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História Behind The Lights - Second Season - I came to save you


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


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Capítulo 5 - I came to save you


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - I came to save you

– Truco! – Joey gritou animado batendo com força na pequena mesa de mármore localizada no centro da sala, nós estávamos todos sentados no chão em um jogo de baralhos um tanto quanto divertido... pelo menos pra eles.

– O que você acha? – Connor me perguntou, ele era o meu parceiro e nós estávamos competindo com Joseph e o meu tio Ryan.

– Truco! – Joey repetiu.

– Seis! – eu disse sem prestar atenção no jogo, meus pensamentos estavam bem longe dali.

– YES! – ouvi a voz vitoriosa do meu irmãozinho após jogar o zap e logo em seguida meu tio fazer o mesmo, só que dessa vez um sete copas.

– GANHAMOS! – berrou Ryan ficando de joelhos para dar um abraço apertado em seu parceiro sorridente.

– Bels você está bem? – Connor se virou e me olhou confuso – Quer dizer, você nunca perdeu nesse jogo, você fez isso de propósito!

– É que eu fiz muitas coisas hoje, só estou cansada.

Não, eu não estava cansada, eu não tinha feito nada hoje.

Estava tão triste que nem ao trabalho eu fui, mas eles não precisavam saber.

A verdade é que eu vi alguns vídeos sobre Justin, li coisas que não estava preparada pra ler. Meu coração sangrava e eu sentia tudo dilacerando por dentro, por mais que tentasse entender porque me sentia tão abalada, eu não conseguia, ou talvez sim, talvez eu soubesse exatamente por que, mas simplesmente não queria admitir pra mim mesma.

Admitir que doeu ver aquele vídeo daquela prostituta com ele, doeu ver que ele estava pouco se fodendo pra tudo, que ele está melhor sem mim, bem melhor sem mim. Eu só queria significar pra ele pelo menos um terço do que ele significa pra mim. E eu sei que eu errei, que foi eu quem terminou tudo, mas mesmo assim eu não queria que ele se transformasse nisso. Em alguém irreconhecível. Qual o problema em agir como uma pessoa normal? Qual o problema de ser o mesmo retardado de sempre?

Justin não precisa mostrar pra todo mundo que cresceu, não precisa sair por ai fazendo bobagens e muito menos querendo ser o cara mais experiente do mundo. Eu já entendi que ele não precisa de mim, já entendi que ele está melhor sem mim e que eu não faço diferença nenhuma. Acho que ele já pode parar de ser um idiota.

E eu?

Eu já posso parar de me preocupar tanto.

– Tem certeza que é só isso? – nesse momento tive certeza de que ele sabia exatamente porque eu estava assim.

– Aham. – respondi automaticamente, em seguida me levantei balançando a cabeça, tentando assimilar as coisas – Acho até que vou dormir, espero que amanhã seja um dia melhor.

Ao nosso lado os dois palhaços ainda comemoravam a vitória.

– Mas não são nem sete da noite ainda!

– Eu sei. – ainda assim continuei andando, até que ouvi o barulho estridente da campainha. – Você está esperando alguém?

– Não. – ele respondeu.

– Hum, deve ser a Jamie. Eu vou atender.

Andei alguns passos até a porta e a abri, meus olhos simplesmente não acreditavam no que viam. Era a última pessoa no mundo que eu pensei que pudesse vir até a minha casa. Sinceramente.

– O que você quer? – indaguei friamente ao encarar a figura nervosa de Scooter Braun na minha frente.

– Eu posso entrar?

Como não tinha escolha me encostei-me ao batente da porta e fiz um sinal indicando que ele entrasse, meu suspiro foi alto o suficiente para que ele ouvisse e percebesse que sua presença não era do meu agrado.

Definitivamente não.

– Você estava de saída? – perguntou ele.

– Sim. – afirmei – De saída para uma ótima noite de sono.

– Mas não são nem sete da noite ainda! – ele repetiu o que Connor havia me dito minutos atrás enquanto olhava para o rolex de ouro em seu pulso.

– Bom querido Scooter, pessoas que trabalham duro têm que ir dormir o mais cedo possível, não se preocupe, eu te entendendo, é claro que você não deve saber disso.

