1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Lights >
  3. This is me trying to kill Justin Bieber

História Behind The Lights - This is me trying to kill Justin Bieber


Escrita por: queendricka

Capítulo 16 - This is me trying to kill Justin Bieber


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - This is me trying to kill Justin Bieber

Blake Berry P.O.V

Uma semana depois.

Eu estava começando a ficar com medo, é, medo. Ficar ali com o Justin não era a pior coisa do mundo, não como seria se fosse há um mês atrás. Só que apesar de não ser de todo o mal não quer dizer que eu queria estar ali. Eu sentia falta da minha vida, da minha rotina, das minhas roupas, da minha faculdade, do meu estágio, dos meus poucos amigos, do meu tio, do meu irmãozinho, eu sentia falta de tudo que eu tinha, de tudo que eu era. Nós tentávamos nos divertir ás vezes, e até conseguíamos por um tempo, mas logo batia aquela tristeza, aquele sentimento ruim que gritava dentro de nós dois.

Medo.

A pior parte era quando inevitavelmente ligávamos a tevê, porra era a pior coisa do mundo, especialmente pro Justin que várias vezes deixava lágrimas escaparem por se sentir inútil, por que haviam pessoas, milhares delas, sofrendo por causa dele, chorando, querendo morrer por não conseguir imaginar um mundo em que ele não existisse. Vimos apenas uma reportagem com a Pattie, ela estava entrando no Hotel, todos ainda estavam no Havaí e parece que agora até mesmo o pai dele, Jeremy. O que nos dava esperança era o fato de que eles não desistiam por nada nesse mundo, nadinha. Justin é muito amado, não existe ninguém que ousasse desistir de alguém como ele.

Além do mais o dono dessa casa poderia aparecer a qualquer momento, isso também era como uma luz no fim do túnel. Justin e eu não conseguíamos entender por que nunca passava um helicóptero das buscas por ali, será que nós estávamos tão longe assim? Nós se quer conseguimos nos lembrar quanto tempo ficamos no mar naquela noite, pois simplesmente acordamos e ali estávamos.

Sorte que tinha algumas roupas no armário, porém a comida estava acabando, é que nós comemos muito já que não tem muita coisa pra se fazer ali. Justin continua dormindo no sofá passando frio mas eu já estou começando a sentir dó dele. De repente nos tornamos tão próximos que chega a ser assustador, eu conhecia um lado dele que eu queria por Deus que todos no mundo tivessem a oportunidade de conhecer. É claro que ele é um babaca, idiota, sem graça, mas ainda assim, ele é o Justin, um bom garoto.

Ás vezes quando eu estou triste ele pula em cima de mim, faz cócegas, me deixa puta da vida e depois começa a contar aquelas piadas que simplesmente não tem graça nenhuma mas que ainda assim me fazem rir, por não acreditar que ele possa ser tão retardado. Quando ele contava sobre as travessuras que ele fazia desde pequeno eu quase me acabava de rir, era tão legal que eu até me esquecia de insulta-lo de alguma forma. Ele também fazia questão de me zoar por eu ter sido uma nerd, e também por causa do meu nome, claro.

Nós tínhamos um ao outro e eu acho que isso deixou as coisas mais fáceis.

Por um tempo.

- Você não sabe nem fritar peixe porra, que é isso! – Justin estava quase arrancando os próprios cabelos de tanta raiva, ele estava me ensinando a fritar aqueles peixes que nós – mais ele do que eu – pescamos durante a manhã.

- Desculpa se eu não tinha um avô que me ensinava a pescar e tratar!

- Eu mandei você virar os peixes enquanto eu pegava mais madeira, não deixar eles caírem no fogo! – ele batia os pés no chão enquanto jogava os peixes torrados dentro do balde.

- Você não manda em mim, esqueceu?

- É, só que eu te peço uma coisa e você faz o contrário. – ele bufou.

- Então é só não pedir porra!

- Quem é que estava enjoada de doces mesmo?

