História Behind The Scenes - É só o começo

As mãos dele passeavam por minha barriga, e desciam para minha cintura apertando e me trazendo mais para perto. Senti que estava fraquejando quando ele beijou meu pescoço. Me virei de frente para ele novamente e olhei no fundo dos seus olhos e disse: – você não me deve explicações sweet, eu que te devo desculpas antecipadas... – Cody me encarou totalmente confuso. Beijei o canto de seus lábios e saí dali depressa.

Três dias após a San Diego Comic Con

Desde que acabou a Comic Con, não conversei com ninguém do elenco. Fiquei em casa com minha mãe, curti ela o tempo que tive, saímos para fazer compras, fomos ao cinema, literalmente nos curtimos, e era algo que eu estava sentindo falta, meu relacionamento com minha mãe.

Lembro bem de quando meu pai passou pela porta, e me deixou chorando ajoelhada no chão, eu havia implorado para que ele ficasse, minha mãe se agachou ao meu lado e disse que ela nunca me deixaria. Desde que começaram as gravações, quase não fico com ela. Saio às cinco da manhã, e volto depois das onze da noite.

– O que foi que está tão pensativa? – ela perguntou me tirando do transe. Eu estava sentada na bancada da cozinha, comendo morango enquanto ela lavava a louça.

– Nada demais... – sorri fraco a encarando.

– Sei... quase esqueço! – ela foi em direção à despensa, e voltou de lá com um buquê enorme de rosas vermelhas, eu disse: enorme! – mandaram entregar hoje de manhã quando você foi no mercado. – minha boca estava aberta num perfeito "o", nunca tinha visto um buquê desses em toda minha vida. Peguei ele nos braços com muita dificuldade, e procurei o bilhete do remetente.

– Idiota! – exclamei após ler Cody Christian. Minha mãe se sentou de frente para mim e me olhou com os olhos semicerrados.

– Quem é? – ela questionou olhando o bilhete.

– Aquele cara que eu te disse que trabalhava comigo e que é um puta gostoso. – dei de ombros e ela gargalhou.

– O que ele fez? Apesar de achar que você deve relevar, já que ele é gostoso... 

– É sério mãe, ele é um babaca! – disse rindo – Me beijou, depois praticamente se declarou, quando foi de noite, vi ele atracado com uma loira ridícula. – dei ombros fazendo cara de nojo enquanto dona Clarice morria de rir da minha cara.

– Sei o quão ridícula a loira devia ser... – ela debochou – Quantas vezes tenho que repetir que não devemos se envolver demais com homem, o lance é pegar e não se apegar filha. – gargalhamos juntas. Minhas conversas com ela sempre eram assim: conselhos estranhos, e muitas risadas – Vai perdoar ele?

– Não temos nada para eu poder perdoa-lo - dei de ombros pegando mais um morango.

– Então só pega ele e manda ir se foder! – ela disse me fazendo engasgar com o morango que acabei de engolir.

– Eu não aguento você, sério! – tomei um gole de água para desengasgar – Vamos ir para uma boate hoje?

– Só se for de go go boys! – minha mãe deu de ombros.

– Conheço três que são ótimos.

***

Vamos à boate LA Club. É super caro, mas minha mãe disse só iria se fosse uma boate chique.

Combinei com Dylan's, Tyler e Holland de ir também. Iríamos nos encontrar lá.

Eu estava pronta à quase trinta minutos, estava sentada na sala mudando de canal enquanto esperava o dia em que finalmente minha mãe iria estar pronta.

– Graças a Deus! – disse assim que escutei a mesma descendo as escadas – Puta merda, você está gata demais! – minha mãe usava um vestido tubinho preto, com um decote em "v" médio, nos pés uma sandália dourada, os cabelos pretos lisos e ondulados nas pontas. Minha mãe era muito linda, e ela não era velha, tinha completado trinta e nove anos esses dias, ou seja, somos rivais na hora de pegar os caras.

– Meu amor eu sou gata! – ela respondeu jogando os cabelos para trás com desprezo.

– Vamos logo ô senhorita gostosona.

***

Estacionamos na boate, e a música dava pra ouvir  mesmo do lado de fora.

Conferimos os nomes na lista, e entramos já dando de cara com o Tyler e os Dylan's:

– Acabamos de chegar também! – Tyler exclamou me dando um abraço.

– Gente, essa é minha mãe, Clarice! – apontei para ela que sorriu simpática.

– Puta que pariu, sua mãe é mais bonita que você. – Spraybarry disse me fazendo o encarar indignada. Era só o que me faltava mesmo. Todos a abraçaram, e ficaram puxando o saco dela, e ela nem gosta de ser paparicada, ainda mais por caras bonitos como eles.

Subimos para o segundo andar, onde estava mais tranquilo, e sentamos numa mesa afastada, no canto da parede.

