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História Behind The Lights - Second Season - Six Degrees Of Separation


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


OIOIOI boa leitura bebesitos
leiam ouvindo a música (titulo do capitulo) Six Degrees Of Separation, é maravilhosa e tem tudo a ver com o capitulo. Se quiserem dar uma olhada na tradução fiquem a vontade!

<3

Capítulo 21 - Six Degrees Of Separation


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - Six Degrees Of Separation

LaGuardia Airport, New York, March 24, 2016  4:25 P.M

Blake Berry P.O.V

Eu sempre gostei de estar em Nova Iorque, sentia saudades de morar naquela cidade onde seus sonhos sempre parecem o mais perto que jamais estiveram, da realidade. Gostava dos prédios enormes, da multidão de pessoas de um lado para o outro, das luzes, dos restaurantes, do frio... era bom respirar o ar gelado da maior cidade dos Estados Unidos. Mas por algum motivo, eu não me sentia mais assim, não hoje, quando recebi uma ligação do meu tio dizendo que o meu irmão tinha sofrido um acidente na escola, que segundo ele não tinha sido nada demais. É claro que eu me desesperei e peguei o primeiro voo para a tão maravilhosa cidade. Só tinha vindo até aqui uma vez depois que me mudei pra Paris. Meu estágio era apenas de um ano, mas algumas coisas aconteceram e me levaram a ficar mais tempo que o esperado. Agora, faltam apenas quinze dias pra eu embarcar de volta ao meu país, infelizmente a minha volta foi antecipada por essa notícia triste.

– Obrigada por vir comigo Stas, nem sei como agradecer na verdade, você tinha o desfile hoje e eu...

– Ah cala boca! – ela deu um tapa na minha mão como sempre fazia pra me interromper – Você é minha melhor amiga. Minha obrigação é estar aqui.

– Não imagina o quanto minha vida era complicada.

– Talvez eu saberia se você falasse sobre isso, mas...

Suspirei.

– Mas eu...

– Mas você não gosta de falar sobre isso, já sei. – ela exclamou a me interromper novamente.

Tínhamos acabado de aterrissar no famoso LaGuardia, que estava sempre lotado. Alguns fotógrafos aproveitaram para tirar fotos enquanto caminhávamos para a limusine que nos aguardava depois de pegar as malas, Anastasia pousou para alguma delas - fotos -  enquanto eu escondia o meu rosto como costumava fazer. Ela é uma modelo da Vogue, tem 22 anos, nos conhecemos durante o meu estágio e nos tornamos melhores amigas. Não é que ela tenha substituído a Jamie, mas passamos por tantas coisas juntas nesses últimos dois anos, sua amizade é algo impagável.

– Tem certeza que não quer ir até o apartamento e descansar um pouco? – perguntei mais uma vez, após ela insistir em ir comigo até o hospital – Foi uma longa viagem.

– Já mandei você calar a boca.

Dei risada.

– Você é a única pessoa capaz de me fazer rir hoje, sabia?

Depois de longos quarenta minutos chegamos ao hospital, pra nossa alegria não havia nenhum paparazzi por ali. Descemos do carro e nos dirigimos até a recepção. A moça atrás do balcão era jovem e usava um decote ousado.

– Com licença, sou irmã do paciente Joseph Lewis, ele foi internado hoje de manhã.

– Oh sim, você quer vê-lo?

– Sim? – perguntei como se fosse óbvio e ela me olhou torto como se não gostasse do meu tom. – Se possível... – tentei concertar minha antipatia.   

– Ela está com você? – a mulher se referia a Stas, olhava pra ela com indiferença.

Assenti com a cabeça, já perdendo a paciência.

– Ela não pode entrar, só duas pessoas por vez.

– Tem mais alguém lá? – perguntei confusa.

– Sim.

– Deve ser alguém da escola dele. – sugeriu Stas.

– Não senhorita, Justin Bieber está acompanhando Joseph desde que ele chegou no hospital, não saiu de lá nem um minuto.

