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História Behind The Secrets - Fourth Season - What the hell!!


Escrita por: featollg

Capítulo 17 - What the hell!!


- Isso é verdade... Mas eu gosto. - Digo ainda cansada e ele me beija com desejo, logo morde minha bochecha e chupa meu pescoço com força. - AIIII. - reclamo de dor.

- Foi mal. Eu me empolguei. - Ele diz baixinho.

- Doeu. - Resmungo. - Está tudo sendo tão bom. - Sussurro e ele me enche de beijos no pescoço. - Obrigada por ser assim. Eu gosto tanto de você, tanto da sua companhia. - Sussurro em seu ouvido e ele me dá um lento beijo.

- Amanhã vamos acordar num horário ótimo. - Ele diz ao dar um beijo em minha testa. - Agradeça ao seu chefe.

- Obrigada, chefe. - dou dois selinhos nele. - Você está de bom humor para os seus funcionários. - Ele me abraça de volta. - Agora eu não estou com sono. - Digo ao sentar na cama e puxo o edredom para cobrir os seios. Justin senta quase atrás de mim e beija meu ombro, logo joga meu cabelo para o outro lado e massageia minhas costas rapidamente.

- Eu também não. Só estou cansado. 

- Eu gosto tanto de te olhar, te beijar. - Falo ao dar um beijo na bochecha dele. 

- Você não costuma me elogiar do nada. Sou eu que te faço elogios.

- Isso é mentira. Você sempre exagera quando fala de mim. - Justin rapidamente nega com a cabeça.

- Não é! Seus olhos são lindos, o formato do seu rosto, suas pernas são bonitas, sua boca é sexy pra caramba... - Ele toca minhas coxas de leve, então sorrio em resposta e prefiro não contrariar seu pensamento.

- Sobre amanhã... Preciso esperar a Anna e resolver umas coisas em casa. Vamos almoçar aqui, né?

- Sim. Se você quiser, porque eu adoro a comida da Anna.

- Eu também! - Ele senta na cama e passa a acariciar minhas pernas. - Eu não estou com um pingo de sono...

- Eu estou um pouco, mas está tão confortável.

- É estranho que estamos nos dando tão bem especialmente hoje. - Ele comenta e eu acabo deitada no meu lado da cama. - Ou talvez... Sei lá.

- Eu queria que as crianças estivessem em casa. Eu fico preocupada.

- Eu também fico... Mas eu confio no meu pai e sei que você também.

- Eu acho que estávamos precisando de um final de semana assim, só nós dois como casados. Nunca tivemos isso, sabe? Às vezes eu penso. É complicado. Porque eu vivo com a cabeça cheia e você também, às vezes acabamos nos estressando por motivos de fora e isso afeta as crianças. - Ele rapdiamente concorda e encosta a cabeça no travesseiro.

- Com certeza... Ultimamente eu tenho tentado relaxar, mas eu estava bem estressado.

- É normal. Ainda mais porque você é um dos sócios e resolve os problemas. Eu fico irritada com o trabalho, mas me distraio na faculdade. Mas a minha vida tem como prioridade: Vallery e Brandon - conto nos dedos -, você, minha família. Não exatamente nessa ordem.

- Aham... Mas eu entendo. Você se forma daqui três anos. Até lá estaremos mais ok com os nossos horários, tanto é que você já está trabalhando pouco.

- Às vezes eu fico até mais tarde. Quando eu não estou na faculdade eu fico até o horário de buscar as crianças.

- Sabe o que eu estava pensando... Nós temos uma área enorme da cozinha lá, tem aqueles quadros e tudo mais... O que você acha se eu pegar o menor cômodo e deixar para as crianças?

- Você acha válido? Porque as filhas de Bryan são maiores do que Vallery e Brandon.

- Mas às vezes precisamos disso, justamente porque eu sou sócio. Na verdade, eu sou o sócio com a maior parte. Bryan com certeza apoiaria.

- Qual a porcentagem? - Falo ao puxar o cobertor até o pescoço enquanto olho para ele. A vela apaga. Justin liga a televisão e deixa num volume baixo.

- Eu sou 40% sócio. Bryan é 30% e Nolan também.

