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História Behind The Lights - I think we can be friends


Escrita por: queendricka

Capítulo 15 - I think we can be friends


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - I think we can be friends

Justin Bieber P.O.V

Eu não sabia por que tinha beijado ela, quer dizer eu sabia sim, por que eu tive vontade, uma puta vontade de beijar aquela garota. E agora mais do que nunca eu não me arrependia, pelo contrário, eu me perguntava por que não tinha feito isso antes. E é estranho por que ela não ia muito com a minha cara e eu achava sua falta de jeito bastante irritante. Mas porra por que eu estava fazendo aquilo? O fim do meu namoro com a Selena era tão recente, era estranho beijar outra pessoa assim, com tanta afinidade, com tanto desejo, como namorados costumam se beijar.

Eu estava confuso, tão confuso que não sabia como reagir. E sim, ela realmente não fazia o meu tipo. Mas não por que ela tinha algum defeito, aliás era bem difícil encontrar um defeito na Blake, seus olhos são grandes e cheios de mel, sua boca é pequena e seus lábios tem um gosto indescritível, sua pele, é como se fosse porcelana, e é claro que qualquer homem se perderia em seu corpo com uma facilidade inexplicável. 

O problema é que a Selena sempre foi o meu tipo, ela foi o meu primeiro amor de verdade, sim, apesar de ter namorado algum tempo com a Caitlin, nós ainda eramos ambos muito novos, mas o que eu vivi com a Selena foi mais intenso, foi com ela que eu descobri muitas coisas sobre relacionamentos, e agora eu estava ali sentindo, sentindo de verdade. Eu me afastei, me afastei meio em choque pelo que tinha acabado de acontecer, eu devia estar parecendo um idiota enquanto Blake contornava a situação tão facilmente, levando tudo para o bom humor.

- Sabia que você é um idiota? – disse ela risonha enquanto mexia nos seus longos cabelos castanhos – Olha só, eu vou ter que passar dois dias hidratando ele pra ver se volta ao normal.

- Não está tão ruim assim. – minha voz saiu mais tremula do que o esperado.

- Tá brincando? Olha só isso, as pessoas vão me ver na rua e me perguntar se eu uso shampoo de laranja por que o meu cabelo é um bagaço! – sua tentativa de me fazer rir foi em vão, e olha que eu normalmente riria dessa piada.

- Será que eles vão demorar a encontrar a gente? – mudei de assunto – Já tem quase vinte e quatro horas, não existem tantas ilhas assim, por que ainda não vimos um helicóptero?

- Justin eles devem estar procurando no mar, isso com certeza.

- É óbvio que minha mãe e o Scott pediram que eles procurassem nas ilhas também, não é como se eles fossem nos dar como mortos assim de repente.

- Eu sei – ela suspirou – só não sei mesmo é quando vamos sair daqui.

- Espero que logo. – bufei dando de ombros.

- Isso é por que tem medo de ficar a sós comigo? – disse ela tentando fazer graça, voltando a jogar pedrinhas na água – Deve ser difícil se controlar perto de mim não é mesmo?

Dei risada, mas era uma risada nervosa, tentava esconder o quanto me sentia invulnerável perto da confiança e do controle que ela tinha sobre si mesma.

- Nossa, bem difícil mesmo. – dessa vez consegui que a minha voz soasse irônica, exatamente como eu queria.

- Que foi? – ela me encarou – Está querendo dizer que não? Por que você me beijou agora a pouco então? – ela riu – Você não consegue se controlar não é? Eu sei como é.

- Não é nada disso, é só que... é que... esse beijo, ele...

- Justin dá pra parar de gaguejar? – ela estava rindo da minha cara – Eu entendo que você deve ficar cheio de tesão por ficar tanto tempo sem sexo, quer dizer já são quase vinte quatro horas não é?

Eu ri alto.

- O que você está querendo dizer? Até parece que você não gostou.

