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História Behind The Lights - Are you cold?


Escrita por: queendricka

Capítulo 12 - Are you cold?


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Are you cold?

Blake Berry P.O.V

Aonde eu estava com a cabeça quando concordei com aquilo? Ele pode não ser desprezível mas continua sendo o mesmo idiota de sempre. E agora ele estava pilotando aquela – arma – sim, por que qualquer coisa que esteja em cima d’água é uma arma pra mim. A ilha já tinha ficado pra trás a muito tempo e eu não conseguia sair de perto dele por medo de algo acontecer, eu estava me sentindo desconfortável, eu fiquei dez anos tentando fugir de algo assim, não entendia por que tinha cedido tão facilmente. Talvez tenha sido sua cara de sofrido ou o sorrisinho que ele deu quando implorou, aposto que eu nunca pensei que ele me colocaria nas costas e me jogaria aqui dentro.

- Você enlouqueceu? – gritei histérica quando ele soltou o volante que controlava a lancha.

- Calma blackberry, você está muito estressada! – ele riu indo em direção a pequena escada que o levaria até o terraço.

- Justin você quer morrer? – eu segurei aquela coisa aos prantos, mas a lancha parecia não obedecer aos meus comandos, eu estava a beira das lágrimas – Eu não quero morrer porra!

Justin estava rindo, rindo muito.

- Não adianta ficar mexendo ai burrinha, está no piloto automático.

- IMBECIL, IDIOTA, DESGRAÇADO! – comecei a socar o peito dele mas era em vão, ele nem parecia sentir – VOCÊ QUASE ME MATOU DE SUSTO!

Ele tentava dizer alguma coisa mas só conseguia rir, rir muito, ele ria tanto que achei que estava prestes a rolar no chão.

Comecei a subir aquela escada de ferro completamente irritada, minha respiração ainda estava ofegante e meu coração a mil por hora. Me sentei em um sofá mais branco do que as nuvens do céu e abracei a mim mesma tentando me proteger do frio e do vento forte, tentando também fingir que eu não estava com medo das ondas e da correnteza forte.

Foi preciso mais de dez minutos para que Justin finalmente aparecesse, não que eu estivesse sentindo a sua falta mas eu já estava começando a ter alucinações por causa do vento, por causa de tudo.

- E ai medrozinha! – ele colocou uma bandeja de sanduíches e frutas em cima da pequena mesa que havia ali – Olha só, estão fresquinhas.

- Que bom Bieber! – tentei parecer o mais indiferente possível.

Ele riu torto e puxou suas calças ocupando o espaço vago ao meu lado.

- Me desculpe, eu deveria ter dito antes! – ele lambeu seu lábio inferior – Eu só queria que você superasse esse trauma.

- Dando a entender que eu estava prestes a morrer? – falei sarcástica revirando os olhos – Uau Bieber, quando devo te dar os parabéns?

- Dá pra parar de me chamar de Bieber?

- Dá pra parar de ser idiota?

Nós dois acabamos rindo, rindo muito.

- Eu acho que vou querer uma maçã! – disse ele pegando uma – É a minha fruta preferida, você devia saber disso.

- Por que mesmo?

- Por que eu sei que você adora banana! – ele riu sínico e colocou uma banana na minha mão ao mesmo tempo em que mordia a maçã.

- Isso foi uma piada? – soquei o ombro dele – Por que eu não vi graça nenhuma.

- Pelo visto eu adivinhei! – murmurou assim que eu mordi um pedaço.

- Cala a boca idiota! – tive que soca-lo de novo.

- Olha só – ele olhou pro céu – Não é lindo?

- Fantástico! – admiti – Nunca vi tantas estrelas assim.

- Isso só acontece uma vez por ano e você tem de sentir por estar comigo para ver essa belezura, sabe quantas garotas queriam estar aqui agora? Aposto que perdeu as contas.

- Olha eu tenho que admitir, você é o cara mais convencido com quem já sai!

- Hum, então isso é um encontro? – havia malícia em sua voz, porém aquilo soou tão engraçado.

- Nos seus sonhos Bieber!

- Viu só? Nós estamos aqui, e a água  está mais perto do que imagina, você venceu.

Eu jurei a mim mesma que não iria sorrir, mas foi impossível. Ficamos tanto tempo conversando sobre coisas aleatórias, ele me contou sobre as peças que pregava em todos de sua equipe e em como eles se divertiam juntos, então eu percebi que ele realmente precisava de pessoas com bom humor ao seu redor, por que elas de alguma forma o mantinham com os pés no chão e o faziam sentir vivo no meio de toda a pressão e a fama. Contei a ele como foi o meu colegial e como era estranho ter começado a faculdade com tão pouca idade, ele ficou surpreso ao saber que achavam que eu era super dotada e ainda me chamou de burra, é claro que eu soquei ele de novo, mas sabe naquele dia, naquela noite, eu sentia que tinha finalmente conhecido o Justin de verdade, um Justin eu me neguei a acreditar que existia.

- Você está com frio? – ele se aproximou mais e colocou o braço em torno de mim – Não se preocupe, nós já vamos voltar.