- CALA A BOCA! – gritei empurrando ele com raiva.

- Você é complicada sabia? – ele grunhiu – Muito complicada porra.

- Bem que dizem que a convivência é uma merda.

- Eu concordo, então sai daqui por que eu vou pescar sozinho, vai dar muito mais lucro do que com você estragando tudo!

- QUE SACO CARALHO! – eu estava gritando loucamente, é assim que eu sou, quando eu me estresso eu começo a gritar, faz parte de mim.

- Para de gritar blackberry, eu já não disse que isso é feio? É totalmente ridículo uma garota da sua idade ficar gritando, é falta de educação se você não sabe.

- Acontece que eu sou diferente, eu não vou mudar por que você tá me pedindo, eu não tive aulas de etiqueta como você.

Ele riu amargo.

- Então é isso? Eu não tenho culpa de ter tido sorte na vida sabia? Por que você se importa tanto? O único problema aqui é que você não aceita o fato de eu ser talentoso, o fato de que o mundo está completamente parado e sem graça por que eu não estou lá, por que eles acham que eu morri.

- EU TE ODEIO! – continuei a gritar empurrando ele pra longe e o alcançando para continuar fazendo a mesma coisa – TE ODEIO MUITO BIEBER!

- BLAKE PARA! – ele segurou meus braços tentando me controlar, foi nesse momento em que nossos olhares se encontraram, aquele momento filho da puta que me lembrava o dia em que nos beijamos, porra por que os olhos dele tinham que ser tão lindos? Por que ele estava sem camisa naquele frio? Por que ele insistia em me olhar daquele jeito? Por que? Por que caralho? Isso não é justo, não é nenhum pouco justo.

- Já parei! – murmurei me soltando dele e saindo correndo em direção a cabana, eu só queria descansar, chorar... e esquecer.

Eu sabia que só estava descontando nele o medo que me corroía por dentro, também sabia que ele só não demonstrava o mesmo por que tentava ser forte pra me dar esperança. Nos primeiros dias era tão fácil pensar que eles nos encontrariam, qual é, é Justin Bieber, eles podiam contratar todos os policiais do mundo para nos achar, só que não, só que os dias se passaram e a dor foi aumentando, o medo tomando conta, aquela adrenalina, aquela diversão, aquilo passou e deu lugar ao terror. E é como eu disse, a convivência é um saco.

Eu não queria assistir a porra da televisão por que só se falava nisso. Será que esse garoto é tão importante que mesmo depois de uma semana essas merdas não falam em outra coisa? Ah, é claro, Michael Jackson morreu há anos e até hoje eles falam sobre isso.

Só sei que acabei dormindo no chão da sala e só acordei por que o almoço que o Justin tinha feito estava cheirando muito, meu estômago roncando fez questão de me lembrar. Eu nunca fui de comer peixe mas naquele momento me parecia a coisa mais deliciosa do mundo.

- Acordou porquinha? – ele riu mexendo o peixe na frigideira – Você nunca limpou essa casa, vai ser uma péssima esposa quando se casar, e ainda por cima dorme nessa sujeira... pelo menos não dormiu no meu sofá cama.

Revirei os olhos mostrando irritação enquanto jogava o travesseiro do Justin em cima do sofá.

- Eu acabei fritando o pexei aqui no fogão mesmo, se o gás acabar foda-se.

Balancei a cabeça com muita raiva tornando a revirar os olhos, logo minha mão segurou firme a maçaneta da porta com a intenção de abri-la.

- Espera ai sujeirinha, não vai almoçar?

- Vai se foder Bieber! – gritei dando as costas, isso me lembrava o dia em que o conheci, eu nunca vou entender por que trato ele assim, na verdade ele é tão gentil e engraçado o tempo inteiro, na maioria das vezes me faz rir como uma idiota, como se eu fosse tão palhaça quanto ele, eu realmente não entendo por que é tão difícil admitir que ele é uma pessoa legal.

