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História Behind The Lights - I thought i wasnt your type


Escrita por: queendricka

Capítulo 14 - I thought i wasnt your type


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - I thought i wasnt your type

Blake Berry P.O.V

O astro Justin Bieber está perdido no Oceano pacífico"

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“E nesta manhã uma notícia chocou o mundo: Justin Bieber se perdeu nas ondas do Oceano pacífico”

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“As fãs do cantor Justin Bieber, apelidadas de Beliebers pelo próprio receberam uma notícia devastadora na manhã desse sábado, ao serem informadas que o pop star de dezenove anos está perdido em uma das ilhas do Havaí com uma americana que é sobrinha de seu figurinista”

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“É isso mesmo, o cantor se perdeu junto a uma garota de apenas dezesseis anos que segundo fontes próximas é sobrinha de seu figurinista Ryan Good”

- Já chega! – resmunguei – Eu não quero mais assistir TV, isso é muito chato, olha só, nenhum canal passa merda nenhuma, só ficam falando de você.

Justin gargalhou aumentando o volume e continuando a mudar de canal.

- É legal ver as pessoas sentindo a minha falta.

- Puxa, super legal! – suspirei sendo irônica.

- Olha só esse canal, é uma entrevista...

- É o Ryan! – gritei histérica puxando o controle e aumentando o volume.

Pode nos dizer o que exatamente aconteceu? Nós temos tentamos falar com a mãe de Justin e até mesmo com seu empresário mas nenhum deles querem se pronunciar sobre o ocorrido, tudo que sabemos é o que está na internet” – disse o repórter que tentava de todas as formas arrancar alguma informação do meu tio enquanto ele tentava entrar no Hotel onde estávamos hospedados.

Eu não sei o que dizer” – sussurrou baixinho se voltando para a câmera, sua respiração estava entrecortada e parecia que seu coração estava prestes a sair pela boca – “Eu tive a ideia de trazê-la pra cá, eu poderia ter impedido aqueles dois de entrar naquela lancha,  mas o que eu fiz? Eu estava curtindo a praia, a ilha e nem me dei conta... só posso dizer que estamos fazendo o possível para encontra-los o mais rápido possível e quero pedir que rezem por eles

- Ele não tem culpa de nada! – falei indignada.

- Exatamente, a culpa é toda minha, por que ele está fazendo isso?

- Você acha que ele vai chorar? Eu acho que sim.

- Ele não pode chorar, ele é o Ryan, ele nunca chora.

- Você acha mesmo? – dei risada – Eu já vi ele chorar várias vezes.

- Mentir é feio viu?

- Mas eu não estou mentindo! – disse ainda rindo – Todo natal em que nos reunimos a família toda, ele está sempre chorando.

- Essa eu queria ver! – Justin disse voltando a prestar atenção na tevê.

“É claro que ele sabe pilotar a lancha, eu estou certo de que ele sabe. Eu realmente não posso dizer o que aconteceu, por que eu não faço ideia. Entenda, não é um momento bom para me fazer um monte de perguntas, eu ainda estou confuso e preciso cuidar do meu sobrinho, ele precisa de mim e eu dele. Justin é um dos meus melhores amigos, ele é como se fosse da família, eu realmente não quero pensar na hipótese de perder um deles, nós temos uma ótima equipe trabalhando nas buscas, uma hora ou outra eles vão estar aqui de novo pronto para mais uma travessura” – e foi tudo o que ele disse antes de finalmente conseguir adentrar ao hotel.

- Já chega! – eu disse, desligando a tevê – Não é justo eles ficarem lá se torturando enquanto estamos aqui comendo Nutella!

- O que eu posso fazer?

- Que tal ficar se odiando por ter nos metido nessa?

- Ah, eu sou ótimo nisso.

- Eu estou irritada.

- Tô vendo.

- Diz alguma coisa, eu preciso brigar pra aliviar.

- Tipo uma terapia?

- Tipo isso.

