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História Behind The Secrets - Fourth Season - Dublin... part 2


Escrita por: featollg

Capítulo 4 - Dublin... part 2


- Por quanto tempo será essa adaptação? - Jade questiona. Essa seria a minha pergunta. Justin sequer me olha nos olhos enquanto leva a reunião à diante. 

- Ainda não temos certeza... Talvez dois meses e meio. - 10 SEMANAS? - Três no máximo. - Então quer dizer que ele não vai passar o aniversário das crianças aqui? É sério?

- Deixando claro que entramos num acordo, por isso Justin se posicionou a respeito e achamos que é o mais indicado, já que ele fundou a sede de lá. - Nolan diz conforme aparece na televisão que ficava ao lado de Justin e Bryan, na parede. Videoconferência ao vivo, uau.

- Era basicamente isso que precisávamos comunicar a vocês. Se tiverem algo a dizer ou qualquer outra coisa, vocês podem me procurar no meu escritório ainda hoje, até às 18h. Já vou comprar a passagem para amanhã cedo. - Todos se levantam e Jade vai até Justin e BrYan. Saio do escritório sem qualquer palavra e volto para a minha sala. Termino meu trabalho e, depois de uma hora da reunião, Justin me liga no celular. Atendo no terceiro toque. 

 

- Alô?

- Você pode vir na minha sala?

- Estou ocupada agora. Seria melhor se você viesse aqui.

- Ok.

 

Ele desliga. Coloco meu celular para carregar e olho no relógio: são 16:35.

Justin abre a porta e fecha em seguida. Senta em minha frente e continuo digitando os arquivos que a sede de São Francisco me mandou via e-mail mais cedo. Estava atualizando as planilhas deste mês. É a coisa que eu mais faço. Não posso perder o raciocínio.

- Eu vou comprar minha passagem agora... Você acha que compensa logo cedo?

- Indiferente. Você vai chegar lá do mesmo jeito. - Digo enquanto digito olhando de uma tela para outra.

- Eu não acredito que você está brava.

- Eu não estou brava. - Falo olhando para ele. - Já conversamos há um tempo e decidimos que não vamos confundir nosso casamento com o trabalho.

- Então isso significa que vamos discutir só quando chegarmos em casa?

- Sim. - Olho para ele e dou-lhe um breve sorriso. - Agora, se me der licença, eu preciso terminar essas planilhas.

- Mellanie... Qual é! Foi uma decisão necessária. - Franzo o cenho e ele bufa tentando chamar minha atenção. - Você vai me ignorar?

- Por favor, vá trabalhar. - Falo ao apontar para a porta. Realmente estou ocupada. Ele sai em seguida e termino meu serviço em cima da hora: às 17h. Preciso passar em casa e ir para a faculdade. Acabei fechando a empresa com Dimitri, porque Justin saiu para buscar as crianças e teria que levar Brandon no futebol. Vallery voltaria para casa com ele. Assim, eu poderia vê-la antes da aula. Hoje tenho prova de matemática aplicada e estatística. Detesto. Cheguei em casa quase 17h30, por conta do trânsito, e as crianças ainda não estavam por lá. Só Anna.

- Boa tarde, Mel! - Ela me dá um beijo na testa.

- Oi!! - Falo com um sorriso no rosto.

- Como foi o dia hoje?

- Cansativo... e o seu?

- Foi bom. - Ela volta para a copa com o telefone na mão.

- Vou tomar um banho e ir para a faculdade. Vallery e Justin estão para chegar. - Preferi não aborrecê-la com a viagem de Justin. Ainda temos muito o que conversar mais tarde. Ainda bem que farei duas provas e às 21h30 já estarei em casa. Tomo um banho quente, penteio meu cabelo com a escova e deixo-o molhado. Tiro apenas o excesso com o secador e visto um shorts jeans preto, uma blusa cheia de frases na cor branca, e o escrito em roxo. Uso uma sapatilha simples preta e pego meu celular, logo meu material básico e saio do quarto já pronta.

- MAMÃE! - Vallery grita ao levantar do sofá e vem em minha direção saltitando. Fofa. 

- Oi meu amor! - Ando até ela, que me dá um abraço forte e a pego no colo por um momento. - Como foi seu dia hoje? Você se divertiu?