- Mas por que você é mais?

- Por conta do Jack... Quando ele saiu do cargo de sócio ele vendeu 35% pra mim - porque antes era tudo dele e de mais um cara que eu não conhecia direito. Bryan é sócio há tipo 10 anos... Enfim.

- Isso eu sabia mais ou menos, mas eu não entendia da porcentagem.

- Uhum. Mas é isso.

- E qual o seu cargo oficial?

- Vice-presidente tanto comercial quanto administrativo.

- Verdade... Bryan é o Presidente.

- Sim. Mas é só uma questão de nome. Levo numa boa.

- Que bom... - Ele muda os canais e procuro pelo meu celular. - Que horas são?

- Meia-noite e vinte.

- Nossa, sério?

- Sim. Passou rápido, não? - Assinto. - Eu queria meu celular...você viu aí?

- Esquece seu celular. Estamos numa boa.

- Ah... - Falo tranquila. - Seria legal. - Ele ri e nega com a cabeça.

- Relaxe. - Assinto em concordância. - Você já vai dormir?

- Acho que sim. - Digo ao bocejar e ele logo faz o mesmo. - Boa noite, Jay. Obrigada por esse fim de semana, por esses presentes, pela companhia... - Falo conforme mexo em seu cabelo e ele me olha de volta. - Eu amo nós dois. - Dou vários beijos em seu rosto. Ele dá um beijo em minha mão e suspira.

- Obrigado por esse fim de semana, Mel.

...

Acordo cheia de beijos pelas costas e no pescoço.

- São 9h30. Bom dia. - Ele me dá beijos nas costas e logo viro de frente. Coço os olhos e ele me observa tão próximo, o cabelo molhado, só de cueca. - Minha videoconferência começa às 10h.

- Bom dia. - Digo sorridente. - Anna deve estar chegando... Você já tomou café da manhã? - Sento na cama e olho ao redor. Que noite foi essa?

- Ela já chegou. Fiz uma vitamina rápida e corri pelo condomínio.

- Acordou que horas?

- Faz uma hora. - Ele dá os ombros. - Quer algo agora?

- Não, amor. Eu vou tomar um banho e aí tomo café da manhã com ela na cozinha. - levanto e vou ao banheiro. Faço minhas higienes e prendo o cabelo num coque. Abro a porta a Justin estava mexendo no celular, sentado na cama. - Eu estava aqui pensando e ontem foi a nossa noite mais relaxante de todas... - Ele olha todo o meu corpo e levanta.

- Foi mesmo. - Ele se aproxima e me pega pelas costas.

- Foi o melhor dia de amor que já tivemos.

- Porque de sexo foi no meu aniversário... Também quando fomos para a ilha, quando ainda éramos namorados. Nossa. - Rio e ele me dá um selinho.

- É... Muitos momentos. - Ele concorda. - Você já ligou para o seu pai?

- Pra quê?

- Saber sobre as crianças. - Cruzo os braços e meus seios sobem.

- Eu liguei logo quando acordei. Eles estão bem, lá já parou de nevar, mas eles ainda estão brincando com os bonecos de neve que estão derretendo... Pelo menos até ontem à noite, estavam.

- Tem foto?

- Não. Ele disse que devemos nos desligar um pouco, por mais difícil que seja.

- Mas eu quero vê-los.

- Mellanie, relaxa. Eles vão voltar na semana do Natal... Tudo ok.

- E como vamos fazer?

- Vamos passar o Natal em casa, você não falou com a sua mãe?

- Ainda não... Você vai chamar seu pai?

- Sim.

- E o Ano Novo?

- Vamos para algum lugar distante, sei lá.

- Podemos ir para um resort... Com certeza terá gincana para as crianças.

- Tipo só nos quatro? - Ele pergunta conforme olha meus seios.

- Ah, sim. A não ser que você queira seu pai com a Chelsey, aí eu chamo minha mãe e o Paul... Mas tem o meu pai.

- Eu prefiro nos quatro, mas se quiser...

- Huh. Tá. Já entendi. - ele ri e me dá vários selinhos. - Eu vou tomar banho.