...

Ryan Good P.O.V

- Você deixou a minha sobrinha sair com o Justin em uma lancha a essa hora da noite? É isso mesmo Scott? – minha mãos estavam tremulas, eu sempre fui bem humorado e radical, mas porra tinha uma tempestade lá fora e já se passavam das uma da manhã.

- Eu já disse que ele não autorizou nada! – Pattie repetia pela terceira vez – O Justin chegou a insulta-lo, eu não achei que ele fosse fazer isso, eu achei que ele ia desistir dessa ideia maluca.

- Mas ele não desistiu Pattie e agora a minha sobrinha e o meu brother estão no meio do oceano onde há ondas maiores que esse prédio onde estamos hospedados! Isso é ridículo.

- Eu já mandei as buscas irem atrás deles, até parece que você não conhece o Justin, ele só está sendo rebelde, ele tem feito muito isso ultimamente. – Scott sempre tentando ver o lado bom das coisas – Ele vai voltar bem, ele sempre volta.

- Deixa a Blake comigo, sabe quantas vezes eu a chamei pra ir a praia e ela se recusou dizendo que tinha medo? – dei risada – Várias vezes.

Scott e Pattie acabaram rindo também.

- Não está com ciúmes da sua sobrinha, está?

- Não Pattie – fitei o chão – É só que é estranho ver que ela está crescendo.

- Eu sei do que você está falando, como acha que me senti quando Justin fez dezenove anos? Eu estava tipo muito assustada, pensando que eu estou cada vez mais velha e que de agora em diante é só piscar e ele está completando mais um ano de vida.

- Ás vezes eu me pego lembrando daquele moleque de 15 anos com uma franja estranha, de quando o vi pela primeira vez! – Scott disse com um sorriso bobo como se vislumbrasse cada palavra que dizia.

- Pattie achava que você era um aproveitador! – falei rindo.

- Ei, não diga isso! 

- Foi antes de ela ver como eu sou um homem de palavra! – ele se defendeu espreguiçando-se no sofá.

- Você fez muito bem pra ele Scott! – disse com sinceridade conseguindo finalmente me sentar, por um momento me esqueci que havia dois adolescentes sem juízo perdidos por ai há mais três horas.

- Eu espero que ele saiba disso!

- Mas é claro que ele sabe! – Pattie tratou de dizer – Não dê bola para o que ele disse mais cedo, ele só estava tentando encontrar uma forma de nos convencer a deixa-lo pilotar aquela coisa, você sabe que ele te adora, você é uma das peças mais importantes desse quebra cabeça.

- Que bom que pensa assim. – ele sorriu pra ela.

- Joey já dormiu? – ela perguntou – Ele é um bom garoto.

- Ele acabou acordando quando Scott foi me chamar pra avisar sobre a Blake, ele só quer saber de ficar jogando o tempo inteiro agora.

- Ele mora com a Blake? – Scott quis saber colocando as pernas em cima da mesa.

- Sim e antes que me pergunte por que, eu também não sei.

- Como não sabe? – Pattie estava confusa.

- Eu costumava visitar a minha irmã quase todos os fins de semana em que estava em Los Angeles, agora ela parece me evitar, eu não a vejo há uns cinco meses, eu estou falando sério, ela mudou completamente com a Blake, até mandou ela pra Nova Iorque, algo que ela sempre descartou, elas eram tão apegadas e de repente ela não estava nem ai mais, até mesmo o Joey que ela tanto mimava agora simplesmente está com a Blake, a sua irmã, Melissa, ela levou ele para o apartamento dela e simplesmente disse que minha irmã não podia cuidar dele – olhei para eles – Que espécie de mãe faz isso?

- Que coisa mais estranha! – Scott murmurou – Será que aconteceu alguma coisa?

- Eu não sei se é por causa do marido dela, o pai da Blake, ele é um alcoólatra, ele nunca gostou muito de mim por que eu sempre repreendi suas atitudes, talvez ele tenha pedido pra ela se afastar de mim, o que é estranho por que eu achei que eles não estivessem mais juntos.

- Como eu disse, bem estranho. – Scott repetiu.

- Essa garota é uma guerreira por aguentar tudo isso com tão pouca idade, ela não tinha que assumir essa responsabilidade toda de cuidar de uma criança, ela tem o estágio, e a faculdade e ainda tem que cuidar dele.

- E ela nunca reclama Pattie, a Blake é única, ela é demais.

- Eu acho que você se sente como um pai pra eles agora não é?

- É exatamente assim que eu me sinto! – concordei – E quando fico mais de um dia sem falar com eles eu me sinto mal, e ligo só pra ficar conversando e rindo, até dou bronca, eu gosto de dizer a ela quando algo está errado.

Pattie ia dizer algo mas de repente um policial entrou as pressas na pequena sala do primeiro andar do Hotel. A chuva lá fora estava forte e nós podíamos ouvir o estrondo dos trovões.

- Acharam eles? – perguntei assustado a medida que todos nos levantamos.

- Eles não, mas a lancha sim.



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