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História Behind The Lights - Stop being stupid!


Escrita por: queendricka

Capítulo 42 - Stop being stupid!


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - Stop being stupid!

Estava tudo uma merda, primeiro por que não consegui nenhum voo pra noite passada e acabei tendo que embarcar de madrugada, depois por que tive que esperar quase uma hora pra conseguir um táxi naquele maldito aeroporto.

 Pelo menos eu não tinha sido reconhecida e se tinha, as pessoas não se importavam. Talvez por que depois daquele beijo no Conor eu deixei de ser interessante para qualquer uma dessas pessoas.

– Desculpa a demora, as viagens têm dobrado nos últimos dias, acho que precisamos de mais carros rondando por ai.

– Não foi nada – forcei um sorriso para o taxista, ele parecia tão bem humorado e eu simplesmente não conseguia pensar em qualquer motivo que pudesse me fazer sentir bem.

– Aonde quer ir?

– Calabasas.

– Que condomínio?

– Esse – disse colocando o papel com o endereço em suas mãos.

O homem arregalou os olhos, não sei se ele pensou que eu estaria indo para a casa de Justin ou se simplesmente ficou surpreso por saber que naquele condomínio só moram pessoas muito ricas.

Em todo o caso demorou mais uma hora até que finalmente avistasse aquela enorme mansão, tive que conferir o endereço mais de três vezes. Eu não conseguia acreditar que fosse algo tão deslumbrante.

– Obrigada! – agradeci dando cem dólares ao homem sorridente.

Ele tirou a minha mala e eu a arrastei até o portão que estava cercado por seis grandalhões vestidos de preto. Aquilo era um exagero.

A partir do momento em que me viram eles já tomaram uma postura séria, como se eu fosse realmente uma ameaça. Tudo bem que eles fazem isso com qualquer pessoa que se aproxime, mas pelo amor de Deus!

Eu sou uma formiguinha perto deles.

– Hey – abri um sorrisinho.

– Deseja algo senhorita? – o brutamonte abaixou seu óculos escuro me analisando de cima em baixo.

– Sim, na verdade eu vim ver o Justin, somos amigos e combinei com ele de vir pra cá, como eu imaginei que vocês não fossem acreditar aqui está um monte de fotos de nós dois juntos – mostrei a ele, fazendo com que os outros se inclinassem para ver também – Não precisa dizer a ele que eu estou aqui, quero fazer uma surpresa.

– Mmm – eles se entreolharam.

– Sabe de uma coisa? – suspirei jogando meu cabelo pra trás – O sol está quente, eu estou muito cansada e realmente queria entrar logo.

– Tudo bem – ainda receoso ele fez um sinal para que eu pudesse passar logo – Mike leve a mala dela, por favor!

– Ah não precisa, ela é de rodinhas!

– Eu faço questão! – esse tal Mike era mais velho que o outro, ele sorriu gentil e em vez de ir puxando pegou com apenas uma mão, como se fosse uma folha frágil de papel.

Eu estava impressionada.

Mas eu fiquei mais ainda com aquele jardim imenso, as flores, as árvores, o parquinho, a pista de skate, a piscina, churrasqueiras, quadra de tênis, cesta de basquete, parecia que tinha de tudo ali.

Meu queixo caiu quando vi aquele monte de carros na garagem do lado esquerdo da porta de entrada. Mike deixou a mala na varanda e voltou pra onde estava antes.

De todos aqueles carros, ainda não tinha visto uma BMW x6 preta, o sonho de qualquer pessoa. Será que tinha alguém em casa ou era só mais um brinquedinho para a coleção dele?

Abri minha bolsa e peguei um lenço para limpar o suor que escorria na minha testa, passei uma leve camada de pó e reforcei o batom. É claro que eu aproveitei para me banhar novamente de perfume. Queria deixar meu cabelo solto, mas o calor era insuportável então o prendi em um coque frouxo.

Empurrei a porta de cerca de dois metros de altura e puta merda, que sala era aquela? Aliás, quantas salas tinham ali? Os sofás eram todos brancos, uma mesinha no centro e uma televisão quase do tamanho da parede, eu deveria chamar aquilo de cinema pra falar a verdade.

Se eu tivesse uma casa dessas eu não sairia na rua pra nada.

Meus olhos corriam cada canto, várias escadas dobravam o ambiente, elas abriam caminhos para vários outros cômodos da casa, aquilo era o mais perto que eu já tinha chegado de um sonho real.

– Uma mesa de sinuca! – murmurei pra mim mesma ao notá-la no fim do corredor, em outro cômodo.