- Ok. - Dou um beijo nele, que me solta.

- Você não começa... Nua desse jeito não rola comigo. - Ele me faz rir. - Vai para o banho. - Dou mais um selinho nele e Justin me agarra. Entramos no banheiro e dou alguns passos para trás.

- Ok. - Mordo seu lábio e solto. - Tchau. - Pisco para ele e viro de costas. Entro no box e ligo o chuveiro. Justin sai do banheiro e tomo meu banho. Saio enrolada na toalha branca e abro a porta para ventilar o cômodo. Estava sozinha no quarto. Passo meu desodorante, hidratante corporal e penteio o cabelo todo molhado. Bato o secador para tirar o excesso e visto um conjunto simples de lingerie. Logo um shorts jeans e uma blusa de manga comprida. Aqui nunca faz calor. Saí no corredor mexendo no celular e desço até a copa. Televisão da sala ligada e Anna na cozinha.

- Bom dia!!! - Dou um forte abraço nela. - Como passou de descanso?

- Foi bom... Visitei algumas cidades vizinhas da minha família. Minha filha quis passear. - Sento na cadeira e começo a comer os ovos mexidos.

- Uhum, que legal! O que mais? Nossa, esses ovos estão bons.

- Justin que fez para você. - Ela dá os ombros. - Disse que você está merecendo.

- Tivemos um bom final de semana. - Digo. - Cadê ele?

- Já está na reunião ali no escritório... Disse que vai demorar.

- Huh. É. Vamos entrar para trabalhar depois do almoço.

- Todos os funcionários?

- Sim. Meu chefe está de bom humor. - Ela ri.

- E as crianças? Sentindo muita falta?

- O tempo todo! Está sendo bem difícil... Jeremy disse que eu e Justin precisamos de pelo menos uma semana como casal de namorados. Mesmo assim, poxa, eu os amo mais que tudo.

- Eu imagino, mas é verdade. Vocês dois precisam de um tempo sozinhos.

- É. Mas vamos trabalhar a semana toda.

- Mesmo assim, você vai ver a diferença. Logo eles estarão de volta.

- Pois é. Mas e você... Tudo bem?

- Sim, graças a Deus. O que você precisa para hoje? Justin já disse que quer minha comida. - Anna diz orgulhosa. 

- O que ele pediu?

- Arroz com nhoque.

- Nossa. Huh, precisamos fazer compras. Eu vou sair um pouco com os cachorros agora. Ainda preciso me organizar no trabalho.

- Você já tem uma lista?

- Mais ou menos. - Passo alguns itens para ela. - Você vai agora?

- Sim. - Ela diz. - Aí o Justin aproveita o tempo sozinho na reunião, o silêncio.

- É. - Concordo e tomo alguns goles do meu suco de laranja. - Eu vou sair agora então.  Conforme voltamos, recebo uma ligação da Jade.

 

- Seu marido está bem?

- Oi? Sim. Do que você está falando?

- Por que todos vão entrar depois do almoço? O que houve?

- Loucura, eu acho... Eles estão numa videoconferência eterna no escritório.

- Huh, entendi. Melhor ideia.

- Sabe que eu também achei? Pronta para as papeladas?

- Zero pronta. - Rimos. - Como você está?

- Bem... A viagem foi ótima, mas meus filhos ficaram.

- Oh, verdade. Logo eles voltam.

- E você? 

- Tudo bem. Eu e o Phill brigamos um pouco depois da balada, mas acontece.

- Está tudo bem agora?

- Daquele jeito. Preciso desligar, já estou me organizando aqui.

- Ok. Beijos.
 

 Anna estava guardando as coisas na geladeira.

 - Justin ainda está no escritório?

- Sim. - Logo vou até lá e abro a porta devagar. Justin estava com a camisa social azul claro e o cabelo todo arrumado, porém, de cueca. Vejo de lado.

- É justamente por isso que a organização de funções é indispensável. Eu andei analisando muito as últimas relações e está crescendo demais. - Nolan diz. Justin me olha de relance e logo sento na cadeira confortável, de frente para a dele. Tiro o celular do bolso.

