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História Behind The Lights - Second Season - Apologize


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


Olha só quem atualizou em menos de uma semana!!!!!

Só queria dizer que a partir de agora BTL toma um rumo diferente. Sinto que antes eu estava postando mais por pressão do que por diversão. Ultimamente voltei a sentir aquela animação, aquela vontade de escrever sabe? Sei que vocês vão notar isso nesse capítulo. Tenho um ótimo enredo pra BTL agora e espero que vocês gostem.

Leiam ouvindo Apologize!

Amo vocês meus amores!

Capítulo 18 - Apologize


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - Apologize

Sempre odiei acordar com o sol na minha cara. É uma das coisas que mais me irritam no mundo. Sabe aquela luz forte sobre os seus olhos depois tê-los fechados por tanto tempo? Mas ai acabei descobrindo que sim, existe uma coisa pior do que isso: acordar em uma cama que não é a sua. E ai você sente aquele corpo quente respirando ao seu lado, logo percebe que suas pernas estão entrelaçadas, sua cabeça esta encostada em seu peito... e apesar do susto você se sente tão bem. A pior parte é quando você puxa o edredom e percebe que está nua, aquele cheiro de erro pairando pelo ar.

O ser humano é sem dúvidas a espécie mais fraca do mundo.

– Merda! – resmunguei baixinho me levantando da cama, tinha sido quase impossível me desvencilhar de Justin sem acordá-lo.

As lembranças da noite passada me envergonhavam. Transar com ele em um cemitério no dia do enterro da minha irmã? A que ponto eu havia chegado. Que Deus me perdoe! Mas ah, como eu poderia resistir a ele? Acho que nunca fui capaz de fazer isso, porque somos como um imã, nos atraímos compulsivamente. Por um lado eu meio que me sentia estranha, a verdade é que estava cansada de no final acabar sempre voltando pra ele. Eu sou tão vulnerável e tola. Por que eu não posso ser como a minha mãe? Sei lá, queria ter herdado pelo menos um pouco da determinação que aquela mulher tinha. Se ela falasse para o meu pai que queria a lua, ele iria buscar pra ela sem contestar. Mesmo que ele a tenha traído, ele nunca deixou de trata-la como uma princesa e sempre a colocou em primeiro lugar, isso porque ela era quem mandava na casa. Nada de homens machistas naquela família.

Abri o closet que estava ao lado esquerdo da cama e tentei encontrar minha gaveta, eu sempre deixava algumas roupas lá quando a gente namorava, naquele momento queria muito que elas ainda estivessem ali. Ainda me impressionava com a quantidade de tênis e bonés que haviam naquele closet gigantesco. Bingo. Peguei uma calcinha, um short e uma camiseta  de mangas compridas.

Quando voltei ao quarto Justin ainda dormia profundamente, agora de bunda pra cima. Ele estava apenas de boxer, era preta. Comecei a percorrer os olhos por seus cabelos, costas... aquilo não foi uma boa ideia, me arrepiei de imediato balançando a cabeça. Uma risada então escapou dos meus lábios e eu me virei para o banheiro. Como eu já estava nua simplesmente entrei no box e liguei o registro do chuveiro.

– Ai! – grasnei com o choque da água gelada sobre o meu corpo.

Fiquei longe do chuveiro deixando apenas minha mão sobre a água, esperando que ela ficasse quente logo. Revirei os olhos ao notar que tinha quebrado uma de minhas unhas. Assim que a água esquentou finalmente pude senti-la cair sobre mim, eu fechei os olhos com aquela sensação maravilhosa. Ah, nada melhor que um banho! Tomar banho sempre me fez sentir leve, é como se todos os seus problemas estivessem descendo pelo ralo.

Ali permaneci por pelo menos mais vinte minutos. Tive que usar o shampoo e condicionador do Justin. Por sorte, deu certo pro meu cabelo, foi tão fácil pentear. Peguei a toalha branca como a neve e me enxuguei sem pressa alguma. Depois de um longo suspiro comecei a vestir a roupa que havia deixado em cima da pia. Mal tinha vestido o meu short quando um senhor Justin Bieber entrou no banheiro sem ao menos bater na porta.

– Que susto! – o empurrei, tendo uma gargalhada como resposta.

– Bom dia meu amor. – argh, odiava aquele sorriso extremamente perfeito capaz de fazer tudo ficar bem, ou parecer bem.