- Ah. – ele riu.

- Ah o que Bieber?

- Nada.

- Já está escurecendo! – notei ao olhar pela janela.

- E nós ficamos aqui dentro o dia inteiro.

- Eu cansei de comer chocolate.

- A culpa não é minha se os donos dessa casa não são pessoas saudáveis.

- Eu tô com medo! – disse com sinceridade – E se a gente não for encontrado nunca, e se tivermos que ficar aqui pra sempre?

Justin riu.

- Não seria uma má ideia! – ele mordeu os lábios.

- Sai pra lá! – me levantei do sofá fazendo uma cara de reprovação que só fez com que ele risse mais ainda.

- Não se preocupe blackberry – ele se esparramou no sofá e apoiou sua cabeça em suas próprias mãos – Você não faz o meu tipo!

- Que bom ouvir isso! – tentei parecer convincente enquanto dava as costas para sair daquela casa, ar fresco seria bom naquele momento.

MAS EU CONTINUO GOSTANDO DO SEU TRASEIRO! – ele gritou antes que eu batesse a porta atrás de mim.

...

O vento estava forte e eu me encontrava sentada na areia jogando pedrinhas na água, o frio era congelante mas era como se eu tivesse me acostumado com o clima, como se ele não alterasse em nada o meu corpo, havia poucas nuvens no céu e elas se espalhavam entre as brilhantes estrelas que rodeavam a lua - que ainda cheia pairava sobre o horizonte daquele lugar espetacular.

Eu estava pensando nas poucas possibilidades de sair logo dali. Mesmo sabendo que o fato de Justin estar comigo tornam as coisas mais fáceis pois o mundo inteiro precisa dele, isso é algo evidente, ainda assim eu sentia um puta medo da incerteza de que isso demore muito, muito mais do que eu acho que posso suportar.

Quer dizer, olha só onde nós estamos, isso aqui é lindo, é como o paraíso em forma de lugar, o céu deve ser bem perto de algo como isso. Mas e a minha vida? E as fãs dele? E a nossa família? Eu nem mesmo tenho uma roupa pra vestir a não ser essa. Naquela geladeira do caralho só tem doce e eu não quero ficar obesa. Sem contar que o Justin é a pessoa mais irritante do universo e eu acho que não é legal conviver tanto tempo com ele. Como será que vai ser a minha vida quando sair daqui? Todo o assedio da imprensa? As pessoas querendo se meter na minha vida, esses rumores que querendo ou não acabam aparecendo, não é nada do que eu quero pra mim, nada do que eu planejei. Porra eu só queria passar três dias no Havaí, descansar, eu merecia isso.

- Como está aguentando o frio? – Justin murmurou e olhou pra mim se sentando bem ao meu lado.

- Da mesma forma que você está. – respondi sem encará-lo.

Ele riu.

- Ainda está irritada? Eu sinto muito, achei que estivesse tudo bem.

- Parece estar tudo bem? – questionei agora me virando pra ele.

- Bom – ele observou o barulho das ondas se chocando umas com as outras no mar, na praia, no oceano pacífico – É a paisagem mais linda, com certeza.

- Você tem razão. – concordei dando um leve suspiro – Mas isso não significa nada, saiba que ainda continua sendo uma merda pra mim tá legal?

- Você acha mesmo que eu queria estar aqui?

- Eu não duvido nada que você tenha deixado a lancha afundar de propósito.

- O que? – ele se alterou pela primeira vez naquela conversa.

- É brincadeira Bieber, eu tô brincando.

Um silêncio devastou o ambiente e eu senti uma leve brisa tocar meu rosto, podia até mesmo ouvir o movimento lento do vento ao nosso redor.

- Você já amou alguém? – ele perguntou quebrando o silêncio.

- Por que a pergunta?

- Só estou puxando assunto.