Justin Bieber...

Justin Bieber...

Ouvir seu nome me tirou o chão, senti como se não estivesse pisando em terra firme, tinha certeza que meu rosto estava pálido, e mais do que isso, provavelmente mais branco que a minha roupa. Tinha tentando fugir de qualquer coisa relacionada a ele nos últimos dois anos, mas sabia que ele estava bem de vida, mais famoso do que nunca, e com uma nova namorada.

Nova namorada.

Alguém que com certeza não o fazia sofrer como eu fazia, alguém que obviamente não é cheia de problemas em sua vida, alguém que deve ter certeza dos seus sentimentos, uma garota a altura dele. Alguém que eu jamais poderia ser. Alguém que jamais faria o que eu fiz.

– Justin Bieber? – Stas estava claramente animada pois ela usava seu tom de voz histérico. – Oh meu Deus! Sempre quis conhece-lo!

– Ta, ta. – bufei – Posso ir agora?

– Quarto 235, terceiro andar, aqui está o seu passe e a ficha que tem que preencher já que é a primeira pessoa da família a aparecer.

– Obrigada. – falei virando as costas – Stas vou pedir pro Justin ir embora e ai você pode ir até lá conhecer meu irmão, ok?

– Amiga para de loucura, que mandar o Justin embora o que, perdeu o juízo?

– Você sabe da minha história com ele, você sabe que...

– Sinceramente, não sei de muita coisa porque você odeia falar sobre isso, mas cara, se ele está aqui é porque se importa com seu irmão, para com isso.

– Tanto faz. – dei de ombros. – Só não quero te deixar aqui sozinha.

– Relaxa, vou ligar pro Haron e pegar o endereço do apartamento, a bruxa da irmã dele está aqui também né? – ela revirou os olhos.

– Seja boazinha. – pedi, sabendo que Stas a odeia.

– Impossível. – ela atestou. – De qualquer forma eu já vou indo, tenho certeza que seu irmão está bem. Me dá notícias e quando eu puder vir não deixe de me avisar.

– Eu prometo. – disse ao abraça-la.

Suspirei profundamente ao entrar no elevador, o fato de que Justin estava ali me deixava nervosa. O que eu faria ao vê-lo? Oh céus, não queria ter que pensar nisso.

Peguei um café ao chegar no terceiro andar, era tudo que eu precisava pra me acalmar um pouco. Fiquei enrolando o máximo que podia, mas sabia que teria que ir uma hora ou outra. Joey precisava de mim e eu precisava saber como ele estava.

Conforme me aproximava do quarto comecei a ouvir risadas vindo do quarto onde ele estava, não me atrevi a abrir a porta e interromper tamanha alegria. Poderia reconhecer aquelas vozes ainda que se passassem um milhão de anos. Justin e Joey. Eles sempre foram tão amigos, sempre fizeram tão bem um pro outro. Nunca imaginei que isso tinha continuado mesmo depois que eu fui embora.

Talvez por que antes eu pensava que tudo girava em torno de mim.

– Esse dia a Bels ficou muito brava. – Joey dizia rindo – A casa estava uma bagunça.

– Mas ela ainda não sabe até hoje que foi eu que quebrei aquele vaso com as flores que o Corno mandou pra ela. – Justin riu com tanta felicidade, por um momento pareceu que as lembranças não o machucavam tanto quanto a mim.

Inocente! Eu sempre soube que tinha sido ele!

– Vocês formavam um casal maneiro. – é claro que Joey tinha que dizer algo pra deixa-lo sem graça, e também a mim, mesmo que do lado de fora do quarto. – Se eu não gostasse tanto da Brooke iria querer que vocês dois voltassem.

– Algumas coisas simplesmente são como são.

– Vocês ainda conversam? – Joey quis saber.

– É claro que sim. – Justin mentiu, afinal nunca mais nos falamos desde aquela briga em Paris – Somos amigos.

