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História Behind the roses - XIV - I miss you


Escrita por: wellcarryon

Notas do Autor


Oi gente, boa leitura!

Capítulo 14 - XIV - I miss you


Frank e Gerard não se viram durante todo o final de semana, de forma que na segunda-feira, Frank acordou com uma sensação estranha. Ele demorou a entender o motivo de sua inquietação, afinal, era irônico que alguns meses antes ele mal pudesse encarar Gerard nos olhos, e agora seu dia parecia girar ao redor dele, não apenas profissionalmente, mas de forma a lhe deixar com saudade. Ele realmente estava com saudade de Gerard, que estava há algumas paredes de distância, e isso lhe deixava um pouco perplexo.

No café da manhã, Frank esteve com os dois pés plantados firmemente no chão, impedindo-se de balançar as pernas e denunciar sua ansiedade. Manteve um olhar vago enquanto tomava seu café, ao passo que sua vontade era largar a refeição pela metade e irromper até a sala de jantar, apenas para ver Gerard, ter certeza de que ele estava ali.

Infelizmente ele não podia fazer isso, afinal de contas, Ray estava de sentinela mesmo quando parecia estar distraído. Ele parecia ter um radar que detectava os movimentos de Frank, ou então um par de olhos atrás da cabeça, pronto para flagrar Frank seguindo na direção oposta a que deveria.

Antes de partir para suas tarefas da manhã, no entanto, Frank não pode se conter em enviar uma mensagem para Gerard. Depois de alguns minutos criando coragem – afinal, o que havia entre eles, fosse o que fosse, ainda era muito recente, e certas situações ainda eram rodeadas por constrangimentos – ele finalmente enviou:

Saudades.

Mesmo sem estar na frente de Gerard, ele sentiu o rosto inteiro ficar vermelho, e sabia que estava agindo como um adolescente. Um minuto depois, como se estivesse grudado no celular, Gerard enviou sua resposta:

Também estou. Chá após o expediente?

Frank riu com o convite. Enviou outra mensagem confirmando, e só então, após guardar o celular, ele iniciou seu trabalho, tentando ao máximo manter a cabeça longe de Gerard.

 

Durante a tarde as coisas pareciam ter potencial para melhorar. Frank precisava pagar mais uma parte de sua dívida com o aluguel e entregar uma pintura de Gerard para quem a encomendara – coisas não muito divertidas –, mas ele também tinha que ir até a lavanderia, e a ideia de ver Julian tornava seu dia melhor.

O carro o esperava na entrada de cascalho. Com tudo de que precisava já devidamente acomodado lá dentro – a pintura e as roupas para a lavanderia –, e o roteiro do dia devidamente informado ao motorista, eles atravessaram o portão e saíram para as ruas da cidade.

A primeira parada era logo a mais desejada por Frank. Quando o carro foi estacionado próximo da lavanderia, ele apressou-se em saltar para a calçada com as roupas em mãos e entrar no estabelecimento. Julian estava no balcão atendendo a um cliente, e abriu um rápido sorriso para Frank quando o viu, gesticulando para seu colega de trabalho que adiantava-se para atendê-lo, que o deixasse para ela.

Ele precisou esperar cerca de dez minutos e dizer para algumas pessoas que chegaram depois que elas poderiam passar à sua frente sem problemas. Quando Julian finalmente se desocupou, a recepção já estava vazia.

– Ei garotão, como vai você? – perguntou ela, se esticando para abraçá-lo sobre o balcão.

– Bem, e você? Recuperada do seu acidente?

Ela fez uma careta.

– Sim, ser atropelada se provou muito desagradável, então vou ter que procurar outro hobby.

Frank balançou a cabeça, sorrindo.

– Você não tem jeito.

Entregou as roupas enquanto ela ia buscar as que já estavam prontas.

– Então, como vão as coisas? – ela perguntou ao voltar.

– Nada de mais, como sempre.

– “Como sempre”, tá bom. Nada novo com o Senhor Way? – perguntou ela, inclinando-se no balcão com uma expressão maliciosa.

– Julian! – repreendeu Frank. – Não, nada de novo. Não nos vimos durante o fim de semana porque, como eu te disse, Ray quase me pegou em território proibido.

– E o cão de guarda ataca novamente... – disse ela, com ar de escárnio.

– Pois é. Mas e você? O que tem feito?

