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História Behind The Secrets - Fourth Season - Ass hole


Escrita por: featollg

Capítulo 51 - Ass hole


- Você não fez isso comigo... - Ouço uma voz distante... Ele fala transtornado e minha cabeça lateja. Justin? Abro os olhos e ele estava boquiaberto. O quê? Eu não. Eu não fiz. Olho para o lado e Drew estava desacordado - na minha cama, comigo. O que ele faz aqui? Justin simplesmente sai do cômodo e eu levanto sem entender o que está acontecendo. Seria isso um pesadelo? Corro atordoada até ele conforme prendo meu cabelo num coque conforme o encontro no corredor. Que enjoo terrível. Balanço a própria cabeça tentando acordar desse pesadelo, mas realmente está acontecendo.

- Justin, pelo amor de Deus. Eu acordei agora... eu não sei o que ele faz aqui. - Eu realmente não sei.

- Eu te avisei que voltaria hoje cedo e você fez isso com esse ruivo cara de pau. - Ele coloca as mãos na cabeça. - Sai da minha frente. - Ele pede bravo. - Eu não quero ver você. 

- Justin, não aconteceu nada. Eu não sei como ele veio parar aqui... Eu dormi rápido porque estava cansada e as crianças ficaram no outro quarto com a Anna logo quando eu cheguei. Eu estava sozinha. - Ele estava com os olhos vermelhos de raiva. O que está acontecendo aqui? - Você não acredita em mim? - Ele nega com a cabeça e puxa a respiração.

- Sai da minha frente, por favor. Eu estou com um ódio do tamanho do mundo. - Eu paro em sua frente e ele começa a quase chorar. Tudo menos isso. NÃO. NAO. EU NAO FIZ NADA. Eu juro. Eu sequer sei o que está acontecendo. Eu nem bebi. Eu nem posso... Eu... Como?

- DREW. - Grito. - SAI DA MINHA CASA, seu idiota. Justin, por favor.

- Eu vou falar mais uma vez. UMA. - Ele eleva o tom de voz e logo bufa. - Sai. - Eu me afasto e ele então desce as escadas correndo, sai de casa e bate a porta quase tremendo a casa toda. Começo a chorar sem entender com Drew veio parar nessa cama. Ele nem subiu aqui. Por que ele passou a noite aqui? Eu tenho certeza que dormi sozinha, ainda mais à espera de Justin logo pela manhã. Sai com o pessoal da faculdade para me despedir e... O que ele faz aqui? Vejo no relógio e são 7h10. Começo a bater nele para que acorde e o empurro da MINHA cama.

- Você é louco? O que faz aqui? Como você entrou? - Ele parecia grog. - SAI DA MINHA CASA.

- Ei, Mellanie, calma. - Ele gesticula. Ele é ridiculamente idiota. - Foi... Sei lá. Eu não sei como vim parar aqui.

- VOCÊ SABE SIM. SEU IDIOTA. QUE TIPO DE AMIGO EU PENSEI QUE VOCÊ ERA? VAI EMBORA AGORA. - Grito descontrolada e ele levanta sem camisa, logo veste a mesma e mal me olha nos olhos. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FAZER UMA COISA DESSAS? COMO VOCÊ ENTROU AQUI?

- Você me chamou para entrar. - Ele diz tranquilo e eu estava surpresa com tanto cinismo. Eu NÃO chamei. Cheguei em casa sozinha. - Relaxa... Ninguém viu. Eu já estou indo embora.

- JUSTIN VIU. EU ODEIO VOCÊ. COMO VOCÊ ENTROU NA MINHA CASA? - Falo explodindo de ódio. Como ele pode fazer isso comigo? Como isso aconteceu? O QUE ACONTECEU? Ele passa por mim e toma dois tapas fortes nas costas. - COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO?

- Mas Mellanie... Eu nem sei como vim parar aqui. - ele fala tentando parecer surpreso, mas não esconde o cinismo na voz. 

- NÃO SABE. NÃO. - Eu o empurro. - SAI DA MINHA CASA. EU TENHO NOJO DE VOCÊ. - Eu o empurro novamente, que desce as escadas devagar e sai pela porta principal sem olhar para trás. Começo a chorar desesperada pela situação e onde está Justin? Como isso foi acontecer? Eu tenho certeza que dormi sozinha, eu esperava por ele e não cheguei em casa tão tarde. Passo uma água no rosto e tiro a camisola de imediato. Visto um sutiã qualquer, uma camisa de frio e uma calça. Faço minhas higienes e passo pelo corredor às pressas. Anna me para na escada.