- Foi legal. Eu fiz uma lição no meu caderno. Você quer ver? - Eu a coloco no chão e ela me puxa até sua mochila próxima à porta, que estava ao lado da de seu irmão.

- Claro que sim! Você já comeu lanchinho?

- Não estou com fome. - Ela nega com a cabeça toda fofa. Olho ao redor e Justin estava no sofá, nos olhando de relance. - Olha. - Pego seu caderno e começo a folhar. Vejo os desenhos dela e tinha uma página onde ela rabiscou total, isso é um começo, não?

- O que é isso, querida?

- Eu escrevi meu nome. - Não era bem uma letra, nada legível, mas já era um começo. - Vallery. - Ela apontou para o rabisco.

- Uau! Parabéns, Vally. Ficou demais. O Bran também escreveu, mas ficou feio. - Ela fala confusa e guarda de volta na mochila. - Ele tá no futebol. - Ela diz.

- Hm... Verdade. Vamos fazer assim? Enquanto ele não chega, você toma um banho bem quentinho. Que tal?

- Tá. - Ela concorda séria. Lanço um olhar de lado a Justin, que mexia no celular sentado no maior sofá só de meias. 

- Agora a mamãe vai para a faculdade. Depois eu volto, ok? - Dou um beijo na testa dela. - Comporte-se.

- Uhum. - Ela concorda e vai atrás da Anna, que estava na cozinha. Vou até o carro e coloco meu material lá, assim como meu celular. Já são 18h15. Tenho que sair em 10 minutos. Volto até a cozinha e abro a geladeira faminta. Tomo um copo de suco de uva bem gelado e pego duas torradas, passo manteiga e como rapidinho enquanto mexo no celular para olhar as notificações.

- Eu vou subir para ajudá-la no banho. Se quiser tem panquecas. - Anna aponta para o microondas.

- Não, obrigada. - Sorrio e mando um beijo para a Vallery enquanto sobe as escadas. Ela acena de volta.

- Você tem prova hoje? - Ele apoia os braços na bancada da copa.

- Sim. Volto às 21h30. Aí poderemos conversar.

- Meu voo é às 9h30. - Ele diz ao entrar na copa e meu coração dispara com o pensamento. Como ele vai daqui algumas horas? Suspiro fundo - tentando não ficar nervosa desde já - e prendo o cabelo num rabo de cavalo assim que termino de mastigar. - Você me leva para o aeroporto?

- Sim. Nós só vamos falar sobre isso mais tarde, Justin. Eu não quero entrar nesse assunto agora. - Ele assente e engole seco.

- Eu preciso resolver isso logo.

- Vai fazer sua mala enquanto isso. - Aponto para a escada e ele não reage.

- Eu vou buscar o Brandon antes.

- Aproveite e me deixe na faculdade.

-  Você quer que eu vá te buscar depois? - Ele diz sem qualquer expressão facial.

- Não... Algum amigo meu me traz. - Ele assente e pega a chave do carro. Vamos até sua Ferrari e Justin sai rapidamente. Passou buscar o Brandon primeiro e desceu do carro para chamá-lo. Liguei o rádio e, assim que ele voltou, Justin o ajudou a entrar no banco de trás, assim eu o abraço, que estava todo suado, e ele senta na cadeirinha atrás de mim.

- Amor! Você está todo molhado. - as bochechas vermelhas. Todo corado.

- Foi muito maneiro, pai.

- Sério? - Justin diz olhando-o pelo espelho retrovisor. - Você fez algum gol?

- Eu sou goleiro, pai! - Ele fala bravo.

- OH, desculpe. Verdade.

- Ei! Eu estou aqui. - Brandon ri com o que digo.

- Oi, mamãe. - Ele diz.

- Como foi hoje?

- Maneiro! - Justin estaciona em frente à faculdade e deixa o carro em ponto morto.

- 21h30 eu estou aqui.

- Pode ser um pouco antes. - Ele faz bico.

- Um beijo. - Dou um selinho nele, que morde minha boca. - Para com essa cara de quem está com raiva. - Sorrio falsa e dou um beijo no Brandon.

