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História Behind The Lights - I will always take care of you Blake


Escrita por: queendricka

Capítulo 17 - I will always take care of you Blake


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - I will always take care of you Blake

Justin Bieber P.O.V

A chatinha tinha mesmo torcido o tornozelo. E é óbvio que era tudo culpa dela, ninguém mandou ser tão maluca. Tenho que confessar que foi quase impossível enrolar uma faixa no pé dela por que eu levei tantos socos enquanto passava um remédio que já estava quase desistindo. Ela resmungava de dor, como se eu tivesse culpa de sua total falta de jeito. Eu tentei explicar pelo menos duas milhões de vezes que a porra do celular não pegava nessa área por que não tinha sinal mas ela preferia me insultar do que tentar me ouvir. Bem típico da Blake, sinceramente.

- Pronto marrentinha! – terminei de fazer o meu ótimo trabalho e coloquei seu pé no meu travesseiro que estava no centro da sala – Agora vê se para de reclamar!

- Você é um idiota Bieber!

Eu ri fraco, eu adorava quando ela me chamava pelo meu sobrenome. Ela só fazia isso quando estava sendo irônica ou quando estava brava.

- A culpa não é minha se o meu celular não é de camelô.

Ela me olhou feio.

Mas era a verdade, meu iPhone estava ótimo enquanto o dela com certeza nunca mais ligaria, aliás ele devia estar no fim do oceano, até por que parece mais tijolo do que um celular.

- Eu estou com raiva de você. – ela confessou.

- Jura? – dei risada – Se você não falasse...

- Nunca mais vamos sair daqui.

- Eu amo seu otimismo.

Eu usava toda a minha ironia quando conversava com ela, era tão ridículo, parecia que nós estávamos competindo o tempo inteiro para ver quem conseguia ser mais sarcástico. Eu perdi algumas vezes. E se tem uma coisa que eu não gosto e não admito, é perder.

- Você acha que vamos sair daqui? – agora ela já estava sendo completamente sensível.

- Eu tenho certeza! – disse sem estar completamente certo das minhas palavras.

Durante o resto do dia ficamos assistindo TV, não era mais tão torturante ficar vendo o que as pessoas falam sobre nós, é como se estivéssemos nos acostumado com esse sentimento estranho, quando todos acham que estamos mortos, e quando na verdade estamos vivos e sem poder fazer nada para mudar os fatos.

Além do mais raramente assistíamos jornal, os canais de filmes pareciam de longe mais atraentes. Era tão legal assistir filme de terror com a Blake, ela ficava toda medrosa e acabava me abraçando. Eu me sentia um máximo e até dava um sorrisinho malicioso sem que ela percebesse, é claro. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas esses dias em que estava ali eu pude realmente viver, sem nenhum contato com o mundo lá fora.

Eu não queria ficar ali pra sempre, eu tinha uma vida, tinha fãs, uma família e muitos amigos, mas eu confesso que talvez eu estivesse precisando desse tempo.

Blake tinha se tornado uma pessoa de extrema importância na minha vida. Nós estávamos passando pela mesma coisa e mesmo que brigando o tempo inteiro tinham aqueles momentos sóbrios em que podíamos reconhecer que seria tudo mais difícil se não tivéssemos um ao outro.

- O sol está se pondo, está mais bonito hoje. – disse ela com os joelhos no sofá observando pela janela o lindo por do sol que começava lá fora.

- Legal. – dei de ombros prestando atenção na tevê.

- Eu queria tanto comer uma fruta. – ela passou a mão no estômago – Todos os esses doces vão acabar nos deixando doentes.

- Eu também queria um fruta. – e olha que eu nunca pensei que fosse enjoar de doces, na boa.

- Podemos procurar amanhã. – ela sugeriu.

- Quer saber? – me levantei – Eu vou ver se consigo achar umas bananas.

- Já está tarde, é melhor deixar pra amanhã.

- Você não vai poder ir de qualquer jeito, você mal consegue se mexer.

- Eu não sou uma inválida. – disse ríspida.

- Eu não falei que você era. – bufei – Olha, eu vou tentar.

- Justin é perigoso, deixa pra amanhã. – ela fechou a janela por causa do vento e se sentou com cuidado no sofá – Por favor!

- Eu volto logo.

- Justin eu pedi por favor! – ela insistiu.

- Eu gostaria de filmar esses raros momentos. – dei risada – Você sabe, uma pessoa sem classe como você não conhece as palavrinhas mágicas.

Ela revirou os olhos.

- Pode ir então, tomara que uma onça de coma inteirinho.

- Se ela for mais brava que você.

