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História Behind The Secrets - Fourth Season - Stratford


Escrita por: featollg

Capítulo 12 - Stratford


- Justin vai me levar na faculdade e na volta ele te deixa em casa.

- Não precisa! Eu pego um táxi.

- Anna! - Nego com a cabeça e Justin entra em casa. - A mamãe vai pra faculdade. Vocês irão obedecer o papai e a Anna? - Falo ao ficar de joelhos. Eles assentem e começam a falar com Justin, que os abraça.

- Tem como irmos com a minha moto?

- Pode ser. Estou só com uma bolsa. - Ele pega as chaves ao lado da porta e me despeço das crianças. - Eu acabei de lembrar. Hoje e saio às 21h. Só vou fazer as provas.

- Ótimo! - Ele diz ao pegar meu capacete e entrega na minha mão. Justin sobe na moto e sai da garagem para pegar no tranco. Assim que vai até o fim da rua e vira a mesma, para em minha frente. Eu logo subo e coloco a bolsa na frente, em suas costas. Há tempos eu não andava de moto, ainda mais com ele. Acabei chegando um pouco antes do sinal bater. Desci da moto e Justin guardou o capacete debaixo do enorme banco e me deu um selinho ao erguer o seu no cabelo. - Boa prova.

- Obrigada. - Eu me afasto e entro na faculdade. Vou à procura de Cark e o encontro conversando com Drew. - Boa noite!

- E aí, Mel. Estudou?

- Sim. E vocês?

- Daquele jeito. - Eles riem.

- Cark, eu preciso fala com você. - Ele se aproxima e paro perto do  bebedouro. - Tudo bem?

- Sim. - ele estranha.

- Eu estava pensando... Não lembro se cheguei a te passar o número do Justin.

- Não passou.

- Então como você conseguiu?

- O Drew tinha... Eu não sei como. - Ele dá os ombros. - Eu sei sobre o que você está falando. Foi só uma brincadeira. Ele nem me respondeu, na verdade.. Só na sexta-feira, se eu não me engano. A Tiffany pegou meu celular e deu continuidade. - Ele parecia tranquilo, como se o que fez fosse, no mínimo, divertido.

- Ele não gosta desses tipos de brincadeiras. Eu também não. O que a Tiffany tem a ver com isso? - Deve ser uma das garotas que está na nossa sala. 

- Eu mandei as primeiras mensagens e depois ela começou com as fotos... E você veio reclamar só agora?

- Sim. Só agora.

- Vocês terminaram?

- Somos casados. - Falo séria. Babaca. - Que tipo de atitude foi essa?

- Era só uma brincadeira... Vocês não reclamaram e então ela continuou.

- Isso não é brincadeira. Eu realmente espero que você esteja arrependido, assim como sua querida amiga. 
             

                                 Justin P.O.V

Voltei para casa e dei banho nas crianças após levar Anna embora. Eles ficaram assistindo desenho na sala de jogos e, enquanto isso, eu mexia no celular entre eles. Comecei a pensar na Mellanie e no final de semana que tivemos. Caramba. Eu gosto tanto dela. Olho no relógio e já são 20h30.

- Nós precisamos sair para buscar a mamãe! - Fico com dó de tirá-los de casa nesse frio.

- Eba! Na faculdade? - Brandon diz.

- Sim, amigão.

Recebo uma mensagem dela:

"Acabei de sair da prova... Se quiser já pode vir" - Mellanie.

"Que rápido. Estamos indo" - Justin.

 

- Vamos? - Dei o jantar a eles agora pouco. Mellanie sempre diz que eles precisam estar deitados até às 22h. Eu os levo até o carro de pijamas mesmo e alguns brinquedos. Pego meu celular e logo saímos de casa. Chego na faculdade dela por volta das 20h50 e não a vejo por perto. Conforme canto com as crianças canções aleatórias da rádio, mando uma mensagem: 

"Cheguei" - Justin.

Não dá vinte segundos e ela aparece na saída, estava com dois amigos. Droga. Está atravessando a rua com eles. O ruivo-cara-de-pau e um loiro baixinho. Abaixo o vídeo conforme eles chegam até nós e Mellanie sorri para que eu não retruque.

