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História Behind The Secrets - Fourth Season - Third


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Capitulo menor do que os outros pra dar uma equilibrada hehe bjos

Capítulo 43 - Third


Chego no consultório em cima da hora, já que estou tendo uma manhã corrida para realizar os pagamentos no final da tarde. Entro no consultório apenas para pegar o resultado e foi um doutor que me atendeu. Disse que estou saudável, já que aproveitei para ver minha triglicerides e o colesterol. Tudo ok.

- Negativo. Ufa. - Falo assim que saio do consultório e mal conversei com o Doutor. Minha médica não pode me atender hoje cedo, então peguei o exame bem rápido. Suspiro já aliviada e mando uma mensagem para Anna:

"Negativo!!!!" - Mellanie.

"Eita, então você precisa mesmo ficar calma" - Anna.

Eu estava com a consciência limpa, confesso. Não seria a hora certa de estar grávida. Nem tem como... estou atrasada tem só uma semana, eu acho. Eu já me perdi nos dias desde que parei com o anticoncepcional. Começo a realizar os depósitos com Isabelle, que faz da sede de São Francisco, apesar do fuso-horário, e então meu celular toca. Número desconhecido.

- Mellanie.

- Oi, boa tarde. Aqui é do consultório Skouwish. É a Mellanie Schneider?

- Sim! Com quem eu falo?

- A Sra. Uoskou gostaria de agendar uma consulta com urgência. 

- Ah, sim, mas eu já peguei meu exame hoje cedo.

- É sobre o exame. Você pode ainda hoje?

- Huh, eu estou um pouco ocupada agora... seria depois das 18h?

- Sim, ela pode te atender entre às 18h20 e 19h.

- Eu posso ir às 18h40. 

- Tudo bem. Confirmado?

- Sim. Obrigada. Você pode me adiantar o assunto?

- Não possuo a informação, desculpe.

- Tudo bem. Obrigada. Até mais.


                Justin P.O.V

 Bato a porta principal e então deito na minha cama sentindo uma raiva tremenda. Por que simplesmente deu errado? A campainha toca e acabo de lembrar que combinei de ir a um restaurante japonês com Ryan e Josh. Abro a porta e me deparo com os dois. 

- Que cara de merda é essa?

- Deu errado, de novo... - Gesticulo para que ele entenda, que desvia o olhar para Josh. 

- Porra, Bieber. O que está acontecendo? - Josh cruza os braços e dou os ombros incomodado.

- Eu não sei. Parece que quanto mais eu sou sincero, pior fica.

- Talvez o problema não seja só você. Estava com a Johnson? - Assinto e pego meu celular, logo minhas chaves da moto e o capacete.

- Vamos logo. Não quero falar sobre ela. 

                           Mellanie P.O.V

Desligo pensativa sobre o porque ela quis uma consulta de última hora. Tomara que meus exames estejam realmente todos controlados. Não lembro de ter solicitado nenhuma outra verificação além dos hormônios - que provavelmente ela dirá que estão alterados. 

Ligo para Anna e digo que buscarei as crianças no colégio e os deixarei em casa, voltando de moto para o consultório, assim não atrasarei. 

Quando já era 18h45 consegui estacionar na entrada e era a última do dia... Claro, qual ginecologista atende a esse horário? Isso tudo é realmente estranho.

Entro em seu consultório cansada, porém de consciência limpa. Consegui terminar os depósitos em cima da hora e meus filhos estão em casa.

- Sra. Uoskou, boa noite. - Bato na porta e logo encosto a mesma. Estamos sozinhas, a não ser por dois seguranças na entrada. Ela sorri e faz um gesto para que eu sente em sua frente. Nos cumprimentamos com um abraço. - Estranhei essa consulta de última hora.

- Boa noite, Sra. Schneider. Foi realmente uma urgência. Não consegui te atender logo pela manhã. - Ela estava com um envelope na mesa e começou a digitar algo sobre mim. - Como tem passado? Mesmos sintomas?

