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História Behind The Lights - Second Season - Change Me


Escrita por: queendricka

Notas do Autor


EM BREVE POSTO A CONTINUAÇÃO LINDAS!

Capítulo 6 - Change Me


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Second Season - Change Me

Sinta a dor que estou enfrentando, seja tranquila, ajude-me a posicionar minha mente. Dê uma chance, faça a diferença na minha vida.Talvez você pudesse me mudar, talvez você pudesse ser a luz que abre meus olhos, transforme meus defeitos em qualidades, mude-me, mude-me.

 

O vento era forte vindo da janela e da varanda, mas ainda assim o calor de nossos corpos colados em um abraço cheio de saudade parecia ser o suficiente para nos manter aquecidos. Eu sentia seus lábios afundarem em meu pescoço, seu nariz roçava levemente à medida que surrávamos baixinho, um sussurro de alivio, da certeza de que com tanto que estivéssemos ali juntos nada mais importaria. E eu não conseguia controlar as lágrimas, muito menos ele, acho que nunca o vi tão vulnerável na vida. Justin estava destruído.

– Você viu o jornal, não é? – indagou ele baixinho no meu ouvido, sua voz parecia um trapo devido ao choro.

– A-hã – assenti cobrindo seu pescoço com minhas mãos, escondendo seu rosto entre meus seios, sentindo suas lágrimas encharcarem aquela região.

– Eu não conheço aquela mulher.

Minha garganta ficou seca, o fato de ele estar mentindo quando eu estava ali para aceitá-lo com todos os seus defeitos me fez repensar sobre ter vindo. Mas eu não conseguia e nem podia deixá-lo naquele estado, nunca mais poderia respirar se soubesse que ele estava assim.

– A ideia de comer prostitutas é de que não as conheçamos, não acha? – ele estava triste, cansado e sem vida, mas era difícil deixar o sarcasmo de lado.

– Não Bels, eu não acho. – ele levantou a cabeça – Eu estou falando a verdade. Pode perguntar ao Twist, ao Za, ta, pro Za não porque ele estava bêbado, mas eu juro, juro que nunca vi aquela mulher na minha vida. Ela se aproveitou que eu estava dormindo, e agora, agora ninguém acredita em mim.

– Por que será né Justin? Analisa tudo que você tem feito nos últimos meses...

– Você sabe exatamente porque eu fiz isso. – ele se levantou, afastando-se de mim, abriu a porta da varanda fazendo com que uma onda ainda maior de vento invadisse o quarto fazendo meu cabelo voar, em seguida ele apagou o cigarro no parapeito e então voltou para dentro.

– Eu também sei. – fiz questão de olhar em seus olhos – Porque você é um idiota.

Ele riu, era bom vê-lo sorrir de novo.

– Bom, talvez esse seja um dos motivos, mas – ele fez uma pausa, parecia que ele estava me corroendo com seu olhar – mas eu só estava tentando te mostrar o quanto eu estava feliz sem você.

Senti como se ele tivesse acabado de me dar um soco no estômago. Como eu pude pensar que ele sentia minha falta? Isso... eu é que era a idiota ali afinal. Coloquei uma de minhas mãos na cintura e desviei o olhar, encarando qualquer outro lugar tentando conter as lágrimas. Pisquei algumas vezes, meus dentes roçando um no outro, eu sentia minhas pálpebras cada vez mais pesadas, era incapaz de encará-lo.

– Eu tenho que ir Justin. – me virei em direção à porta.

– Não, Blake! – ele segurou meu pulso me puxando de volta, tentei afastá-lo, mas ele segurou meu outro pulso mantendo nossos braços cruzados um no outro.

– Me deixe ir! – pedi ridiculamente chorona, mais uma vez procurando outro lugar para fixar os olhos, eu parecia tão boba.

– Não, eu não... eu não posso! – ele segurou a ponta do meu queixo obrigando-me a olhar em seus marejados e brilhantes olhos cor de mel – Eu nunca mais vou deixar você ir.

– Ué – murmurei com a garganta seca, a voz trêmula e nervosa – Você não está feliz sem mim? Não... não é isso que você acabou de... de dizer?

Olhei para o chão, não estava preparada para ouvir o que ele tinha a dizer, mas logo depois ele segurou meu queixo novamente, e dessa vez eu não pude conter nenhuma maldita lágrima.

