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História Behind The Secrets - Fourth Season - Anybody feels the way I do


Escrita por: featollg

Capítulo 32 - Anybody feels the way I do


- Eu quero te beijar, quero ficar com você e ficar te olhando assim só me faz ter ainda mais vontade. - Justin olha minha regata e então fita meu corpo.

- E se você fumar vai passar? - cruzo os braços e ele nega com a cabeça.

- Não, mas eu fico um pouco mais calmo. - Ele para em minha frente e logo senta no sofá.

- Você vai ver como não precisa disso. - acaricio sua nuca e ele passa a mão direita em minha coxa esquerda. Ligo a televisão e coloco num canal de notícias. - Vamos assistir algo enquanto não chega para você se distrair. - Ele assente e percebo que continua inquieto. Ele estava me deixando com muita vontade. Muita mesmo. Respiro fundo tentando pensar em não piorar as coisas e continuo acariciando sua nuca.

- Para de fazer isso, por favor. - Paro de imediato e ele apertava minha coxa cada vez mais forte.

- AI. - reclamo e ele solta. - Calma...

- Eu.. Eu... Eu já volto. - ele levanta desesperado e entra no banheiro.

- Se você fumar agora eu vou ficar muito brava com você. - Ele volta alguns segundos depois e tinha passado água no rosto.

- Eu não fumei, caramba. - Ele fala ainda inquieto, tenso. Justin anda pelo flat todo e parece não saber o que fazer.

- Isso tudo é abstinência?

- Nem tanto... Eu não quero ficar ai com você. - Ele fala andando de um lado para outro e respira fundo. Eu levanto e vou até ele.

- Eu só estou esperando chegar o seu jantar e eu vou embora. Juro. Você só precisa comer. - Ele assente e eu me aproximo. - Você está muito inquieto. Venha sentar um pouco. Eu não quero que você fique assim. - Ele me dá vontade de chorar. Eu queria beijá-lo. Eu queria cuidar dele e dizer que foi uma burrada. Acaricio seu maxilar com o polegar e ele fecha os olhos.

- Eu amo você demais. - Ele sussurra e eu estava ofegante. Meu coração palpita e eu mal conseguia me conter. - Não faz isso comigo, por favor. Você está vendo como eu estou. - Ele sussurra e passa a mão direita por baixo do meu cabelo. Fecho meus olhos e nos aproximamos aos poucos. - Por favor. - Ele pede... que eu hesite? Toco meu nariz no seu e sinto sua respiração curta. Ameaço tocar nossos lábios e ele estava ainda mais ofegante. Inicio um beijo de língua e ele me pega pela cintura com força. Eu o abraço no pescoço e ele me encosta na parede. Trocamos beijos ininterruptos por muito tempo, sem parar. Acabo perdendo um pouco o fôlego e dou um selinho nele, que solta um suspiro carregado. Justin morde meus lábios e me beija mais uma vez. Meu estômago arde. Minha virilha contrai por si só. Justin aperta minha cintura e pressiona seu quadril no meu. Sequer abro os olhos. Eu não conseguia me afastar dele. Justin passeia com as mãos por minhas costelas conforme trocamos beijos quentes e então sobe em meu pescoço, segurando meu rosto com a mão esquerda. Estremeço. Mordo seu lábio repleta de calma. O interfone toca e ele toca sua testa na minha. Sem dizer nada, eu atendo e continuo presa a ele.

- Sim. Pode liberar. - Desligo e olho para ele, que estava com um mero sorriso no rosto.

- Chegou?

- Sim. - Falo assim que ele me dá espaço e pego minha bolsa. - Ele deve estar subindo. - Acaricio seu cabelo e ele me dá mais um selinho. - Não é só porque iremos nos separar que eu goste menos de você. - Ele assente. - Você sabe disso, não sabe?

- Pior que sim. - Acaricio seu rosto e ele me dá mais um selinho. Logo outro. - É por isso que eu não vou conseguir voltar a trabalhar com você.

