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História Behind The Lights - Second Season - Love Me Like You Do


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


OI AMOOOORES. Desculpa a demora!!! Só queria compartilhar que VI A KYLIE E NOVO sexta feira retrasada, dia 23! Ela veio pra Chicago de novo! Dessa vez o cabelo dela estava curto e preto, ela estava tão linda. ( da primeira vez ela estava com aplique verde). Anyways, espero que gostem do capítulo.

LEIAM OUVINDO LOVE ME LIKE YOU DO DA ELLIE GOULDING beijos.

Capítulo 17 - Love Me Like You Do


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - Love Me Like You Do

 

"Então me ame como só você faz, me ame como você faz, me ame como só você faz, me ame como você faz, me toque como você faz, como só você faz. O que está esperando?"  - Love Me Like You Do, Ellie Goulding

31 de Março de 2014. − 5h15min AM. − Agoura Hills, Los Angeles

Blake Berry P.O.V

A chuva caia forte do lado de fora do apartamento, ouvia o barulho das sirenes e das pessoas mas não conseguia me concentrar em nada além da figura de Aubrey no chão, seu sangue escorrendo pela calçada, eu sabia que todos os seus ossos tinham se quebrado com o impacto, sabia que ela estava morta mas não queria aceitar isso, não queria deixa-la ir... eu estava cansada de perder as pessoas que eu amo. Eu não entendia porque essas coisas sempre aconteciam comigo.

Foi então que alguns homens vestidos de brancos chegaram para leva-la para o IML, mas eu me recusava a soltá-la, me recusava a sair dali, só consegui ficar parada, grudada ao seu corpo ensanguentado, deixando as lágrimas embasarem a minha visão, soluçando tanto que por um momento pensei que havia parado de respirar. Bem que eu poderia ter parado mesmo.

— Não! —  gritei debatendo os pés no chão quando seguraram meus braços me afastando pra trás, para longe da minha irmã — Ela não morreu moço , ela não morreu, ela...

Eles finalmente me soltaram e eu cai de joelhos no chão. Assistir Aubrey ser levada para dentro da vã foi a pior coisa que já aconteceu comigo. Eu pensei que ela ia lutar até o fim, pensei que ela jamais desistiria de viver. Que espécie de pessoa desiste de viver?  Isso não é justo!

— Blake! Blake! — Gerry correu em minha direção, seus olhos estavam cheios D’água, podia ver o desespero em sua face, o ponto de interrogação que também havia dentro de mim. ­ — Blake... — ele se agachou na minha frente, logo passou seus braços ao meu redor, me abraçando tão forte que só me fez chorar ainda mais.

— Ela se foi.

— Eu sei. — ele suspirou no meu ouvido. — Eu também não entendo.

31 de Março de 2014. − 12h15min PM. − Calabasas, Los Angeles

Justin Bieber P.O.V

Uma luz forte penetrou minhas pálpebras me fazendo acordar de um sono profundo, abri os olhos lentamente, mas a luz me fez fecha-los novamente. Onde eu estava? Virei para o lado oposto da janela, só assim pude manter meus olhos abertos. Aquele era o meu quarto, a minha cama. Eu estava fedendo Whisky e usava as mesmas roupas da noite passada. No mínimo fui dormir tão bêbado que mal pude me despir.

— Droga! — resmunguei franzindo a testa ao me lembrar da besteira que havia feito na noite passada.

Quase lentamente me sentei apoiando minhas mãos na cama. Cocei os olhos e me levantei. Precisava tomar um banho por isso comecei tirar minhas roupas, jogando pelo chão até ficar só de cueca. Entrei no box do banheiro e liguei o registro do chuveiro, deixando aquela água quente levar aquele cheiro forte para dentro do ralo. Peguei o shampoo e passei no meu cabelo, enquanto fazia isso comecei a analisar o que tinha acontecido. Quem me trouxe pra casa? Eu só me lembrava de receber uma ligação da Blake e de ter xingado ela. Depois liguei pra Aubrey desesperado pra ela me ajudar mas ela não atendeu. E fim. Não me lembro de mais nada.