- A mesma coisa... Os sintomas continuam, mas só pelo fato de saber que não estou grávida, eu fico tranquila.

- Como assim?

- Porque eu fiquei com medo do exame dar positivo, sabe. Eu estou passando por uma época... difícil. - Dou os ombros e ela abre o envelope, lendo-o enquanto me ouve. 

- Mas, Mellanie. Você está grávida. - Rio. Nervosa. O quê? Não estou.

- Não, eu peguei o resultado hoje cedo. - Abro minha bolsa e procuro pelo papel. Entrego a ela.

- Houve uma alteração no resultado... Na verdade, seu Beta HGC já diz. Você não pegou a página com o resultado correto.

- Não, mas... como... como assim? - Estou trêmula. Não pode ser. Suspiro fundo não conseguindo nem mesmo ler.

- Acalme-se, aí eu te explico. - Assinto olhando para o papel.

- Aqui, - ela circula - está o resultado BHGC, no caso, Gonadotrofina Coriônica, >1000.00, isso significa que deu positivo. Você está grávida. - Coloco as mãos na boca sem resposta e isso não pode estar acontecendo, mesmo. Não pode ser. 

- Não pode ser... Eu... eu não posso estar de oito semanas sem ter percebido.

- O quê? - Ela me olha surpresa. - Você não está de oito semanas. Na verdade, a descoberta aconteceu por acaso. 

- Doutora, mas como assim? Eu teria me sentindo estranha desde o início.

- Não necessariamente, Mellanie. Você está de duas semanas. - Abro a boca e meus olhos parecem querer saltar. Duas semanas?

- Isso não é possível. Eu comecei a me sentir mal tem quase 15 dias. É tudo muito estranho.

- Foi, na verdade, uma coincidência. Seus hormônios deram alterados e você me parece bem nervosa nos últimos dias.

- Demais, até... Eu estou muito estranha ultimamente.

- Então, esses sintomas de 15 dias atrás são hormonais, não necessariamente da gravidez. Agora, se nessa semana em diante você ainda sente-se com enjoos, cansaço, muito sono e demais sintomas, sim, faz parte da gestação. - Nego com a cabeça desacreditada. Duas semanas. Foi na noite em que ele dormiu na cama de solteiro comigo? A nossa primeira noite depois de quase dois meses. Meu Deus. Isso é demais para a minha cabeça, mesmo. Duas semanas. Eu me sinto tão vulnerável nessa semana. Será que meus hormônios mudaram TANTO?

- Tá, é... Eu... nossa. - Não consigo respondê-la. - Até a semana passada e na outra eu estava com sintomas fracos, eu diria, não cheguei a pensar que realmente poderia estar grávida. Mas tem uns três dias que eu ando tão triste com alguns assuntos que me sinto pior do que na TPM, sabe? Vontade de chorar, desanimo... 

- Isso é normal. A verdade é que você está no começo do começo. - Ela ri. - Deveria estar feliz! Eu lembro que você sempre comentou comigo o quanto seu marido gostaria.

- Sim, mas estamos separados tem um tempo... - Falo sem jeito. Ela assente. - Mas esse filho é dele.

- Então! Isso é um ótimo pretexto. - Ela então me faz rir, no meio de todo esse nervosismo. - Foi por isso que te chamei... Faremos um acompanhamento até que você complete 5 semanas, pelo menos para ver com relação aos sintomas. Eu preciso que você tente não ficar muito nervosa com facilidade.

- Isso é realmente difícil, ainda mais agora que eu descobri estar grávida de duas semanas. Eu nem sabia que isso era possível. - Rio frustrada. - Que coisa louca.

- Foi uma descoberta inesperada, eu sei. O que importa é que você já sabe e agora precisa ficar tranquila. Não é mãe de primeira viagem. - Assinto. - Falando nisso, como seus gêmeos estão?

- Bem, graças a Deus. Eles estão enormes. - Digo contente e passo a mão na minha própria barriga, ainda do mesmo tamanho de sempre, pensando no que deixei acontecer por um deslize. - Eu sei que isso tudo foi um choque. Eu trabalhei com a consciência tranquila hoje, já sabendo que tinha dado negativo... e agora.