– Como você pode ser amigo da sua ex-namorada? Ainda mais minha irmã que é tão gostosa.

Aquilo me fez rir baixinho.

– Acho melhor mudarmos de assunto né moleque?

– Arrá! Está fugindo da minha pergunta?

– Ta legal, eu amava sua irmã, eu gostava do traseiro dela, do sorriso dela, daqueles lábios doces e macios, gostava do jeito que ela prendia o cabelo quando ia dormir, gostava do seu senso de humor e da sua ironia, gostava até um pouco das birras dela, era engraçado até um certo ponto... mas não deu certo sabe? E infelizmente isso acontece, faz parte da vida. Um dia você vai entender.

Eu estava em choque com as suas palavras, não sabia como assimilar aquilo, não conseguia entender como depois de tanto tempo, depois de todas as palavras que eu disse a ele, de tudo que aconteceu... ele ainda conseguia falar de mim sem rancor, com tanto amor. Amor? Oh não, amor não. Isso é loucura!

– Pode me trazer água? – Joey pediu como se nem tivesse ouvido o que Justin havia dito.

 – Claro, eu já volto.

– Merda! – sussurrei tarde demais, depois que Justin já havia aberto a porta e esbarrado em mim, fazendo com que o café absolutamente quente encharcasse a minha roupa completamente branca.

Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo.

A ficha que eu deveria preencher tinha caído no chão, estava toda manchada de café, era só o que faltava mesmo. Bufei nervosa ao me abaixar para pega-la, mas perdi todo o ar que me restava quando senti dois leves dedos conhecidos tocarem minha mão, levantei a cabeça para me deparar com aqueles olhos dar cor do mel, seria estúpido demais dizer que eu o havia esquecido, porque apesar de tudo não houve um dia se quer nesses dois anos, em que eu não me lembrei daquele par de olhos castanhos.

– Você pelo visto não mudou em nada em. – ironizei, me lembrando do desastroso dia em que nos conhecemos há mais de três anos atrás.

– Blake. – ele abriu um sorriso fraco e surpreso, seu olhar era quase que hipnotizante, como eu me lembrava bem – Blake Berry.

– Blake Lewis. – eu o corrigi, pegando a ficha e afastando sua mão ao me levantar. – Droga, porque eu tinha que usar branco hoje?

– Me desculpe. – ouvi ele dizer – Não imaginava que você estivesse ouvindo a conversa atrás da porta.

– O que você está insinuando? – apertei os olhos, ficando com a minha cara de brava – Eu acabei de chegar aqui se quer saber.

– Claro. – ele disse irônico. – Engano meu.

– Argh. – revirei os olhos.

– Calma. – sua voz era de calmaria – Você acaba de chegar, eu esbarrei em você, nós já estamos discutindo, será que dar pra sermos civilizados dessa vez? – ele estendeu seus braços fortes em minha direção, me oferecendo um abraço.

Fiquei parada o encarando por alguns segundos, mas não precisei de mais do que isso para ceder ao seu pedido e me jogar em seus braços aconchegantes que me fizeram falta por diversas vezes nos últimos anos. Havia esperado por aquilo durante tanto tempo, na verdade eu jamais pensei que aquilo iria acontecer de novo. E era tão bom como sempre havia sido, eu nunca me senti tão segura como quando ele me abraçava, caralho, era tão errado me deixar levar pelos sentimentos que tomavam conta de mim naquele momento.

– Agora eu sujei sua roupa também. – brinquei ainda sentindo-o me apertar com força, como se ele estivesse esperado por aquilo tanto quanto eu. – Mas tudo bem, você só esta recebendo o troco.

Justin não disse nada, só me abraçou ainda mais forte, eu então suspirei pesado inalando o cheiro de seu perfume, sua pele, jesus, era tão errado o que eu estava sentindo. Eu havia prometido a mim mesma que havia superado. Mas como eu iria fazer pra colocar isso no meu coração? Nós jamais ficaríamos juntos e eu iria fazer questão disso, oh céus, nós não podemos ficar juntos nunca mais. Ele não merece ter alguém como eu. Não mesmo.