Ele riu, talvez achando engraçado o fato de que eu sempre tenho a resposta certa na ponta da língua.

– Ryan! – ele berrou surpreso ao ver meu tio, que só agora havia notado a presença do empresário do garoto mesquinho que o despediu.

Tudo bem que tudo isso depois de levar um soco, mas ainda assim.

– Scott! – meu tio riu e correu para abraçá-lo, nunca entendi porque eles são tão amigos se são pessoas tão diferentes. – Está tudo bem cara?

– Nós sentimos sua falta. – é tudo que Scooter se limitou a dizer.

Ryan então abaixou a cabeça em silêncio, ele se sentou e deu um tapinha no assento ao lado indicando que seu velho amigo ocupasse aquele lugar. Permaneci parada de braços cruzados tentando encontrar uma só razão para sua visita inesperada. É óbvio que ele veio falar comigo, provavelmente nem imaginava que meu tio estivesse ali. Também me perguntei como ele tinha o meu endereço, porém logo em seguida ri de mim mesma, qual é, ele é Scooter Braun afinal.

– Então... – digo pra ele – O que você quer comigo?

Ele engoliu em seco, não esperava que eu fosse tão direta e certamente a presença de Ryan o intimidava, de certa forma.

– Sabe de uma coisa? – Connor nos interrompeu, para o alívio de Scott – Eu vou levar esse garotão lá pro quarto para uma boa partida de videogame na qual eu vou ganhar com certeza!

– Porque eu não posso ficar? – Joseph reclamou.

– Eles vão ter uma conversa de adultos agora.

– Mas eu já tenho seis anos, eu sou adulto.

Suas palavras me fazem rir, caminhei até ele para pedir que ele fosse com Connor, mas antes disso ele correu até Scooter e o abraçou, surpreendendo não só a ele como a todos nós.

– Tio Scott, porque o Bieber não vem mais nos visitar?

Aquilo é como uma pontada no meu coração. Scooter franziu a testa, ele não sabia o que responder, ele me olhou confuso, perdido. Eu poderia jurar que ele estava prestes a chorar.

– Ele anda muito ocupado ultimamente Joey! – ele brincou com o cabelo de Joey e isso me fez lembrar dolorosamente de Justin. – Mas não se preocupe, prometo que ele vem te visitar logo logo.

Sim, muito ocupado com um bando de prostitutas, eu pensei automaticamente sentindo um gosto amargo na boca.

– Não faça promessas que não vai cumprir! – disse friamente.

Ele ficou chocado, mas então se recuperou do transe e deu um último abraço em Joseph, pedindo a ele que o deixasse conversar conosco. Finalmente meu irmãozinho concordou e deixou a sala no colo de Connor.

Scooter sabe mesmo como manipular alguém.

E isso é completamente engraçado!

– Seja lá o que você quer comigo, a resposta é não! – falei curta e grossa.

– Blake eu preciso muito da sua ajuda, droga, eu nunca precisei tanto de alguém como preciso de você agora, por favor, você pode me dar cinco minutos?

– Eu quero dormir, eu tive um dia terrível e eu só quero esquecer tudo!

– Tenho certeza que não foi pior que o meu. – ele desaba – Blake eu não sei mais o que fazer, eu não sei como agir, não sei o que pensar, eu estou perdido.

– Você... você procurou isso.

– Bels deixe-o falar! – suplicou Ryan, atento a conversa.

– Não tio, ele fez de tudo pra que eu e o Justin nunca ficássemos juntos, desde o início ele foi contra o nosso namoro e tudo por causa de dinheiro. Eu não quero ouvir nada, eu não quero mais fazer parte disso.

– JUSTIN VAI MORRER BLAKE! – suas palavras me espantaram, tanto que meus lábios se fecharam em um horror espantoso.

Um silêncio se alastrou pela sala, vi meu tio se encontrar tão em choque quanto eu.

– O... o que? – minha garganta estava tão seca que eu não sei se ele pôde me ouvir.