- Tchau, meu amor! Até mais tarde. - Entro na faculdade e o sinal bate. Vou para a minha sala e me preparo para uma das provas. Deixo o celular no silencioso e pego minha caneta, lápis e borracha. Aproveito enquanto o professor não entra para dar uma revisada na matéria e logo ele bate a porta para nos chamar atenção. Mal falo com os meus amigos. Estava pilhada para ir embora logo e não conseguia parar de pensar na conversa que estava para ter com Justin. Saí da prova às 21h10 e fui até a saída com o meu fichário. Até que fui bem nas duas provas. Não foi um oito ou nove, mas... Um sete, talvez?

- E aí? Esperando o boy? - Jake fala ao ficar parado ao meu lado.

- Estou! E você?

- Eu gosto de mulheres. - Ele fala sério, mas sacana.

- Vai pra lá então, cara! - Empurro-o assim que um nosso amigo debocha. 

- Ele tem 20 anos.. Só um pouco mais novo.

- Eu vou beber. Quer ir comigo? - Ele me convida.

- Tranquilo. - Vejo Justin chegar às pressas e estaciona bem em frente com sua Ferrari atraindo atenções. - Boa noite. - Dou um abraço nele, que beija minha bochecha e acena para Justin distante. Entro no carro e olho no banco de trás. Eles não estão aqui. Justin sai às pressas e ligo o rádio bem baixinho. Respiro fundo pronta para começar. Ele acelera e saímos daquela rua.

- Eu não acredito que você sugeriu essa transferência. Bryan vive se mudando, Nolan não se importa tanto e inclusive já está morando lá. Qual a necessidade do sócio mais importante decidir uma auto-transferência? Você tem dois filhos e uma esposa. Isso é loucura, Justin. Será que você não pensou nisso? Não é assim tão fácil você decidir ir morar em outro país amanhã. Eu entendo que seja importante, até porque trabalhamos no mesmo lugar e eu sei o quanto era necessário alguém responsável lá. Mas caramba... Do dia para a noite? Você não pensou nos seus filhos e em nada? Você vai perder o aniversário deles! Caramba, Justin. - Ele continua dirigindo correndo enquanto eu falo, sequer me devolve um olhar, mas percebo que presta atenção por conta de sua postura tensa, impaciente, dois dedos batendo constantemente no volante. Ele quer chegar logo em casa. - Não é possível que você esteja numa boa com essa situação. Eu não me importaria de você fosse viajar por uma ou duas semanas para qualquer lugar. Mas morar? Por tempo indeterminado em outro país... Assim fica difícil para nós. - Chegamos no condomínio. Ele não responde. Assim que estaciona, pega meu fichário e desce do carro ao bater a porta, logo tranca com o controle.

- Eles estão no quarto, mas acredito que ainda não dormiram. - Justin diz ao ignorar tudo o que eu falei há pouco. Entro em casa pela porta principal e subo as escadas com um pouco de pressa. Entro no quarto deles, que já estavam dormindo. Dou um beijo nos dois e desligo a televisão. Encosto a porta e vou para o meu. Tiro minha blusa e logo o shorts. Justin entra no quarto e fecha a porta. Estou com um pouco de frio.

- Cadê Anna?

- Lá embaixo. - Ele diz. Balanço a cabeça em concordância. - Antes que você reclame, eu não ignorei tudo o que você disse. Vou trazer o jantar para você. - Não respondo. Apenas pego uma camisola vermelha e visto, sem sutiã. Solto meu cabelo e calço meu chinelo rosa. Deixo o celular carregando na tomada do meu lado da cama e ajeito as câmeras para pegar bem na cama deles. Aproveito enquanto ele não volta para ligar a televisão e regular o ar condicionado. Vejo a mala dele em cima da escrivaninha. Não poderia colocar no chão? Estava praticamente vazia, uma bagunça. Justin entra no quarto com uma bandeja: suco de laranja (?) e legumes cozidos com purê de batata. Às vezes, Anna gosta que continuemos saudáveis.

- Eu vou terminar de arrumar minha mala e você come. Aí poderemos conversar. - Não respondo, apenas assinto. 

- Obrigada. - Sento na cama com as pernas esticadas e deixo a bandeja em meu colo. Começo a comer e estava uma delicia. - Você falou com a Anna?