Depois do banho vesti uma boxer, uma camiseta e uma calça da Calvin Klein. Passei um perfume e vesti um casaco preto. Los Angeles tem estado mais fria do que o normal ultimamente, ás vezes precisava até mesmo usar luvas. Procurei meu iPhone no bolso da calça que eu usava antes. Confesso que me decepcionei ao ver que ele estava descarregado. 

Guardei-o no bolso do casaco, iria carrega-lo no caminho até o Starbucks. Eu precisava urgente de um café quente.

— Za? — me espantei ao vê-lo deitado no sofá assistindo televisão.

— E ai dude. — ele riu sarcástico — Está a fim de tomar uma?

— Cala boca! — me direcionei até a cozinha e pude ouvir seus passos logo atrás de mim — Você me trouxe pra casa ontem a noite?

Ele se sentou no balcão de granizo.

— Como adivinhou? — ele jogou uma maçã no ar antes de mordê-la — Bieber você tinha que ver como cê tava bêbado! Foi tipo muito louco, dessa vez você desmaiou bem na minha frente! Deu sorte que não tinha nem um paparazzo a vista!

— Eu acho que xinguei a Blake ontem a noite man, maior vacilo!

— Eu sei — ele gargalhou — E o mais engraçado foi que você me ligou me chamando de Aubrey. Sabe aquela balada que meu amigo trabalha? Eu estava lá, é pertinho do bar onde você tava bebendo.

—  O que eu faço em?  — a pergunta era mais pra mim mesmo do que pro Za.

— Não sou muito bom com conselhos mas se eu fosse você esperava um pouco, depois ligava pra ela na cara de pau perguntando se ela está bem e...

Revirei os olhos e estalei meu dedo no boné dele enquanto saia da cozinha.

Ai o interfone da mansão tocou.

— Quem é?

— A Srta. Blake está aqui! — disse o segurança da portaria. — Posso deixa-la entrar?

— Que espécie de pergunta é essa? — indaguei, incrédulo — É claro que pode seu imbecil! — desliguei na cara dele, é cada coisa que me aparece.

— Acho que você está ferrado! — Za deu um tapa na minha bunda ao passar por mim. — Aposto que ela veio aqui pra te matar!

— Que garoto esperto! — me assustei quando Blake abriu a porta de repente, com uma certa pressa e urgência — É isso mesmo que eu vim fazer aqui. — ela veio na minha direção, tão rápido que eu mal tive tempo de pensar —  Vim trazer essa merda pra você! — ela jogou um papel dobrado em cima de mim.

— O que é isso? — me agachei para pega-lo, ainda completamente confuso. — Fez uma carta pra mim?

— Aubrey fez. — havia mais dor naquelas palavras do que em qualquer outras que já ouvi em minha vida — As últimas palavras que ela escreveu na verdade.

E então eu levantei os olhos, só naquele momento percebi como a Blake estava, os olhos fundos como os de quem chorou a noite inteira, a roupa suja de sangue assim como suas mãos e o canto de seu rosto. Aquela cena fez meu coração acelerar tão depressa que pensei que ele iria sair pela boca. Eu não saberia explicar o que  se passada dentro de mim naquele momento mas sabia que era a pior coisa que já senti. Não foi fácil ouvir o que ela disse. O que aquilo significava?

— Ela viajou? — minha voz saiu tremula, não queria ouvir a verdade mesmo sabendo lá no fundo o que estava acontecendo. Blake fechou os olhos apertando-os com força , liberando mais lágrimas do que eu já a vi derramar antes. — Não é?

— Você já devia saber que todas as pessoas que eu amo vão embora.

Dai eu chorei.

Eu senti vontade de gritar também.

Mas não gritei.

Fiquei apenas chorando ali parado, vendo a Blake ir embora. A carta da Aubrey na minha mão e um aperto inexplicável dentro do coração. Queria pedir pra que a Blake ficasse, queria conversar, queria entender... mas estava chocado demais para conseguir me mover.