- Você deveria estar feliz, Mellanie. Nada acontece por acaso. - Eu sei disso, também penso assim. Ela está certa. - Pode não ser a melhor hora, mas você sabe o quanto vale a pena.

- Com certeza. É... Era isso?

- Sim. Você pode levar a segunda parte do resultado, por favor. - Ela me entrega o envelope. - Caso volte a sentir enjoos matinais, tome chá de hortelã. Ajuda bastante. 

- Ok. Eu vou precisar. Obrigada pela consulta, por me atender a essa hora e... caramba. - Ela levanta e me dá um abraço. - Eu ainda estou em choque.

- Fique tranquila. - Ela sorri. - Tenha uma boa noite. Nos vemos daqui 10 dias, ok? - Assinto e saio do escritório sentindo uma tontura tremenda. Não de enxergar tudo rodando, mas tontura pela situação. Eu me sinto estranha, confusa, triste, desanimada, ainda mais perdida do que quando voltei para cá. Eu fiz o exame tem poucos dias e simplesmente descobri que estou de duas semanas. Foi na única vez em que transamos sem proteção, na primeira noite dele na casa da minha mãe. Estou exatamente de 16 dias. Isso é impossível de descobrir! Como? Vou para o meu carro transtornada e não sei como chegar em casa com uma notícia dessas. Como eu vou criar um terceiro filho, sozinha? Justin está na Califórnia, feliz, como ele mesmo diz, com outra mulher, não dá atenção nem mesmo para os gêmeos de perto. Eu estou sozinha. Passo os próximos dez minutos no volante olhando para a rua escura, com medo, pensativa e finalmente estou mais calma para dirigir. Preciso ver meus filhos. Só isso. Lauren irá embora assim que eu chegar em casa. Tive que faltar a aula de hoje. Ainda bem que meu semestre está acabando. Ando calma pelo trânsito e ouço Oasis boa parte do caminho. Assim que chego no condomínio, estaciono na garagem de casa e cheguei a conclusão de que ninguém saberá sobre a gravidez, pelo menos, até que eu complete 8 semanas. Muito menos Justin. Ele sequer ficaria feliz a esse ponto. Talvez contente, mas eu não quero que ele pense que estou mentindo para vir até mim. Isso seria humilhação demais, além de toda a grosseria dele... 

Entro em casa transtornada e os dois descem as escadas. Por um momento, esqueço meus problemas e penso só neles. 

- Como vocês estão? - Pego Vallery no colo. - Cheirosa!! Huh, que gostoso.

- Tomei banho agora.

- Eu também tomei, mamãe. - Brandon acena todo fofo e eu o carrego no colo, cheirando seu cabelo.

- Uau, você também está muito cheiroso. Parabéns.

- Eu to com fome.

- Sabe que eu também? Vou esquentar o jantar. Cadê Lauren? - Olho ao redor e nem sinal.

- Tá no quarto. - Brandon vem até mim, na cozinha, e eu logo lavo as mãos. Deixo meu celular na bancada e acabo lembrando da gravidez. Um terceiro filho, agora? Como isso está acontecendo na hora certa? Jantamos uma sopa de mandioca feita por Anna, já que está muito frio, e eu me sinto tão estranha quanto antes. Grávida de 16 dias. Eu normalmente teria descoberto lá pela 7ª ou 8º semana. Não... agora. 

Ficamos na sala assistindo tevê até que eles sentiram sono por volta das 21h30. Eu os levei para escovar os dentes e deitamos na cama. Fiquei sentada no chão, entre as camas, porque Brandon simplesmente tem muito ciúmes quando deito com Vallery e vice versa. Prefiro ficar entre eles. Acaricio seus cabelos loiros enquanto eles assistem desenho e espero que durmam logo, assim conseguem descansar. Tive um dia tão louco e o fato de estar grávida me deixa pirada. Por que agora? Eu jamais pude imaginar que estaria de duas semanas. Talvez, não sei, oito, mas... três? Isso é tão recente. Justin está com outra mulher. Ele simplesmente não vai mesmo voltar comigo.