Revirei os olhos.

– Bom dia Justin.

– Dormiu bem? – ele perguntou despreocupadamente tirando seu membro da sua cueca e puxando a tampa do vazo.

– O que você... – antes que eu terminasse de falar ele mirou o vazo e começou a mijar.

– Nossa... – ele fechou os olhos por um breve segundo – Melhor que mijar de manhã só fazer sexo mesmo.

– Nojento!

– Você não mija? – retrucou ele após seu “ato”.

– Não na frente dos outros.

– Desde quando você é os outros?

– Ai esquece!

– Hum, acho que alguém aqui ficou sem argumentos.

– Para de me provocar Bieber!

­– Para de me provocar Bieber. – ele repetiu as minhas palavras de uma forma engraçada.

– Arghhhh! – sai irritada batendo a porta atrás de mim, pude ouvir sua risada vindo do banheiro.

Desci as escadas e fui até a cozinha.

Comecei a preparar ovos mexidos e bacon. Aquela cozinha era maravilhosa, muito fácil de cozinhar porque tem tudo que se precisa, juro que não tem uma coisa nesse mundo que não tenha naquele lugar. Eu havia colocado algumas waffles para esquentar e enchido dois copos de leite, que estavam no balcão.

Não demorou muito pro Justin aparecer com o cabelo molhado e bagunçado, vestido em apenas um short, as gotas escorriam por seu abdômen. Deus do céu, tive que desviar os olhos de volta ao que estava fazendo. Isso o fez rir.

– Bom dia bom dia bom dia. – senti seu abraço nas minhas costas, seu rosto na curva do meu pescoço, seu cheiro delicioso.

– De novo?

– Você está linda.

Uma gota caiu na frigideira fazendo com que o azeite espanasse.

– Justin!  

– Foi mal. – ele se afastou, puxando uma cadeira no balcão. – Isso está com um cheiro tão bom.

– Obrigada. Pode pegar a forma no micro ondas? – pedi assim que ouvi o bipe.

Ele não respondeu, em vez disso atendeu ao meu pedido.

– Onde está o Maple Syrup? – perguntei dividindo os ovos e o bacon entre os dois pratos.

– Segunda gaveta a direita.

– Nossa eu jurava que tinha procurado aqui. – falei me abaixando – Por que você não coloca na geladeira?

– Não cozinho muito.

– Mas você adora cozinhar.

– Nem sempre tenho tempo.

– Nem pra mim?

– Pra você todo o tempo do mundo. – ele me deu um rápido selinho e eu sorri.

– Vem, vamos tomar café da manhã.

Depois de longos minutos Justin quebrou o silêncio.

– Eu sempre me perguntei por que eles chamam essa refeição de café da manhã se nem sempre tomamos café.

Dei risada.

– Que?

– É sério, você nunca pensou nisso?

– Minha mãe falava “lanchar”.

– Mas lanchar você lancha a qualquer hora do dia.

– Então pode ser lanche da manhã, lanche da tarde, etc.

– Talvez. – ele deu a última garfada – Isso está uma delicia.

– Obrigado.

– Blake. – Justin me olhou enquanto bebia um gole de leite – O que estava escrito na carta que a Aubrey escreveu pra você?

– Eu não li. – respondi, um pouco triste por ter que me lembrar disso.

– Você rasgou sem ler? – seus olhos estavam arregalados em incredulidade.

– Na vida fazemos coisas sem pensar.

– Tudo bem.

– Algum plano pro fim de semana?

– Na verdade sim. – ele respondeu – Eu estive pensando, nós passamos por tanta coisa recentemente... o que acha de irmos pro Japão por uma semana?

– O que? – ele me pegou de surpresa.

– Se lembra de quando estávamos em um parque em Miami ano passado e você me disse que adoraria conhecer Tóquio?

– Eu sei mas...

– Já comprei as passagens.

– Justin! – protestei e ele riu apertando minhas bochechas de leve.

– Vai ser divertido. – garantiu – Além do mais nós vamos conhecer outras cidades do Japão também.

– Hum...

– Por favor diz que sim. – ainda sentado ele tinha seus braços em torno da minha cintura, com aquela carinha de cachorrinho sem dono que quase sempre funcionava comigo.