– O final de semana foi parado, porque bater num carro em baixa velocidade também acaba sendo algo doloroso – disse ela, o que fez Frank mudar sua expressão para compadecimento. – Ei, pare com essa cara. Enfim. Hoje nós vamos sair para jantar.

– Hm, que chique.

– Nem tanto, mas vai ser divertido. Se tem comida sempre é divertido – os dois riram.

Conversaram por mais alguns minutos e logo se despediram, pois ambos precisavam trabalhar. Combinaram fazer algo juntos qualquer dia, sem estipular uma data precisa. Frank voltou para o carro com as roupas limpas e se sentindo mais animado, e o motorista o conduziu para a próxima parada – a entrega do quadro.

Depois de um trajeto de cerca de quinze minutos em meio ao trânsito calmo do meio da tarde, o motorista diminuiu a velocidade em uma rua de casas grandes e bonitas, observando os números das residências até encontrar a que procurava. Parou o carro em frente a uma casa de dois pisos, de aparência relativamente nova, com uma garagem espaçosa e um caminho que subia em elevação até a porta da frente.

Frank desceu do carro levando o quadro consigo, e avançou pelo caminho observando o jardim – a propriedade era delimitada por arbustos pequenos que resistiam bem às temperaturas cada vez mais baixas, e o gramado dividia lugar com várias outras plantas bem cuidadas – até chegar à porta, onde pressionou a campainha.

Uma mulher de meia idade, provavelmente uma funcionária, atendeu à porta.

– Boa tarde, meu nome é Frank Iero e eu estou aqui para entregar esse quadro encomendado para o Sr. Way.

– Oh, claro! Entre! – disse a mulher, abrindo espaço para que Frank passasse. – Eu sou a Molly!

Frank murmurou um “muito prazer” e entrou na casa. O hall de entrada se estendia alguns metros para o interior da residência em um corredor de estilo clássico, que possuía algumas portas de cada lado e ao final abria-se para os dois lados em ambientes que Frank não conseguia ver de onde estava.

A mobília do hall consistia em um cabide para casacos, onde havia um casaco feminino e uma touca, próximo a porta, um aparador ao fim do corredor, sustentando um pequeno vaso de folhagens, e um espelho atrás do aparador, onde Frank conseguia ver seu reflexo. O ambiente era decorado ainda por alguns quadros pequenos, com pinturas geométricas.

Depois de trancar a porta de entrada, a mulher o conduziu até uma das aberturas, que levava a uma sala de estar ampla e decorada no mesmo estilo.

– Sente, sente! Aceita uma água, chá, café? – perguntou ela.

– Não precisa se incomodar, eu só—

– Quem chegou? – perguntou uma voz, vinda do hall de entrada, que fez Frank sentir o estômago pesar.

Ele virou-se a tempo de ver Michael Way adentrando a sala.

– Boa tarde – Frank cumprimentou, encobrindo seu descontentamento com uma expressão solícita.

– Oh – Michael deixou escapar, parando onde estava e fitando Frank por alguns segundos, antes de recuperar-se da surpresa e tornar a avançar. – Boa tarde, o que você deseja?

Para um expectador de fora, como a empregada, as reações foram tão sutis que passaram despercebidas.

– Com licença, se os senhores não desejam nada, vou me retirar.

Michael assentiu e lhe sorriu atenciosamente, antes de voltar-se novamente para Frank e erguer as sobrancelhas.

– Ah, bem, trouxe a pintura que o senhor pediu.

– Ah, que bom! – exclamou Michael, aproximando-se na cadeira de rodas e aceitando o embrulho.

A pintura estava enrolada em papelão e plástico bolha, a fim de evitar que se danificasse durante o transporte. Havia um pequeno envelope preso ao papelão, do qual Michael puxou um bilhete. De relance, Frank pode ver a caligrafia de Gerard, mas não prendeu-se muito a isso. Michael leu o bilhete rapidamente, e logo pediu sua ajuda para desembrulhar o quadro.

Incrivelmente, a pintura parecia muito melhor do que a versão que Frank vira na sexta-feira, embora a única diferença entre ambas fosse a riqueza de detalhes. Era como estar vendo a própria Samantha lhes sorrindo através de uma janela. Mesmo sem moldura, a pintura já parecia pronta para pendurar na parede, e chamaria tanta atenção quanto emoldurada.

Gerard tinha muito talento, isso era inegável.

– Uau – murmurou Michael, admirado. – Está perfeita!

Frank concordou com a cabeça.