- Isso não é bom para o mundo, mas sim para nós. - Justin diz. - Mas estamos conversados?

- Com certeza. - Todos concordam. - Eu acho válido passar a informação para a direção daqui de São Francisco.

- É indispensável. - Justin completa. - Preciso desligar. Aos responsáveis pelos setores da sede de Moscou, nos vemos após às 13h.

- Queria eu estar em Moscou com esse chefe lindo. - Nolan diz e Justin ri. - Vida fácil.

- Não se pode ter tudo nessa vida. - Justin manda um beijo para ele, que ri. - Até mais. - Justin desliga e abre a camisa social.

- Como foi?

- Boa. Conseguimos definir várias funções de sistema e com relação aos procurados, novos aparelhos e câmeras para conseguir encontrá-los ainda mais rápido. O mundo está ficando perigoso. - Ele deita a tela do notebook e desliga a outra. - Onde você foi?

- Passear com os três.

- Huh. Anna?

- Está fazendo almoço.

- Nossa... Já são 11h22. - Ele diz ao olhar no relógio do pulso. - Que horas vamos sair?

- 12h30. - Levanto. - Inclusive, eu já vou me organizar.

- Para que? Espera chegarmos lá.

- Porque eu tenho muito a fazer.

- Eu também. - Ele dá os ombros e levanta. Vem até mim e me puxa pela mão. - Tomou café da manhã?

- Sim, amor. Obrigada. - Trocamos um selinho e apago a luz do escritório. Anna estava na cozinha e Justin foi até ela.

- Huh, você está fazendo o que eu pedi???

- Sim, Justin! - ela responde feito mãe.

- Você é a melhor mãe de coração do mundo. Estou empolgado para o almoço. - Ele diz todo contente e me emociono. Eu vejo o quanto ele sente falta da mãe desde sempre. Justin gruda na Anna, que ri. - Você vai passar o Natal com a gente?

- Eu vou para São Petersburgo com a minha filha.


                                              04 de dezembro de 2018

Posso dizer que passamos a primeira semana trabalhando sem parar. Eu e Justin saímos para jantar na quarta e quinta-feira. Fomos ao cinema na sexta à noite. Na verdade, saímos da empresa lá pelas 19h30 e fomos direto para o shopping. Assistimos um filme de ação. Confesso que nossa semana foi louca. Tentei distrair a cabeça, mas acabei chorando um pouco por sentir saudade das crianças conforme Jeremy me mandava vídeos. Nunca pensei que seria tão difícil ficar longe dos meus filhos por duas semanas. Só mais 7 dias e eles estarão de volta.

Tivemos um final de semana bem louco. Na verdade, mal ficamos na cama. Aproveitamos para ir ao parque, entramos no mar, levamos os cachorros no veterinário para uma consulta de rotina, Justin insistiu para que eu fosse com ele a um museu que não visitamos há anos... Foi um sábado louco. Terminamos a noite num bar com os meus amigos da faculdade. Pela primeira vez, Justin estava junto e até que se deu bem com eles. Estranhei um pouco, confesso. Voltamos para casa por volta das 2h da manhã e Justin dormiu primeiro.

Nosso domingo começou bem. Aproveitamos para tomar café da manhã no Starbucks e fomos ao shopping. Aproveitei para comprar os presentes de Natal das crianças, logo algo para Justin e então compramos lasanha de microondas. Nosso prato feito preferido. Ele pediu para que passássemos na igreja, ainda durante a manhã, e logo fomos. Almoçamos juntos e então ficamos um pouco no quintal de casa, sentados na cadeira de descanso. Conversamos por um tempo e fiquei mexendo no celular. 

- Eu me senti meio perdido no shopping sem o Brandon me pedindo sorvete e a Vallery querendo assistir filme.

- Pois é! Não vejo a hora deles voltarem. Você já viu com o seu pai?

- Já... Ele não vai passar o Natal com a gente. Vai viajar com a noiva e meus irmãos.

- Huh... E como eles vão voltar?

- Minha avó vai acompanhá-los.

- Sozinha?

- Meu avô tem campeonato de hóquei, então ela vem sozinha. Eles chegam no sábado e ela vai embora segunda de manhã.