Fiquei olhando pra ele por alguns segundos, já tinha tomado minha decisão mas adorava tortura-lo. Aquela viagem era o que eu mais precisava naquele momento,  precisava fugir de todos os meus problemas, fugir do luto que aquela cidade me fazia lembrar. Ficar ali só tornaria tudo mais difícil.

– Ok, ok!

– Por isso que eu te amo. – ele festejou me abraçando forte.

– Menos, bem menos. – me levantei da cadeira – Pode colocar as vasilhas na máquina de lavar? Percebi que tem um monte de roupa suja no seu quarto, vou por pra lavar e depois vemos sobre a viagem.

– Combinado. – Justin sorriu pra mim.

Nos olhamos fixamente, no segundo seguinte ele pousou suas mãos sobre as laterais da minha cintura, seu corpo próximo fez com que eu me encostasse no balcão. Acariciei seu rosto, era impossível desviar meus olhos dos seus, eu sabia que aqueles dois globos de mel sempre me trariam paz. Mas de repente ele os fechou, eu fiz mesmo quase que automaticamente. Abri a boca bem de leve, dando passagem para aqueles lábios macios em formato de coração. Sentia sua língua percorrendo cada canto com calmaria, para que pudéssemos desfrutar de cada detalhe que tornava aquele beijo perfeito.

Eu tinha certeza que eu o amava.

Mas o que uma garota de apenas dezessete anos pode dizer sobre o amor?

Não muito, mas o suficiente pra dizer que ele existe. E é uma das melhores sensações que um ser humano poderia ter o prazer de sentir. Eu não sabia se ficaríamos juntos pro resto da vida, provavelmente não. Mas naquele momento, eu simplesmente não queria e nem poderia estar em qualquer outro lugar desse mundo.

– Eu te amo. – ele sussurrou contra meus lábios, tão intenso.

– Eu te amo. – repeti envolvendo meus braços em seu pescoço para um abraço apertado. – Espero que dê tudo certo dessa vez.

– Meu amor – seu polegar apertava meu queixo, nossos olhos se cruzavam novamente – Não há nada nesse mundo que poderia nos separar.

– Que assim seja. – dei um selinho nele – Agora eu vou lavar as roupas, e você faz o que eu pedi.

– Tá bom patroa. – um pequeno sorriso brincava em seus lábios.

Finalmente deixei a cozinha. O quarto do Justin estava uma bagunça. O cesto de roupa suja parecia uma montanha de tanta roupa. Comecei a arrasta-lo para a lavanderia que ficava no final do corredor. Comecei a jogar tudo na máquina, coloquei na lavagem pesada que duraria 50 minutos.  Voltei para o quarto e me irritei ao notar que ainda tinha roupa espalhada pelo chão.

– As roupas de ontem. – repeti comigo mesma grilada por ter esquecido.

Peguei meu short, blusa e calcinha no chão e fiz o mesmo com as roupas do Justin. Voltei para a lavanderia. Já havia iniciado a máquina então teria que esperar pra lavar as outras. Enfiei a mão nos bolsos do meu short sujo pra ver se tinha algo e encontrei meu celular, estava descarregado. Em seguida fiz o mesmo com a calça do Justin. Minhas mãos então tremeram quando notei a carta da Aubrey bem nas minhas mãos. Era a carta que ela tinha escrito para o Justin. Tinha cerca de uma página. Sua assinatura no final realmente me fez arrepiar.

Lia ou não lia? Mordi os lábios enquanto pensava sobre isso, eu sei que era errado mas eu não tive a chance de ler a carta que ela fez por mim, além do mais eu estava muito curiosa pra saber o que ela escreveu.

Pois bem, comecei a ler... o começo foi bem emocionante devo confessar, Aubrey sabia muito bem como fazer uma pessoa chorar. Que nem minha mãe. Por que elas tem que se parecer tanto?

O que realmente me deixou chocada foi o que ela escreveu no segundo parágrafo da carta. Aquelas palavras eu juro, nunca sairiam da minha cabeça ou do meu coração. Que se passem mil e um anos. Eu jamais poderia apagar da memória uma simples e dolorosa frase.

“Justin o que aconteceu entre nós dois foi lindo, sem dúvida a melhor noite da minha vida.”