 

01 de Abril de 2014. − 4h10min PM. – Beverly Hills, Los Angeles

Era primeiro de Abril e eu daria tudo para que aquilo não passasse de um pesadelo. Eu estava com dor na alma e no coração. Meus olhos estavam inchados porque havia passado a noite passada e o dia de hoje inteiro chorando, até que simplesmente não havia mais lágrimas. E lá estava eu no meio de várias pessoas naquele cemitério, grande parte dos meus amigos estavam ali afinal eles tiveram a oportunidade de passar algum tempo com a Aubrey e estavam tão tristes quanto eu. Ryan estava ao lado do padre ouvindo as palavras que ele dizia, seu semblante não estava muito diferente do de todos ali. Ele estava sofrendo. E muito.

Depois de algum tempo o padre deixou com que as pessoas pudessem dizer suas últimas palavras a Aubrey.  Gerry foi o primeiro, com um discurso emocionante e cheio de lágrimas. Eu nem conseguia imaginar o quanto aquilo era difícil pra ele, afinal de todos nós, ele era o único que a conhecia desde que ela nasceu. Ryan também falou algumas coisas, depois foi a vez de Connor  e em seguida duas garotas que teriam vindo da cidade onde Aubrey morava, elas eram suas melhores amigas de infância.

— Mais alguém? 
— assim que o padre pronunciou essas palavras todos tornaram seus olhares para mim, já que a Blake tinha sumido no dia anterior e ninguém mais conseguia encontra-la.

Balancei a cabeça, como que respondendo aos olhares.

— Eu tenho. 
— e então todos se viraram para o pequeno Joey que estava ao lado de seu tio, com uma rosa na mão.

Pela primeira vez consegui abrir um pequeno sorriso.

O dia estava nublado e o céu acinzentado. Não havia sol.

Estava mais do que claro que uma tempestade se aproximava dali algum tempo.

— Sabe, ano passado eu perdi a minha mãe. Ela era linda como essa rosa, sempre que eu estava triste minha mãe sabia como me fazer ficar bem. Meu pai ficava muito bravo porque ela me defendia quando eu fazia travessuras. Ai há alguns meses me falaram que eu tinha outra irmã, quando a conheci foi como se eu visse a minha mãe. A Aubrey sempre me deu doces, quando saíamos pro shopping ela me dava tudo que eu queria, e quando eu fazia birra porque queria algo a Blake brigava comigo, e ai a Aubrey me dava o  que eu queria e a Blake ficava muito brava. Era a mesma coisa de antes, só que com minhas irmãs. Eu a amo tanto, tanto. 
— ele olhou pra mim, seus olhos carregados de lágrimas, me deixando desequilibrado 
— Eu não sei porque ela se jogou lá de cima, e eu não posso julga-la porque eu não sei o que é ter câncer, não sei o que é acordar todos os dias sabendo que vou morrer. Mas eu fico muito irritado de saber que ela preferiu acabar com essa dor assim. As pessoas vão embora sem pensar no quanto elas vão fazer falta. 
— ele abaixou a cabeça encarando o caixão  a sua frente 
— Aub se você estiver me ouvindo eu queria dizer que eu te amo e sinto sua falta. Descansa em paz maninha. 
— e então ele jogou a rosa sobre o caixão e deixou as lágrimas escorrerem por seu rostinho.

Me virei de costas e comecei a caminhar para longe dali, não aguentaria ficar até o final, ver aqueles homens jogando terra sobre o caixão seria demais pra mim. Estava desorientado, com as pernas bambas. Acho que nunca perdi alguém que eu amasse tanto assim, por isso não sabia como lidar com aquilo. Aquilo era tão estranho.

Então é isso que as pessoas fazem? Seguem em frente como se nada tivesse acontecido? Como? Você perde uma pessoa e  simplesmente segue em frente? Quer dizer, quão injusto isso é? Não tem como conhecer uma pessoa, ter ela como parte da sua vida e depois aceitar que ela não está mais aqui.  Jamais poderia aceitar isso, jamais poderia me conformar.

Me conformar com a morte.

Aquele era o dia mais triste da minha vida, e eu nem se quer podia fazer qualquer coisa pra muda-lo.

Enfiei a mão no bolso em busca da chave do carro e senti meus dedos tocarem não só a chave como também o papel branco que Aubrey havia escrito provavelmente a menos de 48 horas. Eu ainda não a tinha lido, o que quer que ela tenha dito... eu sabia que não estava pronto pra saber.