- Boa noite, pessoal. - Falo ao estender a mão direita para cumprimentá-los. Mellanie abre a porta de trás e abraça as crianças.

- Meus amores!! - Enquanto cochicha com eles, o loiro baixinho começa.

- Eu sou o Cark. - Oh. Então é ele. Babaca. Rio sacana. - Foi mal pelas mensagens que eu te mandei por todo esse tempo. Foi só uma brincadeira. Na verdade, eu comecei a uma amiga minha deu continuidade.

- De mal gosto. - Falo sério. - Tá tranquilo, cara. Isso é um pouco de falta de maturidade, na verdade. 

- Eu sou o Drew.

- Eu conheço você! Foram bem nas provas? - seu ruivo-cara-de-pau que saiu nas fotos com a minha esposa, pensei.

- Daquele jeito. - Drew fala.

- Até que sim. - Mellanie me responde. Os dois conhecem as crianças e logo se despedem.

- Novamente, foi mal, Justin. - Cark diz sério e assinto sem qualquer expressão. 

Mellanie senta no banco do passageiro e aperta os cintos ao deixar a bolsa no chão.

- Pra que isso?

- Eu conversei com ele numa boa, aí ele me disse que gostaria de se desculpar com você.

- Babaca. - bufo.
 


                                            Mellanie P.O.V
 

Assim que chegamos em casa, as crianças começaram a brincar na sala mesmo e eu jantei com Justin na mesa. Estava aliviada por ter encerrado esse caso das mensagens e por estar mais cedo em casa. Até que fui bem nas provas. Eu os coloquei para dormir às 22h em ponto e fiquei por lá com eles. Enquanto isso, Justin estava vagando pela casa. Assim que eles pegaram no sono, fui para o meu quarto e tomei um banho quente. Sai de lá com a toalha enrolada no corpo e Justin estava de cueca.

- Você já tomou banho?

- Uhum. Fui no outro banheiro agora pouco. - Ele liga a televisão.

- Como foi seu dia hoje? - Pergunto ao vestir uma calcinha qualquer e uma camisola lilás.

- Foi bem cansativo, mas até que passou rápido. E o seu? - Ele diz ao me acompanhar com os olhos até a cama.

- Eu não parei um minuto hoje... Estou cansada. - Dou os ombros. - Pensei demais nas provas e agora preciso descansar a mente.

- Ow. - Ele me dá um beijo na testa. - Seus amigos tem medo de mim? Sei lá.

- Eles ficaram com receio de falar com você.

- Eu sou muito mau. 

- Aí eu falei: "Ele é super chorão. Relaxa" - Justin segura a risada e se afasta.

- Que comentário de mau gosto, Mellanie. - Ele levanta. - É ridículo você jogar isso na minha cara. Se eu sou sincero aqui em casa e você me retribui com essas brincadeiras toscas, não funciona. - Ele sai do quarto. Era óbvio que eu só tinha comentado sobre isso com a Anna. Mas ele... Bem... eu falei brincando, foi sem pensar. Saio do quarto imediatamente e vou atrás dele. Justin estava sentado na escada, mexendo no celular.

- Nem vem! Vai dormir.

- Foi mal, eu falei brincando... Eu não fico jogando na sua cara. - Eu me aproximo aos poucos. 

- Nos últimos três dias você jogou MUITO na minha cara. - Ele fala ainda de costas para mim. - Eu não ligo que você brinque comigo, jamais. Eu só penso que se eu zoasse todas as vezes que você chorou horrores na minha cabeça por qualquer motivo não seria legal. - Ele diz ao ficar de pé.

- Eu sei. Desculpa. É porque isso que aconteceu foi... Tão diferente do normal.

- Não se preocupe. Você não vai mais me ver assim nem nada. - Ele falava sério. - Vai deitar. Você precisa descansar. Boa noite. - Ele aperta meu braço e logo solta.

- Jay... Foi mal.

- Ok. Tudo bem. Já falamos sobre isso.