- Mas nós nem trabalhamos no mesmo andar... Eu prefiro me separar de você e continuar te vendo.

- Por quê?

- Porque eu gosto de você perto dos nossos filhos... - A campainha toca e ele vai para o sofá. Eu atendo e faço o pagamento com o cartão. Coloco a embalagem na mesa e ele vem até mim. - Você promete que vai comer? - Ele assente e sorri de leve. - É bom te ver sorrir. - Acaricio seu cabelo. - Podemos nos resolver de vez nesse final de semana? Eu quero que você melhore.

- Tá. - Ele assente e começa a comer o Temaki. - Sente aí para comer comigo.

- Eu já vou... Não queria ter te atrapalhado tanto. Só eu quero que você se alimente e pare de fumar. - Ele assente.

- Mas eu não vou comer tudo isso sozinho. Senta aí. - Ele aponta para a cadeira e eu então sento em sua frente. Como uns três ou quatro sushis e meu celular apita. Respondo o pessoal da faculdade e aproveito para avisar minha mãe que estou com Justin. Ele come temaki e vários sushis. Toma o suco e divide comigo.

- Eu queria ver as crianças... Será que eles estão acordados?

- São 20h49, estão sim. - Assinto e levanto. Jogo as embalagens no lixo e ele fica de pé. - Você quer ir comigo? Depois eu te trago de volta.

- Pode ser. Sinto falta deles. - Ele diz e vai até o quarto. Justin volta um pouco depois com uma bermuda jeans, uma camisa vermelha e penteia o cabelo. - Está frio lá fora?

- Um pouco. - falo ao fechar as janelas e desligo a televisão. Ele pega a chave e sai primeiro. Saio atrás dele com a bolsa, Justin fecha a porta e vamos até o elevador. Desço no hall e ele passa reto por todos, ainda ao meu lado, e vamos até o meu carro. Ele entra no lugar do passageiro e coloco meu moletom em seu colo. Dirijo com calma e Justin fica apenas olhando a paisagem. Chegamos no condomínio e eu estaciono na garagem de casa. Aqui é sempre frio à noite por conta da maresia. Visto meu moletom e desço do carro. Justin vem ao meu lado e vamos até a porta. Entro primeiro e os três estavam sentados no sofá.

- Boa noite! - Falo empolgada e Justin aparece atrás de mim.

- PAPAI! - Os dois gritam e Anna sorri. Eles correm até Justin, que os abraça bem forte e Anna vem até nós.

- Que saudade de vocês. - Ele diz e os aperta. - Vocês estão bem? - Incrível como o comportamento dele mudou desde que nos beijamos.

- O que está acontecendo? - Anna sussurra.

- Nós conversamos bastante... Ele quis ver as crianças. - dou os ombros e coloco minha bolsa no sofá.

- Justin! Que bom ver você. - Ela o abraça bem forte. - Como está?

- Indo.

- Você esqueceu de tomar o remédio.

- Eu tomei quando fui me vestir. - Ele fala ao me olhar. Anna arregala os olhos e nego a cabeça como se não fosse o que ela estava pensando. - Vocês querem brincar? - Ele fala baixinho e sobe as escadas com os dois. Percebi que estava tentando se animar.

- Ele está tão pra baixo... - Falo ao apoiar com os braços na bancada e Anna vem até mim. - Ele desmaiou um pouco depois que eu cheguei.

- Jura? Mas o que houve?

- Ele está tomando antidepressivo e fumando horrores. Hoje mesmo ele passou super mal... Deve ser efeito colateral do remédio.

- Que perigo, Mel.

- Pois é... Depois ele te conta tudo. Se dermos sorte ele passa a noite aqui, porque sozinho lá ele só fuma e dorme.

- Que horror! - Ela diz ao colocar as mãos na boca. - Seria ótimo se ele dormisse aqui.

- Sim.. Mas eu não sei, ele está bem chateado pelo divórcio.

