento.

– Aub, meu bem, nós precisamos falar com a Blake, isso está... passando dos limites.

– Não. – ela repetiu, autoritária, decidida.

– Mas...

– Não Justin, eu já disse que não! – ela tirou meus braços de seus ombros, se levantando, ficando de pé na minha frente, com raiva – Por Deus, será que você não entende que eu não sou como ela?

– Ela precisa saber. – disse firme, tão decidido como sempre estive.

– Não, ela não precisa e você foi idiota por ter a deixado ir.

– O que você queria que eu fizesse?

– Ficado com ela?

–  Se eu tivesse ficado, se eu tivesse impedido-a, eu nunca mais poderia vir até aqui, nunca mais poderia te ver, e eu não quero que isso aconteça, não quero ficar longe de você, não quero te deixar sozinha, inferno, eu não quero!

– Você é tão bom pra mim – seus olhos borbulhavam em lágrimas, e ela quase nunca chorava, costumava tentar esconder o quanto odiava tudo que estava acontecendo.

– Shh – acariciei sua bochecha gélida, limpando as lágrimas que escorriam por elas.

– Ela não merece o que estamos fazendo, ela não merece ficar sem você, isso é tão errado.

– Eu sei. – murmurei baixinho, puxando-a para os meus braços, como costumava ser desde que nos conhecemos – Mas nós vamos resolver isso.

– Você não pode contar pra ela, não pode.

– Para de chorar. – pedi beijando o topo de sua cabeça – Por favor, Aub.

– Eu não to chorando. – ela riu nervosa, se lembrando de que ela era a garota confidente e louca que nunca chora. – Sabe? Acho melhor nós pararmos de ir pra balada, parar de ficar andando por ai juntos e de mãos dadas, acho melhor você parar de sair comigo, parar de vir até aqui, parar de ser assim... tão doce e perfeito.

– Para Aub, para porque eu nunca, ouviu? Nunca vou me afastar de você, nem mesmo que você queira, de jeito nenhum, nunca. – enchi sua bochecha de beijos, seu corpo magro agora sentado em meu colo enquanto eu a aquecia – Juro por Deus que vai acabar com a minha vida se fizer isso.

– Eu não sei... – disse ela apertando os olhos – Eu só não quero atrapalhar... vocês. Eu sei que você a ama, sei que a ama tanto, tanto.

– Ela é uma parte muito bonita e desastrosa da minha vida, é impossível não amá-la e olha só, você é fisicamente igual a ela, é um dos motivos pra eu estar aqui agora, e  você é irmã dela, eu nunca poderia te deixar, nunca faria isso, eu não poderia...

– Se você a ama tanto... não a deixe ir, por favor!

– Para. – beijei o canto de seus lábios, com força – Não me ache maluco por dizer o que estou prestes a dizer, sei que te conheço há apenas um mês e meio ou algo assim, mas bem,  você é um anjo e todos esses dias que passei com você, eles foram os melhores da minha vida.

– Justin...

– Para de ser chata. – falei, rindo.

– Você não pode fazer isso, não pode me falar isso... não pode!

– Mas eu nem falei nada ainda. – tentei me defender, surpreendido mais uma vez por seu tom de voz.

– Hum, e o que você ia dizer?

– Se você não quer virar uma garrafa de tequila até as cinco da manhã, comprei limões e ainda tem duas na geladeira, bom, pode ser divertido.

– Rá! – ela riu alto – Não é você que vive me dizendo que eu não deveria beber e tudo o mais?

– Sim, mas...

– Eu acho que pode ser uma boa.

– Jura? – eu sorri, de leve.

– Claro, com você sim, pode ser divertido como sempre.

– Ok, mais uma coisa.

– O que?

– Eu te amo.

Ela arregalou seus grandes olhos castanhos e abriu um sorriso, aquele sorriso que seria capaz de mudar o mundo, como mudou o meu.

Em seguida deu um tapa na minha cara, mas de leve, não cheio de ódio como a Blake tinha feito um pouco mais cedo.

– Cala a boca! Eu odeio quando você fica assim, todo sexy, sensual... me faz querer ser a Blake, e olha só que novidade, você nunca fez o meu tipo!

– Então você tem um tipo? – eu estava surpreso, Aubrey é tão original e confidente, nenhum homem parecia ser realmente o tipo dela, qualquer um deles seria muito pouco pra tudo que ela representava.

– Sim, gosto de homens tatuados...

– Eu tenho tatuagens!

– É, mas eu falo de tatuagens que fazem sentido.

Eu dei risada, ela também era uma das pessoas mais sinceras do mundo, eu gostava disso.

– Bom, elas significam algo pra mim.

– Eu sei, mas pra quem vê parece apenas um monte de coisa sem noção.

– Hum, certo.

– Meu tipo de homem é o tipo Johnny Depp sabe? Ele sim é perfeito pra mim.

– Ele não tem muitas tatuagens.

– Ah, mas ele tem algumas.

– Eu achei que você fosse diferente.

– Tipo?

– Que não sonha com galãs de Hollywood e acredita nessas baboseiras.

– Hum... você está aqui, por que diabos eu não acreditaria?

– Ohhh – murmurei – Então eu sou um galã de Hollywood?

Ela assentiu – Só não o meu tipo.

– Não importa – dei de ombros – Sei que você me ama também.

– É, amo.

– Viu? Eu não sou o único louco por aqui.

– Me diz uma coisa – pediu ela – Ultimamente você tem andado um pouco esquisito, quer compartilhar isso comigo?

– Am... não é nada demais, é só... é que ... – meus olhos estavam presos nos seus, ela ansiava pela minha resposta – Eu meio que... sinto falta, am... da Blake.

Ela riu alto, bagunçando meu cabelo.

– Céus você é escandalosa!

– Por que você não vai atrás dela?

– Se eu for, vai ser pra contar tudo! Você quer que eu vá?

– Justin... – e então o sorriso desapareceu.

– Quer esconder isso até quando? – questionei alisando cuidadosamente sua coxa.

– Ela nunca vai saber, nunca.

– Uma hora ou outra, sim, ela vai saber e talvez se não contarmos agora vai ser bem pior, eu iria odiar se alguém fizesse isso comigo, de verdade.

– Jus acorda, sua namorada me odeia.

– Mas se ela souber...

– Esquece caralho! – e é sempre nesse ponto da conversa que ela me convence de ficar calado, quando eu vejo a dor em seus olhos, eminente na raiva que ela deixa transparecer junto ao seu coração batendo mais devagar, desacelerando aos poucos e alterando todo o seu corpo.

– Sinto muito. – sussurrei quando ela saiu do meu colo, suspirando com dificuldade e iniciando uma crise de tosse.

– Só me prometa uma coisa – ela pediu, vindo até mim de novo e envolvendo seus braços no meu pescoço, seus olhos fixos nos meus quando eu queria tanto chorar, mas me mantinha apenas a observando, querendo ser forte por ela – Blake nunca irá saber que eu tenho câncer, nunca irá saber que eu estou morrendo.

Eu não podia prometer aquilo, não podia continuar escondendo da garota que eu amava que a sua irmã estava prestes a ter o mesmo fim que a sua mãe, aquilo já havia chegado a um ponto em que cada minuto era crucial.

– Jesus Cristo, não me peça isso por favor!


Notas Finais


CONTINUA
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