Depois de lê-las fiquei ali parada, estática. Não conseguia mover nem um músculo, era como se eu tivesse perdido os sentidos por alguns segundos. E as lágrimas? Só escorreu uma. Uma mísera lágrima que por um motivo desconhecido, eu sabia que seria a última que derramaria por ele. Porque naquele momento não havia nada no mundo que poderia me fazer mudar de ideia. Nada.

Acabou.

Deixei a calça cair no chão e sai da lavanderia levando a carta que estava sendo fortemente amassada pelo meu punho fechado. Desci as escadas quase correndo, a cozinha nunca me pareceu tão longe quanto naquele momento.

Justin estava agachado de costas terminando de colocar as vasilhas pra lavar.

– Você transou com a Aubrey? – minha voz soou de repente, curta e grossa.

Ele se levantou ainda de costas sem ousar olhar pra mim.

– O que? – ele finalmente se virou, o pânico era evidente em sua voz. – Meu amor da onde você tirou isso?

– Você transou com a Aubrey? – repeti firme, mas também com um certo desespero, estava pronta pra explodir. 

Justin pousou seus olhos sobre mim, percorrendo-me dos pés a cabeça até visualizar a carta na minha mão. Continuei parada, esperando que ele dissesse alguma coisa. Eu só queria ouvir que era tudo um mal entendido. Queria que ele falasse que não era nada do que eu estava pensando. Isso é pedir demais?

– Justin... – minha voz saiu trêmula, carregada por um desespero, minha respiração estava tão acelerada, eu soluçava, eu estava em choque.

Ele finalmente abaixou a cabeça, seus olhos encharcados de lágrimas. Sua mão direita apertava o lado esquerdo do seu peito, onde estava o seu coração. Eu queria xingá-lo, queria dar um monte de socos na cara dele, queria chutar, bater, empurrar, gritar, queria espernear, fazer ele se sentir culpado. Só que diferente de todas as outras vezes eu engoli o choro e me virei de costas. Posso garantir que o deixar ali sozinho no meio da cozinha e não chorar foi a coisa mais difícil que eu já fiz.

Ao chegar na sala peguei a chave de sua Ferrari na gaveta e sai batendo a porta com tanta força que fez um enorme barulho. Justin odiava que alguém se quer encostasse em seu carro precioso mas eu estava pouco me fodendo pra ele, na verdade eu daria tudo pra bater em qualquer poste e morrer. Até por que qual o sentido de continuar vivendo? Minha mãe morreu de câncer, minha irmã também morreu, e agora eu descubro que o meu namorado transou com ela? Era demais pra mim.

– Droga Droga Droga! – eu chutava o chão do carro com raiva, com ódio de tudo, ódio da vida – FODA-SE! FODA-SE!

Eu queria tanto, mas tanto chorar.

– JÁ CHEGA! JÁ CHEGA! EU CANSEI!

Peguei o celular do Justin que estava no banco de passageiro e comecei a discar alguns números. Enquanto isso imaginei Justin me carregando pra casa na noite passada enquanto eu dormia e esquecendo seu celular no carro.

– Bonjour. – a voz fina da mulher ao atender me fez despertar daqueles pensamentos.

– Bonjour. – respondi o seu olá. Naquele momento agradecia mentalmente por todos os anos que me dediquei as aulas de francês. – Mon nom est Blake Lewis. – disse a ela, que eu era a Blake – Je ai reçu un courriel de Vogue Paris sur un stage à la maison d'édition . Je ai dit non parce que ma sœur était malade, mais je viens de perdre, alors je ne ai plus de raison de rester ici. Quoi qu'il en soit, a voulu dire oui et vous poser une question.

– C'est génial. Quelle est la question?

– Quand je entreprends ?

Deixe-me explicar. Semana passada recebi um e-mail da VOGUE DE PARIS me convidando para um estágio na editora. Obviamente eu recusei logo de início. Minha irmã doente, o término com o Justin, tanta coisa acontecendo. E também tem o Joey, sou responsável por ele já que não confio no meu pai. Agora resolvi pensar em mim e esquecer do resto. Joseph pode ficar com o Ryan. Sei que ele vai cuidar muito bem do meu irmão. Aquela mulher era a que havia me mandado o e-mail, e a pergunta que eu fiz a ela foi:

“Quando eu embarco?”

...

– Obrigada por devolver o celular e o carro do Justin. – agradeci ao Connor enquanto terminava de arrumar minha mala de volta ao meu apartamento.

