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História Behind The Secrets - Fourth Season - Back in Toronto


Escrita por: featollg

Capítulo 35 - Back in Toronto


- Você fumou agora?
- Quase, mas não. - Ele sussurra e estava quase tocando minha boca. Descanso a mão esquerda em sua costela e aperto sua camisa. Justin distribui beijos pelo meu pescoço e chega no meu ombro esquerdo. - Você sabe que estamos fazendo isso porque você está arrependida, mas não tem coragem de dizer, né? - Como ele me conhece tanto? - Eu sei, Mellanie. Entendo seus motivos. Já fiz muita merda, mas você está errada. Muito errada. - Ele sussurra e me dá um selinho lento.

- Você sabe muito bem que estamos nos divorciando por um acúmulo de acontecimentos, mas eu ainda amo você. - Justin abre um enorme sorriso e encosta em minha bochecha. O sorriso ele está tão lindo hoje, sempre foi assim? Acaricio seu cabelo e ele sorri de novo. Não acredito que está indo embora. Era como se minha ficha tivesse caído agora. Ele vai embora. Pra sempre. Fecho os olhos ao fechar a mão em sua camiseta e ele me dá um beijo no canto da boca. Viro o rosto para que ele me dê um beijo e Justin assim faz. Iniciamos um beijo de língua e Justin segura meu rosto com as duas mãos e me agarra com força. Nosso beijo era apaixonado, não tão calmo, porém intenso. Acabo deitando em cima dele de imediato e Justin desce as mãos em minha bunda, apalpando-me. Ele sobe minha camisola até a lombar e me aperta com gosto. Continuamos nos beijando com gosto até que percebo o quanto ele estava ofegante. Justin segura meu cabelo e então paro o beijo de imediato. Sento na cama e ele me lança um mero sorriso. Ah, sorriso.

- Vale a pena pra você? - Ele pergunta me olhando. Assinto com um sorriso no rosto. Em resposta, ele então sorri de novo. Como esse sorriso é lindo. Eu só quero que ele fique bem. Abro o zíper de sua calça jeans e passo a empurrá-la para baixo. Justin me ajuda, já que era bem justa, e tiro logo suas meias de uma vez. Ele tira a camisa e então eu me aproximo aos poucos. Justin me traz para perto e sento em seu colo com as pernas divididas. Ele me acaricia nas coxas e nos beijávamos sem parar. Era mais forte do que eu. Ele passeia com as mãos lisas por meu corpo e sobe minha camisola aos poucos. Eu a tiro e, de imediato, Justin então passa a língua meu mamilo esquerdo. Apoio com os joelhos na cama e fico mais alta, ainda presa a ele, que aperta meu seio direito com a mão, enquanto sua boca estava no meu esquerdo. Ele é simplesmente tão bom. Gemo baixinho, quase para mim mesma, e Justin parecia não querer parar. Arranho sua nuca com as unhas e tento me apoiar nele. Justin estava com a respiração quase tão curta quanto a minha. Qual é, eu já estava muito a fim. Ele então... Assim que para por um instante, me dá alguns selinhos e nos olhamos por meio segundo. Toco minha testa na dele, assim paro com as duas mãos em seus ombros e ele assopra meus seios, já contraídos. Rebolo uma única vez e lenta vez em cima dele, tentando ajeitar-me conforme ele inclinava cada vez mais suas costas. Justin solta um "argh" e fecha os olhos após revirá-los. Faço a mesma coisa mais uma vez e ele morde meu lábio, logo aperta os dedos em minha cintura. Justin geme baixinho e continuamos nos beijando. Ele estava muito ereto. Deste modo, deita-me na cama e faz uma trilha de beijos entre meus seios até meu umbigo. Ele morde a costura da minha calcinha e cause-me um arrepio dos pés à cabeça. Era bom. Não acredito que ele está indo embora. Eu o puxo para que me dê um beijo e Justin pressiona seu corpo no meu. Beijo seu pescoço diversas vezes e ele tiraha calcinha devagar conforme morde minha virilha e murmuro em resposta. Que aflição boa. Ele assopra minha intimidade e me causa uma sensação louca. Justin morde meus lábios maiores e passa a língua bem no meu ponto fraco, ali. Passo a gemer feito louca. Isso realmente mexe comigo. Meu ponto fraco. Arranho seus ombros - que estava distante, e ele se diverte conforme passeia com a língua. Grito sem conseguir me conter e ele me provoca cada vez mais. Claro que ele conseguiu o que queria. Meu clímax na preliminar. Grito descontrolada e ele dá um beijo longo em minha virilha.