– Então... como Joey está? – perguntei me desfazendo do abraço, com certa relutância. – Fiquei muito preocupada quando Ryan me ligou.

– Ainda estou aguardando os exames, mas só deve sair lá pela madrugada, a médica veio aqui hoje de manhã e me disse que talvez ele precise de uma cirurgia.

– O que? – arregalei os olhos, sem entender – Como assim? Meu tio disse que não era nada demais.

– Era o que eu pensava, mas a médica me informou que ele sofreu uma fratura no crânio, não é certeza que ele vai fazer ok? Ela só me falou porque caso necessário ela precisa de autorização da família.

– Que tipo de cirurgia é essa?

– Eu não sei.

– Porque meu tio ainda não chegou?

– Ele foi até a Alemanha, seu pai está trabalhando lá, e como seu pai tem a guarda do Joey ele é o único que pode autorizar a cirurgia.

– Patético.

– Eu sei.

– Ryan também foi estúpido de deixa-lo sozinho.

– Ele estava na escola, o Ryan não tem culpa.

– Não interessa, ele disse que ia cuidar dele.

– Se você acha que ele cuida tão mal assim do seu irmão porque você não estava aqui pra impedi-lo de cair?

Engoli em seco.

– Eu estava trabalhando, eu não...

– Exatamente. Ryan também estava, você acha que é fácil assumir a responsabilidade de uma criança do nada? Ele também tem uma vida além do Joey, e ele deixou ele com uma babá que o levou pra escola, a culpa é da coordenação, na verdade a culpa não é de ninguém, foi uma fatalidade.

– Sai da minha frente. – o empurrei, abrindo a porta logo em seguida.

Senti minhas pálpebras pesarem ao avistar meu irmão naquela maca, com a cabeça toda enfaixada, imóvel. Ele tinha visivelmente crescido, doeu muito vê-lo daquele jeito.

– Maninha! – ele esbravejou sorrindo largamente – Você veio de verdade!

– Maninho. – me aproximei dele, o abraçando e beijando suas bochechas, sentindo sua pele tão quente  e familiar. – Meu amor eu senti tanta saudade de você.

– Eu também. – ele garantiu – Obrigada por vir me ver.

– Eu não vou a lugar nenhum sem você, nunca mais.

– Jura?

– De dedinho. – falei cruzando nossos dedos. – Meu lugar é onde você está, acho que sou a única capaz de manter na linha.

Ele riu.

– Eu vou ficar bem não é?

– Claro que vai meu anjo, não foi nada demais, eu prometo.

– Você está linda.

– Obrigado. – sorri – Agora me conta, como foi que você aprontou uma dessas?

– Ah eu pulei lá de cima na área onde fica as piscinas, dei de cara no chão, desmaiei e acordei aqui.

– Porra Joey! – xinguei sem medir nenhuma palavra – Da onde você tirou a ideia de fazer isso? Meu Deus!

– Eu estava chateado porque você não me ligava a um tempão, e o tio Joey não quis me levar pra L.A com ele porque ele disse que não era pra eu matar aula... sei lá, estava irritado porque todos tem uma família menos eu.

– Não fala assim, é claro que você tem uma família. Eu sou sua família, e tem o tio Ryan, a Tiara, o Gerry...

– Ninguém se importa mais comigo, todo mundo sempre me joga pro lado, até você maninha, que eu pensei que jamais faria isso.

– Me desculpe. – era tudo que eu conseguia dizer, e só conseguia pensar que talvez se eu não tivesse ido pra Paris meu irmão não estaria naquela maca sofrendo como ele estava agora.

– Cadê a minha água? – ele questionou.

– Justin foi buscar.