- Idiota! – ela tacou uma almofada em mim e eu desviei rindo da cara dela.

- Tchau blackberry!

Sai correndo em direção a mata. Estava ficando escuro mas não tanto assim, devia ser umas seis e meia da tarde, se eu não andasse muito poderia encontrar essas bananas, ou qualquer outra fruta. Eu só estava fazendo aquilo por causa da Blake e eu sei que isso é completamente estranho, mas eu sinto vontade de vê-la sorrir. Uau Justin, você está agindo como um babaca.

Ou, como um cavalheiro.

Eram tantas árvores que eu mal conseguia ver alguma coisa além de folhas verdes e muita areia. Eu estava correndo a vinte minutos e quando avistei um pé de laranja dei um grito tão alto que eu acho que o Havaí inteiro ouviu. Ali mesmo consegui descascar uma laranja usando alguma coisa que peguei no chão, eu chupei ela com tanta aptidão que era como se não comesse uma fruta há anos e anos. Me sentia emocionado.

Mais a frente tinha um pé de maçã, de uva, de morango e opa, o de banana. Então era isso, os caras resolveram plantar as frutas em um lugar só, e eram bem longe da casa que nós nos abrigamos.

Eu tinha levado apenas uma mochila pequena que tinha dentro da casa, mas enchi ela por completo de todas as frutas que estavam fresquinhas. Peguei algumas na mão e estava voltando comendo-as com ferocidade. Eu me sentia no paraíso.

Até que começou os trovões.

E raios.

E sim, começou a chover.

Eu corria tão de presa que meus pés começaram a doer. Tropecei duas ou três vezes e acabei rasgando a minha calça, a minha blusa e graças a Deus pelo menos a minha cueca estava intacta. Eu estava tremendo de frio.

Quase morri de tanta felicidade quando finalmente avistei a casa. Eu estava quase chegando na porta, batendo queixo e abraçando meu próprio corpo para me proteger e impedir que o vento me levasse junto. Os raios que caiam por toda parte me fazia estremecer, antes que eu abrisse a porta Blake fez isso, como se adivinhasse que eu estava chegando ou algo assim.

Ela arregalou os olhos ao me ver.

- SEU IDIOTA, SEU IMBECIL, PUTA MERDA BIEBER! – ela me puxou para dentro antes que eu pudesse dizer alguma coisa e fechou a porta logo em seguida, aliás ela nem precisou fazer isso já que o vento era fortíssimo.

- Tô com frio. – gaguejei.

- Eu sei idiota! – ela pegou uma toalha e passou pelo meu corpo para amenizar aquele frio do caralho, parecia que eu estava no Alasca.

- Obrigado. – murmurei ajustando a toalha no meu corpo para que aquilo surtisse mais efeito.

Blake entrou no pequeno quarto e saiu de lá alguns segundos depois com um short, uma cueca e uma blusa de moletom.

- Achei isso no armário. – ela colocou no sofá – Não se preocupe, a cueca estava com uma etiqueta, então ela não foi usada ainda.

Eu não precisava agradecer, só precisava dar aquele sorriso e ela entenderia.

Ela voltou para o quarto para que eu pudesse me vestir e voltou alguns minutos depois com um edredom, aquele grosso e quentinho que ela sempre dormia. Ela jogou em cima de mim e aquela foi a melhor sensação do universo.

- Não precisa disso. – menti, eu não podia ficar com a coberta dela – Aquela outra está ótima.

- Justin eu embrulhei com aquele pano fino hoje a tarde e quase morri de frio. Eu vou te matar seu porra, por que você ficou todos esses dias passando frio? Era só me dizer imbecil.

- Sinto muito. – sussurrei ao me lembrar das últimas noites naquele sofá, na maioria das vezes estava chovendo.

- Eu entendo, você é burro! – ela caminhou mancando até a cozinha – Mas não se preocupa, você não vai passar frio hoje!

- Ah, não?

- Não! – ela repetiu voltando com uma caneca e estendendo pra mim – Vai dormir comigo, sem gracinhas!

- Hum. – sim, eu tinha deixado escapar um sorriso bem malicioso.

- É chocolate quente, toma! – ela estendeu mais perto, tirei uma mão debaixo do edredom e peguei a caneca quentinha, tomei um gole de imediato e novamente me senti no paraíso naquele dia.

- Valeu.

- Fazer o que né.

- Seu pé, tá doendo?

- Um pouco.

- Obrigado, de novo.

- Você cuidou de mim hoje, eu tenho que fazer o mesmo.

Abri um pequeno sorriso, se sorrisse demais ela poderia estragar tudo.