- UAU! - Ele diz surpreso e eu estava derrubada. Por que estamos fazendo isso? Balanço a cabeça tentando não pensar nisso tudo. Sorrio para ele. - Seria esse seu último comigo? - Ele sussurra e fecho os olhos. Justin sobe os beijos até meus seios e beija bem ali. Sento na cama e o empurro para que encoste nos travesseiros. Justin tira sua cueca por si só e estava pronto, como eu já sabia.

- Tire a mão. - Falo séria e ele não obedece. Beijo seu abdômen e logo sua mão esquerda. Ele solta e toco meus lábios em sua glande uma única vez. Ele geme alto e não consegue se conter. Justin segura meu rosto e sílaba "agora". Entendo o recado e divido mais minhas pernas, logo Justin me puxa pelas coxas e então entra em mim desesperado. Murmuro alto com a sensação e mal consigo abrir os olhos. Ele apalpa minhas coxas conforme me ajuda a inclinar ainda mais o corpo. Movo meu quadril nele duas vezes, bem devagar.

- Puta merda. - Rebolo diversas vezes conforme estávamos num mesmo ritmo e ele me apertava inteira. Aquilo era bom. Ele estava ofegante demais, não conseguia fechar os olhos e me apertava nas coxas. Após tanto mover meu quadril no dele e ver que estava amando, deito meu corpo e nos beijamos. Justin me vira na cama e afunda-se em mim, ainda mais. Arranho suas costas e nos beijamos infinitamente. Ele atinge seu ápice e não consegue disfarçar. Justin perde a força e cai com o corpo em cima do meu. Caramba. Ele é incrível. O que estamos fazendo? Acaricio seu cabelo e ele me dá beijos no pescoço. - Eu não acredito que você não me quer mais. - Ele sussurra e meu corpo gela. 

- Foi tão bom...

 - Nossa... - Justin estava ofegante, a voz grossa, cansado. Seguro seu rosto e trocamos vários selinhos.

- Foi. - Falo e ele deita ao meu lado. Toco meu nariz no dele e sento na cama. - Como você se sente?

- Chateado. Você está arrependida e não quer assumir. - Pego meu celular e já são 23h48.

- Por que você fala isso?

- Porque eu sei que é verdade. Você vai se arrepender ainda mais... Quando eu melhorar, quem não vai querer sou eu.

- Justin, para com isso. Você sabe que nós aceitamos nos divorciar, você está indo embora porque quer.

- Eu estou indo embora porque não vivo sem você e ficar aqui acaba comigo. - Ele fala ainda deitado, a voz esgotada. Como ele é lindo. Toco seu peitoral e ele fita meus seios, logo senta na cama. - Que horas são?

- 23h50. - Ele suspira fundo e toca minha perna.

- Eu vou andar um pouco... -

- Andar agora? Por quê? Você tem que ficar pronto.

- Eu... - Ele levanta e para em minha frente. Fito seu corpo e Justin pega nele. Meu corpo treme. Ele veste a cueca e logo a calça jeans. - Vou andar só um pouco.

- Você vai fumar.

- Não, eu vou andar. Estou precisando. O Uber deve chegar em instantes. - Ele pega a camisa e veste. Justin sai do quarto sem falar mais nada e não vou atrás. O que deu nele? Tiro esse tempo para pensar e fico louca. Acabo quase chorando conforme penso que ele está indo embora, visto uma calcinha e desço tomar um copo d'água. Ninguém aparece aqui a essa hora. Já desliguei as câmeras, a não ser todas as externas e o quarto das crianças. Justin abre a porta principal e dá de cara comigo. - Por que você ainda está nua?

- Eu vim tomar água.  - Dou os ombros e ele me olha ao morder a boca.

- Veste uma roupa, por favor. Eu já estou indo embora... - Ele sai de casa novamente e subo as escadas. Visto a camisola e volto para o corredor. Já são 00h40. Justin entra novamente em casa e vai até a cozinha. Desço até ele.

- Por que você saiu?

- Porque eu estava me sentindo estraho. - Ele fala baixo. - Eu não acredito que você ainda não quer nada comigo.