– Ele parecia tão triste.

– Remorso.

– Você sabe que eu não o defenderia, eu estou sendo sincero, juro que fiquei comovido.

– Eu sei do que você está falando Connor, vai por mim, ele sabe muito bem como comover as pessoas. Eu sempre cedi, sempre fechei os olhos pra tudo que ele fazia, mas agora chega de me fazer de cega, chegar de ser enganada, eu mereço ser feliz.

– Tudo bem. – disse ele finalmente. – Seu celular carregou?

Ele havia trazido meu iPhone da casa do Justin.

– Já e ele não para de me ligar.

– O que ele fez de tão horrível?

– Eu prefiro que ninguém saiba.

– Mas...

– Por favor!

– Certo. – ele se levantou da cama e beijou minha testa – Eu só quero que você seja feliz, mesmo que seja longe de mim.

Sorri pelo canto da boca ao vê-lo deixar o quarto.

Faltava menos de seis horas para o meu voo, de certa forma sentia um frio na barriga porque a dor ainda estava ali intacta. Cada vez que eu fechasse os olhos iria imaginar eles... Eu  sabia que se me lembrasse, se pensasse naquilo iria chorar, e eu não queria desabar. Eu era forte, tinha certeza disso.

Quando alguém quebra seu coração você tem que juntar os cacos e lhe cortar a cara.

Só fui terminar de arrumar as coisas cerca de três horas depois. Tomei um banho demorado e me vesti. Prendi meu cabelo em um coque e coloquei o meu melhor cachecol. Ao me olhar no espelho perguntei a mim mesma quem eu era. Infelizmente não soube responder. O que era triste, porque eu costumava ser tão feliz.

O toque do meu celular chamou minha atenção. Peguei-o em cima da cama e uma foto minha e do Justin apareceu na tela denunciando sua ligação. Ele realmente acha que vai ficar tudo bem dessa vez? Oh céus, ele estava tão enganado. O primeiro passo para mostrar que as coisas haviam mudado seria falar com ele sem sentir abalada. Eu estava pronta pra isso? Provavelmente não. Mas que graça tem a vida se não corrermos riscos não é mesmo?

– O que você quer? – minha voz saiu roca.

– Você.

Engoli em seco, sentindo um arrepio em todo o meu corpo.

– Você não acha que é tarde demais pra isso?

– Nunca é tarde demais.

– Justin você está se confundindo, eu não vou voltar com você. Acabou. O melhor que podemos fazer é seguir nossas vidas e apagar todo o resto.

– Como eu posso apagar o resto se eu te amo? Me diz, como?

– Você vai encontrar um jeito.

– Blake, vamos conversar, por favor!

– Não. Eu já tomei minha decisão e não vou voltar atrás.

– Eu preciso te explicar, eu preciso te contar o que aconteceu...

– Justin – dei uma risada fria – Vai por mim não estou interessada nos detalhes da sua noite de amor com a minha irmã.

– Você não entende, eu... – cortei antes que ele terminasse.

– Já chega! Olha aqui, eu não queria te falar isso mas já que não tem jeito, aqui vai, eu fui convidada pra fazer um estagio em Paris e estou embarcando daqui a pouco. Pode achar o que você quiser, e você pode até ter razão mas eu não importo, eu nunca mais vou me importar. A partir de hoje eu sou uma nova mulher com novos objetivos. Eu vou colocar a mim mesma em primeiro lugar e nunca mais vou me deixar se iludir por garotos com você. E sabe, de qualquer forma obrigada por tudo. Isso me fez crescer muito.

– Não. – ele estava quase gritando – Não faça isso antes de falar comigo!

– Tchau Justin! – desliguei sem me despedir.

Por algum motivo, eu me sentia tão melhor.

– Cadê a Bels? – ouvi a voz de Joey vindo da sala, ele tinha acabado de chegar com o meu tio.

– Está se arrumando. – Jamie respondeu.

– Quando ela sai? – dessa vez era Ryan quem perguntava.

– Se eu não me engano...

– Meu voo sai ás 11h.  – sussurrei chegando a sala.

Joey imediatamente pulou no meu colo e eu senti vontade de chorar. Eu estava o abandonando e me odiava por isso. Mas quais opções me restavam? Se eu continuasse aqui seria sempre a garota tola que acreditava em tudo que diziam pra ela. Eu queria crescer e tinha que ser sozinha. Bem longe dali.