Continuou olhando para a pintura, perdido em pensamentos imaginando a reação de Samantha ao vê-la pela primeira vez, até sentir que estava sendo observado. Desviou a atenção para o rosto de Michael, e o flagrou fitando-o com uma expressão curiosa e imaginativa. Talvez fosse o formato das sobrancelhas, mas o olhar de Michael era estranhamente desconfortável, como se ele pudesse ver cada um de seus neurônios e saber o que todos eles estavam pensando.

Quando o incômodo de Frank começou a ultrapassar o limite do saudável ele franziu o cenho e ergueu uma sobrancelha, o que finalmente fez Michael desviar o olhar.

– Me ajude a guardar de volta – pediu ele, voltando-se para a tela.

Frank prontamente o obedeceu. Com a pintura protegida novamente, Michael chamou a empregada, e instruiu-a a levar a encomenda para o seu escritório. Sozinhos, ele puxou do bolso das calças um talão de cheque.

– Tem uma caneta? – perguntou.

Por acaso, Frank tinha uma caneta que Julian lhe dera como brinde na lavanderia. Entregou-a a ele, que preencheu o cheque com o valor do pagamento, e em seguida a devolveu.

– Então, senhor Frank Iero – começou ele, fazendo Frank se encolher involuntariamente. – Como vão as coisas com Gerard?

– Ele está bem – respondeu Frank, simplesmente.

Michael assentiu.

– É, parece que sim.

Frank deu um passo atrás.

– Bem, se não se importa... – começou.

– Ah, claro – Michael lhe estendeu o cheque. – Molly vai levá-lo até a porta.

Prontamente, a empregada surgiu na sala e o conduziu até a saída, dando a Frank apenas tempo de murmurar um “até mais” para Michael.

– Tenha uma boa tarde – desejou ela, enquanto Frank saía.

– Você também.

Frank apressou-se até o carro e sentou-se no banco de trás, em choque pelo que acabara de acontecer. O motorista lançou um olhar para o seu rosto pálido através do retrovisor e começou a rir.

Frank voltou a si e desviou o olhar para ele.

– O que f... Espera, você sabia? – perguntou, observando-o com indignação.

– Claro – respondeu ele, rindo.

– Sacana! – murmurou Frank, afetado.

O motorista, ainda rindo, ligou o carro e partiu para o último destino.

 

O restante do dia arrastou-se vagarosamente. Frank pagou sua dívida, voltou para casa e fez algumas coisas até finalmente recolher-se para seu quarto após o jantar. Deitou-se em sua cama, olhando para o teto e balançando uma das pernas cruzadas, enquanto brincava com a gravata frouxa no pescoço.

Não havia nada que pudesse fazer para se distrair. Julian estava em um encontro, e a última coisa que ele pretendia fazer era mandar uma mensagem e atrapalhar aquele momento. Também não podia ligar a televisão, pois precisava de silêncio para ouvir quando os colegas silenciassem.

Até então ainda conseguia ouvi-los andando de um lado a outro. Bob provavelmente estava dando uma última ajeitada na cozinha, enquanto Ray havia dito que tomaria um banho, e deveria estar se preparando para isso, levando as roupas e toalha para o banheiro. Frank não queria reler seu livro favorito pela milionésima vez, e não havia nenhum outro com ele. Mas havia muitos no andar de cima...

A essas alturas ele já não conseguia manter a cabeça longe de Gerard, e mal podia esperar por uma brecha dos colegas para esgueirar-se para fora dali. Ray nem ao menos o deixara levar as roupas limpas para o andar de cima, e antecipar a visitinha à Gerard. Ele estava ficando esperto, pensou Frank.

 

Dez minutos depois ele ouviu o som da porta do quarto de Bob se fechando, e os ruídos finalmente cessarem a um nível que poderia lhe possibilitar a saída. Ray já estava no banho, pois colando o ouvido na porta ele podia ouvir o som da água caindo. Digitou rapidamente uma mensagem para Gerard perguntando se podia subir, e enquanto esperava a resposta arranjou seu álibi. Um clichê, mas melhor que nada, e talvez funcionasse.

Ligou a televisão com volume baixo e moldou uma trouxa de roupas de forma a parecer que ele estava embaixo das cobertas. Gerard respondeu a mensagem, dizendo que ele podia sim subir, então Frank abriu a porta do quarto, enfiou a cabeça para fora e constatando que o caminho estava livre, apagou a luz, fechou a porta e esgueirou-se até o hall de entrada, onde finalmente pode correr em liberdade.