- Justin, não fale desse jeito. Você sabe muito bem, desde o início, que estamos nos separando por muitos motivos que foram acumulando e explodiu quando eu voltei de Dublin.

- Eu sei disso, eu lembro de tudo o que já fiz, o que você também fez. Mas desde que nos casamos foi diferente. - Ele falava chateado, a voz frouxa. - Quer saber, esquece. - Ele vai até o nosso quarto e fecha sua mala. Justin pega o celular e joga dentro da mesma, sem nem mesmo olhar a hora. - Eu vou ficar esperando na rua, não quero mais ficar aqui, não dá. - Justin desce a mala nas escadas e deixa na porta. Ando até ele e paro em sua frente.

- Por que você está assim agora? Eu falei algo?

- Mellanie, eu só... Só quero ir embora.

- Foi porque nos transamos? Porque se foi, você não está enlouquecendo sozinho. - ele passa as mãos no rosto. - Eu sei que é difícil, eu sei que eu pedi o divórcio e aconteceu tudo isso, mas nós somos assim... Eu sei que é o certo a fazer. Não dá para ficarmos juntos com tudo isso que sempre aconteceu. Porra. Você me traiu várias vezes. - Ele assente bufando e engole seco. - Eu fiquei com outros caras. Não vamos mais dar certo. - Falo tentando não chorar e ele assente com uma dor no coração. O interfone toca. Subo as escadas correndo e atendo. Era o Uber. Desligo e volto até ele andando devagar. - Pelo amor de Deus, se cuida. - Ele tira o isqueiro do bolso e pega um cigarro. Eu o abraço bem forte e começo a chorar. Ele dá um rápido beijo em minha bochecha e eu não quero que ele vá. De novo não. Justin abre a porta. O Uber vira a esquina e para em frente de casa. Não ligo em estar só de camisola. Fico parada na porta e aceno. Justin coloca a mala no porta-malas, faz um cumprimento com o motorista. Ele volta até mim e para bem em minha frente. Justin coloca as duas mãos no meu rosto, deixando o cigarro na orelha.

- Você acabou de perder o cara que mais te amou em toda a sua vida. Igual quando a minha mãe fez comigo. Eu a amava e ela me deixou, a diferença é que você fez por vontade própria e está viva. - Ele me faz chorar e me solta. - Obrigado. Ainda chorando, passo as mãos no rosto e ele se afasta para acender o cigarro no caminho até o carro. Justin solta fumaça e eles vão embora sem mesmo me olhar conforme o carro sai da rua. Sento no chão em frente de casa e desabo a chorar. É isso. Ele foi embora, ele não vai voltar, ele está com depressão por minha culpa. Entro em desespero e volto para casa. Entro no meu quarto e pego o celular. Ligo para Alice. Ela atende.

 

- Justin foi embora.

- Como assim? - eu estava trêmula.

- Justin foi embora. Eu pedi o divórcio há um mês, aí ele fugiu de casa e voltou esses dias... Agora ele pegou as coisas e foi embora. Ele foi embora do país.

- Mellanie, o que está acontecendo?

- Eu odeio minha vida. Ele acabou de ir embora.

- Você é louca! Como não foi atrás dele? 


                                                    Justin P.O.V - 25 de fevereiro de 2019

Fui fumando o caminho todo para não chorar com o motorista. Terei várias horas para ficar sozinho no voo. Chegamos no aeroporto e pago com o cartão. Ando chorando feio louco até meu jato particular e ainda bem que está tarde. Ninguém consegue ver minha cara inchada. Eu simplesmente não consigo acreditar que ela foi capaz de me deixar assim. Que ódio. Por que eu amo tanto essa mulher? Cumprimento Carl e entro no jato com minha mala pesada. Eu me jogo na cama e choro feito um garoto de 4 anos que perdeu a mãe no mercado. Por que ela fez isso comigo? Por que eu sofro tanto por ela? Por que ela é daquele jeito? Por que eu passei o dia lá? Não estou acreditando. Eu queria ao menos ter trazido Vallery e Branon comigo. Eu preciso ver como faremos com a guarda deles. Fumo alguns cigarros e tomo muita água. Eu queria mesmo era uísque com todas as outras bebidas existentes. Eu queria apagar de tanto beber. Eu quero só sumir. Como ela pode? Mellanie é a minha vida. Choro quase o caminho todo e nem faço ideia de que horas são. Poderia passar 24 horas nesse jato sem falar com ninguém, só chorando, sozinho, pensando nos meus filhos. Levanto e ligo o microfone.