Assim que eles dormem, desligo a televisão e tranco todas as portas. Ligo as câmeras externas e a do quarto deles, assim consigo observá-los. Eu me sinto tão sozinha nessa casa... os cachorros latem um pouco, então vou até o quintal e não era nada. Dou boa noite a eles e tomo um copo de água. Penso em falar com Justin, mas não tenho o que dizer. Ele não pode saber da gravidez. Tudo menos isso. Não é a hora. 16 dias é pouco demais para contar a alguém. Anna só poderá saber quando realmente aparecer um pouco. Por enquanto o que sinto é cansaço excessivo e enjoos. Nem meus seios estão inchados, mas sim um pouco maiores... quase nada, na verdade. Agora tudo parece fazer sentido. Faço minhas higienes e sento na cama com a luz do quarto acesa, mexendo em minhas redes sociais. Nenhuma atualização de Justin. Converso brevemente com as meninas da faculdade, que perguntaram o motivo da minha ausência. Falei também com Jade e um pouco com Isabelle sobre coisas a resolver na segunda-feira. Um pouco antes de dormir, já bem mais tranquila, decido ligar para Justin. Não falarei nada sobre a gravidez. Apenas... queria conversar, mesmo que ele esteja acompanhado. É tão difícil imaginá-lo lá, com outra, feliz com uma estranha.

- Oi. O que foi? - Ele pergunta sério e deita na própria cama. - Aqui ainda está um pouco cedo. 

- Eu queria... conversar, se você estiver sozinho. - Olho ao redor, mas a câmera não me deixa ver nada além de seu rosto, ombros e a cama. 

- Eu estou. Como estão Vallery e Brandon?

- Eles falam sobre você sempre. É péssimo.

- Eu... imagino. Quero vê-los o quanto antes. Eu sinto muito a falta deles, de verdade. - Pelo menos agora ele fala como o Justin que conheço. Realmente deve estar sozinho, assim não precisa impressionar ninguém. 

- Sim, eu... imagino. Você está feliz com essa outra mulher? - Não seguro minha língua.

- Você está com ciúmes? - Ele distorce a resposta e eu levanto.

- Eu só estou triste. - e GRÁVIDA de você! 

- Por conta da separação ou por me ver feliz com outra mulher?

- Eu não suporto isso, Justin.- Apago as luzes.

- Eu não consigo te ver.

- Pouco importa. - Suspiro fundo. - Eles foram bem no trabalho. Estou orgulhosa.

- Sua voz está baixa. Fico feliz! Eu pretendo buscá-los daqui uns dias para ficarem comigo.

- Não dá. Eles têm aula.

- O que está acontecendo? Você ainda está irritada porque eu estou feliz?

- Justin... Na boa. Se você não se importa, não pergunte. Você não precisa fingir uma preocupação para me agradar.

- Mas eu me preocupo, você é a mãe dos meus filhos.

- Sou. Seus filhos estão bem. Eu não consigo falar com você agora. Mesmo. Eu te liguei para conversar, mas eu simplesmente não sei porque. Não tenho nada a te dizer que você queira ouvir.

- Eu só estou feliz. Que mal tem nisso?

- VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DE COMO EU ME SINTO VENDO VOCÊ COM OUTRA. EU QUERO SUMIR PARA NÃO FICAR IMAGINANDO. - Desabo a chorar. Que droga. De novo. Não é possível. - Eu não consigo. Eu não quero ter que aguentar isso, mesmo de longe. Eu sei que você está feliz, que você está namorando, que vocês já estão nessa há um tempo, mas então você não deveria ter ficado comigo enquanto eu estava aí.