- Eu tenho dezesseis anos, não acha que sou muito nova pra amar alguém? Aliás eu já amei sim, amei a minha mãe e ainda amo, só que sabe o que eu ganhei em troca? Eu fui praticamente chutada para Nova Iorque e ela se quer fala comigo, aliás nem me lembro quando foi a última vez.

- Achei que você queria estudar em Nova Iorque!

- Mas eu queria Justin, eu realmente queria. – indaguei – Só que ela sempre foi contra isso, ela sempre deixou claro que eu não poderia sair de perto dela por que eu era importante pra ela, mas de repente, olha só o que ela fez, ela simplesmente me deixou ir, ela não recuou, pelo contrário ela fez questão. E ainda por cima mandou o meu irmão, por que ela fez isso? Por que ela deixou de amar a gente assim? E a minha irmã? Ela vive planejando o casamento perfeito dela, com o rico, o príncipe dos negócios... ela se esqueceu de mim, do Joey, é como se nós não existíssemos mais.

Suspirei tentando me controlar, ele não precisava ouvir meu desabafo sobre a minha vida frustrante.

- Já parou pra pensar que talvez ela só tenha concordado em deixar você seguir os seus sonhos sem tentar impedir?

- Ela não precisava se esquecer de mim pra fazer isso. E nem do Joey, quer dizer, ele só tem cinco anos, ele precisa da mãe dele.

- Eu tenho certeza que ele está em boas mãos. – disse ele deixando escapar um sorriso no canto dos lábios.

- Eu sinto saudade de antes.

- A sua infância foi legal? – ele questionou mostrando-se interessado.

- Muito. – disse me deixando levar por sua presença contagiante – Meu pai costumava nos levar pra Hamptons nas férias de verão, era muito divertido, eu me lembro de que a praia era tudo, era mágico, claro que isso tudo foi antes do incidente na piscina.

- Seu pai parece ser um cara legal.

- Ele era – corrigi – Agora isso não se passa de lembranças, ele mudou muito, seu vicio pelo álcool aumentou, eu nem sei como descrever o meu pai agora, é como um monstro, eu não reconheço ele mais, ele e minha mãe se separaram, foi complicado.

- Eu sei como é isso. – Justin olhou pra mim – Quando eu nasci meu pai estava preso, sabe o que é isso? Minha mãe me criou sozinha, ela sofreu muito mas encontrou a Deus e teve forças para me dar tudo que podia. Uma das melhores partes de ser quem eu sou, é o fato de que agora eu posso retribuir tudo que ela fez por mim, ela é a melhor do mundo.

- Eu percebi isso nela, desde o primeiro momento em que a vi! – falei ao me lembrar da agradável conversa que tivemos – E você deve ter dado muito trabalho pra ela não é mesmo? – eu estava rindo, e ele também.

- Sabe o que eu fiz quando tinha sete anos?

- Me diga senhor Bieber!

- Eu estudava em uma escola católica, e daí quando eu fui me despedir do motorista do Yellow Bus, eu disse a ele “Te vejo no inferno, Bev” – ele gargalhou – Nem preciso dizer que fui suspenso né.

- Seu idiota! – dei risada – Então essa coisa de ninfomaníaco é antiga?

- Isso não é nada, no primeiro dia de aula da sexta série eu fui mandado pra casa por fazer barulho de pum com as minhas axilas!

- Nojento! – resmunguei fazendo uma careta.

- E teve uma vez, eu não me lembro se tinha oito ou nove anos, eu só sei que Chaz, Ryan e eu, nós saímos de casa as duas horas da manhã pra andar de bicicleta e acabamos sendo pegos pela polícia, minha mãe quase me matou.

- Você é bem travesso! – conclui – Estou até com medo agora.

- E deveria mesmo.

- Qual é a pior parte de ser você?

- Isso é uma entrevista? – ele riu.

- Não idiota, é uma pergunta.

- A pior parte de ser eu é ter que lidar com pessoas que não sabem nada sobre mim e me acusam de coisas horríveis, como por exemplo de jogar vinho em alguém de propósito, sabe...