A razão era única.

Eu o amava com toda a minha alma.

– Eu não quis dizer isso, o que eu estava tentando dizer é que porra, você acha mesmo que eu sou feliz? Olha só pra mim.

– Olha só pra você. – eu disse, sentia meu corpo se transformando em um oceano prestes a transbordar – Fazendo todas essas coisas para me mostrar que você não precisa de mim, e tudo isso porque você sabia que eu me machucaria, porque mesmo você sendo cego ás vezes não há como não enxergar o quanto eu me importo.

– Blake você terminou comigo sem mais nem menos e ai do nada você se muda pra Los Angeles com um cara? Cara que por coincidência é o mesmo que você beijou quando nós namorávamos? Eu acho que eu tenho todos os motivos...

– Connor é muito melhor que você!

Ele parou perplexo, soltou meu pulso se afastando o máximo que conseguiu, um olhar magoado cruzava-lhe a face. Eu podia ver chamas em seus olhos. E dor, muita dor. Mas eu precisava dizer aquilo, porque era a verdade.

– Certo. – ele assentiu erguendo a cabeça quase em câmera lenta. – Você tem toda razão Blake.

– Sinto muito por dizer isso, mas...

– Você tem mesmo que ir.

Não, eu não estava esperando por isso.

Não tem que ser assim.

De novo não.

– Me desculpe – pedi receosa, soltando minha bolsa no chão e caminhando até ele, pousei minha mão em seu peito, cansada de tudo isso – Sabe qual é a porra do problema? Você sempre quer ser a vítima, e certo, tudo bem, eu não devia ter dito isso, mas você bem ai dentro, bem no fundo mesmo, sabe que eu estou certa.

– Acontece que já tem milhares de pessoas lá fora me dizendo o quanto eu sou ruim, eu realmente não preciso que você, justo você, se dê o trabalho de vir até aqui pra me lembrar disso.

– Eu não vim aqui pra te lembrar de nada, eu vim por que eu te amo.

Ele se calou, minha garganta estava seca e meu olhar cansado estava preso nos dele, até ouvir sua risadinha irritante de ironia.

– Você tem certeza disso Blake? – ele me encarava friamente – Eu me lembro de uma vez, eu era muito pequeno, tinha apenas doze anos ou até menos, eu tinha um melhor amigo, nós fazíamos tudo juntos e todos os dias tinha treino de futebol, aos finais de semana jogávamos hóquei, até sobre garotas nós falávamos e depois fazíamos caretas tentando imaginar o quanto seria diferente ter uma namorada. Um dia teve um campeonato, era o mais importante de nossas vidas e estávamos muito ansiosos para finalmente chegar a hora, só que eu cheguei ao estádio e ele não estava em lugar nenhum. Ele não apareceu. Nós perdemos o jogo porque eu não conseguia me concentrar, eu estava com raiva. Quando eu voltei pra casa minha mãe recebeu uma ligação, ela então me disse que era a mãe do meu amigo e que ele tinha câncer. Eu não sabia o que era aquilo, mas eu sabia que não era uma coisa boa. Fui visitar ele no hospital todos os dias depois da aula e assistimos a vários jogos na televisão pequena que tinha no quarto. O cabelo dele começou a cair por causa da quimioterapia, por isso ele teve de raspar completamente. Ele se sentia feio e chorava, eu não conseguia vê-lo assim e não podia imaginar um mundo sem o meu melhor amigo de sempre. No dia seguinte meu pai foi me visitar em casa e eu peguei a máquina dele e raspei todo o meu cabelo. Lembro-me um pouco do sorriso do meu amigo quando ele me ouviu dizer que tinha feito aquilo só por causa dele. – ele hesitou, tomou fôlego e então me olhou novamente – Isso sim é amor Blake!

– Sinto muito... pelo seu amigo.

– Não, está tudo certo, ele está em um lugar bem melhor agora. Já superei isso. A questão é que você não sabe do que está falando, por isso não pode sair dizendo às pessoas que as ama se depois vai dar um pé na bunda delas. Isso não é certo Blake, isso é cruel e pessoas assim acabam indo pro inferno.

– Mas você nunca me deixou explicar porque eu fiz aquilo.

– Algumas coisas na vida nós não explicamos Bels!