- Não fica bravo comigo. Foi mal. Sério mesmo... Eu só brinquei com você. Eu não comentei com ninguém além da Anna.

- Eu sei. Eu te conheço o suficiente para saber disso. Assunto encerrado?

- Não. - Acaricio seu pescoço. Dou um selinho nele, que não reage. - Não fica bravo, meu amor. - Sussurro. Ele hesita. - Eu não vou mais tocar nesse assunto. - Acaricio seu cabelo e dou uma mordida em seus lábios. - Vamos para o quarto, vem.

- Agora você quer ir para o quarto, né? - Justin responde sem qualquer expressão. - Vai você... Eu vou depois.

- Para com isso e vamos logo. - Eu pego em sua mão e dou um beijo na mesma. - Eu amo você, meu amor. - Eu o levo de volta para o quarto e mudo o canal da tevê. Justin deita na cama ao meu lado e eu passo a beijar todo o seu braço, logo seu peitoral. - Não faça essa cara para mim.

- Eu estou normal. - Ele diz. - Boa noite.

- Eu não gosto de dormir brigada com você.

- Nós não estamos brigados. - Ele responde ao passar o braço pelas minhas costas. - Eu só fiquei incomodado com o seu comentário.

- Eu sei. Eu não fiz por mal. - Ele boceja e logo eu também. Eu me sento em seu colo com as pernas divididas. Paro com as mãos em seus ombros. - Nós somos companheiros um do outro. Se eu não te zoar do meu jeitinho, quem vai?

- Qualquer outra pessoa. - Rimos juntos.

- Para. - Aperto seu braço. - Jay. - Ele sorri para mim e morde a própria língua fazendo graça. Dou um selinho nele e inclino mais meu quadril. Justin murmura e sinto minhas veias ardendo. Eu o amo tanto. - É bom quando nós namoramos após uma discussão, porque você fica com mais pegada.

- Você está dizendo que eu só tenho pegada depois de me irritar?

- Não. Mas aumenta muito. -  Digo baixinho em seu ouvido. - Você é sempre muito bom em tudo. - Ele coloca a mão em meu pescoço, debaixo do meu cabelo, e nos beijamos com gosto. Rebolo meu quadril em cima dele enquanto isso, que solta murmúrios do fundo da garganta e morde minha língua.

- Argh... - Ele para o beijo e encosto minha testa na sua. - Isso é tão bom. - Estremeço com a voz dele e continuo rebolando devagar, as mãos apoiadas em seu abdômen. - Ah, Mel... - Ele logo abre os olhos e me encara. Nos beijamos novamente e ele desce as mãos em minha bunda.

- Eu também gosto disso, muito.

- Então me deixa subir essa camisola, vai? - Ele aperta minha lombar. - Você me deixou na vontade.

- Sim. - Sussurro. Justin sobe minha camisola pelas costas até meu busto. Ele beija meu pescoço diversas vezes e aperto sua barriga. - Você está lerdo. - Justin ri debochando do que eu disse e aperta minhas coxas.

- A iniciativa tem que partir só de mim? - Gostei do que ele disse. Eu rapidamente tiro minha camisola e deixo ao nosso lado na cama. Justin passa as mãos pelo meu cabelo e desce até meus seios. Ele toca os dois com uma mão em cada e me dá vários selinhos. - Linda. - Eu o abraço com força e rebolo rápida nele. Passo a puxar sua cueca para baixo e vou mordendo sua barriga conforme ele murmura.

- Pegue alguns preservativos. 

- Fico feliz pelo plural, mas não. - Reviro os olhos. - Odeio. - conforme eu o mordo de leve e passo a cueca preta por suas pernas, vejo sua ereção. Assopro seu membro e tiro também minha calcinha. Dou nas mãos dele. Justin sorri e fecha os olhos.

- Então relaxe. - Ele assente e solta as mãos na cama. Dou mais um beijo em sua barriga e logo arranho sua virilha. Ele murmura. - Isso. - Falo baixinho. Assopro seu membro novamente e mordo sua glande. Justin geme alto. Talvez não esperasse que eu iria agora. Chupo de leve e ele geme alto.