- Entendi... Tá ok então.

- Sua mãe vem para o Natal?

- Ela, Paul, minha tia e Alice... Com o noivo, eu acho. Eu ainda não defini, mas convidei.

- Entendi... Eu queria que pelo menos alguém viesse, mas eles vão todos viajar. 

- Até seus avós?

- Sei lá... Podemos ver com ela quando vier para cá.

- Porque assim, minha mãe e o Paul poderão ficar no quarto dos hóspedes. Minha tia no quarto das crianças e Alice com o noivo na sala de jogos. 

- Você já está pensando nisso tudo? 

- Ah? Sim. - Dou os ombros e olho para ele. - Como foi essa semana para você?

- Um pouco cansativa no trabalho, mas ótima em casa. É estranho que eu saia do trabalho e não tinha para onde ir... Eu sempre saia para buscá-los e ficava a noite toda com eles.

- Você está preferindo assim? - Pergunto conforme presto atenção na expressão de surpresa dele.

- Por que você está fazendo essa pergunta? - Ele senta de frente para mim. - Você acha isso?

- Não. Eu estou morrendo de saudade deles.

- E por que seria diferente comigo? - Ele cruza os braços. - Eu me importo com eles tanto quanto você. 

- Foi só uma pergunta. - Justin dá os ombros indiferente.

Dou um beijo nos fios curtos e vou para a cozinha. Tomo um copo d'água e pego algumas gomas de mascar. Jogo algumas na mão esquerda e volto para o quintal. Justin ainda estava sentado, mas falava ao celular. Ofereço a ele, que assente e coloco duas em sua boca. Justin morde meus dedos e como mais alguns. Dou outros na boca dele e percebo que falava com Phill. Desde quando eles são amigos? Eu pensei que só conversaram quando saímos no final de semana passado. Estranho a situação e dou um selinho nele, logo sento em seu colo com as pernas divididas, na cadeira mesmo, e ele continua segurando o celular. Mordo seu lábio.

- Entendo... Sei lá, cara. Isso acontece muito. Na verdade, principalmente nos fins de semana. - Assinto ao dar vários beijos em seu pescoço e ele fica arrepiado. Murmura sem querer. - Não. É. Eu sei. Por isso que eu acho que seria legal você fazer algo para ela. Com certeza melhoraria o dia de vocês, sério. Eu sempre faço isso com a Mellanie, mas é porque eu gosto muito... E também porque depois disso vem a recompensa. - Ele nega com a cabeça ao me olha e sussurra: "Você sabe que não". Nem ligo. Continuo beijando seu pescoço e faço carinho em seu cabelo. - Tá. Mas relaxa, só não seja escroto. Qualquer coisa estamos aí, cara. Até mais. - Ele desliga e me olha. 

- Eu não sabia que vocês eram amigos.

- Conversamos às vezes. - Ele dá os ombros e puxa minhas coxas para mais perto. - Ele quer ajuda com a Jade.

- Ela comentou comigo que eles andam discutindo bastante desde semana passada. 

- Uhum.

- O que você indicou?

- Eu disse que seria legal se ele fizesse uma surpresa como uma declaração ou desse algo de presente a ela, mas tem que ser sincero. 

- Ele não é tão romântico.

- Sei lá. Eu tirei base do que eu sou.

- Você é muito amoroso. - Digo ao tocar seu peitoral e dou um beijo em sua bochecha.

- Ainda bem que você sabe. - Ele diz convencido e eu o abraço. Trocamos alguns selinhos e ele aperta minha costela. - Qual a programação para hoje? - Ele pergunta.

- Vamos para o quarto de jogos... Quero assistir algum filme ou série.

- Pode ser. - Ele concorda e me dá mais um beijo rápido. Desabotoo minha calça jeans e subimos as escadas. Pego um edredom e deixo o celular no sofá-cama. Justin senta próximo a mim e me observa atravessar o cômodo até as cortinas. Fecho-as e logo vou até ele. Justin fita minha calcinha e eu logo entro debaixo da coberta. Apesar de estar com um moletom, continuo com frio. Hoje realmente está complicado. Eu grudo nele ao ficar arrepiada de frio. 