E como todas as vezes em que ficava brava e irritada, me sentei na beira da praia e fiquei jogando pedrinhas na água, era algo legal e divertido, me ajudava a passar o tempo. E de repente me peguei rindo ao me lembrar de outro dia quando Justin me jogou na água por que eu não queria entrar, estava muito frio e ele começou a me chamar de porca por que eu não queria tomar banho, cara eu quase congelei, quase matei ele de tanto socar ele, mas parecia que ele mal sentia os meus soquinhos de merda. Ele é idiota, é muito idiota mesmo.

- Oi blackberry! – ouvir sua voz logo atrás de mim me fez tirar o sorriso do rosto, eu era orgulhosa demais.

Não disse nada a ele, apenas continuei tacando as pedrinhas na água.

- Eu posso me sentar aqui? – depois de eu não responder ele se sentou mesmo assim – Bom, olha só, eu trouxe comida pra você.

Eu permanecia calada.

- Não vai comer? – ele colocou a comida de lado – Tudo bem, você quem sabe.

Senti meu estômago se revirar e ele riu.

- Até por que você está muito gorda né?

Eu estava me segurando para não dar umas boas palmadas nele.

- Sabe, eu queria mesmo entender as mulheres. – ele bufou de um jeito tão engraçado que eu quase senti pena do coitado – Nós fazemos tudo pra agradar vocês e mesmo assim vocês conseguem ser tão ingratas.

Ele conseguiu me fazer rir, ele tinha mesmo uma cara de sofrido.

- Te fiz rir né? – ele me cutucou dando risada – Que bom chatinha, você fica mais bonita sorrindo.

- Isso foi um elogio? – eu sentia a raiva indo embora.

- Pode ter certeza.

- Ah, não sei se aceito elogios de cantores falidos.

Ele riu alto.

- Eu não estou falido, minha conta está quase explodindo.

- Não estou vendo nenhum caixa eletrônico. – olhei ao redor deixando aquelas palavras mais cômicas.

- Pelo menos eu sei que não está comigo por interesse.

- Eu diria que é por falta de opção mesmo.

Ele gargalhou deslumbrado com o meu sarcasmo.

- Você fala de mim, mas me ama cara, me ama muito.

- Iludido!

- Estressada!

- Quer que eu peça desculpas? Eu ia pedir mesmo.

- Ia? – ele riu.

- Sim, acho que exagerei.

- Nossa, que bom ouvir isso.

- Mas eu sempre exagero. – admiti – E sempre peço desculpas.

- E tem sido assim durante toda a semana.

- E você sempre me aguenta, sempre. – fiquei meio pasma ao me dar conta disso.

- Eu diria que é por falta de opção mesmo. – disse ele me imitando de um jeito tão engraçado que eu poderia rir por horas.

- Vai se foder!

- Mal educada!

- Princesinha!

- Agora você está ofendendo a minha masculinidade.

- Que espécie de homem dorme com um umidificador?

- Porra é por causa da minha voz!

- Ai ele tem que cuidar da voz! – murmurei de forma bizarra – Por que ele vai fazer um show particular e exclusivo pra melhor jornalista de todos os tempos.

- Sério? – ele riu – E cadê a jornalista?

- Sabe eu não sei, é que eu tava ocupada procurando o cantor.

Ele riu alto, de novo.

- Muito engraçadinha mesmo.

- É o que dizem por ai.

- Vamos procurar fruta de novo hoje a tarde?

- Já está de tarde.

- Como você sabe? Não tem relógio aqui.

- Televisão idiota, eles sabem as horas.

- Mas você não assistiu tevê hoje.

- Quem se importa?

- Já começou o drama! – indagou – Vai me ajudar ou não?

- E se nos perdermos e não acharmos mais a cabana?

- E se você parasse de ver o lado ruim de tudo? Porra de menina pessimista!

- Tem algum lado bom de estar presa aqui com você?

- Outra pessoa no meu lugar não te aguentaria por muito tempo, outra pessoa no meu lugar já teria se matado ou matado você antes.