- Caramba. - Sussurra e fico ainda mais na vontade. Justin me olha com desejo e parece descontrolado. - Eu quero muito. - Ele diz já ofegante. - Vai. - Ele pede. Passo a chupá-lo com gosto.

- Não ejacule. - Ele arregala os olhos. - É brincadeira. - Justin sorri aliviado e, assim que toco novamente meus lábios ali, ele ejacula. Não que eu adorasse engolir ou que gostasse da sensação de sempre ser na minha boca, mas não é algo que eu não gosto.

- Se você soubesse o quanto isso é bom. - Justin geme baixinho. - Caramba. - Ele murmura e tenta me puxar para perto. Chupo-o novamente e logo volto a ficar sentada nele. Puxo o edredom até minha lombar e volto a rebolar nele. Murmuro baixinho e era incrível vê-lo com aquele olhar de quem não sabia como reagir. Eu rebolo cada vez mais rápido e Justin geme cada segundo mais alto, bem do fundo de sua garganta. Mordo seus lábios e ele passa as mãos em minhas coxas.

- Você quer ficar assim? - Sussurro e ele assente. Oh. Finalmente. Justin coloca uma das mãos no próprio membro e, conforme me ajeito em seu colo, ele entra em mim e deslizo em seu colo em questão de segundos. Eu murmuro baixo e sinto uma tremenda palpitação. Conforme eu rebolo nele, Justin geme cada vez mais alto.

- Mellanie, porra. - Ele aperta minhas coxas e eu inclino meu rosto para beijá-lo. Aceleramos o ritmo e ele me posiciona ainda mais em seu corpo ao tocar em minha bunda. - Você é gostosa pra caralho. - Ele fita meus seios e voltamos a nos beijar de maneira intensa. Mordo seu pescoço e eu o deito completamente na cama, jogo meu cabelo para o lado e pressiono meu quadril no seu. Ele geme cada vez mais.

- Você gosta? - Ele assente com um mero sorriso no rosto, como se estivesse percebendo o quanto era bom quando eu ficava por cima. - Eu sei que sim. - Nós beijamos e Justin tenta me virar na cama. - Não não.

- Mel... - Ele murmura. - Caralho. - Justin me aperta por todo o corpo e desce até minha bunda. Ele tenta erguer meu corpo e estremeço. Atinjo meu ápice e acabo caindo com o corpo nele. Estico a mão até o criado-mudo e pego um elástico. Sento no colo dele e prendo num coque. Justin estava encarando meu rosto, meus lábios.

- Você se sentiu menos homem?

- De maneira alguma. - Ele diz ofegante. - Nossa... Foi diferente você aqui, em cima.

- Eu gostei... Porém estou menos cansada.

- Talvez porque quando eu estou por cima a pressão que deposito em seu corpo seja maior.

- Exatamente. - Concordo. - Quem sabe eu fique por cima mais vezes.

- Eu gostaria. - Ele sorri. - Você é tão gostosa. - Justin aperta minhas coxas. - Ah.

- Você também é gostoso. - acaricio seu cabelos e ele me agarra com gosto. Nos beijamos e Justin me vira na cama. Conforme ele pressiona seu corpo no meu, entra em mim com toda pressa e força do mundo. - JUSTIN. - Grito. Ele ri e sai de imediato.

- Só para não perder o costume.

- Doeu. - Falo ao dar um selinho nele, que logo deita ao meu lado.

- Sério?

- Não tipo, doeu... Mas sei lá. Foi muito rápido, eu não esperava.

- Eu só quis dar o troco.

- Eu gostaria que você tivesse me avisado antes. - Digo ao suspirar fundo e puxo o cobertor. Regulo o ar condicionado em 16ºC pelo controle e viro de costas para ele.

- Eu te machuquei... Desculpa. - Ele sussurra ao me abraçar. Justin beija meus ombros. - Eu pensei que você não sentia dor... Sei lá, fazemos isso há tanto tempo.

- Eu não sinto. É que, sei lá... Foi estranho. Eu estava relaxada. Foi isso.

- Oh, sim... Então doeu porque você estava relaxada?