- Você não repensa a ideia?

- Totalmente, mas agora eu não sei se repenso por influência dele ou por mim mesma.

- É, aí você precisa pensar muito.

- Você sofreu quando se separou?

- Um pouco, mas o meu casamento era complicado. Vocês têm tudo, sempre tiveram uma sintonia incrível e tá na cara que amam um ao outro.

- Aí que saco. - Tomo um copo de água - Eles já jantaram?

- Sim, um pouco antes de vocês chegarem.

- Nos comemos lá também. Justin quase não está se alimentando.

- Igual você!

- Mas eu melhorei. - Contrario e ela ri. Deixo com que ele fique um tempo brincando com os dois e Anna decide deitar às 22h. Ela estava cansada. Falei que amanhã poderia começar às 8h e pouco. Tranquei toda a casa e fiquei um tempo sentada com Billy, Bob e Babi no quintal enquanto olhava para o mar tão escuro e pensava no Justin. Começou a ventar bastante e dei boa noite aos três com um beijo. Travo a porta de vidro e apago as luzes. Subo as escadas pisando fraco e vou até meu quarto. Tiro as sapatilhas e calço meu chinelo rosa. Tiro a legging e logo o moletom. Tomo um banho quente, visto uma camisola rosa claro e deixo meu celular carregando: são 22h37. Faço minhas higienes e passo um hidratante corporal para dormir. Vou até o quarto deles e Justin estava sentado no chão, entre as camas, acariciando o cabelo deles. Até esqueci que ele estava aqui. Mal o vi desde que chegou. 

- Dormiram? - Pergunto e ele assente. Dou um beijo na testa dos dois e sussurro um "eu amo vocês". Justin levanta e vem atrás de mim. - Eu acabei esquecendo que iria te levar. - Ele sai do quarto e paramos no corredor.

- Eu também esqueci que iria embora. - ele fala sério e percebo que não fumou desde antes da nossa conversa. Obrigada senhor!!! - Eu vou com o meu carro, aí já deixo lá...

- Por que você não dorme aqui? Nem que seja no quarto com eles.

- Não. - Ele fala fitando meu corpo. - Eu não acho uma boa ideia. Já estou com vontade de fumar... É melhor eu ir embora.

- Você passou mais de quarto horas sem fumar, por que agora? - Falo baixo e ele dá os ombros.

- Não vai dar certo eu ficar aqui com você.

- Você quer dormir comigo, é isso?

- Mellanie, eu estou tomando remédio e o certo seria eu me afastar de você.

- Mas como você se sente melhor? - Cruzo os braços e estávamos quase sussurrando.

- Eu me sinto melhor com você. - Ele dá os ombros.

- Já está tarde. Durma aqui, amanhã cedo você vai para o flat e já toma o remédio. - Ele desvia o olhar e logo assente.

- Se eu dormir aqui vou querer ficar com você, porque se for pra ficar sozinho eu vou para o flat. - assinto já sabendo que isso iria acontecer. Eu também queria muito a companhia dele. - O que não está certo. Por que você fica fazendo essas coisas?

- Ok. Venha deitar então. - Ele entra no nosso quarto e vai ao banheiro. 

- Eu vou tomar um banho. - Ele fala olhando ao redor, talvez perdido. Aproveito esses poucos minutos para pensar no quão péssimo ele está hoje. Caramba. Isso é tão preocupante. A culpa me consome tanto. Coloco meu celular para carregar e ajusto o despertador para às 7h30. Penteio meu cabelo olhando para a televisão ainda pensando no que está acontecendo entre nós. No que eu escolhi. Justin sai apenas de cueca, preta, e seca o rosto com a toalha. Eu deito na cama e ele estava descalço, logo deitando meu lado na cama e respira fundo como se quisesse relaxar. - Descanse e durma tranquilo. - Acaricio seu cabelo e ele assente quieto.

