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História Behind The Lights - One mistake and everything goes down


Escrita por: queendricka

Capítulo 48 - One mistake and everything goes down


Fanfic / Fanfiction Behind The Lights - One mistake and everything goes down

O dia havia amanhecido e os meus olhos ardiam devido a luz do sol que batia irritantemente sobre eles, pisquei lentamente e me levantei, me sentindo melhor após fechar a janela. Olhei para o meu corpo, ainda vestia a mesma blusa da noite anterior, a noite em que Justin e eu brigamos por uma coisa banal. Ver a cama vazia fez meu coração doer, ele havia ido para a sua turnê sem ao menos se despedir de mim.

Engoli o choro e joguei a blusa no chão, caminhando até o banheiro. Eu não queria sentir o seu cheiro, eu só queria esquecer de tudo e todos.  Adentrei a banheira com água quente e deixei que a água lavasse não só o meu corpo, mas também a minha alma. Após o banho vesti uma calça jeans e uma regata, eu tinha que ir trabalhar e a babá da Nat já devia estar chegando.

Mas como em toda manhã, primeiro eu a acordaria. Fui até seu quarto e me desesperei ao notar que ela não estava ali, sua cama estava vazia e o seu ursinho posicionado na cabeceira. Em total desespero comecei a descer as escadas, minha respiração estava ofegante e era como se o meu mundo estivesse desmoronando, eu sentia uma dor no meu coração, um pressentimento ruim.

Enquanto corria avistei algumas malas lá em baixo, na sala de estar. Espera, pra que aquelas malas? Antes que pudesse pensar em alguma resposta ouvi algumas risadas vindo da cozinha, e era óbvio que as reconhecia. Era Justin e Natalie. 

– O que vocês estão fazendo? – indaguei exasperada adentrando ao local onde eles comiam enquanto riam de alguma coisa muito engraçada.

– Oi mamãe! – Nat largou sua panqueca e se levantou, erguendo os braços pra que eu a pegasse no colo.

– Bom dia vida! – Justin, que estava só de cueca, ergueu seu corpo sobre a mesa até encontrar meus lábios, me dando um rápido selinho.

– Você não vai trabalhar?

– Nem eu nem você. – disse ele limpando a boca.

– Que história é essa? – perguntei confusa – E Natalie você está precisando pentear esse cabelo minha filha.

– Eu sei, mas só a senhora sabe pentear mamãe.

– Nós vamos viajar Bels!

– Você está louco? Você tem shows e eu tenho uma empresa de publicidade...

– Foda-se! – ele disse sério, como se aquilo fosse a coisa mais inúltil e sem importância. – Eu só quero ter a minha família perto de mim por alguns dias.

– Mas...

Nat estava sorridente nos meus braços, feliz com aquela ideia, e no fundo eu também estava feliz, por mais insano e repentino que aquilo fosse.

– Você não vai recusar um pedido desses, vai?

– Nem se eu quisesse. – disse animada, beijando novamente aqueles doces lábios rosados e logo em seguida dando risada da careta de Nat.

– Eu vou fazer alguns telefonemas enquanto você arruma as coisas, certo? O nosso voo sai daqui há duas horas então não demora.

– Pra onde nós vamos?

– É uma surpresa. – ele sorriu e beijou levemente minha bochecha, depois fez o mesmo com Nat e então deixou a cozinha, atento ao seu celular.

– O papai não vai mais embora não é?

– Não princesa.– disse a levando de volta ao quarto – Ele não vai embora tão cedo.

– Oba, oba! – cantarolou a garota toda sorrisos.

Dei um banho nela e como sempre quase me ensopei toda, ela faz muita bagunça e é tudo culpa do Justin que acostumou ela desse jeito. Penteei seus cabelos lisos e vesti sua roupa preferida, uma com a foto de um cantor, ele é como se fosse o Justin Bieber de 2013, está fazendo o maior sucesso e ela não para de ouvir músicas dele.

– Nat... – chamei-a enquanto calçava seu sapatinho, ela estava sentada em sua cama, admirando atentamente as fotos que tiramos nas férias do ano passado no Canadá.

– Que foi mamãe?

– Eu queria pedir desculpas.

– Puquê?

– Por ontem.

– Ah.

– Sabe de uma coisa?

– Hum?

– Eu não me importo nenhum pouco de te abraçar todas as noites até você dormir, mesmo que seja birra, eu vou fazer isso sempre, tá bom?