O quarto de Justin deveria ser um dos vários que devia ter lá em cima. Não tive tempo de subir as escadas, pois ouvi algumas risadas próximas da onde eu estava, bem próximas mesmo.

Deixei a mala ali e em passos silenciosos segui as vozes que estavam misturadas de tal forma que eu não pude reconhecê-las.

Senti meus olhos se arregalarem e meu queixo cair na hora que vi aquelas duas figuras gargalhando na minha frente.

Não me pergunte onde arrumei forças para me virar para o outro lado, para que assim eles não pudessem me ver.

– Sério – Justin riu, estava sentado no balcão de braços cruzados – Eu fiquei muito feliz quando você me disse que estava em LA, depois que começou a sua turnê não nos vimos mais.

– Pois é – Selena mexeu o que parecia ser batata frita – É muito bom viajar por todos esses lugares e conhecer os meus fãs em toda parte, mas ás vezes é cansativo – ela então apagou o fogo e colocou pra escorrer na panela que já estava cheia – Por que estou dizendo isso? Você sabe perfeitamente como é.

– Isso está bom – disse Justin pegando uma batata.

– Tira a mão daí, o arroz ainda está cozinhando.

– Nós quase nunca comemos arroz.

– Você não gosta do meu arroz?

– É claro que gosto – ele riu – Tinha até me esquecido como você cozinha bem querida.

– Da próxima vez é bom que tenha picles no seu armário.

Ele gargalhou.

– Faz um bom tempo que não compro essa coisa ai, só conheço uma pessoa no mundo que goste disso.

– E essa pessoa tem um ótimo gosto.

– Claro – disse ele irônico.

– Esse molho de tomate parece estar bom – ela colocou um pouco na palma de sua mão e esfriou antes de experimentar – Bom não, está ótimo.

– Você acha que algum paparazzo te seguiu até aqui?

Ela o encarou, surpresa com a pergunta repentina.

– Sei lá – deu de ombros – Talvez. Não me importo.

E lá estavam eles tendo uma conversa normal e divertida, eu não sabia como me sentir. Eu não podia simplesmente ir lá e dizer oi, eles estavam tendo um momento juntos e eu me sentiria horrível se fizesse algo para atrapalhar isso.

Puta merda, ela é adorável.

Nunca pensei que poderia sentir tanto ciúme, tanto medo de perder o Justin como naquele instante, eu me sentia completamente ameaçada por aquela garota incrível que o fazia sorrir mesmo quando seu coração estava quebrado.

Por minha culpa.

Ainda encostada na parede senti uma pontada na cabeça, uma dor do caralho, minha visão tinha ficado escura, como se eu estivesse prestes a desmaiar.

Zonza.

– Ai – reclamei escorregando até o chão quente de cerâmicas preto e branco.

– Você ouviu isso? – era a voz de Selena.

– Tem alguém ai? – logo pude ouvir os passos apressados de Justin até onde eu estava, incapaz de abrir os olhos.

– Ai – berrei mais uma vez, parecia que meus neurônios iriam explodir.

– Blake? – Justin estava mais chocado do que surpreso – Blake o que você está fazendo aqui?

– Minha cabeça... – murmurei pegando firme em seu braço – Está doendo muito!

– Por que você veio até aqui? Por que está fingindo essa dor?

– Não seja idiota Justin! – Selena o empurrou para longe e se abaixou perto de mim – Blake o que aconteceu? Você está pálida!

– Eu não sei – disse forçando a voz – Eu estava indo falar com vocês e senti uma pontada, mas eu estou bem, está passando.

– Pega um copo de água pra ela – pediu docemente.

Acho que ele finalmente se deu conta de que eu estava falando sério e não protestou em fazer o que ela o pediu.

– Eu nunca senti isso – inclinei meu corpo pra cima, tentando me sentar.

– Vem comigo – ela segurou minha mão e me ajudou a levantar, indo comigo até o sofá que puta merda, era muito confortável – Que horas saiu de Nova Iorque? Ainda é muito cedo.

– De madrugada – respondi me sentindo bem melhor.

– Aqui está a água – Justin colocou o copo na minha mão.

– Toma com isso – a doce menina me deu um comprimido – Pelo menos comigo sempre resolve!

– Obrigada – dei um sorrisinho e tomei.

– Depois você compra dele, sempre que eu viajo tenho que levar comigo na bolsa, esses voos são muito cansativos.

– São mesmo – concordei.

– Você já comeu hoje? Pode ser isso também.

– Não to com fome.

– Você e o Justin são mais parecidos do que eu pensava. – ela riu, deixando a sala em direção à cozinha.

– Blake que diabos você está fazendo aqui? – questionou Justin confuso, seus olhos profundos me fazendo mil perguntas.