– Ele está demorando, estou com sede. – reclamou – O que houve com a sua roupa?

– Nada. – respondi – Espera, vou ver se encontro ele.

– Bels?

– Sim.

– Estou feliz que você voltou.

Sorri de leve e então virei as costas para abrir a porta, então vi Justin se aproximando com um copo de água na mão. Ele tentou esconder, mas notei um sorriso quase que inexistente no canto de seus lábios ao me ver, e foi como se desde que cheguei, agora ele finalmente estivesse me vendo verdadeiramente, perdido no meu corpo e em seguida no meu cabelo, no meu rosto...

– Você tinha razão. – falei o despertando, ele me olhou um pouco confuso – A culpa é minha.

Passei por ele apressada, um turbilhão de pensamentos invadindo a minha mente, eu sentia tanta culpa dentro de mim. Eu voltei achando que o passado havia ficado no passado, mas eu estava sendo muito ingênua por pensar isso.

O meu passado nunca esteve tão presente como agora.

– Aonde você vai? – ele gritou.

– Eu não posso ficar aqui. – respondi ao apertar o botão do elevador.

– O que? – Justin gritou tão alto – Vai deixa-lo sozinho?

– Eu sou a pior irmã do mundo Justin. – estava impaciente, esperando que o maldito elevador abrisse logo. – Ele não precisa de mim.

– Meu Deus, como você é cega! – ele começou a caminhar na minha direção, seu semblante mostrava indignação – Seu irmão de oito anos está deitado em uma maca sozinho, tudo que ele tem agora é um amigo que o ama muito e se importa com ele, e apesar disso, tudo que ele quer é a irmã dele, a irmã que o deixou a dois anos atrás porque foi preciso, mas a irmã que voltou e que precisa ficar ao lado dele antes que eu derrame esse copo de água na cara dela.

– Você não...

– É melhor não pagar pra ver. – ele insinuou, tão sério que eu senti raiva. – Você pode ir pra outro país e ficar dois anos, três ou até dez, e voltar tentando parecer uma mulher madura que cresceu, mas eu te conheço e não importa o quanto você possa ter mudado, Blake Berry não vira as costas quando alguém precisa. E agora eu preciso que você volte e fique com o Joey, porque ele também precisa. 

Eu o fulminava com o olhar, estava com ódio por ele ter toda a razão do mundo, mas eu sentia muita raiva por isso, por Justin está certo. Caralho, o que está acontecendo? Por que ele ainda tem tanto poder sobre mim? Por que eu não consigo controlar o que eu sinto? Por que o meu coração está batendo mais rápido que o normal, e parece que vai sair pela minha boca? Por que mesmo depois de tanto tempo eu continuo amando cada detalhe que o faz ser quem ele é? E é tudo tão errado, tão errado...

– Beleza. – falei ríspida pegando o copo da mão dele. – E como eu disse antes. – me aproximei perigosamente – Blake Lewis.

Me afastei assim que senti sua respiração perto demais, eu parecia uma idiota, estava tão óbvio que a presença dele mexia comigo. Eu tinha que parar com isso, eu sei que não podemos ficar juntos, existem várias coisas que nos separam hoje em dia, a realidade é diferente e não existe mais nenhum conto de fadas. Eu tenho que ser adulta o suficiente pra lidar com isso.

Levei a água pro Joey mas quando cheguei ao quarto ele tinha pegado no sono, ele parecia estar respirando novamente, não conseguia entender como poderia ter algo de errado com ele. Só queria que ele levantasse daquela cama para que eu pudesse leva-lo pra casa e deixar isso tudo pra trás. É pedir demais um pouco de paz?

– Srta. Lewis? – estava de costas quando ouvi essa voz desconhecida, que logo após me virar soube que era a médica de Joey – Sou a Dr. Stevens!

– Como está o meu irmão? – ao fazer essa pergunta notei que Justin estava logo atrás dela. – Ele vai ficar bem, não é?