Dei risada.

- Nossa, deve ser bem difícil ser acusado injustamente.

- Sabe de uma coisa blackberry? – ele estava rindo junto comigo – Não é tão ruim ficar perto de você, até que é legalzinho.

- Valeu mesmo!  Onde é que está a câmera pra eu gravar essa cena?

Ele deu um sorriso irônico e fez uma coisa estranha, ele segurou minha mão entre as dele acariciando a palma com o polegar, eu senti uma coisa esquisita pelo seu toque, algo que eu certamente não queria sentir.

Eu queria hesitar, queria dizer a ele que isso era idiota, mas eu sentia o calor e o conforto de ter suas mãos junto a minha. Tudo ficou pior quando ele passou o braço pelo meu ombro. Eu senti uma puta vontade de gritar a ele que só por que nós rimos juntos e falamos sobre nossas vidas não queria dizer que ele podia fazer aquilo.

- Eu gosto do seu cabelo! – ele disse tornando seus olhos até mim, no exato momento em que eu fiz a mesma coisa, seus olhos cor de mel estavam tão próximos quanto os seus lábios rosados e aveludados, senti sua mãos tocarem meu rosto e tirarem uma mecha do meu cabelo colocando-a atrás da orelha.

E o mais estranho era o controle, eu não tinha nenhum. Apenas engoli o nó em minha garganta por estar tão submissa aquele momento estranho do qual eu não conseguia fugir. Seu hálito, sua respiração ofegante, tudo isso tão perto, o modo como ele me olhava no fundo dos olhos enquanto lentamente continuava a colocar uma parte do meu cabelo atrás da orelha, era tudo tão novo e esquisito. Qual é, eu sempre disse que ele era um idiota, por que diabos não conseguia me mover um músculo? Eu estava convencida de que ele despertava algo em mim, uma atração talvez.

Eu? Atraída pelo Justin? Aquele palhaço escroto? Não porra, nada a ver! Então presta atenção Blake, tudo que você tem que fazer é se mexer e tirar a porra do seu traseiro daí.

Justin se aproximou cada vez mais, eu podia ouvir sua respiração e até mesmo seu coração, o meu estava quase saindo pela boca, eu estava sem ar, meu Deus por que eu nunca admiti a mim mesma que esse garoto é uma tentação? E foi inevitável. Eu não sei por que ele fez isso mas ele fez.

Ele encostou nossos lábios enquanto suas mãos desceram para as minhas costas que ele alisava com carinho e suavidade, isso só ajudava para que eu me arrepiasse ainda mais, eu juro que queria parar, eu sabia que era errado e que eu não sentia nada por ele, pelo amor de Deus eu odiava aquele aberração. Só é estranho cara, é estranho por que eu não consegui parar, tudo que eu fiz foi envolver meu braço em seu pescoço o puxando para mais perto, dando passagem para que sua língua percorresse com suavidade cada canto da minha boca, como algo novo, algo novo e bom.

Ele tinha gosto de hortelã, onde ele achou chiclete de menta? Sua boca é refrescante, sua língua fazia um ótimo trabalho, ele é delicado e gentil, porra aquilo era viciante, era como se eu não pudesse parar de forma alguma. E eu volto a repetir, isso é tão tão tão estranho.

As coisas poderiam ficar bem mais quentes o que seria mais estranho ainda. Mas felizmente – ou não – nossos lábios se separaram quando ambos precisamos de fôlego – o que ele tinha me tirado por completo – e lá estava eu tirando disfarçadamente as minhas mãos da nuca daquele garoto que só agora eu podia ver com outros olhos, aqueles de malícia, de um jeito que eu digo e repito, nunca havia olhado pra ele.

Eu estava atônita. Meus neurônios estavam em estado de choque.

 E Justin? Ele apenas sorriu e olhou pra mim como se tentasse ler os meus pensamentos.

- Achei que eu não fazia o seu tipo.



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