- Que horas são?

- 01h55. Chegaremos em duas horas.

- Ok. - Desligo e volto a me jogar na cama. Eu odeio ser assim. Odeio amá-la tanto. Odeio sofrer por ela. Odeio chorar por ela. Odeio me sentir assim. Odeio essa merda de depressão que me faz sentir assim. Não conseguia parar de chorar. Não quero sair desse jato. Eu quero ficar aqui pra sempre. Não peguei no sono um minuto. Aterrizamos em Amsterdã e desço com a minha mala. Chamo um táxi e peço que me deixe no hotel mais caro da cidade. Estou nem aí. Estava com óculos escuros para que ninguém visse minha cara inchada de quem chorou a madrugada toda pela esposa. Chegamos num hotel bastante luxuoso e paguei com o cartão. Fiz check in no hotel e escolhi o ultimo andar. Vou passar só duas noites por aqui mesmo. Fui até o 18º andar e me deparei com um quarto do tamanho da sala da minha antiga casa, que agora é da Mellanie. Uma sala grande, cozinha enorme, dois quatros gigantes, dois banheiros, uma jacuzzi... Tudo enorme. Eu só queria estar lá com a Mellanie. Eu tenho certeza que ela está péssima. Eu sei que sim. Ela está com remorso. Tomara que esteja. Tomo um banho gelado e o chuveiro daqui é ótimo. Fico na jacuzzi praticamente todo o resto da madrugada a manhã toda e, para o almoço, peço comida japonesa num delivery por perto. Passei o dia todo num desânimo, me senti mal e para ajudar esqueci de tomar o remédio cedo. Fui tomar só à noite, um pouco antes de deitar. Estou perdido nesse horário daqui. Só sei que minha consulta é às 14h na quinta-feira.

Cheguei no horário e atrasou alguns minutos. Pelo menos eu estava sóbrio. Entro no consultório e ela me olha estranha. Eu a comprimento com um beijo no rosto e sento já tenso.

- Justin, huh. Bom vê-lo de volta. Você quer começar? - Ela pergunta.

- É... Não sei o que eu faço.

- Como você se sentiu nesses últimos 45 dias? - Já passou tudo isso? 

- Até uma semana atrás eu senti tontura e cheguei a desmaiar, mas acredito que seja por conta do remédio. Minha es... ex-esposa falou que era porque eu estava me alimentando pouco e muito mal.

- Você encontrou com ela? - Ela faz algumas anotações conforme eu falo.

- Eu voltei para ver meus filhos, aí... Nós conversamos várias vezes, eu fiquei pior do que nunca, mas agora eu vou melhorar. Não posso deixar com que ela me derrube ainda mais. - Eu só quero esquecê-la.

- Sr. Bieber, serei sincera. Não parece que você em tratamento... Você está igual da última vez. - Droga.

- É porque eu cheguei ontem... Passei o último dia na casa dela com os meus filhos e acabamos nos envolvendo.

- E o que você espera de mim?

- Agora eu quero melhorar.

- Você sente que mudou com o remédio?

- Sim! Muito. Eu tenho me sentido menos pior do que antes... Mas muito emotivo.

- Ficar mais emotivo no começo é normal. Você acha que está fazendo efeito então? Porque, fisicamente, você parece estar igual quando veio aqui pela primeira vez. 

- Sim, mas é complicado.

- Você gosta de escrever?

- Como assim? - Eu gosto, mas não tenho tanto costume.

- Liste 10 palavras que te definem agora e podem ligar uma na outra. - Ela me dá uma folha e começo a listar espalhadas pela página.


Raiva
Amor
Mellanie
Vallery
Brandon
Ódio X
Tristeza X
Irritação X
Desespero X
Ajuda


 

Entrego a lista a ela, que me pede para riscar quatro palavras. Tiro ódio, tristeza, irritação e desespero. Ela me pede para tirar mais uma palavra, mas não consigo.

- Uma palavra.

- Não dá... - analiso a lista e ainda restam seis.

- Mesmo? Uma só. - analiso mais uma vez e nego com a cabeça. 

- Mesmo. - Assinto sério e ela suspira fundo. 