- Sim... Expliquei tudo a ela, já me despedi das crianças e falei que iria passar uns dias trabalhando longe. - Ele faz uma pausa. - Inclusive, ela não gostou muito da ideia, mas me deu um apoio, sabe? - Assinto enquanto desfruto do jantar e ele vai jogando as roupas na mala. Tudo amassado! - Ela vai ficar aqui em casa todos os dias que você precisar. Eu não sei quando volto mesmo. - A última frase me doeu um pouco. Como ele não está nem aí? Engulo o choro e termino de jantar. Tomo todo o suco e vou ao banheiro fazer minhas higienes. Passo meu creme natural para o rosto e seco as mãos.

- Você ouviu tudo o que eu disse no carro? - Pergunto enquanto ainda penteio meu cabelo com a escova, parada na porta.

- Sim. Olha... Não está sendo fácil, até porque foi decidido de uma hora para outra, mas você sabe que eu priorizo meu trabalho na empresa. - Não escondo minha surpresa diante do que ele diz.

- Você prioriza o trabalho? Foi isso que eu ouvi?

- Você entendeu o que eu quis dizer. - Ele fala sério, ainda enquanto bagunça toda a mala. 

- Não, eu não entendi. Você acha melhor trabalhar e ganhar dinheiro do que ter a família por perto? Ah, Justin. Qual é? Que coisa mais ridícula. - Ele já tem muito dinheiro, se esse é o problema. - Quer saber, vai logo. - Eu deixo a escova na pia e saio do quarto irritada. Eu estava muito triste pelo fato dele ir embora amanhã. Eu me sentia sozinha. Eu detesto ficar sem ele aqui, ainda mais com as crianças, o aniversário deles!!!!! Que droga. Deixo tudo na pia da cozinha e ele veio atrás de mim correndo.

- Meu amor... Tenta entender, eu vou porque precisam de mim lá. - Justin me segue conforme ando pelo corredor e saio na escada que dava para o mar.

- Tudo bem. Eu entendo. - Engulo o choro. Eu estava chateada por ele não saber quando voltará. - Vai dormir. Você precisa acordar bem cedo amanhã. - Ele segura meus pulsos.

- Você está entendendo o que está acontecendo? Eu vou embora amanhã e você está me tratando assim.

- Como você quer que eu te trate? Você simplesmente ignorou o fato de que temos que fazer todos os preparativos para o aniversário dos nossos filhos, e você nem estará aqui... porque o trabalho é a sua prioridade. - Aponto para ele. - Eu não quero mais brigar. Eu só quero dormir.

- Você não quer dormir. - Ele retruca. - Eu amo você e as crianças demais, você sabe muito bem disso. Não há dúvidas. Eu faço de tudo por vocês. Caramba. Não é assim também. É óbvio que eu vou sentir sua falta, é óbvio que será muito difícil ficar longe dos dois, mas será por pouco tempo. - Ele fala mais calmo. Amoleço. - Eu ainda nem sei se realmente precisarei passar mais de um mês lá. - Se ele voltasse em 20 dias seria ótimo.

- Você nem sabe por quanto tempo. - Falo chorona e escondo o rosto com as mãos, já sentindo algumas lágrimas escorrerem. - Que droga. - Eu só estava chateada pelo fato dele provavelmente não estar aqui no dia 01 de agosto.

- Mel... Não chora. - Ele me puxa para um abraço forte e continuo chorando fininho. - Será por pouco tempo. Eu não vou deixar vocês. É claro que não. - Continuo decepcionada pela situação e ele acaricia meu cabelo. - Ei... Para. Por favor. Vamos terminar de conversar numa boa. - Nego com a cabeça. Eu não queria conversar. Eu só queria que ele não fosse embora tão cedo sem data para voltar. Esse é o meu problema.

- Justin... Eu não quero que você pense que eu não tenho maturidade para lidar com isso. Eu entendo que seja a trabalho, mas é complicado, sabe? Eu penso pelo lado dos nossos filhos... Eles vão entrar de férias em 10 dias, vamos mudar toda a rotina e eu estou preocupada por conta do aniversário deles.