- Que frio!!! - Falo ao grudar nele e Justin coloca o 10º episódio da nova temporada de How To Get Away With Murder. Eu até gosto, mas ele adora. 

- É porque você tirou a calça agora. Logo passa. - Ficamos abraçados por alguns minutos conforme ele assiste o episódio e fico com sono. Eu me acomodo ao lado dele e deixo meu celular no silencioso. Fecho os olhos conforme ouço o que acontece no episódio e Justin acaricia meu cabelo sem parar. Pego no sono. 

Abro os olhos e estava um silêncio só. Olho para Justin, que dormia deitado comigo, me abraçando de volta no sofá-cama. Que aconchegante. Eu me ajeito nele e dou um beijo em seu ombro direito. Ele murmura. 

- Que horas são? - Ele pergunta. Pego o celular.

- Nossa... 17h03. - Dormi por três horas? Pensei. - Tive um sono bom.

- Foi? Eu também... 

- Você dormiu logo depois de mim?

- Eu demorei um pouco, mas descansei bastante. - Ele acaricia minhas costas. - Sento no sofá e coço os olhos.

- Preciso fazer xixi. - Levanto e vou ao banheiro. Quando volto, ele estava com o cabelo todo bagunçado assistindo tevê. - Assistindo o quê?

- Um documentário aleatório. - Ele diz sonolento. - Estou com muita preguiça, mas numa fome...

- Aí, eu também estou. Você poderia fazer algo para comermos. - Falo com a voz fina, toda fofa. 

- Ah, Mel... Faz lá. Você cozinha bem. Vai lá. - Ele diz sorridente e eu faço bico ao sentar de frente para ele. 

- Não tem nada para fazermos agora.

- Então pegue uns biscoitos, sei lá.

- Eu queria que você fizesse aquela vitamina bem gostosa com banana e framboesa. - Faço carinho no rosto dele. - Tem várias congeladas. Huh. Eu queria tanto. - Ele ri.

- Você hein? - Ele cruza os braços e faço bico. 

- Por favor!!! É tão boa. - Eu me aproximo e ele desvia o olhar. Dou um beijo estalado em sua bochecha e logo tento deixar marcado. Ele se afasta e levanta.

- Ok, Mellanie, ok. - Comemoro e ele sai do cômodo. Justin deixa a porta encostada e eu aproveito para mexer no celular. O dele toca, era um número desconhecido. Atendo.

 

- Alô? - afino. 

- Esse é o celular do Justin?

- Não, quem gostaria?

- Oh, desculpe. Foi um engano.

- Tudo bem. Será que eu posso te ajudar?

- Eu tinha certeza que era o número dele. 

- Não é. - Desligo e respiro fundo.

 

Bloqueio a tela e o mesmo número desconhecido liga.

Voz feminina. Eu conheço essa voz. Não dá 3 segundos e o mesmo número desconhecido liga pela terceira vez.

 

- Justin! Preciso falar com você. - Ela diz em voz alta.

Desligo.
 

Por que essa garota quer falar com ele? Fico pensando em algumas possibilidades enquanto olho para o nada e Justin abre a porta com dois copos cheios de vitamina. Ele entrega um na minha mão e senta ao meu lado. 

- Está uma delícia. - Falo séria e tomo alguns goles. - Você recebeu duas ligações. 

- Você atendeu? Quem era? - Ele diz tranquilo. 

- Sim. O que a Grace queria com você? - Ele engole seco.

- Como assim?

- Ela ligou primeiro dizendo que tinha certeza que esse número era seu. Eu disse que não. Ela retornou e falou "Justin, eu preciso muito falar com você". - Olho séria para ele.

- Que louca. 

- Mas por que ela quer falar com você?

- Eu sei lá. Ela não trabalha JKC há muito tempo. Eu nem lembrava que ela existia.

- Não exagere.

- É sério. - Ele me olha. - Eu não sei o que ela quer. 

- À toa ela não te ligou. - Termino minha vitamina e saio do cômodo. Levo o copo até a cozinha e fico lá um pouco. 