- Eu não... Mellanie, para de chorar. Me escuta. - Deito na cama. - Liga essa porra de luz. - Não mesmo. - Eu não a conhecia enquanto você estava aqui. - não? Ufa. Eu estou aliviada, porém continuo na mesma. - Você sabe que eu não faria isso. - Choro ainda mais. - Mas eu não vou voltar com você. Não é isso que eu quero.

- Eu já entendi. Não precisa se explicar. - Ligo a luz. - É que dói tanto. - Ele parece sem reação ao me ver chorar. - Eu vou dormir. Tchau.

- Mellanie... Eu... - Nego com a cabeça. - Tenta entender. Eu só estou feliz. - assinto em concordância, mas ele não me vê. Estou prestes a gritar para ele que há um bebê no meio de tudo isso. - Liga essa luz, caramba.

- Fico... fe...feliz que você esteja feliz. - Falo ainda chorando feito idiota e ele realmente estava surpreso. Por que eu simplesmente não consigo parar? Eu soube da gravidez hoje e já estou descontrolada. Como serão minhas próximas 33 semanas sozinha com duas crianças?

Desligo e desabo a chorar pela milésima vez só nessa semana. Grávida. Transtornada.

                                   Justin P.O.V

- Eu... Nunca... - nego com a cabeça tentando aceitar para mim mesmo. Ela realmente me ama. Muito. Falo sozinho boa parte da manhã conforme penso. Tive uma reunião e o fato de ver Mellanie chorando duas noites seguidas me deixou grilado. Tudo bem que não nos falamos tem uns três dias. Tempo que tirei para reavaliar minhas decisões de São Francisco, nada relacionado a ela. O fato é que vê-la chorar daquele jeito, sabendo que não há nada forçado... realmente. Isso é novo para mim. 

Decidi visitar Anne após o trabalho, assim podemos conversar um pouco sobre o que ela possivelmente acha da minha separação com sua filha. Cheguei a conclusão de que a opinião dela realmente será muito válida num momento como esse. Mellanie simplesmente não entende que eu estou feliz... ninguém precisa saber se eu estou ou não me envolvendo com outra mulher. 

- Por onde começamos? - Ela senta ao meu lado. Aquela barriga enorme. Eu me lembro de Mellanie grávida... As duas são tão parecidas. Acaricio a mesma.

- Antes de entramos no assunto, eu queria que você soubesse de algo antes. - Ela parece preocupada, então assente. - Um dia depois que a Mellanie foi embora eu me envolvi com uma mulher daqui. - Anne desvia o olhar decepcionada. Eu sou muito cara de pau... Como posso dizer isso a minha sogra? ou... ex-sogra. - Nós estamos separados e eu queria tirá-la da cabeça um pouco. Conheci uma mulher gente boa, tudo foi indo bem, mas a Mellanie sabe que isso está acontecendo, mesmo que eu esteja tentando ser o máximo cauteloso possível.

- Então isso não é nenhum tipo de provocação? É isso que você quer me dizer?

- Não. - Nego com a cabeça. - De maneira alguma. Eu só quero tentar tirá-la da cabeça, mas isso é impossível. Eu falo com os meus filhos todos os dias e sinto tanta falta deles, mas tanta. É algo absurdo. Eu nunca pensei que sentiria tanto ao ficar distante deles por tanto tempo... Eu não consigo mais acompanhar tudo o que acontece e isso é péssimo. Eu quero estar presente. - Ela assente como se me entendesse.

- Por que você não vai visitá-los? 

- Eu não quero... ver a Mellanie agora. Ela está tão... chorona esses dias. Eu me sinto triste por isso, porque eu estou feliz aqui, mas caramba.

- Você ainda está com essa outra mulher? Ela é daqui mesmo? - Não quero entrar nesse assunto.

- Eu... prefiro não falar muito sobre isso, mesmo. Sim, ela é daqui. Temos amigos em comum. É uma boa pessoa, mas não sinto nada por ela. - Anne concorda mais uma vez e eu me sinto numa psicóloga. Sinto falta das minhas consultas na Holanda. 

- Vocês conversaram esses dias? 