– Pomete?

– Prometo meu amor. – beijei sua cabeça – Eu te amo.

– Eu tamem te amo.

– Isso é bom. – sorri a levantando da cama, ela então me estendeu a mão como fazia todos os dias, segurando seu ursinho na outra.

– Minhas princesas já estão prontas? – Justin, que havia acabado de desligar o telefone agora sorria lindamente, nos observando descer as escadas. – Nossa, como elas estão gatas!

– Papai! – ela soltou minha mão e correu para o encontro do pai.

– Hoje você vai conhecer um lugar muito especial pro papai e pra mamãe!

– Que lugar?

– Você vai ver quando chegarmos lá.

Ele fez sinal para que eu o acompanhasse, as malas já não estavam mais ali, estavam no carro e eu então tranquei a porta da mansão e guardei a chave na minha bolsa, os seguranças ficariam por ali durante todo o tempo que estivéssemos fora.

– Mamãe sabia que o papai me inscreveu em um concurso de música?

Nós estávamos no carro a caminho do aeroporto.

– Como é que é?

– Você é muito bocuda Nat. – Justin reclamou.

– Isso é verdade?

– Não é um concurso, ela só vai se apresentar em um programa, vai ser legal.

– Eu não quero que ela faça isso, droga Justin, você nem pediu minha opinião.

– Por que eu já sabia a resposta, você sempre diz não, será que você não percebe que ela nasceu pra cantar?

– Ela só tem quatro anos, como você pode saber o que ela tem que ser?

– Eu tinha essa idade quando ganhei minha primeira bateria e olha só até onde eu cheguei, quanta coisa eu conquistei...

– Mas talvez eu não queira a mesma coisa pra nossa filha.

– Não é você quem decide isso.

– Que ótimo, então faz a porra que você quiser!

– Eu vou fazer mesmo. – ele disse petulante, me deixando irritada.

– Eu sei que sim, afinal você ama as luzes, você ama toda essa atenção e agora quer que aconteça o mesmo com ela.

– Você fala como se isso fosse uma coisa ruim.

– E você acha que não é ? Presta atenção na merda que você tá falando, você quer decidir o futuro de uma criança de quatro anos, eu só acho que ela deveria respirar um pouco, ter uma infância normal, ela não precisa das câmeras ao redor dela, já basta ela ter que conviver com isso sendo sua filha, é muita pressão Bieber.

– Não me chama pelo meu sobrenome!

– Eu te chamo do que eu quiser, você é estúpido!

– Estúpido mas você não vive sem mim.

– Talvez eu seja idiota então.

– Papai! – Nat despertou nossa atenção, nos chamando de repente.

– O que princesa? – essa era uma coisa que eu admirava nele, não importa o quanto ele esteja bravo, ele nunca a trata mal.

– Posso chamar o Jaxon e o Joseph pra fodê comigo?

Justin freou abruptamente, fazendo com que o carro quase derrapasse na pista molhada por causa da chuva, seus olhos estavam arregalados e eu podia ouvir o seu coração batendo acelerado de onde eu estava.

– O que você disse meu amor?

– Ai meu Deus! – murmurei perplexa me lembrando do que havia dito a ela na noite passada.

– A mamãe me disse que fodê é blincar , eu quelo blincar com eles papai.

Justin me olhou incrédulo.

– Olha o caralho que você tá ensinando pra nossa filha!

– Eu só estava tentando explicar de uma forma inteligente, você queria que eu realmente dissesse o que isso significa?

– Sabe o que eu acho mesmo? Que não está mais dando certo, não está funcionando Bels, não...

– Você vai desistir tão fácil?

Ele não respondeu, apenas suspirou e continuou a dirigir com os olhos furiosos presos na estrada. Eu só queria entender onde é que eu havia falhado. Será que as luzes sempre iriam estar por perto? Mesmo quando elas estavam bem longe? Eu nunca iria me acostumar com elas? Nunca?

– Se eles não pudé vi, ai o sinhô chama o tio Conor de novo.

– De novo? – ele olhou pra trás, confuso.

– Ah, eu esqueci de te falar. – gaguejei, não sabia como iria dizer isso a ele, não sabia mesmo – Bom, é que...

– Ele me ensino a joga quele jogo papai.

– Que jogo? Quando ele estava lá em casa?

– Semana passada... – comecei a dizer, mas ele me cortou.

– Por que você não me contou?