- Circule as duas principais. - Eu então circulo Vallery e Brandon.

- Eu sei que você quer me ajudar, mas eu me sinto muito mal pela Mellanie, de verdade. Eu sempre fui bastante sensível, assim como ela, mas agora está demais. Parece que minha vida está de cabeça para baixo. Eu queria ficar com os meus filhos.

- Eu posso te dar um calmante leve, só para você sofrer menos nessa adaptação com relação ao estresse. É feito em um laboratório aqui perto.

- Qualquer coisa que me faça sentir menos pior... Eu vou voltar a trabalhar ainda essa semana.

- Você acha que está pronto?

- Sim... Eu vou voltar para a Califórnia.

- Ok, mas assim, você não pode misturar esse calmante e o remédio com nenhuma substância tóxica, bebida, cigarro e derivados.

- Por quê?

- É bem perigoso. - Bom saber agora.

- E por quanto tempo eu vou ter que tomar?

- Um mês pelo menos... Precisamos que você venha aqui pelo menos uma vez ao mês.

- Ótimo. - Falo. Ela faz a receita. - Você vai tomar esse calmante uma vez ao dia, a qualquer hora. Com relação ao antidepressivo, de manhã e à noite.

- Eu meio que voltei a fumar cigarro...

- Oh Bieber! - Ela me repreende. - Não pode, é muito perigoso.

- Eu não sabia... Eu só não bebi nada.

- Você tem que largar tudo isso, pelo menos enquanto estiver medicado.

- Ok... Eu vou parar. E o que eu faço com tudo isso que ando sentindo?

- Evite ao máximo contato direto com sua ex-esposa. Não é fácil, mas no estado em que você está é o melhor a fazer.

- Eu queria que ela voltasse comigo. - Lamento.

- Primeiro você precisa melhorar.

- Ok. - Ela me dá a receita. - Muito obrigado.

- Fico feliz que tenha realmente voltado... Sei que mora longe e tem uma vida corrida.

- Sim. Tenha um bom dia. Obrigado. - Ela me dá amostra grátis do calmante: uma caixa com 3 unidades. Saio de lá e já tomo o primeiro. Jogo o maço de cigarro e a maconha direto no lixo da calçada e faço o mesmo com o isqueiro. Tudo o que eu não precisava agora era que ela proibisse o uso do cigarro e derivados. Ando pela rua perdido e pensando em como poderia suprir esse sentimento. Passo num shopping próximo e decidi pegar um celular simples, só para falar com uma pessoa ou outra. Se eu pegar aquele vou ficar só olhando as fotos da minha família. Compro um iPhone SE preto e logo um chip local, assim ninguém vai saber. Adiciono o número fixo de casa, do Ryan, meu pai, Nolan e Bryan. São os que eu lembro de cabeça. Não quero colocar o dela, porque sei que acabarei ligando. Passo na D&G e compro um óculos de grau novo. Sempre precisei, mas nunca usei. Mandei fazer a armação e virei buscar amanhã cedo. Devo ter o pedido do médico nos meus documentos que trouxe. Quando já era noite decidi ligar para Ryan.

 

- Cara?

- Bieber, cara! você apareceu!!

- É.

- O que houve? Onde você está?

- Amsterdã. Vou começar a trabalhar em San Fran daqui uns dias.

- Eu fiquei sabendo... Mas o que houve? Você e a Mellanie?

- Ela pediu o divórcio, aí eu surtei. Foi isso. Estou no inicio de uma depressão fodida, todo medicado, fumei pra caralho o mês todo... Você não faz ideia de como está a minha vida.

- Isso tudo é sério? Eu só fiquei sabendo do divórcio, mas estranhei que você tinha sumido.

- É. Eu estou me consultado aqui em Amsterdã... Agora vou ter que parar com as ervas.

- Puta merda, mas por que a separação?

- Mellanie é louca. Lembra quando eu comentei que uma outra ruiva apareceu enquanto ela viajava?

- Sim, a que você pegou há anos.

- É. Ela me beijou. Mellanie chegou bem na hora. Ela teve um surto de todas as merdas que eu já fiz e quis o divórcio. Eu surtei e fugi de casa.

- O que está acontecendo com você? Foi por isso que deixou a JKC?

- Foi. Eu surtei pra caralho. Abandonei meu celular e o trabalho, tudo.

- Mas e agora? Você vai vir pra cá?