- Obrigado por hoje. - Ele amolece meu coração com o que diz. - Eu ainda sinto raiva de você. - Sei que não está se fazendo de coitado. Não dessa vez. Dou um beijo forte em sua bochecha e acaricio a mesma com o polegar. - Só não me provoca, por favor. Sério. Hoje eu não estou legal para aguentar essas coisas. - Ele fala tenso, cansado e... triste.

- Ei, calma. - Mexo em seu cabelo e ficamos ainda mais próximos. Justin descansa a mão direita em meu quadril. - Eu quero tanto quanto você.

- Não faz isso. - Ele fala ao fechar os olhos e lambe os lábios. - Mellanie. - Ele me repreende, mas estava tão frágil.

- Eu só quero fazer você se sentir melhor... - Eu realmente estava cada vez com mais vontade de tê-lo essa noite. Eu quero que ele fique bem. Eu quero um divórcio amigável. Eu não quero ele assim. 

- O remédio vai me ajudar. - Ele sussurra. - Mas eu amo tanto você. - Toco seu cabelo novamente e ainda estava molhado. - Tanto. Que droga. Não era para eu estar aqui. Isso só vai piorar o tratamento. - Ele senta na cama e esfrega a nuca. - Eu preciso ir embora, isso não vai dar certo. Eu não sei por que fiquei aqui. Você não pode ficar comigo, você não quer e agora está com dó porque eu desmaiei. - Ele fala sem parar e parece estar em crise. Sento na cama, ao seu lado, e toco sua perna. - Desculpa, eu vou embora. Vou com a minha moto. Apesar que não dá pra fumar enquanto estou nela..

- Ei, Justin. Você está deitado aqui porque eu gosto da sua companhia, independente de estarmos juntos ou não. - Ele levanta e dá a volta no quarto. - Relaxa. - Ele continua andando de um lado para outro, inquieto, e vai para a varanda. - Volte aqui e durma. Eu não vou te provocar, só quero te ajudar. - Falo assim que ele volta. 

- Você não está ajudando. - Ele deita na cama de frente para mim e eu o cubro até o meio do corpo. Programo a televisão para desligar em meia hora e acaricio seu cabelo com leveza.

- Isso te incomoda?

- Não. - ele responde baixinho e sorri. - Você ainda gosta de mim? - Ele fala baixo. Meu estômago dava nós. Como ele pode estar assim, tão... não ele?

- Sim. - Respondo de imediato e continuo acariciando-o. Justin estava me deixando cada vez com mais vontade e eu também fechei os olhos enquanto o acariciava. Estávamos bem próximos. - Boa noite. - Falo ao dar um beijo em sua bochecha.

- Boa noite. Obrigado por ter sido legal comigo hoje, mesmo que eu esteja brava com você por essa decisão toda. A verdade é que eu não concordo com essas suas atitudes, mas a minha vontade de estar perto é maior. - Justin diz e nos olhamos por um segundo e meio. Ele me dá um selinho e me abraça bem forte. Justin solta uma respiração profunda em meu pescoço e me dá mais um selinho. Isso é tão tentador. Meu Deus. O que estamos fazendo um com o outro? - Tudo bem se eu te der só um beijo? Um só. - Ele pergunta todo cauteloso e eu assinto de imediato. Nos aproximamos ainda mais e Justin sobe a mão em meu rosto para me segurar assim que toca sua boca na minha, logo sua língua. Ele cola seu corpo no meu e estremeço completamente conforme nos beijamos repletos de calma. Foi um único beijo que rendeu a noite toda. Acabo deitada em cima dele e, pela primeira vez, pausei o beijo com selinhos. Justin me abraçou nas costas e continuamos nos beijando cada vez com mais intensidade. Justin joga meu cabelo para o lado, me abraça novamente e logo puxa meu cabelo. Mordo seu lábio algumas vezes e ele desvia a boca da minha para beijar meu pescoço novamente, os lábios quentes. Meu sangue queima de desejo. Justin dá três beijos ali e volta com a língua em meus lábios com toda intensidade do mundo. Ele ameaça subir minha camisola que já estava no meu quadril por conta da posição em que eu estava em cima dele, mas hesita e então me acaricia no corpo todo, as mãos deslizavam feito seda. Eu sei o que isso significa. Ele está muito a fim. Deste modo, puxa meu cabelo mais uma vez e parecia querer me devorar em beijos. Fico com a respiração irregular em instantes e ele sobe minha camisola até o meio do meu corpo. Suas mãos estavam quentes. Justin sobe os dedos até a região do meu busto e para com a minha camisola um pouco embaixo. Nós simplesmente não conseguíamos parar de nos beijar. Estava bom demais. Ele precisava demais. Eu queria demais. Pauso o beijo por um instante e toco minha boca na dele, sem abri-la. Justin estava bastante ofegante. Ele coloca meu cabelo do lado direito do ombro e beija o esquerdo. Mordo sua orelha e ele murmura. - Pela primeira vez, eu não sei o que fazer agora.