- Eu vou voltar. Eu sou dono da empresa. Você acha que eu iria preferir morar sozinho em Dublin tendo vocês três na Rússia? - Não respondo. Ele segura meu rosto com as duas mãos e estavam quentes. - Eu também estou triste por isso, pela situação imediata. Mas eu sou o dono dessa empresa enorme. Eu posso voltar para cá assim que conseguir resolver a situação por lá. Fique tranquila. É claro que vamos sentir falta um do outro, eu vou querer falar com as crianças todos os dias, mas vamos tentar. Assim que eles entrarem de férias passe uns dias lá, comigo. Não sei. Tudo dá-se um jeito. - Ele me acalmou completamente. Apenas continuei concordando com a cabeça e já estava parando de chorar. Os olhos dele estavam marejados, como quem ficou sentido pela situação. Justin me dá um selinho e iniciamos um beijo lento. Ele me segura com toda cautela, até que eu me sinto bem o suficiente. Trocamos alguns selinhos lentos e ele beijou minha testa bem devagar. - Coloca na sua cabeça: eu te amo demais e você sempre soube disso. - Assinto mais uma vez e o abraço forte na barriga. - Você está mais calma?

- Estou. - Respondo ainda olhando-o nos olhos e ele me dá mais um lento beijo. - Eu vou sentir muito a sua falta. Muito mesmo.

- Relaxa, tá? É necessário. Daremos um jeito em tudo. Eu amo você demais.

- Eu também te amo demais. - Falo baixinho e ele beija minha testa mais uma vez. - Você já terminou sua mala?

- Eu não sou muito bom com isso...

- Eu posso te ajudar. - Dou os ombros e ele pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos. Justin dá um beijo na minha mão e me puxa para um abraço de lado.

- Eu não quero uma mala muito grande. Não quero levar quase nada.

- Então por que você pegou aquela mala enorme?

- Sei lá... Eu não sou muito bom com essas coisas. - Ele diz indiferente e encosta nossa porta. Pego uma mochila grande dele no armário e transfiro todas as roupas da mala para a mesma. Claro, tiro algumas que não combinam com a ocasião e pego várias cuecas. Ele fica sentado na cadeira, em minha frente, observando.

- Eu tenho que estar no aeroporto às 8h.

- Podemos acordar às 7h tranquilo... - Ele não responde e levo mais alguns minutos para arrumar tudo.

- Eu peguei pouca coisa.

- Tá ok. - Ele assente. - Só falta o passaporte, a passagem e meus documentos.

- Isso você leva no bolso, certo?

- Sim. - Ele assente. - Agora nós podemos deitar? - Ele fala me olhando nos olhos e assinto devagar. Sento-me em seu colo com as pernas divididas.

- Eu vou sentir tanto a sua falta. - Acaricio seu cabelo enquanto falo e beijo seu maxilar do lado direito.

- Pelo menos você não terá com quem brigar, terá mais espaço na cama, mais tempo para as crianças... Pense pelo lado positivo.
- Como você é sem graça. - Falo e ele ri. - Você não vai sentir nossa falta?

- Vou. Muito. Mas vai passar rápido. Vamos continuar trabalhando do mesmo jeito. - Era verdade. Nos beijamos com lentidão e ele passa a mão esquerda pelo meu pescoço, logo a direita em minhas costas. Justin sobe minha camisola até minha barriga e acaricia minhas coxa direita. Eu o beijo com gosto nos lábios e viro minha cabeça a todo instante, confortável nele. Justin puxa meu cabelo para trás de modo que enxerga todo o meu pescoço. Ele me beija na região e morde minha nuca. Gemo baixo. Arranho seu pescoço. Ele pede para que eu tire minha camisola.

- Caramba... - Ele sussurra e encosta a cabeça no meu ombro. - Eu vou sentir muito a sua falta. - Ele suspira fundo. - Sério. Que droga. Eu acho melhor deitarmos... Eu vou me sentir mal.

- Por quê? - Questiono confusa.

- Eu vou ficar sozinho. Eu sinto muito a falta do seu carinho, sua companhia. Que droga. - Ele diz conforme contorno seus lábios e acaricio seus ombros largos. - Eu gosto tanto de você, Mel. - Ele acaricia meus braços. - Vamos deitar... Por favor. - fico de pé e o puxo até nossa cama. Deitamos lado a lado e ele me abraça bem forte. - Boa noite. Eu amo você. Demais. Você é tudo na minha vida. - Sorrio feito boba. - Desculpe-me por todo esse transtorno.