- Sim... Amanhã saio daqui.

- Você está louco.

- Você não viu nada.

- E vai ficar onde?

- Sei lá. Pouco importa.

- Quer ficar em casa?

- Você namora, não rola.

- Eu posso reservar algumas noites para você. - Ele ri do outro lado da linha.

- Viado. Eu dispenso, não sei se você percebeu mas estou tentando superar minha ex. Transamos antes de eu ir embora.

- Você fodeu tudo.

- Eu sei. Obrigado. Não passe esse número pra ninguém.

- Me dá um aviso quando chegar por aqui...

- Ok. Valeu.


Desligo. Volto para o hotel lá pelas 20h e vou direto para o restaurante. Como parmegiana de frango e subo para o quarto. Assisto tevê até pegar no sono, mas antes tomo aquela porcaria de antidepressivo, e então consigo dormir.

                                     03 de abril de 2019

Acordo cedo demais e então tomo o remédio. Estava com a cabeça vaga, sem qualquer pensamento válido.

Já faz quase dois meses que eu voltei para São Francisco e fiz o possível para não encontrar com Anne ou qualquer outra parente da Mellanie. Confesso que a visitei pela primeira e única vez logo quando cheguei, um pouco antes do meu aniversário. Ela está com a barriga enorme e ficou feliz em me ver. As crianças me ligaram no dia do meu aniversário, mas Mellanie sequer falou comigo. Recebi apenas uma mensagem: "Feliz aniversário. Espero que esteja bem e feliz, Mellanie". Sinto tanta falta daquelas crianças.

Estou bem melhor agora, bem mesmo. Só quase não saio de casa à noite, estou sem beber há tempos, porém ainda medicado. Fui para Amsterdã na última semana de março e parei com o calmante. Estou no último dia do antidepressivo e aí descanso por uma semana para fazer o teste. Só tenho mantido contato na empresa, com meu pai, Ryan e, bem, só. Ligo em casa pela manhã vez ou outra para falar com meus filhos.

Foi anunciado na sede de Moscou que teremos um grande evento no dia 04 de abril - e eu devo comparecer. Acontecerá na sede principal, em Toronto, e todos ficarão hospedados num hotel próximo. Na verdade, quem resolveu tudo isso foi Mellanie. 

                                Mellanie P.O.V - 04 de abril de 2019             

Desembarquei no aeroporto de Toronto e fui direto para um hotel próximo do local onde acontecerá o evento. Deixei as crianças na casa do Jeremy e mal conversamos. Eu diria que o quanto menos eu encontrar a família dele, melhor será, porque realmente... não consegui superar um dia sequer. Tem sido muito difícil viver sem a companhia dele. As crianças sentem muita falta dele diariamente. Fui direto para o hotel sozinha, não quis ficar na casa do Jeremy - já sabendo que Justin apareceria por lá. Fui num salão no final da tarde, fiz um penteado de lado com o cabelo todo enrolado e uma maquiagem pesada. Comprei um vestido longo vermelho sangue bem formal, nem tão chamativo e estava com um salto preto. Há tempos não tínhamos um evento assim. O mesmo está previsto para começar às 20h. Já são 19h. Devo chegar lá sozinha. Mandei uma mensagem para Jeremy e ele me garantiu que os dois dormiriam com ele e os irmãos de Justin. Sendo assim, fui para o evento sozinha. Caramba, como eu queria vê-lo de perto hoje. Espero que esteja bem. Cheguei exatamente às 20h e estava quase vazio. Eu sou uma das responsáveis pelo evento e toda organização, então precisava ser pontual para coordenar todo mundo. Conforme os sócios chegam, vejo Justin acompanhado de Nolan e sua noiva. Ele estava lindo. Smoking preto, gravata vermelha, o cabelo ainda bem ralo e nada de barba. Não consigo evitar e olho para ele tão distante. Os fotógrafos param os sócios no painel e fazem várias fotos. Justin parecia bem animado, assim como Bryan e Nolan. Jade vem até mim e me dá um abraço. Finalmente, ele parece bem.

- Amiga, você está linda!! - Ela fala sorridente.

- Obrigada, você também está. Cadê o Phill?

- Foi conversar com um pessoal... Você já viu o Justin?