Destravei o carro ao notar que as pessoas estavam começando a sair do cemitério, a caminho do estacionamento. Muitos fotógrafos estavam ali, aquilo me deixava ainda pior, não posso ter privacidade nem em um enterro! Mas dessa vez eles não iam ter o que queriam, me joguei no acento de motorista e dei ré por alguns metros, depois virei a direita e parei o carro atrás de algumas árvores.

Ri fraco ao vê-los perguntando as pessoas se eu estava ali, eu não podia ouvir a voz deles mas o desapontamento em suas faces denunciavam tudo. Infelizmente parei de sorrir quando abaixei a cabeça e avistei a folha dobrada em quatro partes, sobre a minha mão.

Tentei não pensar no que estava fazendo quando comecei a abri-la. Mal notei o quanto minhas mãos tremiam. Era muito estranho pensar que eu estava prestes a ler uma carta de uma garota que há uns três dias havia me dito que queria continuar vivendo. Ah qual é! Quando é que as coisas vão começar a fazer sentido?

“ Oi Biebz! Bom, não sei bem como começar, você deve estar muito bravo não é? Eu aposto que sim, posso até imaginar seus olhos cor de mel sendo revirados a cada segundo desde que soube do que eu... do que eu estou prestes a fazer. Vai por mim, eu posso ver seus punhos fechados, os cotovelos ligeiramente dobrados, como quem quer dar um soco na própria vida, como quem não entende. E olha, eu também não entendo. Eu sou louca? Talvez. Quem sabe. Eu não vou pedir que você entenda porque como eu disse, nem eu mesmo entendo. E se você achar que a culpa é sua, por favor, não se culpe nem por um segundo. No fim eu acho que eu fui um erro. Deve ser por isso que o meu próprio pai me deu para sua amante, deve ser por isso que eu não tive a chance de conhecer minha mãe biológica e também por isso que perdi os meus pais de criação em um acidente. Algumas pessoas simplesmente não nasceram pra ser feliz.

Me perdoa? Eu sei que eu prometi, eu sei disso mas eu nunca fui de cumprir promessas. Justin o que aconteceu entre nós dois foi lindo, sem dúvida a melhor noite da minha vida, aliás todos os momentos que eu passei ao seu lado foram os melhores, só que será que você não percebe que você não ama mais ninguém além da Blake? Será que não percebe que não conseguiu esquece-la mesmo estando ao lado de uma pessoa idêntica a ela? O que isso diz sobre como você se sente? Você não vê? Não a deixe escapar Biebz, não deixe que ela acabe se casando com um homem qualquer. Só estou dizendo isso porque sei que ela nunca vai encontrar ninguém que a ame como você. Meu anjo ela precisa de você agora, mais do que jamais precisou antes. Não a deixe sozinha. Faça ela entender que a minha morte é só coisa da vida, faz ela feliz. Mostra pra ela que mesmo com todas essas luzes você ainda é o homem dela. Sempre será.

Nós saímos pra fazer compras e ela estava tão triste porque vocês brigaram aquele dia, eu podia ver em seus olhos o quanto ela se importa. De alguma forma me sinto culpada porque a verdade é que desde que eu cheguei o mundo de vocês dois parecem ter desmoronado. Mesmo que você não concorde comigo, faça me o favor de concertar isso enquanto há tempo. Quero que vocês fiquem juntos. Eu realmente quero. E tem mais uma coisa, toma cuidado com as decisões que você toma, você sabe que esse mundo é cruel e tem um monte de gente dentro dele tentando te destruir, eles querem te ver cair. Não deixem eles conseguirem. Sinto muito por tudo, Justin. Eu te amo, meu menino."

Promete?

Com amor, Aubrey Hastings.

— Prometo. — respondi, sentindo minhas pálpebras pesarem enquanto mais lágrimas surgiam, rolando pelo meu rosto. — Eu prometo minha Aub. — encostei minha cabeça no volante, chorando compulsivamente, soluçando e batendo os pés com força.

Eu juro que nunca senti um aperto tão grande no coração.

Depois de alguns minutos tentei me recompor. Guardei a carta de volta ao meu bolso no exato momento  em que meus olhos se voltaram para o lado de fora do carro. Minha visão estava embasada, mas não o suficiente para me impedir de ver a Blake. Seus longos cabelos estavam pretos de novo, seus cachos caiam lindamente sob suas costas. Aquela cor sem duvidas combinava com seu short e a sua blusa, que também eram pretos. Não havia mais ninguém ali, ninguém além dela.