– Eu tive motivos, eu estava com medo, você nunca sentiu medo?

– MAS EU ESTAVA DO SEU LADO! – ele gritou histérico com os lábios próximos ao meu rosto, parecia que os olhos iam saltar de minha face devido ao susto – EU ESTAVA LÁ PORRA, EU SEMPRE ESTAVA LÁ!

– Você... você nunca ia entender.

– ENTÃO ME FAZ ENTENDER BLAKE! – eu nunca o tinha visto assim, com tanta raiva, com tanto ódio e amor ao mesmo tempo, ele colocou as mãos nos meus ombros e começou a me sacudir – ME DIZ POR QUE VOCÊ FOI EMBORA SEM AO MENOS DAR UMA EXPLICAÇÃO, ME DIZ POR QUE VOCÊ FOI TÃO ESTÚPIDA!

– Você está... me assustando. – murmurei tentando me afastar.

– Eu estou me afundando Blake – pela primeira vez desde o momento em que cheguei eu pude confirmar o seu grito de socorro, por mais puto da vida que ele estivesse comigo, ele não iria me deixar ir embora, porque talvez no meio de todas essas pessoas eu fosse à única que restasse, a única capaz de salvá-lo. – E eu preciso de você ao meu lado. – ele limpou a garganta – Mas eu não posso continuar se não entender isso, se não ouvir, se não...

– Ei. – passei meu braço pelo seu pescoço o abraçando – Vai ficar tudo bem, nada vai acontecer, é só uma fase ruim.

– Blackberry – senti seus dedos tocarem levemente o meu queixo, nossos olhares cruzados, ele parecia hipnotizado por aquele momento, seus lábios estavam tão próximos e eu estava com tanta saudade.

Então ele fechou os olhos e eu fiz o mesmo, o som de nossa respiração ficou mais evidente, até mesmo os batimentos acelerados de nossos corações era possível de ouvir, primeiramente ele apenas encostou nossos lábios, sua outra mão descendo vagarosamente pelo meu corpo me causando arrepios, até parar na minha cintura onde ele apertou com força para grudar um pouco mais nossos corpos.

– Eu senti sua falta. – sussurrei contra seus lábios, completamente entregue aquele momento, como resposta ele desceu sua boca até meu pescoço, seu nariz roçava levemente aquela região, puta merda eu estava fodidamente excitada, sentir falta dele não era só sentir falta dele, era também sentir falta da maneira surreal com que nossos corpos sempre se encaixaram, a forma inacreditável que sabemos como satisfazer um ao outro.

– E eu do seu traseiro. – sua voz rouca no meu ouvido me fez rir em meio a um arrepio, é claro que ele havia sentido falta de seu bem mais precioso.

O vi erguer a cabeça quase em câmera lenta e me olhar com carinho, como se estivesse tentando esquecer tudo que aconteceu para começar tudo de novo. Assim como eu.

– Senta aqui – ele apontou para a poltrona que ele ocupava quando eu cheguei, fiz o que ele havia pedido e ele então se sentou no chão encostado em uma mesa de mármore onde havia vários cigarros, bebidas, balas e cocaína. – Agora você pode me contar tudo, eu estou aqui pra ouvir você.

Suspirei fundo procurando uma maneira de contar tudo a ele, não queria me lembrar de tudo, não queria reviver tudo de novo. Aquilo não me faria bem. Mas ele estava ali com todos os seus defeitos disposto a ouvir o que eu tinha a dizer, e eu o amo tanto que não posso deixá-lo escapar. Não é justo deixá-lo ir.

– Foi um pesadelo.

– Eu sei.

– Um pesadelo muito ruim, muito ruim Justin, foi a pior coisa que já aconteceu comigo e nem se quer era real.

– Eu quero saber, eu quero entender... isso.

– Tudo começou muito bem, e é como tudo começa sempre, principalmente com nós dois, sempre que estamos bem algo de ruim acontece, e esse foi um dos motivos de eu ter terminado, eu não queria ver a cena se repetir. Eu só estava tentando...

– Blake! – ele esbravejou alto para que eu me despertasse. – Não precisa tentar explicar nada, só me diz o que aconteceu.

