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História Behind The Lights - From Hawaii to the entire world


Escrita por: queendricka

Capítulo 18 - From Hawaii to the entire world


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - From Hawaii to the entire world

Nós estávamos correndo pela areia, meu pé doía tanto que eu achei que não fosse aguentar, que ia desmaiar ali mesmo. A única coisa que me mantinha de pé e correndo era a adrenalina. 

Justin que estava em condições bem melhores corria na frente com um sorriso do tamanho do mundo. Ele começou a gritar, como se alguém fosse ouvir. Ele abria os braços e os balançava pedindo a Deus para que eles nos notassem ali.

E só quando o helicóptero começou a descer é que realmente me dei conta de que tudo estava chegando ao fim.

Justin que estava um pouco longe, parou de olhar para céu durante alguns segundos e se virou pra mim, sorrindo todo bobo, como se me dissesse que tinha dado tudo certo. Havia um arrepio de ansiedade percorrendo meu corpo.

Eu voltei a correr mais, a medida que o helicóptero se aproximava.

Só que ai eu acabei perdendo o controle e caindo no chão.

- Ai! – gritei de dor – Ai ! – repeti fazendo a pior careta de todas, eu nunca tinha sentido tanta dor em toda a minha vida.

- Ah meu Deus, Blake! – senti Justin bem ao meu lado alguns segundos depois, ela me ajudou se sentar e esticou minha perna.

- Tá doendo muito! – reclamei sentindo as lágrimas quentes começarem a surgir no canto dos meus olhos – Tá doendo muito Biebs!

- Shhh. – sussurrou ele me pegando no colo – Nós já vamos pra casa, você vai ficar bem logo.

Quando o avião pousou dois homens rapidamente saíram de lá. Eles pareciam um milhão de vezes mais felizes do que nós dois. Eu não sabia se era por que gostavam da gente – do Justin – ou por que eles iam ganhar uma grana preta por terem sido os “sortudos” que conseguiram essa proeza.

- Vocês estão bem? – um deles perguntou próximos a nós, a hélice fazia com que um vento carregado de areia nos atingisse em cheio, eu sentia meu cabelo voando por cima do meu rosto.

- Vamos ficar. – foi o que Justin disse – Ela precisa de um médico.

- Vem, nós já vamos levar vocês. – ele pousou a mão no ombro do Justin e o outro homem quis me pegar dele só que ele fez uma careta, pelo menos foi o que pareceu, minha visão estava meio embaçada.

Ele me colocou sentada em um dos dois bancos de trás e se sentou ao meu lado. Apertou os cintos já que eu estava em transe. Os homens estavam eufóricos e completamente confusos, como se não acreditassem naquilo.

Eu mesmo não acreditava.

- Aqui é o capitão Miller sobrevoando o oceano pacífico. Justin Bieber e Blake Berry estão conosco, nós estamos a caminho do Hotel. Câmbio.

Justin e eu ouvimos atentamente tudo que eles diziam no rádio e ele me abraçou de lado tentando me dizer mais uma vez que tudo estava bem, sim, tudo estava finalmente bem.

- Como vocês foram parar lá? – um deles perguntou.

- Tem noção de como foi essa semana no mundo? – murmurou o outro antes que algum de nós pudéssemos responder a primeira pergunta – Parecia até que Jesus estava voltando.

Não quis comentar sobre aquela frase completamente estranha. Nem Justin.

Eu só sei que cochilei um monte de vezes e só acordava quando sentia aquela porra de dor que parecia que tinham arrancado o meu pé. Já Justin ficou dormindo durante todo o tempo, ele estava em paz e nada poderia despertá-lo.

Eu tinha certeza que já tinha horas de voo, isso significa que nós realmente fomos levados pelas ondas durante quilômetros no dia em que a lancha virou, e também queria dizer que se não fossem aqueles salva-vidas não ia ter mais vida nenhuma pra nós dois.

No fim, acho que ele aprendeu uma boa lição sobre desobedecer sua mãe.

E eu sobre embarcar em uma aventura com um idiota, retardado e burro.

E de tudo que já aconteceu na minha vida desde o meu nascimento até hoje, nada foi mais estranho, nada poderia ser nem mesmo comparado ao que aconteceu depois que o helicóptero pousou.

Haviam outras dezenas deles espalhados pelo céu. Tinha uma Limusine nos esperando, parecia que poucas pessoas sabiam que íamos aterrizar ali. Só que porra quando nós chegamos no Hotel. Eu JURO por Deus que quase surtei. Eu acho que nem o Justin tinha visto tantos fotógrafos assim em toda a sua vida. É sério, devia ter pelo menos uns dois mil deles ali, eu não estou brincando cara, era gente pra porra, tinham centenas de policiais, tinham até mesmo ambulâncias, o barulho era insuportável. E os flashes? Porra aquilo estava me cegando os olhos.