– Oi meu amor. – beijei sua bochecha. – Que bom que você veio.

– Você vem me visitar?

– Maninho só volto daqui há um ano, mas não se preocupe porque o tio Ryan vai te levar pra me visitar de vez em quando.

– Tudo bem. – ele disse – Espero que você seja feliz.

– Obrigado. – pisquei tentando driblar as lágrimas – Eu te amo.

– Blake! – meu tio me encarava sem expressão – Tem certeza do que está fazendo? É outro país, você não tem dezoito anos e pode ser perigoso.

– Nunca tive certeza de uma coisa na vida.

– Se você diz. – ele deu um beijo na minha testa – Que dê tudo certo pra você, e que você volte pra gente logo.

– Obrigado tio, por tudo.

Depois de me despedir de todos peguei um táxi até o aeroporto, me recusei a deixa-los ir ate lá, chega de choro, chega de dor, daqui pra frente é vida nova. Faltando quinze pras onze eu já tinha feito o check in, agora estava na fila do meu portão de embarque. Algumas pessoas me olhavam de forma estranha. Ainda achava estranho quando era reconhecida, eu não passava de uma universitária normal, como qualquer outra.

Finalmente entrei no avião, toda a minha viagem estava sendo bancada pela Vogue, eu estava na primeira classe. Me sentei, coloquei o cinto e fiquei olhando pra janela, observando os outros aviões decolarem pela pequena janela.

– Boa noite. – a voz era serena e familiar.

Não é possível!

PORRA!

– Justin! – meus dentes trincavam de raiva. – O que você pensa que está fazendo?

– O mesmo que todos nesse voo, estou indo pra Paris.

Respirei fundo, aquilo era completamente insano.

Ele apertou o cinto e se preguiçou colocando as mãos atrás da cabeça.

– Sabia que você é um idiota?

– Sim. – ele me olhou e sorriu – Um idiota que está indo pra Paris.

– Por que está fazendo isso?

– Eu posso até te perder, mas antes quero ter certeza que eu fiz tudo que podia pra que isso não aconteça.

– É melhor desistir de uma vez, não estou disponível.

– É claro que não está, você é minha.

– Sua? – ri – Você anda fumando muito sabia...

– Engano seu, nem fumo mais.

– Da pra parar de falar comigo?

– Você que está falando comigo.

– Que ódio. – esperneei esfumaçando de raiva.

Ele riu.

– Sempre ficou linda assim.

– Como você conseguiu passagem? Estava tudo esgotado.

– Meu bem, eu sou Justin Bieber!

Revirei os olhos.

– Grande coisa.

– Bem grande mesmo e você sabe disso. – ele apertou seu membro me deixando chocada e envergonhada pelas pessoas ao nosso lado.

– Quando eu penso que você já foi babaca o suficiente você vem e me surpreende.

– Sempre vou te surpreender baby.

– Suas cantadas não funcionam mais comigo, nada do que você falar vai mudar a minha decisão.

– Ok.

– O avião vai decolar. – eu disse – Ainda está em tempo de dar o fora.

– Não saio daqui sem você. – ele insistiu.

– Então espero que você conheça um bom hotel em Paris, porque eu não vou voltar atrás.

– Conheço vários. – ele disse sarcástico.

– Que bom.

Ficamos em silêncio. Eu estava morrendo por dentro, estava com tanto ódio, tanto, tanto. Por que ele sempre fazia isso? Por que ele é assim? Inferno! Eu só precisava ficar calma, tinha que parar de me sentir afetada com tudo que ele faz, tinha que parar de me importar, parar de me deixar levar pelo jeito dele, por aquele dom de me convencer sempre que ao lado dele é o meu lugar.

O avião decolou e o frio na barriga tomou conta de mim. Justin segurou minha mão, ele sabia que eu tinha medo de voo, sempre deixava meu estomago revirando. Foi tão difícil soltar sua mão da minha, ainda mais porque quando elas se tocaram senti um calafrio.

Eu estava indo pra cidade do amor com o amor que eu tentava esquecer. Agora me diz, quão difícil iria ser? 


Notas Finais


Qualquer coisa fala comigo no meu ask <3 http://ask.fm/JBieberHorny
Não esqueçam de me contar o que acharam <3


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