– Eu acabei de pegar os exames, fiz questão de coloca-lo em primeiro lugar na lista para termos resultados mais rápidos.

– Realmente aprecio o que você fez, mas eu preciso saber – limpei a garganta – Ele vai precisar da cirurgia mesmo? O que tem de errado?

– Sim, ele vai. Nós descobrimos que Joseph realmente sofreu um traumatismo craniado de estágio II. Precisamos operá-lo o mais rápido possível para que não se agrave, é um procedimento de risco mas já fizemos várias vezes e quase sempre tivemos sucesso. Ele é um paciente muito jovem, o que ajuda ainda mais. Sei que é difícil pra você mas seu irmão precisa de alguém que o apoie nesse mundo, ele ainda é uma criança e pelo pouco que o conheço sei que ele sente falta de sua família.

– Q-quando? – gaguejei, segurando as lágrimas.

– Assim que tivermos a autorização entraremos na sala de cirurgia. Somos a melhor equipe cirúrgica de Nova Iorque, acredite em mim, ele está em boas mãos.

– Obrigada Dr. Stevens, tenho certeza disso. – Justin teve que responder por mim. – Assim que o Ryan tiver autorização você será a primeira a saber.

A médica sorriu e deixou o quarto. Me sentei no sofá ao lado da cama, sentia uma fraqueza nas pernas, um turbilhão de sentimentos que me deixavam confusa e com medo. Olhava pra Joey, olhava pro chão e então pra ele novamente.

– Eu sei que vai dar tudo certo. – Justin disse – Eu sei que ele vai ficar bem, eu sei que sim, eu sinto que sim.

– Você não pode garantir nada.

– Mas eu posso pensar isso, eu tenho o direito de acreditar no melhor e você deveria fazer o mesmo.

– Isso não é fácil pra mim.

– E você acha é fácil pra mim? Eu realmente gosto dele, é como se ele fosse meu irmão também. Eu me importo, muito.

– Mesmo assim. – insisti – Porra eu perdi minha mãe, eu perdi minha irmã, descobri que meu pai é um monstro, e agora... agora eu estou aqui e meu irmão está prestes a fazer uma cirurgia. Não tente comparar porque você não sentiu o que eu senti.

– Ah não? – ele riu sarcástico – Olha pra mim garota. – ele então segurou meu queixo com força, me obrigando a encarar seus olhos caramelados – Se você não se lembra eu estava lá quando tudo isso aconteceu com você. Eu estava lá pra segurar sua mão quando sua mãe faleceu, quando você descobriu que tinha uma irmã, quando ela morreu, e por isso incrível que pareça mesmo depois de tudo que aconteceu eu também estou aqui agora. Só que dessa vez não estou aqui por você e sim pelo seu irmão, e eu sei que você está triste e assustada, e eu também estou. Mas não venha me dizer que o que você sente não pode ser comparado ao que eu sinto. Sabe por que? Porque eu estava lá com ele nos últimos dois anos. – ele foi largando o meu queixo aos poucos, ainda com o olhar fixo – E você não. – e então ele finalmente se afastou, em direção a porta – Blake Lewis.

Ele deixou o quarto batendo a porta atrás de si, e então eu fiquei pensando o quanto eu era uma pessoa horrível, tinha cometido todos os erros em uma idade tão jovem e mesmo que eu quisesse concerta-los isso nunca iria acontecer.

Peguei minha bolsa e deixei o quarto também.


Notas Finais


E ai o que estão achando? Tenho um enredo maravilhoso pra BTL agora, e tenho certeza que vai agradar vocês, se gostaram da primeira temporada, a partir de agora vão se identificar muito com a fanfic como antes. Não sei explicar mas muitas coisas mudaram, e todo amor precisa passar por várias coisas... se continuar lá mesmo depois de tudo, então é porque é verdadeiro. Pelo menos é nisso que eu acredito! Qualquer coisa to no ask http://ask.fm/JBieberHorny


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