- É, sim. A última vez foi no sábado. Ela quis conversar comigo e me disse muitas coisas... comentou que me ama, está arrependida, quer que eu volte, não suporta me ver feliz com outra. 

- E como você reagiu? - Ela consegue me fazer as mesmas perguntas que a Mellanie. Como isso é possível?

- Eu fiquei chateado... porque eu amo sua filha, Anne, você sabe disso, mas ela não pode querer que eu volte para ela do nada. Eu já disse que isso não vai acontecer assim. Se ela me deixou ir embora e se arrependeu depois, foi por dó. Eu estou bem aqui.

- Sabe que... eu conversei muito com ela antes de ir embora, na noite anterior. Eu já tive depressão pós-parto e... - ela teve? Uau. Eu nem sabia que existia esse termo. - foi muito difícil, muito mesmo. Eu expliquei a ela que essa doença não possui qualquer exagero. É realmente uma doença complicada e... às vezes parece que não vai passar nunca. - Era exatamente como eu me sentia. - Eu tenho ideia de como você pode ter se sentido... Mellanie sempre quis as coisas de um jeito fácil, o que eu nunca defendi, mas quando fui ver... já... era. 

- Sua filha é mimada. - Ela ri. Eu sei que estou certo. - E como ela reagiu?

- Ficou um pouco mais preocupada, eu acho... não vi direito como estava quando foi embora. - Foi por isso que ela estava com uma cara péssima logo pela manhã, de quem só queria chorar e dormir. Eu sei bem como é isso. - Mas o fato é que ela tem evitado falar sobre vocês comigo desde que foi embora. 

- Eu estou me sentindo um pouco perdido... porque eu não quero voltar atrás e fazer o que ela quer, mas ao mesmo tempo eu... ela é minha esposa. - Tento explicar, em poucas palavras. Eu realmente amo aquela mulher. Vê-la chorar daquele jeito enquanto conversávamos por vídeo, sem que eu pudesse tocá-la, foi um extremo pra mim. 

- Você quer voltar com ela? - SIM. 

- Sim, eu quero. Muito. - Falo enquanto volto a olhar sua barriga enorme. - Mas eu não quero que ela continue assim... Eu sei que também sou complicado, mas você é mãe... você a vê de um jeito... sei lá, diferente de mim.

- É. - Ela ri. - Eu a vejo amplamente. Mellanie é realmente complicada, mas eu não sei como é a relação total de vocês... e também nem faço questão. É algo pessoal. - Assinto. - Converse com ela sobre mudar. Se ela mudar e você também, voltem, se não... quem sabe não esperam mais um pouco? Eu nunca acreditei que vocês realmente iriam se separar para valer. Vocês se amam.

- Sim... Mas como? Ela está longe e, se eu voltar para Moscou, vou voltar com ela. Não é isso que eu quero.

- Você não quer isso, Justin? - Assinto. - Então volte. A vida é curta demais para tomar decisões do outro lado do mundo quando você pode resolver frente a frente. Conversem mais um pouco por telefone e, se você realmente sentir que ela te quer de volta de verdade, se você ficar ok com isso, volte para resolverem pessoalmente. Pelo menos assim você vê seus filhos. - Ela está certa. 

- É... Eu vou fazer isso. Fiquei tão confuso com todos esses pensamentos sobre voltar ou não que acabou me fazendo pensar que não deveríamos voltar por iniciativa minha.

 

 

SPOILER

 - Eu só te amo e sinto sua falta. Você é o homem da minha vida e eu fui uma idiota. - Justin parece um tanto surpreso, quase sorri, mas hesita. 
- Você precisa melhorar.

 


Notas Finais


Eu tenho certeza que ninguém aqui fazia ideia de que ela estava sim grávida!!!! Amo! To bem feliz com essa temporada e os próximos capítulos. Não quero que ela acabe :((( obrigada a todos que me me acompanham quando podem. Fico feliz em ver os comentários aumentando e as visualizações também. É muito significante. Beijos suas lindas.


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