- Como assim?

- Você sabe que não era para isso estar acontecendo... Você também sente vontade, mas aí chega amanhã e fingimos que nada aconteceu. Poxa, eu sinto sua falta. - Eu também, Justin. Eu também. Penso comigo mesma.

- Eu sei, mas agora já foi. Eu me sinto mal, você também, às vezes o que nós precisamos é isso enquanto nada foi oficializado. - Ele assente e me dá mais um selinho.

- Mas você não entende, eu quero muito. - Ele diz baixo e me dá um curto beijo nos lábios. Volto a ficar deitada de lado e descanso o braço em seu quadril, sentindo-o quente. Com a mão esquerda, acaricio seu rosto.

- Eu sei, Justin. Eu entendo. - Sussurro. - Só relaxa um pouco... Esquece o remédio, o desânimo, esquece essas coisas só agora. - Conforme ele assente, toco meu nariz no seu e então ele me dá um selinho, logo outro, assim iniciamos mais um beijo provocante. Sinto-o excitado conforme volto a deitar em cima dele, que sobe toda a minha camisola até a região do busto, tendo uma visão parcial do meu corpo. Justin me dá vários selinhos e morde meus lábios. - Eu quero. - Sussurro e ele passa a descer minha calcinha devagar pelas coxas. Justin passa pelas minhas pernas e deita com o corpo em cima do meu. Assim, olhando-me nos olhos brevemente. Ele me enche de beijos na nuca e para minha camisola em cima dos meus seios. Não consegue vê-los por inteiro, a não ser o formato e os mamilos encolhidos. Ele beija meu queixo e sinto que estava pronto, novamente. Eu o acaricio pelas costas e sinto seu cheiro natural. Tão bom. Tão... ele. Justin tira a própria cueca e passa pelas pernas. Sinto seu corpo encostar no meu e ele apoia com as mãos no lençol. Assim, acaricio todo o seu rosto conforme trocamos beijos quentes. Murmuro baixinho com a sensação de senti-lo esbarrar em mim. Caramba. Nossa primeira vez desde o início do ano. Segundos depois, ele deita em mim com toda calma do mundo enquanto me olha nos olhos e entra aos poucos. Fazia tanto tempo. Gemo baixo com a sensação que ele me causa e arranho seu pescoço de imediato assim que ele encosta completamente o quadril no meu. Arqueio as costas . - Ahhh... - gemo mais uma vez e ele move nossos corpos como um só, num ritmo não tão rápido, mas satisfatório. Nos beijamos conforme ele apoia com as mãos na cama. Eu o abraço no pescoço e descanso as mãos em seu cabelo. Eu me sentia bem. Não conseguia pensar em nada que não fosse o momento. Justin me enche de beijos nos lábios e nunca nos sentimos assim. 