– Preciso falar com você.

– Não temos mais nada pra conversar.

– Sim, nós temos.

– Não porra, e você trouxe uma mala? Que porra é essa?

– Eu vou ficar alguns dias, você está de férias não é?

– Você está completamente louca! – disse ele perplexo – Sabe do que você precisa mesmo? Um psiquiatra! Não consigo entender sua bipolaridade, ou devo chamar isso de falta de vergonha na cara?

– Não fala assim – pedi engolindo em seco, ele nunca tinha se referido a mim dessa forma.

– Olha que delicia! – Selena resurgiu com um prato farto e um sorriso maravilhoso, eu adoro essa garota – Fui eu que fiz, eu juro que está uma delicia, você vai amar.

– É claro que vai – afirmou Justin – Você é uma cozinheira de mão cheia!

Ele estava querendo me provocar, por que eu nunca cozinho pra ele.

– Eu sei fazer uma torta de maçã maravilhosa – comentei provocativa.

– Sério?

– Sim, o Justin ama.

– Aposto que é saborosa.

– Eu só comi uma vez – disse o idiota arrogante.

Selena deu risada.

– Que foi? – perguntamos ao mesmo tempo.

– Nada, não foi nada – então ela pegou sua bolsa e pôs no ombro – Eu tenho que ir, espero que você fique bem.

– Por que você vai embora? – indagou Justin alterado – Só por que ela chegou? Porra Selena você que fez o almoço, era pra gente comer dando risada como antes lembra? Você prometeu caramba, prometeu que ia me fazer esquecer o que aconteceu.

– Justin a única pessoa com quem você precisa conversar está bem na sua frente, não a deixe ir embora.

Ela foi um amor como sempre, me fez um monte de recomendações e até pegou meu número, depois ela foi embora. Sentia-me um pouco enjoada só de saber que tinha ficado com ciúme dela, quer dizer, por que eu não ficaria porra?

E era até estranho falar com ela uma vez que eu tinha entrevistado ela pra falar sobre o fim do seu relacionamento, eu disse que odiava o Justin e de repente eu estou tendo um caso com ele.

– Aonde você vai? – perguntei ao vê-lo subir as escadas.

– Eu não quero falar com você.

Foi o que ele respondeu antes de dar as costas pra mim.

Bufei irritada e peguei o prato em cima da mesa, eu estava morrendo de fome e aquilo estava simplesmente delicioso.

Depois que terminei de comer, liguei a tevê onde estava passando um programa de humor, eu simplesmente não conseguia rir, por mais engraçado que fosse.

Poucos minutos depois Justin desceu as escadas, tinha tomado banho e trocado de roupa. O garoto estava uma tentação! Calça jeans, algo que é bastante raro, supra cinza, corrente de ouro, boné e um óculos.

– Gostou? – questionou ele sorrindo sarcástico, a chave de sua Ferrari em mãos assim como seu celular.

– Illuminatti? Sério Justin?  

– É só uma blusa! – retrucou ele dando de ombros.

– Aonde você vai?

– Vou sair.

– E nem vai me chamar?

– Não.

– Por que não?

– Por que não.

– E onde é que você está indo?

– Negócios querida, negócios.

Eu fiz um monte de perguntas, mas ele ignorou todas elas, era como se eu nem estivesse ali. Então ele saiu, me deixando sozinha, como se eu fosse uma ninguém.

Isso ia ser mais difícil do que eu imaginava.

Minha tarde se resumiu em assistir televisão, aquilo era um saco, o fato de ele não se importar mais. Se fosse há dois dias atrás, se eu tivesse vindo visita-lo, ele estaria dando pulos de felicidade e aproveitando cada maldito segundo ao meu lado.

O filme que passava estava terminando quando um programa de fofocas se iniciou, eu estava prestes a mudar de canal quando uma notícia me chamou a atenção, e eu mal podia acreditar naquilo.

Basicamente Justin tinha saído pra almoçar com uma tal de Ashley Moore, ela estava com ele em sua Ferrari em Malibu.

Filho da puta!

Ele me deixa aqui pra sair com uma modelo ridícula!

Eu realmente iria embora, e dessa vez nunca mais voltaria.

Corri até o quarto dele onde eu tinha propositalmente deixado minha mala e a puxei escada a baixo, vendo-o entrar em casa no exato momento em que cheguei ao último degrau.

– Você tá indo embora?

– Não foi exatamente o que você me pediu?

– Espere até amanhã, está ficando escuro.

– O caralho! – berrei – Você é bem rápido não acha?

– Do que você está falando?

– Do que você está falando? – repeti sarcasticamente – Eu não acredito que você foi tão idiota!