– É isso mesmo! – ele desabou mais uma vez – Eu vi isso acontecer com um monte de artistas. Você sabe como terminou a história de Amy Whine House e tantas outras celebridades? Em morte Blake. E tudo isso porque a fama fez com que eles perdessem a cabeça, perdessem seus verdadeiros eus.  E agora, agora eu estou vendo isso acontecer com o Justin e me sinto um merda por não ter feito isso parar desde o início. E sabe qual é o maior problema? Você é a únicapessoa que pode concertar isso. Porque o Justin perdeu a si mesmo e só você pode ajuda-lo a se reencontrar. Você acha que ele não existe mais? Mas ele existe, ele está lá em algum lugar, deve restar alguma coisa boa naquele ser humano irreconhecível.

– Ele faz isso porque quer Scooter, eu não posso obrigá-lo a não ser assim. Eu sinto muito, eu sinto tanto, tanto. Mas o que eu posso fazer? Acha mesmo que eu significo alguma coisa pra ele? Eu sou a última pessoa que ele iria querer ver. Dói saber que ele está caminhando para um fim tão triste uma vez que eu o deixei por não querer que ele tivesse um fim assim. Mas infelizmente o que você quer não está ao meu alcance Braun, eu não posso fazer isso.

– Você pode sim Blake, é claro que você pode. – ele caiu de joelhos a minha frente, segurou minhas mãos com força e levantou a cabeça suplicando por ajuda, com os olhos marejados – Justin te ama e é por isso que ele está agindo assim, eu sei que ele fez coisas ruins, sei que muitas dessas coisas são apenas travessuras de adolescentes, mas ele também fez coisas terríveis e isso deve doer em você, mas eu não quero que você desista dele, você não pode simplesmente desistir dele.

– Eu não entendo porque você está fazendo isso. Já se esqueceu que você me odeia e que eu não sou a garota certa para a sua máquina de dinheiro? Para a sua marionete? Você não pode me controlar Scott.

– Sei que errei, sei que já fiz muita merda. Mas por favor, não dúvida que eu amo aquele garoto como se ele fosse meu filho. Eu não quero que ele se afunde. Eu não vou aguentar assistir isso Blake.

– Não. – disse me afastando – Eu não consigo, não dá.

Virei-me de costas, os olhos cheios de lágrimas.

– Você não tem o direito de pedir isso a ela. – disse meu tio – Eu nunca, ouviu bem? Nunca vou deixá-la ir atrás dele. Justin não merece o amor da Blake, ele não merece nada disso. Acho que a melhor coisa que ela fez foi desaparecer desse mundo insano, isso é sujo Scooter. Eu admiro muito todos daquela equipe, e me sinto idiota por ter dado aquele murro no Justin, sinto saudade de tudo e você sabe mais do que ninguém que eu o amo, o amo tanto que está doendo vê-lo seguir por esse caminho. Mas não podemos nos esquecer que ele escolheu isso, ele nem se quer ouviu o que ela tinha a dizer, ele nunca procurou saber porque ela o deixou, é uma escolha dele e eu não quero que ela se machuque ainda mais.

– Se ela não fizer isso. – começou ele, com um olhar sem vida – Justin não vai se salvar dessa vez.

...

 

Eram mais de três horas da manhã, eu já tinha chorado todas as lágrimas e não conseguia pregar os olhos. Eu só sentia dor e mais nada. Levantei-me da cama e acabei me deparando com o porta-retrato onde eu e Justin estávamos nos beijando perto do carro no dia em que saímos pra jantar e assumimos nosso namoro. Dois dias antes do pesadelo que mudou a minha vida.

Peguei-o em minhas mãos e acariciei nossos rostos, acho que estava pronta pra outro round de lágrimas intermináveis pois não pude controlá-las de serem derramadas molhando a foto. A verdade é que eu sentia falta dele a cada maldito segundo do meu dia, sentia saudade quando queria assistir a um filme engraçado, sentia saudade quando ninguém zoava meu nome e principalmente quando deitava a cabeça no travesseiro daquela cama vazia. Havia momentos que eu jurava sentir seus dedos entrelaçados aos meus, era tão real.

Eu tinha certeza de que nunca amaria ninguém como eu o amo.