Eu me perguntei como ia sair de dentro do carro. Ia ser impossível passar por tanta gente. E eu não fazia ideia do quanto Justin era famoso até aquele dia. Até aquele momento aterrorizante.

Foi quando eu soube que minha vida nunca mais seria a mesma.

- Nós não podemos descer. – eu disse desesperada quando ele fez menção de abrir a porta, senti meu estômago revirar só de ver que o carro estava sendo exprimido por várias pessoas, parecia que íamos ser devorados.

- Podemos sim. – disse ele, pegando minha mão – Eu já estou acostumado com isso, você vai conseguir também.

- Eu não vou conseguir. – disse soando meio ríspida – Eu só quero a minha família, isso é...

- Por favor Blake, você consegue. – ele apertou minha mão, isso me fez estremecer, eu era extremamente sensível ao seu toque, e ainda não sabia exatamente por que.

Dei uma risada triste e apagada e balancei a cabeça.

- Eu acho que não.

De repente o motorista virou-se para trás.

- Vocês estão protegidos. Não há com o que se preocupar, tem centenas de policiais lá fora para escoltarem os dois.

Levantei os olhos para encontrar os de Justin. Seu rosto estava inexpressivo.

- Tudo bem.

O motorista abriu a janela e fez um sinal para que um dos caras abrissem a porta, o que aconteceu quase meio segundo depois. Quando Justin pisou os pés no chão eu senti que meus ouvidos iam explodir, eu estava ficando surda a cada segundo que se passava. Ele então se virou para me puxar para fora, meu pé parecia pesar toneladas ao tocar o asfalto. E parecia doer mais do que nunca. Mas não se comparava ao fato de ter milhares de câmeras na minha direção como se fosse alguém de outro mundo.

E eles faziam tantas perguntas.

Eu não entendia metade delas por que todo mundo falava ao mesmo tempo, sem contar que tinham fãs dele ali e elas gritavam muito, todos disputavam uma resposta de nós dois. Sim, não só dele. Era como se eu fosse uma celebridade também.

Coisa que eu não era, e jamais seria.

Oito homens nos cercavam e e as grades que impediam que as pessoas se aproximavam também estavam cercadas de policiais, mas eles estavam quase sendo vencidos pela multidão em massa que se aglomerava cada vez mais. É sério, nunca vou me esquecer daquele dia, daquele momento. Nunca.

O hotel estava logo à frente, mas eu percebi que não ia conseguir caminhar até lá quando parei do nada, sentindo uma pontada absurdamente dolorosa no meu pé. Sim, eu não conseguia dar mais um passo. Os homens pararam de súbito e as pessoas ainda gritavam, elas estavam ansiosas.

- Eu levo ela. – Justin exclamou me pegando no colo antes que um deles fizesse isso.

- Vocês estão bem? – ouvi em meio a tantas perguntas.

Eu não disse nada, ainda tinha um cara péssima por causa da dor. Mas eu me sentia melhor nos braços do Justin, era mais fácil de suportar já que com os pés no chão era impossível até mesmo respirar.

Os paparazzi que estavam na entrada do Hotel acabaram nos cercando.

- Justin você está bem?

- Blake o que aconteceu com você?

- Onde vocês estavam?

- Foi uma semana difícil?

- Como vocês se perderam?

- A Blake quebrou o pé?

- Vocês estão bem mesmo?

- Onde arrumaram essas roupas?

- Quando vão poder fazer uma coletiva de imprensa?

Justin continuou andando e eu fechei os olhos para impedir que ficasse cega. Com a ajuda dos tiras nós finalmente adentramos a recepção. Logo depois a porta foi fechada, não quer dizer que os gritos diminuíram. Pelo contrário.

Scooter, Pattie, Ryan, Kenny, Allison, Alfredo, Dan Kanter, Scrappy. Todos estavam ali. E também tinha um homem, ele tinha várias tatuagens assim como Justin. Logo presumi que fosse o pai dele. No canto esquerdo, sentado no sofá. Lá estava meu irmão abraçando a si mesmo, devia estar completamente chocado com tudo que estava acontecendo. Eu senti vontade de chorar quando o vi, eu tinha sentido tanta falta dele.

BLAKE! – Ryan me tomou nos braços como se nada no mundo fosse mais importante do que poder ter a certeza de que eu estava bem.

E eu retribui o abraço como se ele fosse a única família que eu tinha. Eu deixei as lágrimas escorrerem, a emoção era gigantesca. Eu estava saltitante, estava morrendo de tanta felicidade. O desespero tinha desaparecido. Eu só me sentia feliz,  muito feliz.

Várias pessoas estavam ao redor do Justin. Ele mal conseguia respirar. E Scooter diferente do que eu pensei, não brigava nem nada. Ele parecia estar tão feliz que eu achei que o cara fosse explodir ali mesmo.