– Eu realmente...

– Você saiu com aquela magrela e me deixou aqui, você não presta!

Ele gargalhou.

– E daí? Pelo menos eu estava em um almoço de negócios, diferente de você que sai beijando qualquer que vê pela frente!

– O Conor não é qualquer um!

– Que ótimo, então por que não volta pra ele?

– POR QUE EU TE AMO PORRA, SÓ POR ISSO!

– ME AMA? É ISSO QUE VOCÊ CHAMA DE AMOR? JÁ SE ESQUECEU DO QUE FEZ ONTEM? QUANDO PASSOU MAL PERDEU A MEMÓRIA TAMBÉM? SE TOCA GAROTA, VOCÊ É UM LIXO!

– EU NÃO TIVE CULPA!

– AH NÃO, ELE TE OBRIGOU A BEIJA-LO ENTÃO? POR QUE EU ESTAVA BEM NA SUA FRENTE BLAKE!

– NÃO IMBECIL, ELE NÃO ME OBRIGOU! MAS SABE O QUE ACONTECEU? O SCOOTER, ELE ME PROCUROU, ELE ME PEDIU PRA TERMINAR TUDO COM VOCÊ POR QUE EU PODERIA DESTRUIR A SUA CARREIRA!

De repente sua expressão mudou, seus olhos me fitaram confusos e angustiados, observei-o piscar para afugentar as lágrimas que começavam a surgir em suas pupilas.

– Não...

– Sim – eu disse a ele – Foi só por isso que eu beijei o Conor, o seu empresário foi até Nova Iorque ontem, por que você acha que ele te ligou? Eu juro que não estou tentando culpa-lo de nada, mas foi o que ele fez, ele me pediu pra fazer isso Justin, eu não tive escolha, eu não queria destruir a sua vida, mas ai depois, depois eu comecei a pensar no que eu tinha feito e eu percebi que não seria justo com a gente, nós nos amamos, nós nascemos pra ficarmos juntos e isso seria a pior merda da minha vida, eu não podia simplesmente seguir em frente, você é a minha vida caramba!

– Blake...

– Eu me lembrei de tudo que você fez por mim, quantas vezes você me salvou? Quantas vezes você cuidou de mim? Quantas vezes você me abraçou e mesmo que estivesse tudo dando errado eu conseguia pensar que tudo ficaria bem? Diz-me, quantas vezes você me beijou devagarzinho só pra que eu pudesse sentir todas as sensações possíveis? Quantas vezes você abriu mão de algo só pra me fazer sorrir? Quantas noites você ficou sem dormir por que eu estava tendo pesadelos? Quantas vezes Justin, você esteve lá por mim? – as lágrimas surgiam demasiadamente, eu simplesmente não conseguia controlá-las – E você me beijou como nunca me beijaram antes, e você me amou como ninguém nunca tinha me amado, e você cuidou do meu irmão e confortou a nós dois, você guardou toda a sua dor pra me proteger. E eu reconheço isso, e é exatamente por reconhecer isso que eu me arrependo do que eu fiz, eu preciso do seu perdão, eu preciso de você me amando de novo. Eu sinto saudade de quando você me olhava e não me julgava, de quando eu não era só uma vadia, de quando eu era alguém com quem você queria estar. Eu preciso ver aquele brilho nos seus olhos de novo, preciso que você me olhe como quando nos amamos, eu amo você.

– Eu não posso... – seu olhar parecia de vidro, como se ele não conseguisse mais me ver.

– Por que não?

– Por que se você me amasse de verdade não teria aceitado isso! Você acha que é só me dizer essas coisas e tudo fica bem? Olha só a merda que você fez, logo você que dizia que nunca se deixaria levar pela mídia, pelo que os outros pensam. Logo você Blake!

– Para de ser estúpido! – resmunguei grossa, encarando a paisagem do lado de fora da janela – Eu venho até aqui te pedir desculpas e é assim que você reage?

– Como queria que eu reagisse? Se você acha que esse discurso clichê vai me fazer esquecer de você beijando o corno na minha frente pro mundo inteiro ver está muito enganada!

– Você nunca errou?

– Uma vez sim, duas já é burrice.

– Mas...

– Me deixa em paz, é só o que eu te peço! – ele saiu correndo, subindo as escadas e batendo os pés com força.

Desgraçado!

Se ele acha que vai ficar assim ele vai se ver comigo!

Peguei seu celular em cima da mesa e fui direto para o número que eu estava procurando, apertando pra chamar logo em seguida.

– Alô? – a voz rouca e sexy atendeu do outro lado da linha.

Oi, eu falo com Nathan Sykes?



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