Ele estava com pressa para chegar ao andar de cima, e embora uma parte de sua mente lhe dissesse que estava sendo ridículo, ele a sufocou e subiu os degraus de dois em dois, alcançando a porta do escritório e abrindo-a sem ao menos bater.

Para sua surpresa e susto, sentiu um par de braços o envolver assim que entrou, e tão logo fechou a porta, seus lábios foram tomados pelos de Gerard, fazendo com que ele precisasse se escorar na porta para manter o equilíbrio. Pelo menos ele não estava sozinho ao agir como adolescente.

Quando o rompante inicial diminuiu, os dois finalmente se separaram e puderam falar.

– Wow – ofegou Frank, balançando a cabeça. – Você me assustou – disse, embora fosse evidente por seu rosto corado e o brilho em seus olhos, que ele não havia se incomodado nem um pouco com isso.

– Desculpa. Você sumiu na sexta-feira, nem deu tempo de dizer tchau – disse Gerard, libertando Frank de seus braços.

– Situações desesperadas pedem pedidas desesperadas.

– Põe desesperadas nisso. Ainda não sei como você conseguiu sair daquele quarto.

Frank limitou-se a sorrir e olhar ao redor, prendendo a atenção em uma garrafa de vinho que estava sobre a escrivaninha, junto a duas taças.

– Isso é o que você chama de chá, Gerard Way?

Gerard riu.

– É chá de uva para adultos.

Frank acompanhou sua risada e observou enquanto o outro pegava o vinho e as taças com uma das mãos, enquanto a outra se entrelaçava aos dedos de Frank.

– Vamos? – perguntou, puxando Frank em direção à porta.

– Óbvio.

Frank esticou um braço para apagar o abajur e abriu a porta. Olharam pelo corredor e em direção à escada antes de saírem. Fechou a porta e os dois apressaram-se pelo corredor até chegar à sala em que geralmente ficavam.

O lugar já estava bastante diferente da primeira vez. Enquanto naquele dia os móveis estavam cobertos com lençóis, agora ele e Gerard já haviam descoberto um pequeno sofá antigo e colocado em frente a uma das janelas. Também liberaram um abajur, que colocaram perto do sofá, pois uma luz de teto acesa chamaria muita atenção.

Havia ainda um tapete, que ficava em frente ao sofá para deixar o ambiente mais confortável se por acaso tirassem os sapatos. Somando esses extras à mesa e às cadeiras, que Frank já conhecera nos lugares em que estavam, o ambiente formava uma bela mistura de vários cômodos, mas para os dois parecia ótimo, pois era onde tinham mais liberdade.

Frank lançou-se sobre o sofá, enquanto Gerard colocou a garrafa e as taças na mesa e encheu as duas pela metade. Sentou-se ao lado de Frank e entregou-lhe uma das taças.

– Ah, antes que eu me esqueça – disse Frank, enfiando a mão no bolso do casaco e tirando de lá o cheque que Michael lhe dera, o qual entregou a Gerard.

– O que é isso? – perguntou ele, confuso.

– Seu pagamento pela pintura, o que mais seria?

– Pagamento? Mas eu disse que era um presente...

– Presente? – Frank ergueu as sobrancelhas. – Ele me entregou isso, eu...

– Tudo bem – interrompeu Gerard, delicadamente. – Não se preocupe, sem problemas. Mas você foi lá? – perguntou, parecendo surpreso.

– Fui. – Frank não conseguiu esconder o desagrado em sua voz.

– Pensei que Ray iria – comentou Gerard, vendo o sorriso forçado surgir nos lábios de Frank. – Ah, entendi...

Apoiou as costas no sofá e olhou para frente. A janela sem cortinas possibilitava que vissem o céu noturno, onde algumas nuvens cobriam boa parte das estrelas, deixando poucas delas visíveis. Ainda assim, era uma boa vista.

Frank acomodou-se com a cabeça apoiada no ombro de Gerard e sorveu o líquido de sua taça, pensando que finalmente o momento pelo qual ansiara o dia todo havia chegado.

Gerard encostou sua cabeça à de Frank, e distraiu-se enquanto bebia seu próprio vinho. Sentia-se agradecido por ter Frank ao seu lado, olhando para o céu nublado, fazendo “nada” e ao mesmo tempo, muita coisa. Em pouco tempo sua vida havia mudado radicalmente.