- Céus. - Ele geme num fio de voz e eu apenas curto o momento. Justin move seu oblíquo contra meu quadril e ergo minha pélvis para encontrá-lo. Ele vai mais fundo e eu grito sem conseguir me segurar. Justin me dá vários selinhos conforme conduz meu corpo, logo desce os lábios até minha barriga e atinjo meu clímax primeiro. Desço as mãos até sua bunda e o arranho por inteiro. Ele me dá vários selinhos e deita ao meu lado após um longo e carregado suspiro. - Foi tão bom. - Ele diz cansado e eu viro para o lado da porta. Justin me abraça por trás e beija meu ombro diversas vezes. Sinto-o tão próximo. Ele coloca meu cabelo para o outro lado e então sinto seus beijos quentes. Caramba. Puxo o edredom até meu pescoço e eu estava feliz. Tomara que ele também esteja.

- Demais. - respondo e Justin beija minhas costas diversas vezes, logo acaricio seu braço que estava envolto na minha barriga. - Eu espero que você esteja se sentindo bem. - Ele encaixa a cabeça em meu ombro e eu percebi que estava feliz.

- Eu estou. - Ele responde e acabo dormindo primeiro.

...

Acordo com meu despertador as 7h30 e percebo que Justin está abraçado comigo. Gosto da presença dele. Levanto e ele resmunga.

- Você vai sair comigo para eu te deixar no flat ou depois?

- Você vai agora?

- Vou sair daqui as 8h.

- Eu vou com o meu carro... Quero ficar com as crianças um pouco.

- Mas você tem que tomar o remédio. - Falo ao ir ao banheiro.

- Verdade... Foda. - Ele vem atrás de mim. - Eu vou com você então...

- Você vai ficar sem o carro?

- Por enquanto, sim. Ainda não estou querendo dirigir.

- E o celular?

- Eu quero distância. - Ele fala ao parar na porta. - Você vai tomar banho agora?

- Sim.

- Eu vou no outro então. - Ele fala cambaleando e sai do quarto. Tomo um banho quente e, quando saio no quarto, Justin estava vestindo uma bermuda vermelha e uma camisa preta. Ainda enrolada na toalha, vou até meu closet e pego minha lingerie. Justin senta na cama e suspira fundo. - É... As 8h?

- Sim. - Ele sai do quarto e assim consigo me vestir bem rápido. Coloco o uniforme e penteio meu cabelo. Tiro o excesso com o secador e pego meu celular: são 7h45. Passo pelo corredor e entro no quarto das crianças. Justin estava lá, sentado no chão entre as camas. Dou um beijo no rosto deles e ele levanta atrás de mim. Saímos do quarto.

- Eu pensei em passar no Starbucks antes de te deixar.

- Tá. Eu não, não estou com fome.

- Você não pode ficar sem se alimentar... Dormiu bem? - Ele assente e volto para o quarto.

- Muito. - Ele para na porta e esconde as mãos no bolso. Passo um corretivo debaixo dos olhos e logo pó. Rímel incolor e um batom mate rosado. Passo pouco blush. Mesma coisa de sempre.

- Vamos então. - Descemos as escadas até a saída e pego minha bolsa do trabalho. Até agora nada da Anna. Justin vai até os cachorros e eu tomo um copo d'água. Vou até o carro e, assim que tiro da garagem, ele aparece entra no lugar do passageiro. - Como você se sente hoje? Você não fuma há mais de 12 horas. - Ele arregala os olhos.

- Eu pensei nisso na hora que acordei. - Ele diz e me olha. - Eu não sei como me sinto. - Justin fecha os olhos e eu ligo o rádio.

- Eu sei que você deve estar pensando... O que aconteceu ontem foi porque eu também queria.

- Eu estava mesmo. - Chegamos no Starbucks e estaciono em frente. - O que você vai querer?

- Eu não estou com fome. - Ele diz baixo.

- Justin, você está tomando remédio forte e não pode ficar sem comer. - Ele senta na primeira mesa que vê. - O que você quer?

- Pode ser um expresso. - Ele pede.