- Eu disse que não gostei? – retrucou – Eu gostei sim Biebs, até que você é bom nisso.

- Valeu hein.

Ela se levantou e limpou o short sujo de areia.

- Eu só disse isso pra você não ficar muito frustrado. – ela riu, de novo – Mas isso não quer dizer nada.

- Absolutamente nada! – concordei sem que ela ouvisse, ela já estava correndo de volta a casa de praia que mais parecia uma cabana abandonada.

...

Blake dormia como um bebê, eu tinha ficado tanto tempo na praia pensando naquele beijo que me sentia como um adolescente idiota, como se eu estivesse voltando aos meus dezesseis anos. Quando estava com a Selena algumas fiquei com algumas garotas, mas acho que isso é natural, pelo menos eu não me sinto como se a tivesse traído cruelmente, eram apenas lances. Não significavam porra nenhuma, pelo menos nem um terço do que aquele beijo tinha significado, eu simplesmente não conseguia pensar em outra coisa.

Droga, por que eu estava agindo assim enquanto ela permanecia inatingível como se nada tivesse acontecido? Por que ela tinha me atraído de tal forma que eu mal podia ficar perto dela sem pensar em coisas maliciosas? Quando foi que isso aconteceu? Atração física tudo bem, mas sentimentos? Isso eu não queria mesmo, de jeito nenhum.

- Você é chata Blake! – murmurei rindo enquanto a tomava nos braços pra levar pra cama de solteiro que havia no único e pequeno quarto da casa.

Cobri ela com um edredom e fiquei apenas com um lençol que tinha dentro do armário. Me sentei na beira da cama e me peguei olhando-a por algum tempo, ela dormia tão profundamente e algumas vezes sorria, podia jurar que ela estava sonhando e ás vezes também queria que eu estivesse nesse sonho, queria ser o motivo daquele sorriso. Quem nunca quis ser o motivo do sorriso de alguém? Ainda mais da Blake que é chata, que nunca gostou de mim e que tinha uma impressão errada da minha adorável pessoa.

Até os movimentos que seu peito fazia por causa de sua respiração era sexy, tudo naquela garota de uma hora pra outra se tornou atraente pra mim. E eu estava ciente de uma coisa, eu precisa ser cauteloso, não posso me esquecer quem eu sou, como é a minha vida e quais são os meus objetivos, não posso me deixar levar de novo, é eu não me posso me apaixonar, eu não posso mesmo.

- Dorme com Deus blackberry! – sussurrei depositando um beijo demorado e estalado em sua bochecha – Nós vamos sair daqui logo, eu prometo.

Apaguei a luz do abajur e voltei pra sala, acabei cochilando no sofá.

...

- Justin, garanhão, ei Justin! – alguém que eu com certeza sabia quem era estava me sacudindo sem parar, caralho eu só queria dormir até por que não tem mais nada de interessante pra fazer nessa ilha – Justin Drew Bieber, docinho... – ela riu – Docinho foi ótimo.

- Como você sabe meu nome completo? – abri os olhos me virando para enxergar os seus que eram enormes e hipnotizantes.

- Esqueceu que eu tive que fazer uma reportagem sobre você? – ela se levantou, pois antes estava de joelhos perto do sofá – Eu tive que ler muito ao seu respeito.

- Hum, e você gostou do que leu?

- Olha tirando os sites de fofoca até que você tem uma boa reputação.

Dei risada me sentando no sofá e colocando os pés no chão gelado.

- O que você queria?

- Eu quero te mostrar uma coisa, vem comigo... – ela me puxou pela mão e saiu correndo lá pra fora, eu nem tinha acordado direito. E estava um frio do caralho.

- Nossa! – falei esfregando os olhos pra ver direito – A manhã está linda.

- Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta... – ela apontava para o arco íris que refletia na água deixando tudo mais bonito, o vento batia em nosso corpo como uma onda de choque, o frio era congelante porém a vista era tão linda que tudo valia a pena, olhar aquilo me fazia perceber o quanto Deus é maravilhoso.

- Choveu a noite inteira, imagina só se não tivéssemos essa casa?

- Eu estava assistindo tevê enquanto você dormia e parece que eles acham que nós morremos Justin, temo noção do que é isso? O twitter está um caos, suas fãs estão se cortando, eu ouvi falar de garotas que estão falando em suicídio, eu... – ela estava confusa – eu me sinto idiota por que as pessoas estão achando que estamos mortos e nós estamos aqui, estamos bem Justin.

- Eu tenho certeza que o Scooter não vai desistir de encontrar a gente, e o Ryan também não.

- É claro que não! – ela disse ríspida – É claro que não! – repetiu convencendo a si mesma de suas palavras – Eu só acho que é doloroso ver as pessoas sofrendo por nossa causa e simplesmente não poder fazer nada.

- Eu sei blackberry! – cruzei os braços para me proteger do frio – E isso é horrível mas é como você disse, nós não temos nenhuma opção. Você acha que eu não penso em como minha mãe deve estar se sentindo? E acha que não dói ouvir você dizer que tem pessoas se cortando, chorando e sofrendo por que acham que eu morri ou por que eu me perdi no oceano? Isso não é legal, não é mesmo, mas eu estou tentando me esquecer disso pra manter o foco, manter a chama de esperança que eu tenho aqui dentro... manter ela viva.

Ela se sentou no chão sem se importar com o vento forte que fazia com que seus cabelos voassem, pra falar a verdade aquilo era extremamente sensual.

- Se lembra de ontem? – questionou apoiando suas mãos em seus joelhos.

- Bom...

- Eu não tô falando do beijo. – ela deu um sorriso torto – Lembra quando me perguntou se eu já amei alguém?

- Eu me lembro.

- Então... – ela mantinha os olhos presos na água – Eu amei.

- E por que não está mais com ele? – me sentei ao seu lado.

- Ele morreu no ano passado.

Senti minha garganta secar e os meus olhos marejarem. Eu certamente não estava esperando por isso, na verdade eu só queria ouvir uma história legal, talvez um amor de verão, qualquer coisa, menos o que ela disse. E agora eu abria a boca... mas não havia nada além de silêncio.

- E-eu... – fechei os olhos com força tentando encontrar as palavras certas a dizer mas eu sabia que nada mudaria o que aconteceu, nenhuma palavra seria o suficiente para cicatrizar a dor que ela sentia – E-eu sinto muito.

- Câncer – ela disse rápido tentando parecer forte – E ele não me disse nem por um segundo que tinha contraído a doença, ele viveu tudo, ele não fez nenhum tipo de tratamento e de repente nós estamos falando sobre o futuro e ele me diz que não vai pra faculdade, ele me diz que está com a porra do câncer, e alguns dias depois, poucos dias... – ela parou de falar por um segundo, por que as lágrimas haviam tomado conta de seu ser – Eu estava na escola, eram os últimos meses do último ano, eu desmaiei quando soube.

- Eu não sei o que dizer! –  sussurrei com a voz fraca.

- Não diga nada! – ela me olhou, sorrindo em meio as lágrimas – Foi por isso que fiquei irritada quando você tocou no assunto ontem.

- Me desculpa, eu não sabia, eu não tive...

- Eu sei – ela me cortou – Já passou.

Involuntariamente levei minhas mãos até suas bochechas enxugando as lágrimas que escorriam descontroladamente pelo rosto de uma das garotas mais lindas que eu já conheci. Mesmo que ela seja estúpida, grossa e muitas vezes sincera demais,  ainda assim ela continua sendo adorável.

- Você não vai perder mais ninguém.

- Eu espero que não! – ela tirou minhas mãos de seu rosto e se aconchegou em meu peitoral me pegando completamente de surpresa – Eu acho que podemos ser amigos.

