1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Lights >
  3. Thank you, Blake

História Behind The Lights - Thank you, Blake


Escrita por: queendricka

Capítulo 13 - Thank you, Blake


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Thank you, Blake

Justin Bieber P.O.V

Tentei abrir os olhos uma, duas, três vezes.

Tentava até mesmo me mexer mas nada além dos dedos da mão se moviam.

Aonde eu estava? Eu sentia frio.

Forcei minhas pálpebras novamente na esperança de abrir os olhos, mas a claridade me forçou a fecha-los novamente.

Quem abriu a janela? Por que está tão claro? E por que eu sinto como se estivesse em cima de um monte de terra? Por que parece que meu corpo inteiro está congelado?

Alguns minutos haviam se passado e eu já estava me sentindo idiota até que finalmente abri os olhos tentando ignorar a luz que parecia me cegar completamente.

Mexi meu corpo para frente conseguindo me sentar, pisquei várias vezes seguidas e ao olhar ao redor percebi que estava em uma praia, mas além da água não havia nada a não ser uma floresta, sim, muitas árvores.

De repente me vi cambaleando quando me levantei bruscamente ao ter a visão de Blake estirada na areia, ela estava tremendo, obviamente por causa do frio e da pouca roupa que usava.

Agora eu estava começando a me lembrar de tudo... Nós dois estávamos rindo e conversando civilizadamente - como eu nunca pensei que seria possível - ela é tão divertida e simpática, ela é tão legal e atraente, e bem humorada. Eu não me lembrava mais da última vez em que tinha me divertido tanto com uma garota até a noite de ontem.

Só que de repente, de repente uma onda gigantesca invadiu a lancha fazendo com que ela começasse a afundar. Antes de tentar jogar a água fora nós colocamos os coletes salva-vidas, os trovões começaram a assustar a Blake e quando um raio caiu do céu eu a vi se agarrar em mim, da mesma forma que vi as lágrimas escorrendo pelos seus olhos.

Nós caímos na água e eu a segurei em meus braços, ela tremia de frio e chorava compulsivamente. A lancha estava boiando de cabeça pra baixo, a correnteza estava mais forte do que nunca e de repente uma onda caiu sobre nós. Eu não me lembro de mais nada até acordar nesse lugar.

- Blake, Blake! Por favor acorda! – sacudia ela desesperado, eu sabia que era tudo culpa minha, se eu não tivesse tido essa maldita ideia não estaríamos naquela situação, ela não estaria desacordada no meio do nada – Blake pelo amor de Deus, acorda! Acorda! – comecei a fazer pressão em seu tórax na tentativa frustrada de faze-la devolver a água que ela havia engolido.

Ela começou a tossir fazendo exatamente o que eu pedi a Deus, parecia que ela tinha bebido o oceano inteiro.

- J-Justin? – ela gaguejou tremula fechando os olhos logo em seguida e apertando suas pálpebras com força – Ai – reclamou – Minha cabeça! – ela levou sua mão até lá – Tá doendo muito.

- Oh Meu Deus, ainda bem que você está viva! – abracei ela com tanta força como se nunca mais fosse solta-la.

- Que negócio é esse? – ela me empurrou voltando a ser a velha Blake de sempre e eu sorri aliviado por ter amenizado a culpa que sentia – Só por que me protegeu do frio ontem não quer dizer nada tá bom?

Dei risada.

- Não sabe como fico feliz em ouvir isso.

- Uau, não se sente atraído por mim? – ela riu – Eu poderia jurar que estava flertando comigo ontem a noite.

- Eu não estava falando sobre ontem a noite! – tratei de dizer – E não fui eu quem disse que estávamos em um encontro.

- Eu não falei a palavra “encontro”! – ela se defendeu fazendo aspas com os dedos – Eu disse “sair”, não é o que estávamos fazendo até aquela coisa afundar? Eu disse que era perigoso.

- Vou ter que admitir isso mais tarde, agora eu só queria um pouco de comida!

- Deixa eu adivinhar, nós estamos perdidos em uma ilha deserta? – ela ergueu o corpo se forçando a sentar e fez uma careta ao sentir mais uma pontada de dor.

- Na mosca! – sorri, o jeito era levar no bom humor.

- Me ajuda a levantar? – pediu estendendo a mão, e assim eu fiz – Eu poderia gritar mas acho que ninguém vai ouvir.

- Deveria gritar comigo, é tudo culpa minha! – admiti.

- Você tem razão, é tudo culpa sua! – ela cutucou meu abdômen com seu dedo indicador me empurrando pra trás e riu – Vamos ter que comer peixe?

- Eu gosto de comida japonesa, gosto de sushi!

Ela riu.

- Deve ter uns tubarões gostosos também.

- Credo, eu odeio tubarões! – arregalei os olhos, sempre tive medo desses bichos horrorosos e medonhos – O que vai ser da nossa vida?

- Você deveria saber já que a ideia foi sua. – ela cruzou os braços – E esse sol quente da porra? Eu vou ficar mais preta do que o meu cabelo.

- Seu cabelo está ridículo se quer saber!

- E o seu está lindo né? – ela fez cara feia e deu a língua.

- Eu estava brincando, até que dá pro gasto.

- Idiota! – ela me empurrou novamente, dei risada.

- Sabe qual é a diferença entre mim e você? – ela ergueu a sobrancelha esperando pela resposta e eu continuei – Mesmo com o cabelo todo bagunçado eu continuo sendo Justin Bieber , o sexy, o gostoso, o sensual.

Ela gargalhou levando tudo na brincadeira.

- Olha eu acho que você tem que rever isso, se é tão importante como diz por que ainda não foi encontrado? Parece que o mundo não se importa com a sua ausência assim como você pensa.