- Eu sempre vou cuidar de você Blake.

- Eu te acho uma pessoa super normal quando você fala o meu nome. – ela riu e se sentou ao meu lado.

- Você viu o que eu trouxe? – questionei estendendo o edredom para que a cobrisse também, e a puxando para perto de mim ao passar o braço pelo seu ombro – Morango, uva, laranja e até banana.

- Eu acabei de ver. – vi um sorriso em seus lábios de relance – Acho que amanhã vamos ter um lanche saudável.

- Pela primeira vez em todo o século.

- Obrigada pelas frutas, não acredito que fez isso por mim.

- Eu não fiz isso só por você. – dei de ombros – Eu também gosto de frutas.

- Ah.

- Mas também por que você me pediu. – murmurei baixinho.

- Eu sei.

- Blake?

- Hum?

- Aquela hora que eu cheguei – me ajeitei tentando achar uma posição confortável depois de deixar a caneca no braço do sofá – Você estava indo atrás de mim?

Não tinha outra explicação pra ela adivinhar a hora exata de abrir a porta.

- Sim. – ela sussurrou.

Dei um sorriso torto.

- Blake?

- Hum?

- Eu também iria atrás de você.

Ela sorriu e fechou os olhos, passou o braço pela minha cintura e se aconchegou em meu peito, não me lembro de mais nada. Só sei que foi a primeira vez que dormimos juntos, ali naquele sofá, como duas pessoas que admitem que por mais diferentes que sejam se completam de alguma maneira.

...

O dia amanheceu mais frio do que de costume. Blake ainda mantinha seu braço em torno de mim, eu precisava me levantar, queria fazer alguma coisa pra comer, o pé dela estava machucado, ela não precisava ficar andando por ai. E foi o que eu fiz, com muito cuidado me desvencilhei dela e a deixei no sofá, coberta pelo edredom que a aquecia.

Abri a janela e o sol invadiu todo o ambiente, mas isso não queria dizer que não estava fazendo frio, por que estava e muito. Quando me virei meus olhos foram diretos para onde ela dormia profundamente, seu rosto, ele era tão perfeitamente perfeito que chegava a doer, seu cabelo bagunçado e algumas mechas caindo sobre sua face a deixava tão sexy e natural que chegava a ser excitante.

Eu me lembrei do beijo. Foi o melhor de toda a minha existência. Não tinha nenhum sentimento além de desejo, mas hoje a atração que eu sentia por ela era algo inegável. E ainda achava incrível o fato de ela conseguir agir tão naturalmente depois disso. 

Blake é uma pessoa adorável, isso é um fato mais do que concreto.

Eu disse que não ia comer mais doces mas no fim acabei fazendo salada de frutas, o que inclui leite condensado. Depois que ela acordou ela lavou o rosto e mastigou uma bala de menta que eu tinha visto desde o primeiro dia.

- Bom dia Biebs! – disse ela, sorrindo.

- Agora eu tenho um apelido? – dei risada enquanto enchia dois copos de salada de fruta, parecia estar deliciosa.

- Gostou? – ela também riu – Eu sei que não vou usa-lo muito por que eu sempre estou brava com você.

- Eu adorei! – disse som sinceridade, ainda rindo de seu sarcasmo – Minha irmã gosta de me chamar assim.

- Ela é pequenininha né? – é claro que ela se lembrava, falei tanto sobre meus irmãos durante esses dias que ela devia saber tudo sobre eles.

- Um dia vai conhecê-la. – eu disse, empurrando o copo em sua direção – E o meu irmãozinho também.

- É legal ver você falando do futuro como se estivéssemos bem perto de dar o fora desse lugar.

- Quem sabe. – falei indo me sentar no sofá.

Ela logo se sentou ao meu lado.

- Minhas costas estão doendo. – reclamou fazendo uma careta.

- Viu o que eu passei todos os dias? – disse provocativo.

- Por que você é burro!

- Não me chama de burro.

- Mas você é.

- Ai cala a boca.

- Vem fazer.

- Olha que eu vou! – ops, aquilo soou malicioso demais.

Ela ficou calada.

E assim permanecemos até ouvirmos algo surpreendente. Ficamos anestesiados por um longo tempo até nos darmos conta de que aquilo estava realmente acontecendo.

UM HELICÓPTERO! – gritamos juntos nos levantando do sofá, foi copo pra tudo quanto é lado, edredom saiu voando pela janela. Foda-se. Naquele momento eramos apenas duas pessoas completamente desesperadas e com saudades de nossas famílias, amigos, da nossa vida.



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