Tempos antes ele pensara que estava satisfeito com sua reclusão, que poderia passar a vida assim. Mas com Frank, as coisas ficaram diferentes. Ele havia começado a pensar em coisas que pudesse lhe mostrar. Lugares em que fora quando criança, quando tudo era maravilhoso. Sabia que Frank não havia tirado férias em outra cidade, muito menos em outro país, quando criança. Não havia tido muitas experiências do tipo, que suas condições financeiras lhe proporcionaram.

Ele queria mostrar a Frank todas essas coisas, e quando esses pensamentos surgiram em sua mente ele ficou surpreso ao perceber que sair de casa não lhe causava mais tanto desgosto quanto antes. Não quando isso poderia resultar na felicidade de Frank.

Talvez ele pudesse consertar tudo que fizera de errado nos últimos anos. Ele não poderia reparar tudo ao que era antes do acidente, mas talvez pudesse fazer voltar a ser agradável.

Sentiu a mão de Frank entrelaçar-se à sua e iniciaram uma conversa, contando banalidades, bebendo vinho e trocando carícias de vez em quando. Acabaram por pegar no sono.

Frank acordou depois de um tempo que não sabia precisar, sentindo algo molhado em sua barriga. Olhou para baixo e viu que havia dormido com a taça na mão, e agora havia uma grande mancha de vinho em sua camisa.

Sua movimentação fez com que Gerard acordasse e olhasse ao redor com um olhar perdido. Ao ver Frank afastando a camisa molhada da pele, deixou uma risada sonolenta escapar e ajeitou-se no sofá. Sua taça estava caída ao seu lado, mas estava vazia quando adormecera, portando nenhum estrago havia sido feito.

– Porcaria – resmungou Frank, levantando para deixar a taça na mesa e procurando algo com que se limpar.

Gerard levantou e puxou-o pela mão de volta para si, colando seus corpos e o beijando.

– Você vai se sujar – resmungou Frank em meio ao beijo, tentando afastá-lo e impedir que sujasse sua própria camisa.

Talvez o álcool tivesse lhe deixado corajoso, mas Gerard abaixou-se, desabotoou a camisa de Frank e deixou que a língua percorresse a pele exposta, trilhando um caminho do abdome até o peito e saboreando o gosto agridoce de vinho e pele. Um arrepio percorreu Frank por inteiro quando Gerard voltou a ficar em pé e o encarou com ar divertido e sedutor, fazendo suas bochechas adquirirem um tom rosado.

– Não vou não – murmurou Gerard, em resposta a algo que Frank nem lembrava mais o que era.

Deixou de lado sua irritação com a camisa para enlaçar o pescoço de Gerard, perdendo-se no contato dos corpos e das mãos dele em suas costas. Suas mãos adentraram os cabelos de Gerard e puxaram firmemente os fios.

Interromperam as atividades quando respirar se tornou uma necessidade, e ainda abraçados, Frank aproveitou a deixa para perguntar que horas eram.

– Não seja desagradável – resmungou Gerard, olhando para o relógio no pulso antes de responder. – Uma da manhã.

– Acho que por hoje chega – murmurou Frank, com a respiração irregular.

Gerard fez uma careta de desagrado, mas concordou. Sabia que precisavam dormir, especialmente Frank. E por dormir, ele queria dizer dormir de verdade.

Juntou as taças e a garrafa e os dois deixaram a sala após apagarem a luz. Despediram-se com um beijo em frente à escada, e Frank desceu os degraus segurando no corrimão para não correr o risco de cair. Quando chegou ao andar de baixo, começou a fechar os botões da camisa, e foi dessa forma que atravessou a porta do corredor que levava aos quartos.

Fechou a porta silenciosamente atrás de si e deu um passo em direção ao seu quarto, quando a luz da cozinha subitamente se acendeu, revelando a silhueta de Ray.

O coração de Frank parou ao ouvir sua voz.

– Onde você estava, Frank?


Notas Finais


Então gente, precisei dar uma atenção especial à vida acadêmica e à saúde e por isso demorei, mas vou fazer o possível pra terminar o próximo capítulo, que já está começado, antes de ter que me focar de novo em outras coisas, então fiquem sussa que não pretendo deixar ninguém curioso por muito tempo.

Agora, a treta está lançada, o que será que vai acontecer? Estamos chegando num ponto decisivo da fanfic! Espero que tenham gostado! Comentem o que estão achando, e espero que nos vejamos em breve!


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