Ela precisava de um tempo sozinha, mas eu precisava dela. E eu não a iria deixar escapar nunca mais. Nunca mais. Comecei a segui-la sem que ela percebesse afinal ela andava de cabeça baixa, tão tristinha. Me partia o coração vê-la assim.

Seus olhos percorriam cada canto, procurando pelo túmulo de sua irmã.

— Logo ali. — minha voz saiu roca, ela se virou pra trás, se assustou de inicio mas depois curvou os lábios e voltou a caminhar.

Vi-a parar assim que avistou a capsula que com certeza não queria que estivesse ali.

“Aqui descansa Aubrey Hastings.”

Blake caiu no chão, gemendo e se encolhendo. Junto com ela caiu a chuva acompanhada de dois trovões seguidos por um raio. Eu sabia que uma tempestade estava se aproximando.

— Você está bem? — eu sabia era uma pergunta idiota, mas eu odiava com todas as minhas forças vê-la assim.

— Por que? — ela perguntou ao túmulo, ignorando a minha pergunta — POR QUE?

— Bels...

— POR QUE AUBREY? POR QUE? — obviamente ela continuava a me ignorar, gritando enlouquecidamente, como se estivesse perdendo a razão.  — VOCE ACHA O QUE? QUE É SO SE JOGAR DE UM PRÉDIO E ESTÁ TUDO RESOLVIDO? QUER SABER? EU ODEIO VOCÊ E VOCÊ REALMENTE NAO DEVERIA TER APARECIDO NA MINHA VIDA. VOCÊ AUBREY, VOCÊ É UMA IDIOTA! ESTÚPIDA! NINGUÉM TE ENSINOU QUE NAO PODEMOS APARECER NA VIDA DE ALGUÉM E SIMPLESMENTE IR EMBORA SEM SE DESPEDIR? O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO?  ENTAO TA, VOCE ACHA MESMO QUE ESSA CARTA ESTÚPIDA VAI ME FAZER ESQUECER DO QUANTO VOCE ESTA ME FAZENDO SENTIR HORRIVEL. OLHA AQUI, ESSA CARTA — ela tirou o papel de sua bolsa, e começou rasga-lo em vários pedaços.

— BLAKE! — tentei impedi-la, mas já era tarde demais. — Blake! — repeti, abraçando-a  por trás, assistindo aquela crise de choro compulsivo, seu corpo gelado e tremulo em meus braços. — Por favor se acalma!

— Ela não devia ter feito isso, não devia!

— Eu sei. Dói em mim também.

— Mas...

— Hey. — sussurrei em seu ouvido, sentindo seu rosto descansar sobre meus ombros, minhas mãos passeavam carinhosamente sobre suas costas — Vai ficar tudo bem, eu prometo.

— Você não pode me prometer nada. Não pode trazê-la de volta.

— Eu sei blackberry — abracei-a o mais forte que podia enquanto ela inundava meu casaco com seu choro compulsivo — Sei que não posso trazê-la de volta e acredita em mim, me odeio muito por isso. — levantei a cabeça — Mas olha — segurei seu queixo, fazendo com que ela olhasse pra mim — Pelo menos eu posso te fazer tão feliz que não vai mais doer  tanto assim.

— Justin...

—Shh... — pressionei meu polegar direito contra seus lábios fechando-os levemente contra os meus logo em seguida.

— Mas...

— Eu tenho certeza que Aubrey iria querer isso se ela estivesse aqui. — suspirei ofegante, fraco demais para conseguir conter a vontade imensa de beijá-la.

- COLOQUE A MÚSICA PRA TOCAR AGORA! LOVE ME LIKE YOU DO, ELLIE GOULDING  -

Ao notar que ela não iria mais protestar deslizei meus dedos por sua nuca subindo-os até os seus cabelos, trazendo seu rosto pra mais perto. Logo nossos lábios novamente se encostaram, em um beijo de verdade dessa vez. Mas não foi qualquer beijo. Havia um sentimento diferente ali, mais profundo. Como se fosse a primeira vez. Era uma mistura de intensidade com calmaria, água com fogo... era como estar em casa novamente. Céus, como eu sentia falta daqueles lábios macios.