- Sim, ele está lindo. - Falo sorridente e tiramos uma foto juntas com o fotógrafo. Tivemos um jantar maravilhoso e eu fiquei na mesa com o Dimitri, Jade, Phill, meu pai e sua namorada. Era uma morena alta, bonita, elegante, porém não tão simpática. Claro que ele estava presente. Encontrei com Ryan um pouco antes da palestra e sequer cheguei perto de Justin. Ele estava tão feliz, conversava com todos, não bebia nada. Foi aí que aconteceu toda a palestra por volta das 23h20. Bryan iniciou explicando que todos estamos felizes pelo sucesso da empresa e chamou por Justin. Ele sobe no palco e é aplaudido pelas 210 pessoas presentes. Meu pai ficou o tempo todo ao meu lado. Eu estava na segunda mesa de frente para o palco.

- Primeiramente, boa noite a todos vocês. Realmente espero que estejam gostando do nosso evento, porque eu sinceramente vi o quanto tudo foi muito bem organizado e preparado pela nossa gerente financeira Mellanie Schneider, - ele aponta para mim e me sinto uma adolescente de 18 anos novamente. Ele sequer me olha como uma ex-esposa, mas sim realmente feliz pela organização. - e pela Isabelle Fontine, - aponta para a mesa ao lado. Ela também estava bem bonita. - Vocês foram essenciais e todos nós devemos muito a vocês desde o início da JKC. Eu gostaria também de comentar que, apesar de ter passado um mês afastado da presidência, eu voltei há um tempo e agora trabalho diretamente na sede em São Francisco. Tem sido ótimo acompanhar o desempenho e crescimento de todos vocês com o passar dos anos e o quanto o nosso trabalho tornou-se conhecido, mas ao mesmo tempo mantemos o sigilo com relação à busca pelos foragidos e demais criminosos até os 25 anos. É com grande satisfação que podemos comemorar o fato de que até hoje todos os estagiários e detetives profissionais saíram ilesos de quaisquer machucados graves no momento de apreensão... a não ser alguns contratempos. - Enquanto segura o microfone com a mão esquerda, a direita estava em seu bolso, conforme ele andava todo elegante. Tão lindo. - Eu li uma matéria online que apontava a JKC como a melhor empresa de detetives que possui uma parceria tão íntegra com as delegacias, sempre no intuito de ajudar a mudar o mundo e crescermos juntos, ao mesmo tempo sem a intenção de tornar-se mais importante do que o trabalho dos policiais em si, o que nunca foi a nossa intenção. - Ele falou muito, muito bem. Justin quase não me olhava, mas quando o fazia, eu via seus olhos brilhando de felicidade pelo momento. Acabou que após a palestra vimos várias fotos e filmagens de como tudo cresceu nos últimos quatro meses e todos já estavam tomando seus coqueteis. A única coisa que bebi foi uma batida de morango, leite condensado, pouca vodka e muito gelo. Estava boa demais. Comi alguns docinhos e fui ao banheiro retocar meu batom mate, que na verdade estava um pouco mais claro que antes. Já são 1h05 da manhã. Procuro por Justin, mas não o encontro. Deve estar conversando com outros executivos sobre negócios e parcerias futuras. Pergunto por ele na mesa do Bryan, que aponta para a mesa dos doces e vou até lá. Eu me aproximo aos poucos, já que ele estava de costas, e então uma morena muito elegante toca seu ombro, dando-lhe um abraço e o parabeniza pelo discurso. Espero que a mesma e afaste e então é a minha vez. 

- Gostei muito do seu discurso. - Falo ao tocar seu ombro e ele vira de frente para mim. Justin sorri amigável me dá um abraço rápido. Estava tão cheiroso.

- Oi, Mellanie. Obrigado. Eu também gostei. - Ele estava normal, eu diria, sorrindo, simpático, feliz.

 

SPOILER

- Por favor. - Peço ao tocar suas mãos e ele logo me solta. - Volta para casa comigo. - Justin desvia o olhar novamente, então me observa por míseros segundos.

- Não. - Ele diz firme. Caramba, que nervoso. 

 

SPOILER

- Você está namorando aquela morena?

- Não é da sua conta, caramba. - Ele bufa irritado.

 


Notas Finais


Eu sei que ninguém perguntou, mas eu estava organizando os capítulos e essa temporada terá uns 60 capítulos.
Agradeço a todas que me acompanham quando podem, significa muito pra mim. Principalmente com relação às críticas.
Beijos!!


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