- E vai comer o que?

- Nada.

- Justin! - Insisto. Peço um capuccino, um expresso e dois bolinhos integrais simples. Volto a sentar na mesa e ele olhava para o nada. - Eu pensei que você estivesse melhor do que ontem.

- São coisas diferentes. Ontem eu estava pior do que todos os outros dias. - ele fala calmo. - Hoje eu estou... Normal.

- Não está normal. - Falo sentida pela situação e ele desvia o olhar.

- É claro que não. Isso tudo não está sendo fácil pra mim.

- E você acha que pra mim está?

- Se a decisão foi sua, no mínimo você está tendo menos problemas do que eu. - Ele estava certo. Nosso café da manhã chegou e ele toma o expresso aos poucos. Eu devoro meu bolinho de baunilha e tomo o cappuccino.

- Já são 8h15... Eu preciso ir logo.

- Você entra?

- 8h30.

- Huh. Quando nós vamos resolver sobre a papelada?

- Amanhã, eu acho. - Falo ao terminar de comer. - Coma o bolinho. - Ele dá algumas mordidas e não responde. Pago a conta com o cartão de crédito e compro um chiclete de menta. Como um e entrego outro a ele. Entramos no carro e vou até o flat dele. Chego em 8 minutos, com pouco trânsito. Deixo o carro em ponto morto na frente e Justin tira o cinto.

- Obrigado.

- Vai para casa depois ficar um pouco com as crianças. - Falo ao sorrir de leve e Justin se aproxima.

- Ok. - Ele diz e suspira. - Não comente na empresa sobre mim, por favor.

- Por quê?

- Eu não quero falar com ninguém, de verdade. Você mexe demais com o meu psicológico. - Ele fala ao apertar minha coxa direita e abre a porta do carro. Dou um mero sorriso dolorido e ele vai embora andando lento. Percebo que ainda está tão triste. Tivemos uma noite tão relaxante. Foi bom dormir com ele.

 

Acabou que não nos vimos mais até sábado à tarde. Não conseguia ligar para ele, mas queria saber como estava. Almoçamos no shopping, eu e as crianças, e então decidi passar no flat dele. Chego lá e desço do carro com os dois. Sou avisada pela recepcionista que ele tinha saído há alguns minutos.

- Papai não está aqui! Quem sabe poderemos encontrá-lo mais tarde, né?

- Ah!!! Eu quero ver o papai.

- Ele não está aqui, Vallery. Vamos voltar para casa e mais tarde poderemos procurá-lo. - Voltamos para o carro e eu os coloco nas cadeirinhas. - Podemos ir para casa e brincar, que tal? Já almoçamos, tomamos sorvete... - Vejo no relógio e são 14h27. Ainda está cedo. Eles ficam animados e volto para casa pensando em onde Justin pode estar. Tomara que não esteja fumando por aí. Chego no condomínio e estaciono na garagem. Os cachorros começam a latir e eu destranco a porta principal. Eles entram em casa e Brandon vai até os cachorros. Vallery sobe as escadas apressada e vai para o quarto.

- O papai tá aqui!! - Brandon grita.

- O quê? - Falo surpresa e vou até o quintal. Justin estava sentado na rede com uma camisa branca e calça de moletom. - Eu fui no flat agora mesmo. Eles queriam te ver. - Falo contente e Brandon já estava deitado no colo dele.

- Cheguei aqui não tem nem 10 minutos... Queria vê-los. - Ele fala sem sequer me olhar nos olhos.

- Como você está hoje? - Ele dá os ombros e não responde. Fico de joelhos e olho nos olhos dele. - Hein?

- Normal. Cheio de remédios todo mundo fica bem. - Ele começa a conversar com o Brandon e subo para chamar a Vallery.

- Meu amor, o papai está em casa! - ela fica empolgada.

- O PAPAI? CADÊ? - Ela desce as escadas comigo e vai até o quintal. Corre até Justin, que a pega no colo e fica com os dois na rede. - Que saudades, papai.