A chuva caia forte sobre nós tornando aquele momento ainda mais intenso. Eu não conseguia parar de mover minha língua severamente contra sua boca, assim como não conseguia tirar minhas mãos de sua cintura, onde elas faziam pressão para que nossos corpos ficassem o mais próximo possível. E ainda não parecia ser suficiente. Eu estava com tanta saudade daqueles pés levantados até o meu alcance, saudade dos meus braços envolta daquela cintura fina.

Era bom viver de novo.

— Uau... — Blake procurava por ar ao despertarmos daquele momento maravilhoso e quase surreal a circunstancias em que estávamos.

— Eu sei. — sorri apertando seu nariz e pegando sua mão, a qual apertei com certa força — Vamos sair daqui.

Começamos a caminhar até o carro em silêncio, ouvindo apenas o barulho da chuva que nos encharcava cada vez mais.

— O que está fazendo? — senti vontade de rir com sua expressão assustada logo depois que a empresei contra a traseira do carro, fiz questão de cerca-la com meus dois braços para que ela não escapasse. — Nós estamos... — eu beijava seu pescoço com ferocidade, causando arrepios por todo seu corpo — Cemité... — uma de minhas mãos gélidas subiram para dentro de sua blusa, ela gemeu quando alcancei seu seio esquerdo. — Puta que pariu!

— É ridículo lutar contra isso. — sussurrei em seu ouvido — Ou você não gosta?

— Não po...demos. — sua voz era arrastada, ela estava tentando seriamente resistir, mas no fundo sabia que quando se trata de nós dois somos fracos demais.

Abri o zíper de seu short e enrosquei meus dedos na fina tira da sua calcinha de  renda, sua respiração imediatamente ficou mais rápida, podia ouvir seu coração batendo descompassado, não havia nada mais prazeroso do que vê-la fechar os olhos sentindo o prazer das minhas caricias em sua intimidade.

— Isso parece errado blackberry? —minha voz saiu ofegante em seu ouvido, uma arrepio fez com que ela se contorcesse usando seu ombro.

— Oh meu Deus...

— Parece? — repeti, eu a estava torturando.

— Foda-se... foda-se!

Ela finalmente cedeu, levou meus dedos direto para dentro de sua calcinha, seu desespero a deixava tão malditamente sexy. Caralho, ela estava tão molhada, eu queria fodê-la agora. Estimulava seu centro de prazer sentindo o quão pronta ela estava, porra ela também sentia falta. É claro que sim. Nós dois sempre vamos ser a calmaria depois de uma tempestade.

— Oh Fuck! — ela abriu a boca em um gemido excitante, pousou sua mão sobre a minha fazendo com que eu a masturbasse ainda mais rápido, aquele tesão estava fazendo meu pau quase explodir dentro da cueca.

— Você gosta disso? — mordi os lábios enquanto enfiava dois dedos dentro de sua intimidade, ela arfou quase delirando, eu apertava sua bunda com a outra mão, queria tocar cada canto do seu corpo.

— Yeah. Yeah.  — ela mantinha os olhos fechados e a boca aberta.

Nesse momento ela me deixou sobre controle novamente, mas isso apenas para que ela tivesse a chance de abrir o zíper da minha calça que em cerca de segundos estava escorregando sobre meus joelhos até cair no chão. O mesmo aconteceu com o short que ela usava. Ela sorriu ao ver a ereção  e então agachou me obrigando a tirar a mão de sua calcinha.

Holly Fuck! Ela estava muito irresistível naquela posição, ainda mais quando ela levantou seus braços pra que eu tirasse sua blusa.  Em seguida desceu minha boxer e envolveu meu pau na sua mão direita. Ele estava duro como jamais esteve. E eu? Eu estava no paraíso. Já tinha quase esquecido o quanto ela é boa nisso.

Ela me masturbava cada vez mais rápido, chupando minhas bolas e deslizando sua mão no meu pau, em movimentos habilidosos e profissionais de vai e vem. Essa mulher sabe como fazer um homem feliz na cama... ou em um cemitério. Tanto faz. Em qualquer lugar.