- Eu não dou mais que duas horas até eles nos acharem. – disse mesmo sem ter certeza das minhas palavras – Ele só não acharam antes por que estava de noite.

- Um hum, deve ser. – ela disse irônica.

- Sabe, em vez de ficar ai sendo toda sarcástica por que não vamos procurar alguma fruta nessa mata? Não é possível que não tem nada pra comer.

- Acho que posso te ajudar – disse ela, começando a caminhar em direção aquele monte de árvores – Mas só se você prometer não se agarrar em mim quando os tigres ferozes aparecerem.

Soltei uma risada alta, mas muita alta mesmo.

...

- Há quantas horas estamos andando mesmo? – questionei apoiando minhas mãos no joelho procurando por fôlego.

- Chegamos ao outro lado da ilha, olha lá a praia! – ela disse desanimada – Eu não sabia que existiam florestas em que não houvesse frutas, isso deveria ser um crime, será que eles não pensaram que duas pessoas poderiam ficar perdidas aqui quando plantaram essas árvores? Nem um pé de laranja?

- Acho que vamos ter que comer peixe! – disse rindo de suas palavras.

Ela continuou andando, quase saindo da mata.

- Justin vem aqui, olha só isso! – ela mexia suas mãos me chamando sem desviar os olhos de algo que parecia mais interessante que eu, e olha que eu achava que isso não existisse.

- Não me diga que encontrou alguns índios assassinos? – ri indo bem devagar até onde ela estava.

- Tem uma coisa bem ali, uma espécie de casa de praia! – ela começou a andar na direção que seus olhos visualizavam – Será que tem alguém lá?

Apressei os passos ao ouvir aquilo e sai correndo atrás dela. Pude finalmente avistar a casa, era pequena e parecia abandonada, mas ainda assim era melhor do que ficar ali no meio daquela floresta. Eu queria que tivesse alguém ali, mas tinha medo de que fossem pessoas ruins, por fim não sabia o que pensar, e nem teria tempo pra isso já que a maluca da Blake corria em direção a casa gritando como uma retardada que ela certamente era.

- TEM ALGUÉM AI? TEM ALGUÉM AI? – ela já estava na varanda – POR FAVOR RESPONDA, TEM ALGUÉM AI?

- VOCÊ É LOUCA? – gritei – ELES PODEM ACHAR QUE VOCÊ É UMA BANDIDA E TE METER BALA!

Ela mostrou o dedo do meio e deu a língua.

- Está trancada, não tem ninguém. – ela me lançou um olhar triste.

- Por que você está assim? – perguntei agora subindo os pequenos degraus da varanda – Nós temos um lugar pra ficar pelo menos.

- Qual a parte de está trancada que você não entendeu?

Peguei uma certa distância e então soquei a porta com força, claro que eu usei os meus pés pra isso.

- E qual é a parte de eu sou Justin Bieber que você não entendeu? – dei uma piscadinha pra ela me sentindo vitorioso e adentrei a casa que acreditem ou não estava completamente limpa.

- Nós devemos ser muito azarados mesmo! – Blake disse frustrada – Parece que tinha gente aqui ainda ontem!

- Eu acabei de ver uma geladeira! – gritei animado ignorando o pessimismo típico dela.

- O que tem ai? – ela perguntou eufórica.

- Olha só isso, nós estamos no paraíso! – a geladeira estava recheada de coisas deliciosas, eu mal podia acreditar no que via – Talvez não sejamos tão azarentos assim.

- Tá brincando? – ela riu pegando um pote de Nutella – Eu estou presa em uma ilha com Justin Bieber sem ao menos saber quando vou sair daqui.

- Você sabe quantas garotas gostariam de estar presas aqui comigo?

- Sei que eu não sou uma delas! – murmurou de forma provocativa dando as costas para se deliciar sozinha de todo aquele chocolate.

- Eu gosto do seu traseiro! – eu só disse isso por que ás vezes tenho mania de falar o que eu penso, sem contar que eu estava olhando para a forma como ela rebolava enquanto caminhava até o sofá da pequena sala.

Ela riu alto, muito alto mesmo.

- Justin Bieber gosta do meu traseiro? – ela abriu o potinho balançando a cabeça e lambeu pegando uma quantidade significativa – Legal, muito legal.

- Eca! – fiz cara de nojo – Sabia que existe uma coisa chamada colher?

- Pode pegar pra mim?

- Se você me pedir de joelhos, quem sabe.

Ela riu.

- Por favor.

- Tá legal blackberry! – abri uma das gavetas do armário e peguei duas colheres de sobremesa, depois peguei outro pote de nutella na geladeira que ainda estava aberta, não gosto muito de chocolate mas estava disposto a acompanhar o apetite dela.

Joguei a colher em cima dela virando o rosto quando ela novamente meteu a língua no chocolate. Não, não era nenhum pouco sexy. Logo me joguei ao seu lado e estiquei as pernas que escorei na mesinha no centro da sala.

- Obrigada Blake! – murmurei voltando a olhar pra ela que agora já comia como uma pessoa normal, havia um pequeno sorriso brincando nos meus lábios.

- Pelo que? – perguntou de boca cheia – Por não ter te matado? Não pense que eu não tive vontade viu.

- Também. – disse sério – Mas eu estava falando sobre tudo, sobre quando nos conhecemos, sobre ontem, sobre a reportagem, sei lá – desviei os olhos me concentrando no chocolate – Eu acho que sentia falta de que alguém me olhasse e visse um ser humano e não uma pessoa idealizada, como se eu fosse uma máquina de fazer música, um robô, uma pessoa perfeita que nunca vai errar.

Ela encarou o nada e sorriu fraco, um segundo depois seus olhos estavam presos em mim.

- Eu prometo que sempre vou olhar assim pra você.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...