- Eu vou deixar vocês ficarem juntos. - Falo e volto para dentro. Tomo um copo d'Água e volto a pensar cada vez mais no Justin. Fico sozinha na sala assistindo tevê e tiro alguns minutos para refletir. Ligo para o meu pai.

 

- Pai, tudo bem?

- Oi, querida! Tudo certo e com vocês?

- Tudo certo... Você está em São Francisco?

- Sim. E as crianças?

- Estão cada vez maiores. Eles sentem sua falta.

- Posso passar por aí daqui uns dias...

- Te aguardo!

- Precisa de algo?

- Você acha que eu e o Justin somos um casal de verdade?

- Com relação a que?

- Tudo.

- Você quer a minha opinião? - Murmuro. - Ele te ama, você o ama. Isso já basta... Se depois de tudo o que aquele cara já aprontou vocês estão juntos, é porque tinha que ser assim.

- É... Obrigada. Eu só queria sua opinião mesmo.

- Por nada. Qualquer coisa é só chamar.

- Beijo, pai.

- Beijo, filha.

 

Desligo e ele me deixa ainda pensativa. Por que ele simplesmente não disse que nos detesta juntos, que eu sei que ele realmente não gosta? Seria muito mais simples. Fico assistindo as notícias e penso na faculdade, logo nos meus filhos, na faculdade de novo, nas crianças, na noite que ele passou aqui... Caramba. Depois de um longo tempo descansando, Brandon entra em casa e vai direto para o banheiro. Justin aparece com a Vallery no colo e ela estava dormindo. Ele sobe as escadas e volta um pouco depois. Brandon sai do lavabo e vem até mim.

- Deita aqui comigo, querido. - Bato no sofá e ele nega.

- Eu vou brincar de carrinho.

- Huh. Ok. Rejeitando a mamãe. - Falo sentida e ele ri. Sobe as escadas e Justin senta no sofá ao meu lado.

- Eu quero ir embora... Podemos acertar? A papelada já está com você? 

- Por que a pressa?

- Você sabe que eu não gosto de ficar aqui... Eu sinto muito a sua falta, muito mesmo.

- Não é porque estamos prestes a nos separar que eu também não sinta. - Olho para ele. - São reações diferentes. Eu pensei que você estivesse melhor.

- Não.

- Você ainda está fumando?

- Você sabe que sim. - Ele fala baixo. - Eu ainda quero sumir.

- Justin, por favor, para de pensar assim. Você me deixa tão confusa e chateada.

- Eu te deixo chateada? Sério?

- Não você... Mas te ver assim me faz ficar triste. - Falo ao cruzar as pernas de frente para ele. - Poxa, eu sei que você estar nessa depressão é culpa minha.

- Não é só culpa sua. A depressão veio por mim mesmo, mas o que aconteceu ajudou 60%, eu diria. - Ele diz baixinho e eu quase não ouço. - Eu só me sinto mal em estar aqui com você, porque conforme eu me sinto triste eu só quero você comigo, mas isso não está certo, até porque não tem mais nós. Eu detesto o fato de você querer ser legal comigo porque tudo isso aconteceu por uma decisão sua. Esse transtorno todo.

- Mas e aquela noite que você passou aqui?

- O que tem?

- Te fez ficar pior?

 

SPOILER

- Eu precisava falar tudo isso pra você. - Ele abre a boca para responder, mas então hesita. - Boa noite. - Saio de seu apartamento e fecho a porta. Eu espero que ele não venha atrás de mim agora. Simplesmente gastei todas as minhas palavras com ele. 


Notas Finais


Gente, boa noite!!! Vocês não têm ideia do tamanho do meu amor por esse capítulo. Já perdi a conta de quantas vezes li desde que foi escrito. Sei que vocês detestam as atitudes da Mellanie, mas quem sabe ela melhore, huh?
Obrigada a todas que me acompanham quando podem. Beijos!!!


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