- Você ficou brava? - Ele desce as escadas falando distante. Abro a dispensa e pego alguns biscoitos com gotas de chocolate.

- Não.

- Então você ficou o quê?

- Incomodada. - Digo a ele. - O que essa idiota quer com você? - Cruzo os braços.

- Eu não sei, Mellanie. Nunca mais falei com ela. 

- Independente do que ela queira, cuidado. Eu não suporto você falando com mulheres que nos atrapalharam por muito tempo.

- Se você for rotular desse jeito eu também detesto quando você fala com o Steve, o Gregório e o Daniel. - Ele diz bravo. Eu nem falo mais com o Daniel, pensei. 

- Você realmente quer continuar com isso?

- Foi você que começou. 

- Eu só passei o recado. Na verdade, eu nem deveria ter falado nada. - Bufo e saio da cozinha pensando no que ela quer com ele. Ouço seu celular tocar e vejo que ele atende.

- Uhum. Oi. É sim. - Olho para ele séria, que faz um sinal para que eu relaxe. - Não dá. Grace, deixa de papo. Ok. Ok. Amanhã? Ok. - Ele desliga. 

- Agora você vai sair com ela, é isso? - Falo indignada e ele se aproxima. Eu sento no sofá e fecho os olhos para relaxar.

- Ela disse que está na cidade e precisa falar sério comigo. Ela vai passar na empresa amanhã à noite.

- Uau. Que divertido. 

- Mel. Para com isso... Essa história é antiga. 

- E você acha que eu esqueci alguma coisa dessa época?

- Eu esqueci. - Ele fala calmo.

- Esqueceu nada. - Falo brava. - Do mesmo jeito que eu lembro da época em que nos separamos e eu fiquei com o Gregório, você lembra da Grace.

- Quantas vezes eu vou ter que colocar na sua cabeça que eu estava bêbado e não é algo que eu me recordo? Porra. Não me estresse. 

- Eu estou te estressando? Sério isso? Por que você não marcou agora com ela então? Não está fazendo nada mesmo. Amanhã você trabalha. 

- Porque hoje é domingo e eu estou em casa com você. Para com esse ciúmes.

- Não é isso. É raiva. Você disse que ela nunca mais iria se meter na nossa vida. 

- E ela não vai! - Ele para em minha frente irritado e segura meus pulsos. - Entende isso, Mellanie. Você é minha esposa! Você é a mulher que eu escolhi e que eu amo. Ela não é nada. Absolutamente NADA além de uma lição para as nossas vidas. - Bufo ainda bem irritada e ele tenta me beijar. Hesito.

- Ok. Ok. - Escondo o rosto com as mãos e respiro fundo três vezes seguidas. Ele dá um forte beijo na minha testa.

- Para, vai.

- Não é, "para". Poxa, você sabe mais do que ninguém o quanto essa mulher já quase acabou com o nosso relacionamento. Por que você tem que encontrar com ela amanhã, à noite? Falasse por telefone. Não falasse. 

- Mellanie, eu sei, mas não tem nada demais.

- Como não tem nada demais, Justin? Você gostaria se eu me encontrasse com o Gregório sozinha amanhã à noite para uma conversa séria.

- Não comece esse jogo. Você sabe que não e isso já deu problema há alguns meses.

- EXATO. É passado. - Ele fica sem resposta. - Se ela quer falar com você, que mande uma mensagem, fale por telefone. Por que encontrá-la na empresa?

 

SPOILER - Capítulo 21

- Eu juro por Deus que se aquele cara tocar em você eu quebro os ossos dele. Eu mando ele embora na hora. - Bingo. Eu sabia que esse era o problema.

- Se você estivesse falando do Gregório, eu entenderia, mas o...

SPOILER - Capítulo 28

- Ela é tudo pra mim, pai. - JEREMY!
 


Notas Finais


Boa tarde!!!
FINALMENTE começou uma das partes que eu queria... To animadíssima pra vocês verem o que vai acontecer mais pra frente.
Obrigada pelas críticas, vou procurar mudar algumas partes de cada capítulo pra não ficar repetitivo, porque também percebi isso e estava esperando alguém me falar rs. Suas lindas.
Beijos.


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