- O que está acontecendo?

- EU NÃO SEI!!! Onde Justin foi?

- Ele saiu a pé... - Ela diz preocupada. - Eu vou ficar aqui até eles acordarem. - Assinto e saio de casa correndo. Eu não acredito que o Drew fez uma coisa dessas comigo, logo agora que estou de mudança, na minha despedida com eles. Eu NUNCA faria isso com Justin ou até mesmo nada parecido. Ele deve estar querendo me matar. Saio pelo condomínio andando toda atordoada e pensando em onde Justin pode estar. Nem peguei meu celular. Ando o condomínio inteiro e não o encontro. Vou até a portaria com a maior cara de choro.

- Meu marido esteve aqui?

- Ele chegou tem uns 10 minutos. - Assinto. Ele chegou e foi direto para o quarto. QUE ÓDIO DAQUELE GAROTO.

- Obrigada. - Volto a andar pelo condomínio e passo pelo parque, nada dele, vou até a outra praça, nada dele. Eu me aproximo das árvores e então não vejo ninguém além de alguns moradores. Cadê Justin? Volto para casa transtornada e não acredito no que está acontecendo.

- ANNA, CADÊ ELE, PELO AMOR DE DEUS. - Só eu sei o quanto Justin deve estar enlouquecido. Anna parece tão surpresa quanto eu.

- Eu não sei... Mellanie, ele saiu daqui naquela hora.

- Estou tão preocupada. Eu rodei esse condomínio inteiro e sequer pensei em ligar no celular dele. - Pego o telefone de casa e disco no celular dele.

 

- ONDE VOCÊ ESTÁ?
- Eu não quero falar com você.

Justin desliga e entro em desespero. Ele só precisa me ouvir.

- Ele desligou na minha cara... Eu já andei pelo todo o condomínio. - Justin abre a porta de casa e passa por nós indiferente. - JUSTIN. - Eu me aproximo e ele ignora, sobe as escadas e eu corro atrás. - você não vai me ignorar. Justin, por favor.

- Eu sinto um ódio tremendo e não consigo falar com você agora. - Ele fala sem sequer me olhar nos olhos. - Eu detesto você. - Ele fala obviamente fora de si. Sequer consegue me olhar. - NÓS TÍNHAMOS REATADO HÁ DUAS SEMANAS. - Ele diz bravo, cara de quem chorava até agora pouco. Desabo a chorar. Eu sequer sei o que está acontecendo.

- Você precisa entender que eu não sei como ele chegou aqui... Eu estava dormindo sozinha, Justin. Acredita em mim.

- Agora o que eu menos quero na minha vida é ouvir a sua voz na minha cabeça. Me deixa em paz. Que ódio. - Ele sobe para o último andar e tranca a porta. Ele nunca mais foi naquele escritório. A casa está vaga, já que estamos de mudança. Ok. Ele não quer conversa agora. Como isso aconteceu? O que aconteceu? Como ele veio parar aqui? Eu nem bebi para ter qualquer motivo ou lembrança assim. Justin não merece achar que aconteceu algo.

- Mel... - Anna atrapalha meus pensamentos. - Eu posso levá-los para o meu apartamento ou passear.... Vocês precisam conversar serio.

- Oi... É... Tudo bem. Eles devem acordar logo. - Falo ainda quebrando a cabeça pensativa. Eu o amo demais. Não podemos passar por isso de novo... Eu sequer sei como ele entrou em casa.

Acabou que Justin ficou trancado naquele cômodo a manhã toda. Meus filhos acordaram por volta das 9h, tomaram café da manhã e saíram com Anna. Eu não comi nada. Estou nervosa. Sei que isso só piora meu estado por conta da gravidez... Mas foi mais forte do que eu. Com muito custo, tomei puma xícara esse café. Quando ela sai com os dois, tiro a calça jeans e visto um shorts de cós alto, uma blusa 3/4 e prendo o cabelo num rabo de cavalo. Bato na porta mais uma vez.