- Para, amor. Não tem que se desculpar por nada. Eu amo você também, demais. - dou um selinho nele.

- Eu queria muito transar com você agora, mas eu vou me sentir péssimo amanhã.

- Eu não sei você, mas eu me sinto ótima depois de transar. - Ele ri. - Relaxa! Só dorme. - Dou um beijo na testa dele. Justin fecha os olhos após um longo suspiro e faço cafuné nele, com meu rosto bem próximo do seu. Ele sorri e solta o braço esquerdo em minha barriga, abraçado comigo. Passo longos minutos fazendo cafuné nele, que se aproxima de mim e me dá um selinho. Logo outro. Trocamos inúmeros selinhos, até que eu o abraço no pescoço e partimos para o beijo de língua. Ele me aperta nas costas com os dedos firmes, logo passeia com a mão esquerda pelo meu pescoço e mordo seus lábios. Vou pausando o beijo aos poucos e ele acaricia minha bochecha todo calmo. Dá um forte beijo na mesma e logo chupa meu maxilar. Dói. Não reclamo. Apenas fecho os olhos. Ele me abraça forte de modo que também estico os braços em volta de seu corpo. Justin passa a beijar meu pescoço e chega até meu decote da camisola. Estávamos tranquilos, até. Vai passar rápido. Não estou mais tão pilhada quanto antes. Acredito que nem ele. Justin volta a acariciar meu rosto e trocamos outro lento beijo. Estava sendo tão bom. Termino com um selinho e volto a fazer cafuné nele.

- Você está mais tranquila? - Ele diz ao bocejar.

- Sim. - Respondo rápido. - Acredito que você também...

- Não. - Ele suspira. - Eu me sinto estranho agora, na verdade.

- Mas por que? - Faço com que ele me olhe nos olhos.

- Eu não sei mais viver completamente sozinho. Eu gosto de ter você e as crianças comigo.

- Será por pouco tempo.

- Eu gosto de sexo. - Ele diz pidonho. Rio.

- Isso não é pretexto. Você só precisa dormir. - Ele assente e trocamos um último beijo. Viro-me para o lado oposto e Justin me abraça por trás, encolhendo as pernas para encaixar nas minhas. Ele passa o braço pela minha barriga e beija meu ombro. Jogo o cabelo para um lado só e acabo dormindo primeiro, eu acho.


                                                                                        05 de junho de 2018

- 7 horas, Justin. - Acordo com o despertador e levanto primeiro. Faço minhas higienes e passo uma água no rosto. Ele continuava desmaiado na cama, o rosto para o lado do banheiro. 

- Argh. - Ele chia. Penteio meu cabelo e prendo num coque alto. Ele passa por mim e encosto a porta do banheiro. Passo pelo quarto das crianças e dou um beijo no rosto de cada um. Eles nunca que conseguem levantar tão cedo assim.

Desço as escadas correndo e vou até a cozinha. Anna já estava colocando a mesa para o café da manhã, tão... cedo.

- Bom dia!

- Bom dia! Mas já? - Estranho.

- Justin conversou comigo sobre hoje, ai achei melhor ajudar vocês.

- Entendi... Ele está meio chateado por ir embora.

- Imagino, mas ele comentou comigo que não ficará por tanto tempo fora, não é?

- Eu não garanto, na verdade. Ainda não temos como saber. - Dou os ombros e a ajudo até que Justin desça.

Fomos até o aeroporto e posso dizer que não sofri com a ida dele. A verdade é que eu comecei a sentir no dia seguinte, quando ele provavelmente já estava instalado no hotel em Dublin. Ele não ficou no apartamento que comprou para nós.

- Thomas está chegando na empresa. Peço que vocês o ensinem como gerenciar. Principalmente você, Bryan. Mellanie, passe todos os relatórios diariamente para ele e o ajude a usar nosso banco de dados. - Apenas faço um joia. Como se já não estivesse atolada de tarefas para a próxima semana, precisarei treinar um cara que nem mesmo trabalha no mesmo setor que eu.