– Por que eu conheço você.

– Eu achei que nós fossemos um casal Blake.

– E nós somos. – disse brava – Ele só ficou três dias, ele tinha uma sessão de fotos aqui e não conhece outra pessoa que more aqui, então ele veio nos visitar e eu sugeri que ele ficasse lá em casa, não precisava pagar um hotel, você sabe como tudo é tão caro em Los Angeles.

– Ele já tirou fotos nuas da Beyoncé, é óbvio que ele tem dinheiro suficiente pra pagar o caralho de um hotel.

– Você viu essas fotos?

– Não interessa se eu vi ou não!

– Interessa a mim! – resmunguei.

– Não tente mudar de assunto, isso não muda o fato de que aquele idiota passou três dias na nossa casa, e eu não estava lá.

– O que você está insinuando?

– Até agora nada.

– É bom mesmo, por que...

– Mas isso não muda o fato de que ele pode ter tentado algo com você.

– Porra Justin, ele é meu melhor amigo desde o dezesseis anos.

– Não existe amizade entre homens e mulheres, eles sempre querem algo a mais, eles sempre querem foder. E não podemos descartar o fato de que ele está com uma garota a cada semana e que ele era apaixonado por você, e que vocês...

– Isso foi há quase dez anos caramba!

– E DAÍ CARALHO! – arregalei os olhos quando ele aumentou o tom de voz, eu realmente não esperava por isso.– VOCÊ NÃO ENTENDE QUE EU SOU CEGO DE AMOR POR VOCÊ? – ele bateu no volante com força – EU TE AMO PRA CARALHO, TE AMO MAIS DO QUE TUDO E EU NÃO SUPORTO A IDEIA DE QUE ELE DORMIU TRÊS DIAS NA NOSSA CASA E VOCÊ NÃO ME DISSE UMA PALAVRA SOBRE ISSO BLAKE!

– As coisas funcionariam melhor se você confiasse em mim.

– É NELE QUE EU NÃO CONFIO PORRA!

– Ah é? E da onde você tirou essa frase, da revista da playboy?

– Qual é! – ele socou o volante novamente. – Eu estou aqui tentando te levar para a ilha onde tudo começou para passarmos um fim de semana em paz, em família e tudo que você sabe fazer é dizer esse monte de bobagens.

– Bobagens? Olha só pra você...

– CALA BOCA! – ele berrou ­– SUA VOZ ESTÁ ME IRRITANDO!

– É mesmo? – vociferei– Então não se preocupe, eu vou voltar pra casa agora mesmo, vou pegar todas as minhas coisas e dar o fora.

– Claro, aposto que estava louca pra que eu dissesse algo, assim você poderia sair correndo pros braços do seu melhor amigo. – ele riu sem vida, a ironia brincando em seus lábios.

Sem pensar duas vezes dei um tapa em seu rosto, me esquecendo completamente que a minha filha estava ali dentro observando tudo.

– Sai do meu carro! – ele rosnou parando no meio de uma das ruas mais movimentadas de Los Angeles – SAI DA PORRA DO MEU CARRO!

– Não se preocupa, eu já vou fazer isso. – disse tirando o cinto, então me virei para trás, Natalie estava chorando. – Meu amor...

– Se quer foder com o seu melhor amigo tudo bem, mas a minha filha vai ficar comigo entendeu?

– Sua filha?

– Minha. Filha. – ele disse firme, seus olhos queimando de raiva.

– Tudo bem. – dei um beijo estalado na bochecha dela, a abraçando de mal jeito devido ao pouco espaço – Se cuida meu amor, a mamãe te ama muito.

– Só que ama mais o seu tio Conor. – ele disse sarcástico.

– Onde você vai mamãe?

– Nós nos vemos logo, fica bem e obedece o papai tá bom?

Ela assentiu chorando, o desespero tomando conta de mim por permitir que ela ficasse, por permitir que aquela situação chegasse aquele ponto. Então Justin fez uma carranca, os outros carros buzinando atrás de nós me lembraram que eu tinha que sair, tinha que dar o fora o mais rápido possível.

Coloquei minha bolsa no ombro e desci do carro, bati a porta uma vez mas ela não fechou. Bati mais uma vez e quase fui jogada no chão quando ele arrancou para frente, disparando em alta velocidade.

 Fiquei ali em pé observando o carro se afastar,  estremecendo enquanto a chuva forte caia sobre meu corpo, assim como as lágrimas quentes escorriam no canto dos meus olhos.