- Você precisa entender que eu não sei o que aconteceu... Eu juro por tudo que dormi sozinha. Ele apareceu aqui. - Ouço sua respiração carregada e bato na porta mais uma vez. - Por favor. Abre a porta. Por. Favor. - Falo chorando e ele rapidamente abre a porta. Justin volta a sentar na poltrona e fecha os olhos antes mesmo de me olhar. - Eu não sei como isso aconteceu. - Eu me aproximo dele, que ainda estava chorando um pouco. - Eu juro por tudo que não sei, Justin. Você é o amor da minha vida.

- Se você não queria ir embora para Miami era só ter falado... Não precisava de tudo isso. - Ele diz baixo.

- Eu te amo demais, muito. Você tem que acreditar em mim.

- Você sempre tranca toda a casa antes de deitar. Como ele entrou aqui? Pelos fundos? Eu estou com um ódio do tamanho do mundo. Aquele ruivo idiota. - Ele fala bufando. - Sai daqui. Por favor. Eu estou com ódio.

- Justin... Você precisa entender que eu também estou brava. Eu não sei o que ele fazia aqui.

- Ah. Você não sabe?

- NÃO! EU NÃO SEI. Eu não faço ideia. Eu nunca faria isso com você. Nós reatamos nosso casamento na semana retrasada, você acha que eu seria idiota a ponto de fazer uma coisa dessas com você? Porra. Você é o meu marido. Eu amo você. - Seguro seu rosto e ele me empurra. - Por favor, se acalma um pouco. Eu preciso que você entenda que eu não sei o que está acontecendo. - Ele bufa. - Eu sofri tanto quando você não queria voltar comigo... por que eu faria algo como isso?

- Eu não quero entender porra nenhuma. Eu quero que você suma da minha frente. Por que você gosta de me ver chorando igual trouxa? - Ele diz já chorando e eu já enxergava embaçado. Passo as mãos debaixo dos olhos e toco seu rosto. Ele me empurra. - SAI.

- Você não entende que eu não sei como isso aconteceu? Você não acredita em mim?

- Você quis dar o troco de quando voltou de Dublin. Eu achei que iríamos começar do zero. Que atitude baixa.

- Você não acha que eu teria feito isso de propósito, não é? Você é o cara que eu mais amo nesse mundo e eu já te provei várias vezes, inclusive com a conversa que tivemos para reatar. - Ele não responde e eu limpo suas lágrimas. Justin coloca as mãos em meus pulsos e aperta. - Abre os olhos... Olha pra mim. - Ele nega com a cabeça ainda chorando bem pouco. - eu nunca faria isso com você. Eu não sou idiota. - Ele continua chorando e eu já não tinha mais lágrimas. - Por favor. - Peço mais uma vez. - Olha para mim. - Ele abre os olhos ainda chorando muito e eu limpo suas lágrimas. - Acredita em mim. Por favor. Eu te amo muito. Nós conversamos tanto sobre confiança, começar do zero... Eu sei que foi uma situação louca, mas... - Digo chorona e ele empurra meus pulsos. - Eu não sei como o Drew apareceu aqui. Eu não faço ideia do que aconteceu. - Por um momento, percebo que ele ficou um pouco mais calmo. 

- Como você pode não fazer ideia do que aconteceu? Você estava bêbada?

- Não, eu nem bebi. Eu sabia que você chegaria cedo então voltei para casa quando era um pouco mais de meia-noite. Vi as crianças dormindo, tomei um banho e então deitei para dormir. Eu acordei com você no quarto.

- Então como aquele ruivo veio parar aqui?

- Eu te juro, eu não sei. - acaricio seu cabelo ainda mantendo-o mais calmo. - Eu não sei mesmo. Eu nunca seria capaz de fazer isso com você.

- Onde ele mora? - Justin pergunta sério. - Fala logo.

- É do lado da faculdade... Eu não sei o endereço exato. - Falo pensativa. - Eu nunca imaginei que ele faria algo assim... Eu não o vi aqui. Eu cheguei, dormi e só notei a presença dele quando você me acordou.

- Isso não faz sentido.

- É o que eu estou tentando te dizer!!! - Seguro seu rosto e ele me afasta. - Você é o homem da minha vida. Nós já somos tão maduros... Eu briguei muito com ele assim que você saiu. Eu não fazia ideia de que ele estava nessa casa.