— Aposto que gosta disso. — ela riu, começando a chupa-lo, tão deliciosamente que eu poderia gozar a qualquer momento.

— Não faça isso... —  ordenei com a respiração descompassada, logo segurei seus braços até que ela se levantasse.

Não trocamos nenhuma palavra até que eu abrisse a porta de trás do carro e a jogasse com brutalidade no acento. Seus cabelos longos caindo sobre seus seios me deixava até meio zonzo.  Ela se afastou com seus cotovelos apoiados no banco de couro para que eu ganhasse um pouco mais de espaço.

— Pagar boquete na chuva é definitivamente algo que eu tenho que adicionar pra minha lista de coisas mais inusitadas do mundo.

— Sabe o que é mais inusitado? — indaguei puxando sua calcinha e jogando na grama.

— Hey! — ela protestou tentando se levantar, mas impedida por mim.

— Eu te fiz uma pergunta. — meu corpo estava pesado sobre o dela.

— Tá. — ela resmungou quando estava ficando sem ar. — O que é mais inusitado?

— Nós dois transando em um cemitério. — cochichei em seu ouvido. —Aposto que nunca teve uma fantasia assim.

Ela riu.

— Quem disse que...

— Cala boca! — puxei suas pernas com força e ela bateu sua cabeça na porta, seu gemido de dor soou tão excitante. — O que acha disso? — pousei meus olhos sobre ela enquanto esfregava a cabecinha do meu membro em sua intimidade, ela estava tão molhada, tão gostosa.

— Justin... — ela gemeu fechando os olhos, se contorcendo.

— Como é que se fala mesmo?

— Por favor! — ela implorou.

Dei um sorrisinho e finalmente a penetrei com certa brutalidade, estava com tanta sede dela, havia tanto tempo que não ficávamos juntos que nem uma noite inteira seria capaz de saciar a minha vontade. Eu segurava suas pernas e a fodia bem rápido, sentia suas grandes unhas arranharem minhas costas, o barulho de nossas virilhas se tocando era como uma música sendo tocada na mais perfeita sintonia. Sabia que não havia outro lugar no mundo em que eu deveria estar.

Olhei para a Blake, seu rosto estava soado, a respiração acelerada e entrecortada,  olhos fechados e a boca levemente aberta em gemidos leves.

— Eu te amo.

 Mordi os lábios após pronunciar essas palavras, não havia planejado dizê-las, nem que soassem tão verdadeiras. Blake abriu os olhos lentamente, um pequeno sorriso brincava em sua boca carnuda, observei-a apoiar-se nos seus cotovelos para levantar seu corpo a altura do meu rosto.

   — Eu também.

   Tirei uma mecha de seu cabelo que estava grudada em sua testa e depositei um selinho em seus lábios.

    — Justin! — senti sua intimidade se contorcer contra meu pau.

    — Porra! — gritei após tirá-lo de dentro dela, gozando vergonhosamente sobre o chão do carro. — Droga!

    — Jesus Cristo! — ela riu, me puxando para mais um beijo.

Cerca de um hora depois.

— Você acha que Deus vai perdoa-la— a voz de Blake me fez despertar, estava há apenas alguns minutos de casa.

— Perdoar quem? — olhei pra ela por um breve segundo antes de uma curva.

— A Aubrey. — ela disse como se fosse óbvio — Por ela ter cometido suicídio.

— Espero que sim. 

Ela suspirou.

— Nós precisamos conversar.

— Não! — pedi quase gritando. — Hoje não, por favor!

— Eu não quero repetir os mesmos erros, se formos ficar juntos dessa vez, que seja do jeito certo.

— Blake. — descansei minha mão direita sobre a dela — Meu amor. — ela olhou pra mim — Tem como a gente fingir que não há nada no mundo que poderia tirar você de mim? Tem como esquecermos só por hoje de tudo que já aconteceu? Eu tive um péssimo dia e preciso de você. 

Ela apertou minha mão sem dizer nada.

E nem precisava.


Notas Finais


é isso, beijos!!! prometo que não demoro tanto a postar o próximo!

qualquer duvida na ask.fm/jbieberhorny hehe!


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