- É, deve ter sido. Mas doeu bem pouco. Relaxa. Eu só não esperava.

- Desculpa. - Ele me abraça. - Não vou mais fazer isso com você a não ser que você já esteja 105% de acordo. - Assinto sorrindo com o jeito como ele falava comigo. Justin solta meu cabelo e acaricia o mesmo, logo assopra meu pescoço e me acaricia na barriga. - Sério.

- Relaxa, Justin. Não foi nada demais.

- Eu sei, mas eu não tive a intenção de te machucar, sei lá. - Viro o rosto para ele e nos beijamos.

- Esquece isso. Tivemos uma noite ótima. - Ele concorda com um mero sorriso no rosto e volto a ficar de costas. Justin continua me acariciando e encosta seu rosto no meu.

- Ok. Boa noite, babe.

- Boa noite. - Falo baixinho. Fecho os olhos e acaricio seu braço conforme ele fica grudado comigo.


                                                                                    23 de novembro de 2018


Após estabilizarmos novamente nosso relacionamento, Justin decidiu dar a ideia de que seria legal se eu passasse meu aniversário em Stratford, com a família dele, pela primeira vez, devo dizer. Gostei da ideia, até porque não tinha planos especiais para os meus 23 anos. Passamos quarta, quinta e sexta-feira na casa do Jeremy com nossos filhos, os irmãos dele e sua nova madrasta, Chelsey, com uma filha pequena.

Tive uma festa simples, apenas com os familiares dele, felicitações de toda empresa. Trabalhamos durante a semana diretamente da sede de Ontário. Justin ficou feliz pois Gregório não está mais por perto, já que hoje em dia mora em Dublin, assim como vários outros funcionários. 

Um dia após o meu aniversário, o pai dele deu a péssima ideia de passar um tempo com as crianças - enquanto eles basicamente perderiam aula. Se eu aprovei? Sim. Logo no início eu fiquei com receio, mas então percebi que eles precisam de um tempo com a família paterna, que, no caso, é enorme. Já Justin... ele odiou.

- Eu não concordo com isso e não adianta você reclamar. Eu não acho certo. Eles são crianças, Mellanie. - Qual a lógica dele reclamar?

- E qual o problema?

- VOCÊ SEMPRE ACHA QUE ESTÁ CERTA SÓ PORQUE É A MÃE. Isso é idiotice. - Ele estava bem irritado, à toa.

- Idiotice da sua parte - Aponto para ele - que briga comigo por conta de um passeio de duas crianças.

- Eu não vou voltar para a Rússia com você e deixá-los aqui para voltarem sozinhos depois.

- Você está agindo feito criança. Se eu deixei, é porque não tem problema algum.

- Você é irresponsável. - Ele resmunga. Eu? Há. - Quer saber. Tchau. Eu vou voltar para casa e você fica aí com eles.

- Então é assim que você lida com isso? Discorda e simplesmente vai embora? - Cruzo os braços. - Para de ser ridículo.

- Eu estou sendo sensato. Você está sendo idiota.

- Idiota é você- Eu o empurro com as mãos em seu peitoral. - Caramba. - Saio de perto dele e bato a porta do quarto de sua avó - Eu detesto isso. - Ele sai atrás de mim e dou a volta pela casa atrás do avô dele. Não o encontro.

- Mellanie. Para. - Ele anda atrás de mim e bufo irritada. - Eu estou irritado, você também.

- Eu também? Nós decidimos deixá-los com o seu pai por alguns dias e agora você diz que não tem nada a ver? Que eu sou idiota e irresponsável? Eu tenho DOIS filhos de quatro anos. É óbvio que eu sei o que eu devo ou não fazer com relação a eles. - Falo brava olhando-o nos olhos. - Você não sabe o que está dizendo. Sempre que nós voltamos para o Canadá você faz essas coisas e não consegue lidar com a situação com maturidade. Caramba, Justin. Isso me irrita. Nós estávamos bem até meu aniversário... Por que tudo isso agora? Que bosta. - Reclamo e ele me olhava sério, inquieto. - Eu odeio quando você faz isso. Eu detesto essa sensação. Eu nem sei porque nós estamos brigando. Você me deixa irritada, eu te deixo irritado. Às vezes parece que você preferia estar morando sozinho em Dublin. - Ele arregala os olhos.