– Nós estávamos felizes no jantar, toda a nossa família estava presente, depois que eu anunciei que estava grávida, você ficou estranho, mas depois disse que só estava assim porque não sabia o que dizer de tão feliz que estava. Ai de repente passam alguns anos, nós estamos prestes a transar no sofá da sala quando uma garotinha desce correndo as escadas, e ela é nossa filha, ela se chama Natalie e eu penteio o cabelo dela todos os dias. Ela é uma garota linda. Mas ela sentia sua falta, e ela chorava porque você não podia ficar em casa por causa dos shows da turnê, você não consegue fazê-la dormir e eu vou até ela e a ela me diz que precisa ouvir você cantando pra ela, mas você não faz isso, e depois eu me lembro de que nós brigamos e no dia seguinte quando eu acordei suas malas estavam na sala, eu achei que era o fim, mas você simplesmente sorriu e disse que íamos viajar, pro Havaí, pra ilha onde nos conhecemos.

– Blake, você está chorando? – perguntou Justin me interrompendo – Eu não consigo imaginar porque isso é um pesadelo.

– Espera – pedi, continuando – No caminho até o aeroporto nós começamos a brigar de novo, tudo isso porque a Natalie conta sobre o Connor ter passado alguns dias na nossa casa, mas era somente por causa do trabalho dele.

– É claro que tinha que ter o Corno no meio. – ele bufou.

– CALA BOCA! – gritei, ele se calou imediatamente.

– Nossa, você tá selvagem!

Eu queria rir por ele ser tão idiota, mas eu precisava continuar.

– Nós brigamos por causa das luzes Justin, o Connor não tem nada ver com isso!

– De novo esse papo de luz? Pelo amor...

– Eu mandei você calar a boca imbecil!

– Não está mais aqui quem falou. – disse ele erguendo os braços.

– A verdade é que as luzes são a pior praga da minha vida, eu sempre falei isso, eu não sou aquele tipo de garota que poderia dividir você com o mundo e isso sempre iria interferir na nossa vida. Eu não gosto das luzes, eu não quero dividir você com mais ninguém, porque se você é meu então você é só meu, e eu iria te pedir pra escolher entre eu e as luzes, mas você não iria poder fazer isso Justin. Porque você me ama tanto quanto ama a sua carreira e eu seria muito egoísta por isso.

 Ele olhou pra mim, abriu a boca para dizer algo, mas fechou após alguns instantes.

– E no sonho você me mandou sair do carro no meio de uma avenida, olha só a que ponto tudo isso chegou. Eu comecei a correr e estava chovendo, era uma tempestade com muitos raios e trovões. Você me ligou, me pediu desculpas, nós choramos e dissemos que nunca mais iríamos brigar, eu pude respirar de novo. Só que de repente tudo que eu ouvi foi um barulho muito alto.  Você tinha batido o carro Justin, foi um acidente gravíssimo e você ficou péssimo. Por sorte a Natalie estava bem, mas ela queria e precisava do pai dela, eu prometi que você ia sobreviver. E eu senti que meu mundo ia desabar quando vi você naquela cama de hospital, você me disse com todas as letras que eu sou a luz, sou todos os flashes que há em você. – lembrar de tudo me fez chorar, eu estava invulnerável.

– E você é. – ele disse sério, sem saber como reagir àquelas palavras.

– Justin no sonho você acorda depois de três dias e descobre que eu doei o meu coração para salvar você.

Ele parecia perplexo outra vez.

– Como... como?

– Você ficou sozinho no final, você me odiava Justin, você não queria mais saber da sua filha, você estava triste, sozinho, sem vida, você desistiu de tudo porque você não podia viver sem mim e talvez eu tenha sido egoísta por morrer por você, mas eu não podia viver sem você também, eu não podia. Você precisa entender isso, que eu não podia de jeito nenhum fazer isso.

Assim como todas às vezes eu tinha perdido o controle, sentia o suor começar a escorrer pelo peito e costas. Justin olhou pra mim, seus olhos também estavam cheios de lágrimas.

– Eu não queria que nós dois tivéssemos esse fim. E quando eu acordei e descobri que era só um pesadelo eu pensei que aquilo fosse um aviso de Deus, que ele estava tentando me dizer que nós não nascemos pra ficarmos juntos, que se contrariássemos a vontade dele teríamos o mesmo fim que tivemos no meu pesadelo. E eu não quero, não quero que seja assim.