Eu tinha tanto medo de que ele tivesse o pior fim. Eu só queria gritar pra que ele fizesse tudo diferente, porque ele é lindo, talentoso, humilde, palhaço, ele é bom, ele é muito bom e o que está acontecendo com ele não é justo.

Justin é a melhor pessoa que eu conheço.

Mas aquele vídeo com a prostituta? Meu deus, aquilo foi à gota d’água.

Fui até a cozinha e abri a geladeira, enchei um copo com água, mas senti meu estômago embrulhar ao bebê-la. Deixei o copo em cima da mesa e fui até a sala, liguei a tevê certa de que não poderia mais dormir.

Foi então que meu coração parou por alguns segundos.

Estava passando uma reportagem sobre Justin, tem sido assim nos últimos meses, nunca é uma coisa boa. Eles falavam sobre o que tinha acontecido e mostravam um vídeo que fez meu corpo tremer e todos os meus pelos ouriçarem. Ele estava saindo do estúdio de cabeça baixa, seus olhos estavam vermelhos e cheios de lágrimas, eu nunca senti tanta dor até assistir aquela cena. Minha garganta imediatamente ficou seca. Justin entrou em seu carro, logo depois ele saiu, então correu até as suas fãs que o esperavam por algum tempo e as abraçou. Ele estava no meio delas e elas o apertavam com tanta força, ele parecia tão feliz ali.

Quando a repórter disse que aquele parece ser o fim de Justin Bieber eu me recusei a ouvir. Meu rosto estava tão inchado, eu estava tão fraca. Mas então, me senti forte o suficiente para desligar a tevê e mandar o meu orgulho pra puta que pariu.

Em um salto corri até o quarto, vesti um short, uma blusa e um casaco gigantesco. Meu carro estava na oficina então fui até o quarto do Connor com cuidado e peguei a chave do dele. Eu sabia que ele iria acordar ao ouvir o barulho, por isso não fiquei tão surpresa ao vê-lo na garagem só de pijamas me vendo sair.

– Sinto muito. – sibilei em lágrimas.

– Tudo bem. – ele sibilou de volta, assentindo com a cabeça com os olhos marejados.

Demorou cerca de vinte minutos até que eu chegasse até a mansão de Justin em Calabasas. Éramos praticamente vizinhos. Seus seguranças nunca sorriram tanto pra mim como naquele momento, e eu até me senti um pouco feliz por saber que eles realmente acreditam que eu posso mudar isso.

Desci do carro incapaz de esperar e pedi a um deles que estacionasse o carro. A chave caiu no chão, mas eu não me preocupei em pegá-la. Sai correndo, sentindo minha respiração pesada e meu coração acelerado como nunca. Parecia que ele ia saltar pela minha boca. Eu não conseguia me arrepender de chegar até ali.

Abri a porta de entrada com força, empurrando meu corpo para dentro com mais força ainda. Estava tudo vazio e triste.

– JUSTIN! – gritei aos prantos correndo até as escadas – JUSTIN VOCÊ ESTÁ AI?

Eu estava com um pressentimento tão ruim.

Estava em pânico.

 O cheiro de maconha era insuportável, mas isso não era um problema, não era nada comparado ao que eu encontrei ao abrir a porta de seu quarto.

Ele estava sentado em uma poltrona com as pernas encostadas na janela aberta onde o vento batia forte, ele parecia olhar as estrelas e segurava um cigarro entre seus dedos. Quando exalava a fumaça que se perdia na noite ele quase parecia sexy.  Quase.

Entre uma tragada e outra ele gemia, um gemido de dor, ele estava chorando.

Justin estava mais perdido do que sexy.

– Biebs... – sussurrei meio mórbida, meio sem vida.

– Blackberry? – ele finalmente se virou, em câmera lenta seus olhos pousaram sobre mim, eles estavam fundos, vermelhos, e molhados.

– Oi meu amor. – eu não pude impedir que as minhas lágrimas caíssem.

– O que... Porque está... aqui?

Caminhei até ele e o abracei apertado, forte, duro.

– Eu vim salvar você. 


Notas Finais


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