Eu não vi o sorriso desaparecer de seu rosto nem por um segundo e quando ele veio me dar um abraço senti que todos os meus ossos estavam se quebrando. Aquilo era loucura, era insano.

 - Eu senti saudades. – Joey murmurou sem querer me soltar depois que o tio Ryan me colocou no sofá.

- Eu também. – disse o apertando forte – Muita saudade meu anjinho.

- Eu quase morri do coração! – pude reconhecer a voz de Pattie no meio de todas aquelas pessoas que nos rodeavam, só quando me virei pude notar que Justin estava sentado ao meu lado tentando responder a todos mas não conseguindo responder a ninguém.

- Sim mãe, nós estamos bem... Não Scott, eu não quebrei nenhuma costela, eu não passei fome... Nós não dormimos na areia pai... É claro que eu tomei banho, que pergunta é essa?

De repente pude ouvir algumas risadas, aquilo era bom.

- Vocês precisam descansar! – anunciou Scott.

- Definitivamente. – suspirei dando um sorrisinho na direção de Justin.

- Mas antes vamos levar a Blackberry no médico. – disse Justin como se isso fosse um prioridade pra ele - Ela precisa tirar um Raio-x.

- O que aconteceu com ela? – meu tio quem perguntou.

- Ela só destroncou o tornozelo quando eu disse que ia fugir dela.

- Mentiroso! – dei um soco no ombro dele dando risada.

Por fim eles decidiram que nós íamos tomar banho, comer, descansar e só depois eu ia ao médico. E nós íamos sair pelos fundos, ia ter todo um esquema para que não atraíssemos a imprensa.

E mesmo depois de todos tentarem convencer o Justin a ficar no Hotel ele insistiu que queria ir comigo pro hospital, menino insistente. Nós já tínhamos respondido o que todo mundo queria saber e isso os deixou mais calmos. Quando eles nos contavam sobre como o mundo tinha parado com o nosso - Justin - desaparecimento eu ainda fica boquiaberta, já ele parecia convencido de sua sua importância para o planeta. Convencido, claro.

- Scooter disse que temos uma coletiva de imprensa amanhã de manhã. – ele disse sentado em uma poltrona enquanto eu estava na maca, aguardando o médico que estava prestes a chegar.

- Pra que isso?

- Vamos responder todas as perguntas da mídia.

- Mas...

- Não tem como fugir disso.

Dei um enorme suspiro e lhe lancei um sorriso torto.

- Eu sei.

- É só nós respondermos a verdade, aliás você vai se sentir bem melhor depois disso.

- A-hã.

- Foi estranho, não é?

- Muito. – concordei.

- Eu nunca imaginei que...

- Nem eu.

- Mas eu devia por que eu...

- É, eu sei.

Paramos de ter aquele diálogo estranho quando o médico entrou no quarto. Ele era muito gato, puta que pariu. Com um médico gato desses eu ia querer ficar doente todos os dias.

- Então esses são os perdidos? – ele estava sorrindo e eu retribuía com toda a intensidade do universo.

- Acho que sim.

- Deixa eu ver como está esse tornozelo! – ele segurou minha perna e isso doeu pra caralho mas eu ignorei a vontade de gritar, pegaria mal.

- Nós vamos ter que tirar um raio-x. – disse ele, colocando uma luva e em seguida checando algumas coisas em sua plaqueta – Acho que você vai ter que ficar internada até amanhã, isso parece bem sério.

- Ah não. – reclamei soando como uma criancinha de cinco anos.

- Para de ser chata. – disse Justin que estava bem atento ao seu celular – Eu fico com você blackberry.

O médico nos olhou confuso.

- Sim, ele me chama de blackberry. – bufei – Ele é ridículo.

Justin riu.

- Minhas fãs... elas são as melhores do mundo.

- O que foi?

- Eu estou no twitter, e tem oito tags sobre nós nos mundiais.

- Uau. – falei boquiaberta.

- Chatinha você está com mais de 350 mil seguidores, aliás eu acabei de te seguir, não se esqueça de seguir de volta.

- O que é que você disse? – minha voz soou tremula o suficiente para me deixar de queixo caído – Porra eu tinha só 30 mil e só por causa daquela matéria que eu fiz pra Billboard.

Ele riu.

- Eu sei, eu sei. – ele mantinha os olhos na tela – Seu nome está nos mundiais, meu nome, Havaí, tem umas tags carinhosas, tem... Nossa, é muita coisa. Os tweets, eles não param de chegar, está uma loucura.

- Será mesmo que eu vou ter que admitir que você é importante para alguém além da sua mãe? – questionei ainda meio incrédula.

Ele desviou os olhos da tela e me olhou, rindo.

- Você também é.



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