Estava tão presa aquelas palavras duras que pronunciava que não percebi quando Justin se levantou quase correndo, só quando ele me pegou pela cintura e me levantou empurrando-me contra a parede é que percebi o quanto ele estava desesperado.

– Eu não acho. – ele disse a uma distância quase inexistente do meu rosto, era possível ouvir o som de sua respiração pesada e enxergar a sua alma através de seus olhos – Não acho que Deus queria dizer que deveríamos nos separar.

– Então... – balancei a cabeça antes de prosseguir, aquela distância mínima era completamente perigosa – Então o que você acha que ele quis dizer?

– Que – ele sorriu desdenhoso, uma mão me imprensava contra a parede com seu corpo colado ao meu e a outra acariciou a minha bochecha molhada pelas lágrimas salientes – Que por mais que haja luzes, acidentes e tempestades, por mais que o mundo tente nos derrubar, o que nós sentimos um pelo outro é tão forte e assustador que nada pode destruir, nem mesmo as minhas mancadas, nem o mesmo o seu orgulho, nem mesmo os flashes... nós nascemos um pro outro Blake, já está mais do que na hora de admitirmos isso.

– Mas e se...

– E se nada? A vida é uma ponte Blake, ainda tem muita água pra rolar debaixo da nossa ponte, mas cabe a nós vivermos cada segundo, e eu sinto que vai ser bem mais fácil se você estiver bem ao meu lado, quando você se afogar eu vou estar lá pra te salvar e quando eu me afogar você também vai estar lá, nosso amor vai ser tão forte que ninguém no mundo nunca vai conseguir entender, nem mesmo nós dois. E se um dia a morte nos separar as lembranças ficaram para todo o sempre. E sabe de uma coisa? Eu sei que ainda vamos passar por um monte de coisas, brigas, eu sei porque é a nossa essência. Nós brigamos como cachorros insanos e ás vezes temos apenas cinco anos de idade. Mas eu quero estar com você todos os dias da minha vida até quando se cansar de mim.

– Você não pode dizer isso. – falei fechando os olhos para tentar esquecer aquelas palavras, aquilo estava começando errado de novo – Não pode dizer todas essas cosias, você não percebe que estamos batendo sempre na mesma tecla?

– Que seja então porra! – ele me deu um selinho – Vamos bater nessa tecla até ela ficar toda fodida. Eu não me importo de errar um milhão de vezes contanto que você esteja ao meu lado no final, disposta a errar mais uma vez.

– Eu não...

– Você não tem escolha. – ele sussurrou no meu ouvido – Eu nunca mais vou deixar você ir.

– Justin...

– Você é a única que pode me mudar Blake, você é a única que pode entender tudo que eu estou passando agora. Por favor, fica.

– Mas...

– Shhh – ele calou meus lábios e segurou minha cintura levantando meus pés do chão enquanto me carregava até a cama, eu estava nervosa e o meu coração estava a mil.

Mas eu nunca quis algo na vida como eu queria ser dele naquele momento.

Então que se foda!

Eu quero errar mais um milhão de vezes ao lado dele.

 

POV JUSTIN 

Eu tinha certeza de tudo que estava falando e sei que ela é a mulher da minha vida. Vou provar para ela um milhão de vezes, se for necessário. Mas naquela hora, naquele segundo, tudo que eu podia pensar era em como eu não aguentava mais ficar a um milímetro de distância dela.

Meu corpo precisava do dela, ele precisava da peça à qual se encaixava tão bem, e essa peça era a Blake. 

A conduzi até a cama com suas pernas enroladas em meu quadril, não parando de beijá-la nem por um milésimo se quer. Beijei seu pescoço querendo tomar conta de cada pedacinho de pele exposta e depois as partes não estavam mais expostas, se é que me entendem. Joguei-a no colchão ficando por cima de seu corpo e a beijando com mais força, como se eu precisasse daquilo pra viver – e eu precisava – eventualmente escutando gemidos escapando de seus lábios, que me deixavam ainda mais louco por ela. 

– Justin... – ela sussurrou, como se estivesse pedindo por algo. Ah, ela iria pedir, eu iria fazê-la gritar meu nome implorando.

– Shhh – repeti o ato de minutos atrás. Não queria deixá-la falar, ela tinha o hábito de falar demais e estragar tudo. – Você é minha. – disse, sorrindo e levantando a sua blusa, tirando a peça e jogando para o lado, olhando para aquele corpo do qual eu sentia tanta falta. 