- E eu achei que já fossemos amigos coração de pedra! – disse rindo e a fazendo rir, era tão bom vê-la sorrir, fazer a dor ir embora.

- Coração de pedra? – ela parecia indignada – Eu tenho sentimentos sabia?

- Pra mim é novidade. – a apertei mais contra meu abdômen quando ela tentou me dar um soco – Mas então, o que vamos fazer quando a Nutella acabar?

- Por mim já tinha acabado. – ela roçou o nariz na camisa – Eu já enjoei daquilo e já estou ficando obesa.

- Realmente, você tá gorda.

- Idiota! – ela me empurrou dando risada.

- É brincadeira, até que você tá boazinha. – puxei ela de volta pra mim, de repente eu não queria que ela saísse de perto de mim tão cedo.

- Boazinha?

- Sim, bem boazinha.

- Tá.

Eu ri.

- Justin!

- O que?

- Por que ele não me contou a verdade? Nós poderíamos ter superado tudo isso juntos, não é? Se ele me amava, por que ele foi tão cruel?

- Talvez ele te amasse tanto que não queria te ver sofrer, só queria passar o pouco tempo que ainda lhe restava ao seu lado.

- Isso não é justo, é egoísmo.

- Você só tinha quinze anos, não podia lidar com isso.

- Você não sabe de nada!

- Você que é imatura e não quer enxergar a verdade!

- Cala a boca! – ela quase gritou.

- Blake você teria parado os estudos, você teria parado de sorrir e os últimos dias que vocês passaram juntos, eles não teriam o mesmo brilho, a mesma naturalidade se você soubesse que...

- Eu mandei você calar a boca porra! – sua grosseria só me fez rir e a apertar mais ainda.

- Não vou calar coisa nenhuma, você me fez dormir no sofá.

- Você queria o que?

- Eu quase morri de frio com aquela merda de lençol, aquela coisa é mais fina do que o pênis daquele seu amiguinho!

Agora era ela quem estava rindo.

- Que amiguinho?

- O Corno.

Ela riu alto se espreguiçando nos meus braços, eu achei que meus ouvidos iam explodir do tanto que essa garota riu.

- Não é corno seu idiota, é Conor!

- Tem alguma diferença? – dei de ombros.

- Eu acho que você está com ciúmes.

- Não viaja Blake.

- É sim, você está com ciúmes, eu sempre soube...

- Qual é, eu só não fui com a cara dele.

- Um hum. – ela se desvencilhou dos meus braços e sem se distanciar muito me olhou com aquela carinha maliciosa – Pode admitir tá bom?

- Eu não tenho nada pra admitir.

Ela riu.

- Eu quero voltar pra faculdade.

- Do que diabos você tá falando?

- Da faculdade.

- Você muda de assunto do nada, você é estranha assim como o seu nome.

- Ué, se quiser continuar falando do seu ciúme tudo bem...

- Ciúmes? Acorda blackberry, nós estamos em dois mil e treze.

- Um hum pois é... – ela estava tentando conter o riso mas só estava conseguindo me irritar profundamente.

- Agora é a sua vez de calar a boca, você é cínica!

Ela riu.

- EU SOU CÍNICA! – gritou – SE JUSTIN BIEBER NÃO ESTÁ COM CIÚMES DE MIM QUE DEUS MANDE UM RAIO CAIR SOBRE A CABEÇA DELE NESSE EXATO MOMENTO!

- O que você está fazendo sua doida? – tampei os ouvidos caso contrário eu nunca mais poderia escutar novamente.

Alguns segundos se passaram e ela tirou as minhas mãos do ouvido me obrigando a olhar pra ela, um sorriso torto brincando em seus lábios, minhas mãos involuntariamente seguraram seu rosto enquanto eu me aproximava.

- Você não vai me beijar de novo, vai? – ela riu e saiu correndo.



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