- Claro, por que você é o cara mais legal de se conviver não é?

- Eu não disse isso.

- Foi exatamente o que você disse, por que você sempre se faz de perfeito, você não é caralho, você é como qualquer outra pessoa, para de agir como se fosse!

- Perfeito? Você não para de me xingar, eu sou assim, eu não vou mudar.

Encostei minha mão em sua perna enquanto levava a outra até o prato de comida onde tinha alguns pedaços de peixe e um pouco de macarrão, na boa ele faz o melhor macarrão do mundo.

Ele riu quando comecei a comer em total desespero.

- Gostou?

- Nada mal.

- Nós somos estranhos.

- É verdade. – falei de boca cheia.

- Mas não vamos desistir, não é?

- Nunca.

- E eu sou lindo, concorda?

- Claro... quer dizer, NÃO IDIOTA! – empurrei ele com os meus pés enquanto ele se acabava de rir.

- Eu sempre soube mas ouvindo de você...

- Imbecil! – mostrei a língua pra ele e em seguida lambi o dedo por que aquela comida tava dos deuses.

- Eu gravei tudinho blackberry...

- Sim, com o buraco do seu ouvido por que né!

- Não Blake, foi com isso! – ele me mostrou o seu iPhone 5, eu fiquei tão chocada que deixei o prato de comida cair na areia.

- FILHO DA PUTA! – me levantei as pressas pronta para cometer um homicídio enquanto ele saia correndo já temendo pela sua morte precoce.

Eu adoraria contar as pessoas que ele não morreu afogado, mas de outra forma.

Por mim.

- BLAKE CALMA, BLAKE ESPERA!

- EU FIQUEI UMA SEMANA CARALHO, UMA SEMANA NESSA PORRA DE ILHA COM VOCÊ E ESTAVA COM O CELULAR O TEMPO TODO? VAI SE FODER, VAI PRA PUTA QUE PARIU, EU VOU TE MANDAR PRO INFERNO SEU MERDA, SEU CANTORZINHO DE QUINTA, VEM AQUI QUE VOCÊ VAI VER, SEU COZINHEIRO DE MERDA!

Ele se acabava de rir enquanto corria em direção a mata fugindo de mim.

- ME AME MENOS! – ele gargalhou pulando um tronco que estava no meio do caminho.

Tronco que eu acabei não vendo e tropeçando em cheio.

Eu sentia como tivesse perdido o meu pé.

Meu tornozelo doeu tanto que eu caí no chão de imediato.

- AI CARALHO! – foi tudo que eu consegui gritar antes de fechar os olhos com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- BLAKE O QUE FOI? – Justin voltava correndo, ele estava assustado – Você não está brincando, não é?

- EU PAREÇO ESTAR BRINCANDO PORRA? – gritei aos prantos – AI, AI, AI, AI QUE MERDA!

- Espera, eu vou te ajudar, eu vou te levar lá pra dentro, vem comigo.

Ele tentou me pegar no coloco mas eu empurrei ele e sai pulando que nem saci.

- Para de ser teimosa Blake! – disse ele bem atrás de mim.

- Eu não preciso de você.

- Vai acabar se machucando de novo.

- Droga! – resmunguei quando ele me segurou antes que eu desse de cara no chão e quebrasse o meu pé de vez.

- Querendo ou não você precisa começar a admitir que não vive sem mim.

Ele abriu o seu melhor sorriso convencido e me pegou em seus braços fortes e quentes por causa de sua corrida que terminou com o meu pé quebrado. Alguns poucos minutos se passaram e ele me colocou no sofá.

- Eu vou procurar uma caixa de primeiros socorros! – ele disse apoiando meu pé no centro da mesa em cima do travesseiro dele – Não se mexe.

- Anda logo! – pedi com a voz fraca – Eu ainda tenho que matar alguém hoje.

Ouvi sua risada rouca e contagiante mais uma vez, aliás eu queria ouvir sempre.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...