                                                  Justin P.O.V 

Assim que cheguei na cidade, a primeira coisa que fiz foi perguntar a um desconhecido no aeroporto onde encontro o Starbucks mais próximo do meu hotel, que fica no bairro da JKC. O taxista me disse que tem um a 1km do hotel. Inclusive, passamos na frente. A propósito, o hotel tem parceria com a empresa e me hospeda por um preço bom. É mais um flat mesmo, pelo que eu sei. Fiz o check in e preenchi meus dados no folheto que a recepcionista pediu. O sotaque aqui é tão diferente. Não pretendo ficar no apartamento que comprei, até porque Nolan já está morando por lá e acredito que não ficarei por aqui tanto tempo assim.

- Seu quarto é o 824. Oitavo andar. Aqui está sua chave. - A recepcionista loira me entrega três chaves num molho só. - As duas redondas são da porta principal. A quadrada você pode usar para o cofre. - Quem usa chave para abrir um cofre?

- Obrigado. - Pego minha mochila e vou até o elevador, no fim do hall. Entro sozinho e haviam 12 andares. Aperto no oitavo e saio no mesmo, silêncio total. Era enorme. Procuro pelo quarto 824 e ficava quase no fim. Abro com a chave redonda e era do jeito que eu queria, pequeno e confortável. Jogo a mochila no chão e começo a olhar tudo. Um sofá preto de três lugares em frente a uma televisão colada na parede, uma mesa para duas pessoas próxima da porta e uma cozinha americana, bem pequena. Minúscula, eu diria. Tudo bem pequeno. Vejo um lavabo minúsculo e entro no quarto. Uma cama de casal, um criado-mudo, um guarda-roupa de duas portas e duas gavetas. A porta do banheiro era ao lado: um box pequeno, mas parecia tudo bem confortável. Não sou muito de reparar nessas coisas, mas gosto de decorações finas. Nada demais. Pelo menos no meu quarto terá uma varanda pequena, que é ligada com a sala. Esse hotel é bem confortável. Coloco a mala na minha cama e tiro meu computador, logo meus documentos e guardo no cofre - com senha, NÃO com a chave. Aproveito e ligo para Mellanie conforme tiro meu tênis e calço um chinelo. 

 

- Jay.

- Amor, já estou no hotel. Cheguei agora pouco.

- Pensei que você ficaria no apartamento...

- Ainda não.

- Você gostou? É bem grande?

- Eu gostei! É bem pequeno, na verdade, mas confortável. Estou sozinho mesmo.

- Huh. Me mande fotos depois.

- Por quê?

- Eu quero ver como é! E a JKC? Fica perto? - Ela pergunta empolgada.

- No mesmo bairro... Vou lá agora.

- Tá certo. Beijo.

- Beijo.
             

                         Mellanie P.O.V 

Devo dizer que simpatizei com Thomas. Ele teve que passar o primeiro dia, durante a manhã com Bryan, a tarde comigo e tudo o que eu sei é que irá embora dentro de alguns dias.

- Por hora é isso. Amanhã você pode aprender mais sobre esse sistema que nos ajuda bastante.

- Obrigado, Mellanie. Você é muito gentil. - Ele sorri e levanta. - e também é muito bonita.

- Obrigada. - Sorrio e espero que as folhas saiam na impressora. - Já se acostumou com o ambiente?

- Sim... Aqui é bem diferente do que eu imaginei, na verdade. Digo, a cidade, mas é bom. Assim eu conheço novas pessoas.

- Com certeza! Você veio sozinho? - Vou entregando as folhas a ele conforme andamos até a porta.

- Sim. Quando estiver com tempo livre, gostaria que me acompanhasse a fazer um tour por Moscou. - Ele está me chamando para sair. É isso mesmo? Isso é estranho.

 

SPOILER

Ele senta em minha frente e me olha nos olhos.

- Você quer começar? - Ele nega com a cabeça e abaixa a mesma. - Eu quero poder te ajudar. - Ele coça a nuca e suspira fundo. Penso em tocá-lo, mas hesito.
 


Notas Finais


Confesso que tenho postado com bastante frequência porque estou MEGA empolgada pra chegar logo nos capítulos principais... De certo, é um problema, porque tenho vários caps já prontos e fico ansiosa.
Obrigada a todas que estão lendo, comentando e opinando a respeito. Significa muito pra mim.
Grande beijo, boa noite.


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