Então é assim que a nossa história termina?

Pois bem, eu nunca o perdoaria por isso.

 Nunca.

Justin P.O.V

– Papai, eu quero a minha mãe.–  Nat chorava descontroladamente, eu queria socar minha cabeça em um porte, eu me sentia idiota pelo que tinha acabado de fazer.

Como eu tive coragem de deixar a Blake sozinha no meio de uma avenida, em uma tempestade daquelas?

Não, eu não devia ter feito isso.

Ela é a mulher da minha vida. Ela é dona do melhor traseiro de todos.

Ela é minha blackberry.

E nós temos uma família, temos uma família linda e perfeita.

Ela nunca me trairia com o corno, nunca faria isso, não agora.

Ela me amava.

Eu estava errado.

Eu estava fodidamente errado.

Parei o carro no acostamento e então peguei meu celular, limpei as lágrimas para que minha visão embaçada ficasse mais clara e então disquei o número dela.

– Papai nós não vamos mais viajar?

– Fica em silêncio só um pouquinho princesa.

“ Hey aqui é a Blake, deixe sua mensagem após o bip e eu retorno quando puder.”

Bip.

– Oi, sou eu. Eu sei que eu sou a última pessoa com quem você quer falar nesse momento, mas eu estou me sentindo idiota e o meu coração está sangrando, eu não sei o que fazer pra você me perdoar, mas – respirei fundo, eu tinha perdido a vontade de viver, nada fazia mais sentido – Mas eu te amo, você é tudo que eu mais amo no mundo, eu sinto muito, eu não queria ter dito aquilo, eu não queria ser grosso, eu estou aqui no meio da rua e eu estou pensando em você, será que você poderia pegar um táxi e ir para o aeroporto? Eu aluguei aquela cabana onde ficamos perdidos, e lá tem um vídeo-game dessa vez, também tem um cozinheiro de mão cheia, você vai adorar, nós podemos ficar uma semana ou um mês se você quiser. O que você acha? Eu não quero ficar sem você amor, eu não quero nunca. Nós estamos te esperando, por que nós te amamos e não seria a mesma coisa sem você. Sua família está aqui, está te esperando, eu te amo, tchau, tchau meu amor.

Desliguei a chamada e esperei por alguns minutos, como ela não havia respondido frustrado liguei novamente o carro, eu precisava voltar e falar com ela. Eu precisava resolver as coisas por que eu não poderia viver seu sorriso, suas gargalhadas, eu estava sendo estúpido, um completo imbecil.

Enquanto retornava para voltar pra casa o celular apitou, sem desviar os olhos da estrada o peguei em minhas mãos, uma foto de nós dois denunciou sua ligação.

– Oi. – ela atendeu, pude notar sua voz nasalada.

– Oi amor. – não consegui segurar o choro, aquela dor estava dilacerando todo o meu peito, o rasgando em pedacinhos.

– Olha. – ela fez uma pausa, limpando a garganta – Eu só liguei pra dizer que eu acabei de pegar um táxi, eu estou indo pro aeroporto e eu te amo muito, eu também sinto muito pelo que aconteceu, você é lindo e eu acho que também não conseguiria viver sem você, é claro que não. Então nós somos uma família e vamos passar o final de semana juntos, certo? Como nos contos de fadas em que tudo acaba bem? Ou então pode ser um filme de terror cômico...

Dei risada, só ela pra me fazer rir em uma hora dessas, então olhei pra trás, Natalie estava ansiosa aguardando o que aconteceria a seguir.

O que ninguém esperava é que fosse o pior.

– PAPAI! – ouvi seu grito de dor enquanto uma luz forte iluminava o caminho, o carro havia se chocado com um caminhão e em questão de segundos eu estava no asfalto molhado, sentindo a chuva forte bater nos ferimentos expostos me causando uma puta dor.

Eu não conseguia mexer nada além da minha cabeça, ainda assim com muito cuidado. Era como se todos os meus ossos tivessem se partido.

 O trânsito havia parado.

– NATALIE! – gritei desesperado, fazendo uma careta por causa da dor que se alastrava por todo o meu corpo – NATALIE, NATALIE!