– Suponhamos que o Tyler tenha chamado o Cody e o Cameron para vir também, estaria tudo ok? – O'brien perguntou assim que nos sentamos. 

– Por que não estaria? – arqueei a sobrancelha e ele deu de ombros.

A festa seguiu, e passado alguns minutos Holland chegou acompanhada de Max, tenho certeza que tá rolando algo entre eles, mas ela nega. 

O clima estava muito agradável, os meninos estavam super a vontades com minha mãe, e ela super se divertindo com o jeito deles.

– Oi, oi! – Cameron exclamou sorridente chegando próximo à mesa, Cody estava logo atrás me olhando de soslaio. Minha mãe, que estava ao meu lado direito, encarou os dois com a sobrancelha arqueada e me olhou concordando positivamente. Eles cumprimentaram cada um nós com abraços e beijos, até Cody.

– Qual dos dois gostosos que é o idiota? – dona Clarice perguntou em meu ouvido me fazendo gargalhar.

– O de barba. – respondi de volta em seu ouvido e ela encarou Cody curiosa. Ele estava tão incomodado, que às vezes acho que vai começar a chorar.

– Ele não é gostoso... – minha mãe concluiu após o encarar por alguns minutos – Ele é super gostoso! Lindo, sexy, bonito, menina ele é perfeito! – Gargalhamos chamando atenção dos meninos.

Já passava das três da manhã e todos estavam bêbados, exceto Tyler, que estava muito bêbado. 

Minha mãe desceu pra pista para dançar com Holland, Max, Spraybarry e O'brien.  Assim que eles saíram ficou um clima meio estranho na mesa. Cody me olhava com medo, Cameron me olhava com cara de pervertido, o que me fazia rir e o provocar, e Tyler estava escorado na mesa, conversando sozinho.

Cameron que estava sentado antes de frente para mim, trocou de lugar e agora estava ao meu lado. Literalmente estávamos afim um do outro, enquanto Cody se remexia na cadeira incomodado e virando vodkas uma atrás da outra. Senti minha perna ser acariciada, e quando olhei era Cameron. Ele começou a conversar comigo por sussurros, e de vez em quando me dava beijos demorados no pescoço. Eu literalmente estava a fim do Cameron.

Dia seguinte - gravações

Saímos da festa era quatro e quinze da manhã. Foi o tempo de chegar em casa, tomar um banho e vir trabalhar.

Já havíamos gravado metade de um episódio, estávamos voltando da pausa do almoço. Todos voltamos ao seu. Continuávamos com cara de ressaca, exceto Shelley, que estava plena e maravilhosa.

– Pessoal, resumo do restante das gravações! – Jeff disse batendo palma chamando nossa atenção – Vai ter hot... – só o que me faltava ser entre Melissa e Theo – Entre Melissa e Ryan! – hot entre Cameron e eu, que maravilha!  Todos comemoraram como de costume, enquanto Cody se remexeu desconfortável – Alyssa e Cameron em suas posições... – nos dirigimos até o cenário, que no quarto do Ryan – Ação! – Melissa estava mexendo no computador, sentada na beirada da cama, quando Ryan largou o livro de Biologia que estudava, e se dirigiu à ela:

– Você não tem mais nada com aquele babaca do Theo, tem? – Ryan perguntou depositando beijos no pescoço e ombros da Melissa, que estavam expostos devido à blusa estilo ombro-ombro que usava.

– Não mesmo... – ela disse soltando um longo suspiro. 

– Bom saber... – Ryan tirou o notebook que estava em seu colo, e a beijou. Melissa não perdeu tempo e colou suas mãos em sua nuca, arranhando ali. Ryan deitou ela na cama e tirou a camisa enquanto era observado por Melissa que o encarava com olhar de desejo e necessidade. Ele tirou a camiseta dela também e a jogou em algum lugar do quarto, que não interessava agora. Eles voltaram a se beijar urgentemente, e as mãos de Ryan passeavam livremente pela perna de Melissa, que parecia estar em chamas com cada toque que recebia. Ele começou a trilhar beijos desde a boca dela até o cós de seu short, e a cada beijo, as costas dela se arqueavam.

– Corta! – Jeff disse. Eu e Cameron nos separamos ainda sem fôlego, e eu ainda sentia meu corpo em combustão. O restante do elenco tinham a mesma reação da cena que fiz com Cody.

– Pelo amor de Deus Cameron! – Shelley disse num tom de súplica – Que corpo é esse? – ela se abanou fazendo todos gargalhar. Olhei para Cody que tinha cara de quem iria matar a qualquer momento.

Nem pensei nele enquanto encenava, e pra ser bem sincera, estou pensando seriamente em refazer essa cena com Cameron, porém por trás das câmeras... Cody Christian... é só o começo.