- Que besteira.

- Não é besteira. - Dou as costas e saio da casa andando devagar, sem pressa. Nada mais indicado do que fazer uma caminhada para esfriar a cabeça enquanto Jeremy não liga para me dar notícias dos dois. Decidimos passar os dois últimos dias na casa de seus avós, que amam a presença de Justin. Está muito frio hoje. Viro a esquina e continuo andando devagar, encolhida no meu sobretudo. Tiro o gorro para arrumar meu cabelo e meu nariz estava congelado.

- Você deveria parar de andar nesse frio. - Ouço a voz dele. Eu estava chateada pela nossa discussão. Não queria falar com ele agora. Odeio quando brigamos na minha TPM e eu acabo chorando à toa. Bufo enquanto ele me acompanha e para ao meu lado. - Mellanie.

- O que foi agora? - Olho para ele de relance.

- As crianças vão ficar no meu pai, está frio pra caramba, minha avó está fazendo chocolate quente... Vamos voltar, deitamos na cama para assistir um filme e dormir. Vai? - Gosto da proposta que ele me lança. Permaneço séria. Como um homem pode ser TÃO bipolar? 

- O que eu ganho em troca? - Paro de andar e ele para em minha frente. - Ou nada?

- Você não ganha nada em troca, além de fazermos as pazes.

- Para brigarmos de novo amanhã cedo? Você me chamar de idiota, eu dizer que você é ridículo... Não dá pra lidar com isso. - Ele acaricia meu rosto com os dedos quentes. Como ele pode estar com a mão quente nesse frio? Na rua? Impossível.

- Casamento é assim mesmo... Você só esqueceu que nós não brigávamos há meses, sei lá. - Bufo ao fechar os olhos e continuo andando.

- Eu ainda estou meio irritada. - Digo um tanto incomodada com a situação e começo a voltar o caminho.

- Chega disso... - Ele me abraça por trás. - Meu amor... - Suspiro conforme ele me abraça forte e eu congelava ainda mais.

- Eu só vou voltar porque estou morrendo de frio. - Ele sorri ao perceber que eu estava de acordo e voltamos juntos para a casa da avó dele. Justin vai para o quarto primeiro e eu vou depois. Eu tiro a touca e logo o cachecol. Entro debaixo da coberta e Justin me abraça com força.

- Eu te amo muito. - Ele sussurra e me abraça novamente. - Não fique brava comigo. Você também errou.

- Que saco.

- Você errou, eu te deixei irritada... Acontece. - ele beija meu cabelo. - Está tão frio. - Fecho os olhos conforme ele amolece meu coração.

- Não vamos mais discutir... - Respondo baixinho. - Antes que eu me irrite novamente.

- Relaxa.

- Eu estou. - Digo a ele e acaricio seu rosto. - Eu fiquei irritada.

- Eu sei. Eu também fiquei um pouco.

- Sei lá, fazia tempo que não brigávamos, sabe? Eu não gosto disso. - Eu falava trêmula de frio. Justin me abraça ainda mais forte de lado e puxa o cobertor até meu pescoço.

- Não foi uma briga. Foi uma discussão. Pense assim. - Assinto e beijo seu pescoço.

- Ok. Mas nós precisamos realmente resolver isso.

- Mais tarde falamos sobre isso.

- Eu estou com muito frio. Foi por isso que eu voltei... - Ele revira os olhos e alguém bate na porta.

- Vó!!! - Justin diz empolgado e Diane entra com duas xícaras nas mãos. Eu logo fico sentada na cama e ergo os joelhos.

- Eu trouxe chocolate quente para vocês. Está muito frio hoje. - Ela diz toda fofa.

- Sim! Demais. Muito obrigada. - Falo.

- Obrigado, Vó. - Ele dá um beijo na mão dela, que logo sai do quarto e fecha a porta. - Ela é demais.