Eu tentava manter meus olhos abertos, mas era quase impossível, eu lutava contra a vontade de desfalecer, mas não conseguia, eu queria ter certeza que ela estava bem, mas tudo que podia ouvir era o barulho das sirenes, a ambulância estava chegando. Havia dezenas de pessoas ao meu redor, agora eram centenas, elas me olhavam, mas eu não dizia nada, eu não conseguia, eu só queria saber da minha filha, mas eu estava perdendo os sentidos, nem todo o amor que eu sentia era capaz de me manter vivo.

E então eu pensei na Blake e em todos os anos que passamos juntos, eu me lembrei de tudo desde o começo, como flashes me lembrando o quanto fomos felizes, eu me lembrei de cada sorriso, de cada lágrima e dos sonhos que realizamos e dos que ainda queremos realizar. Apesar de sentir a morte bem próxima eu não conseguia deixar de pensar no quanto eu fui feliz em todo esse tempo, eu percebi naquele momento que Deus sabe exatamente o que faz e as pessoas que coloca em nossa vida, também me dei conta de que quando amamos uma pessoa nós temos que aprender a amar também os seus defeitos.

Ali, prestes a perder a minha vida, eu aprendi que não podemos perder tempo brigando e sendo as pessoas mais idiotas do mundo, o tempo passa rápido e nós nunca sabemos o que vai acontecer daqui a cinco minutos.

Um erro e tudo acaba.

Do que adiantou aquela briga desnecessária? O que adiantou todo aquele show em que nenhum admitia seu erro, onde o orgulho foi maior do que tudo? O que adiantou tudo isso agora que o mundo esta desmoronando sobre minha cabeça e nada mais depende de mim?

As lembranças ainda soavam como um filme, desde quando esbarrei nela com a garrafa de vinho até alguns minutos atrás, quando agimos como dois leigos do amor. Então é isso, você vive a sua vida inteira e ainda assim não sabe porra nenhuma do amor, não sabe porra nenhuma de nada. Você se acha o cara, mas acaba fazendo as coisas mais estúpidas do mundo, você perde tanto tempo odiando as pessoas e acaba se esquecendo de amar e dar valor aquelas que estão bem ao seu lado, aquelas que são realmente importantes pra você.

E em momentos como esse você se pergunta o que vai acontecer se você for embora. Como eles iriam se sentir caso você não estivesse mais aqui? Quem é que iria cuidar delas? Quem é que iria protegê-las de todo o mal? E quando algum coleguinha perguntasse a sua filha quem é o pai dela? O que ela iria responder? E quando fosse a data do seu aniversário? E no dia em que completasse um mês, um ano, dois anos da sua morte? E a sua mulher ou o seu namorado, como ele iria conseguir seguir em frente sem achar que é culpado de tudo? Como é que as coisas fariam sentido depois de uma prova tão miserável do quanto à vida não é justa?

Tem tudo a ver com decisões, escolhas, erros.

Eu só tenho uma coisa a dizer hoje. Se você ama alguém, não se esqueça de amar também os seus defeitos, aprenda a gostar do que você pensou que jamais gostaria, abra mão de algumas coisas, seja inteligente, seja humano. Não perca, não perca ninguém por ser tão idiota como eu fui. Não deixe que um caminhão atravesse o seu caminho e te atire fogo, não perca o brilho e a pureza que Deus faz questão de nos dar assim que viemos ao mundo. Não se esqueça de viver, de aproveitar, de ser feliz, não se esqueça de lembrar as pessoas que você ama o quanto elas são importantes pra você. Elas estão ao seu lado hoje, mas e amanhã?

Amanhã pode ser tarde demais.

Confie em você. Confie no que você acredita. Deixe o orgulho de lado.

Não deixe as luzes te cegarem.

Viva.

Viva.

Viva.

– JUSTIN, AMOR FALA COMIGO, AMOR O QUE ACONTECEU? AMOR ME RESPONDE, JUSTIN, JUSTIN. JUSTIN DREW BIEBER, ANJO, MEU AMOR, MEU PRÍNCIPE, NATALIE! O QUE ACONTECEU? POR QUE ESSE BARULHO? ALGUÉM ME RESPONDE? – os gritos de dor vinham do celular ao lado da minha mão que eu não conseguia mover, entorpeceram toda a minha alma.  – Ei anjo me responde, não brinque assim comigo. Eu estou chegando ao aeroporto, o taxista cortou caminho. Nós vamos pro Havaí não é?

Eu queria respondê-la, queria pedir desculpas por ter falhado.

Mas eu não podia.

Eu estava morrendo.



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