– Sua. – ela concordou sem hesitar, me puxando pela nuca e retomando o nosso beijo, também tirando a minha blusa branca que estava cheirando à fumaça de tudo que tinha usado durante todo o dia.

Suas unhas percorriam todo o comprimento de minhas costas, passando para frente enquanto ela mexia seu quadril embaixo de mim, insinuando o que queria. 

Eu não conseguiria enrolar mais, nós teríamos a noite inteira para enrolar, uma vez que eu só a deixaria sair dessa casa se fosse para buscar as suas coisas. Comigo. 

Me livrei do botão de sua calça e abaixei o zíper, tirando a peça inteira na mesma rapidez que tirei a sua blusa. Passei minhas mãos pelas suas pernas, chegando às coxas e apertando, logo levando-as para trás e encontrando o traseiro que eu tanto amava. Tirei a minha bermuda e olhei para Blake, que tinha um enorme sorriso no rosto. 

– Blake, eu... – comecei a dizer, sendo interrompido por ela. 

– Cala a boca. – ela mandou e riu, virando nossos corpos e permanecendo sentada em cima de mim. Se livrou de minha cueca e eu arranquei sua calcinha, rasgando a pequena peça de pano e rindo do meu ato, jogando o que sobrou para alguma parte do quarto. 

Blake olhou para o meu membro ereto e se moveu, esticando o braço até a gaveta do criado-mudo, onde sabia que ficavam as camisinhas e pegando uma, abrindo o pacote e colocando em mim. 

– Blake. – comecei a dizer novamente. Nem eu sabia mais o que eu queria tanto falar. 

– Eu mandei você calar a boca. – ela disse olhando em meus olhos, logo se voltando novamente ao meu corpo e passando as mãos pela lateral do meu tronco. 

Ocupado demais olhando para a expressão serena em seu rosto, eu mal percebi quando ela levantou seu corpo e sentou em cima de meu membro. 

A sensação de tê-la dentro de mim era incrível. Ela se movia para cima e para baixo com facilidade , as peças se completavam perfeitamente. 

Segurei com força em sua bunda e a  ajudei a se mover, indo cada vez mais e mais fundo, proporcionando ondas de prazer que corriam por cada nervo do meu corpo. 

– Justin! – ela gritou no ápice de seu prazer. Eu disse que ela gritaria meu nome. 

Com mais algumas investidas, senti o corpo de Blake ficar mole em minhas mãos, suas respiração estava descompassada e, segundos depois, eu também cheguei ao meu limite, sai de dentro dela e me joguei ao seu lado na cama. Nossas testas estavam suadas e a nossas respirações completamente descompassadas. 

Depois de tantos meses longe daquele cheiro, eu finalmente me sentia vivo de novo.

– Sempre me disseram que sexo de reconciliação era bom, mas nunca imaginei que era... Assim. – foi a primeira coisa que eu disse quando consegui respirar normalmente, ficando de lado e olhando para seu rosto perfeito. 

Ela riu ao meu lado, se virando para olhar para mim, me puxando para um beijo lento e apaixonado. 

– Eu continuo sendo sua. – ela disse, selando meus lábios algumas vezes. 

– Blake, eu não consigo imaginar uma vida em que eu não seja seu. 

– Estou sem palavras.

– Não é só isso, você precisa calar a boca e esperar eu terminar de falar.

– Você também faz isso, você sempre me interrompe!

– Por que será? Obviamente porque você é intrometida.

– Cala boca!

– Me obriga!

– Eu vou embora idiota!

– O que? Não, você não...

Ela começou a rir.

– Ah sua moleca! – pulei em cima dela, acompanhando sua risada – Agora você vai ver, vai aprender a não me assustar mais.

– SAI DE CIMA DE MIM GORDO!

– Não tenho culpa se só o meu pênis tem quase cinco quilos!

Ela definitivamente estava tendo um ataque de risadas e eu gostava daquilo, eu sentia saudade daquele som.

– Blake. – chamei-a olhando no fundo de seus olhos, eu estava em cima dela e segurava seus pulsos a prendendo embaixo do meu corpo.

– Hum? 

 Eu ia te dizer que o que você fez no seu sonho... aquilo também era amor.


Notas Finais


bebesitos


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