- Demais. - Assinto e tomo um gole. Estava bem quente. - Aí, minha língua.

- Cuidado.

- Está muito quente.

- É. Eu também quase queimei a minha boca. - Ri. Pego meu celular e mando uma mensagem para o pai de Justin.

"Como eles estão?" - Mellanie.

"Brincando na neve. Relaxe" - Jeremy.

"Tá... Uma foto?" - Mellanie.
 

- Você é mega-protetora. - Ele diz analisando as mensagens.

- Falou o pai que brigou comigo porque as crianças não podem ficar com o Jeremy por mais uma semana sem nós. - Ele resmunga.

- Sem graça. - Ele cantarola. Meu celular apita. Jeremy me mandou uma fotos dos dois cheios de jaquetas, botas e touca. Estavam na frente da casa dele, no meio da neve, sentados no chão. Tomara que não fiquem resfriados.

- Que gracinha!! - Falo para ele. - Tomara que eles não fiquem muito tempo sentados lá.

- Mellanie, não esquenta. - Suspiro. - Apesar que... Você está precisando. Está muito frio. - Ele ri. Reviro os olhos para mim mesma e volto a tomar meu chocolate quente. Encosto nele até que Justin liga a televisão e coloca num jogo de futebol americano. Até que eu acho legal, mas não entendo muito. Deixo a xícara de lado e tiro meu sobretudo. Caramba. Que frio.

- Eu estou com muito frio. Será que tem mais cobertor aqui?

- O sobretudo não ajudou?

- Não... Está gelado. - Falo trêmula e volto a deitar. - Você não está com muito frio?

- Eu estou com muito frio, mas dá pra sobreviver.

- Eu já estou morrendo. - Falo baixinho e ele me dá vários selinhos. - Pega um cobertor... - Mordo seu lábio e eu o abraço. - por favor, babe. - Ele ri.

- Babe?

- Só você pode me chamar assim?

- Óbvio que sim. Você pode me chamar de Jay, amor, querido, meu amor e Justin.

- Você é meu marido e eu te chamo como achar melhor. Clóvis. - Ele ri e me dá mais um selinho.

- Como você é boba.

- Foi você que começou. - Dou os ombros e ele levanta. Justin vasculha o guarda-roupa e traz dois edredons mais grossos para a cama. Pego o bege e ele o branco. - Agora melhorou.

- Eu não gosto quando estamos em época tão fria como essa aqui. Além de incomodar é ruim para namorar.

- É ruim da sua parte, não da minha. - Nego com a cabeça e ele abre a boca inconformado.

- Nossa, Mellanie. Você está me chamando de impotente? - Assinto.

- Vai se doer agora? - Falo ao olhá-lo e ele não responde. - Ou vai dizer que é mentira?

- Eu não sou impotente. Portanto, é mentira. - Assinto. - Pronto.

- Huh, gostei da sua segurança. - Cutuco sua barriga. Ele sorri. - Só para você saber... - Acaricio seu rosto e ele me olha de imediato. - Eu gosto de você, de verdade. Se você fosse um pouquinho impotente eu não me importaria. - Ele desvia o olhar querendo rir e me faz gargalhar pela situação. Sei que ele detesta entrar em qualquer assunto relacionado a esse.
 

 

SPOILER

- Eu pensei que você estivesse ok.

- Eu estou irritado. 

- Não fica. 

- Me deixa, vai. Sério. Boa noite. - Ele vira de lado e bufa. Acaricio seu cabelo. - Para com isso.

- Vai dizer que você não gosta?

- Eu gosto, mas não quero. Obrigado. - Ele diz grosseiro e eu continuo acariciando seu cabelo. 

 


Notas Finais


To louca sim ou claro????
Segundo capítulo no mesmo dia porque o primeiro estava muito calmo, então achei que ficou meio cansativo.
Não sei se vocês lembram, mas logo no começo de BTS eu expliquei que a família de Justin é meio trocada. Como ele não tem mãe, os parentes reais dele eu coloquei misturado na família do Jeremy - porque fica mais fácil.
Obrigada por todas que estão me acompanhando!
Beijos suas lindas.


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