- Mellanie, é óbvio que eu acredito em você por obviamente não ter transado com ele, isso é óbvio. Eu confio na sua fidelidade, mas o que ele estava fazendo aqui? Isso me parece um tipo de provação pelo que aconteceu conosco no início do ano. - Ele confia em mim, ufa. Suspiro já aliviada e sento em sua mesa, de frente para ele. 

- É isso que eu estou tentando te explicar, eu não sei o que ele estava fazendo aqui. Eu vou falar com ele, se você quiser, pode vir comigo. Eu fiquei muito chateada por essa atitude dele e eu entendo completamente como você está se sentindo, mas por favor, acredita em mim.

- Ele estava deitado na nossa cama, sem camisa. Você com aquela camisola curta... Mellanie, esse pensamento me corrói. E se ele tentou te agarrar à noite e você, sei lá, estava meio sonolenta e pensou que poderia ser eu? - Fico surpresa com o que se passa na cabeça dele. - E se ele levantou sua camisola para ver o seu corpo? E se ele tocou em você? Puta merda, eu vou quebrar a cara daquele idiota. - Ela fala com ódio na voz e aquilo me assusta. Eu não parei para pensar nisso. - E se você o abraçou de noite quando sentiu a presença de alguém na cama e pensou que era eu? Eu não sei, são possibilidades. Eu fervi de ódio quando te vi deitada na cama com ele. Eu fiquei com um ódio do tamanho do mundo por você, porque pra mim era uma vingança do que você achou que poderia ter acontecido... no início do ano. Eu ainda estou com vontade de quebrar a cara dele, mas a sua não. Nem se eu quisesse eu faria algo, nunca, jamais. Eu só estou muito nervoso, muito. - Relaxo com o que ele diz e percebo que está mais calmo com relação a mim, pelo menos. Eu toco seu cabelo de leve. - Mas eu ainda estou bravo com você. Eu não quero nem imaginar o que ele pode ter tentado nessa madrugada. 

- Eu não sei nem se ele passou metade da noite na cama ou se chegou um pouco antes de você... Eu não consigo entender como isso possa ter acontecido. Eu saí com o pessoal da faculdade ontem à noite para me despedir, já que iremos embora daqui uns dias e eu finalizei minhas aulas na faculdade ontem. Eu não bebi nada e as meninas foram embora primeiro: eu fiquei lá com o Cark, o Drew e mais dois garotos. Comentei que precisava ir, porque você chegaria bem cedo e eu também estava morta de sono. Foi isso que aconteceu. Eu cheguei em casa e dormi. Eu não acordei durante a madrugada. Eu acordei com você no quarto. Foi isso. Eu ainda estou confusa, porque o Drew sempre foi muito legal comigo e vocês até se conhecem. - Justin revira os olhos e já tinha parado de chorar, assim como eu. Pelo menos isso. - Eu amo você demais, Justin. Eu nunca na minha vida faria algo assim com você, poxa, nós reatamos esses dias e foi muito difícil, porque você não queria voltar comigo. Eu faço o que for preciso para que você entenda.

- Ok, Mellanie. Ok. Me passa o nome completo desse babaca. - O nome completo?

- É Drew Biller. - Falo pensando se ele teria outro sobrenome.

- É quase Drew Bieber. - Ele bufa. - Que caralho. - Justin levanta e anda de um lado para outro. - Você sabe onde ele mora? Eu vou lá.

- Eu vou com você.

- Não, você não vai. Você vai ficar aqui.

- Eu quero ir com você, preciso entender o que aconteceu. Ele era meu amigo, deve ter uma explicação.

- Eu vou sozinho. - Ele diz. - Ainda estou bastante bravo com você por toda essa situação. - Era notável o quanto ele sentia raiva. Não quero nem ver o que vai acontecer se ele encontrar Drew em sua casa. - Passa o endereço logo, Mellanie. - Anoto num papel o nome da rua, mas não sei o número... 

- Eu não sei o número da casa, mas ele tem um Mazda 3 preto. Eu quero ir com você.

- Eu não quero que você vá comigo, porra. Já falei. Eu vou lá e já volto. - Ele sai do escritório e desce as escadas com o celular em mãos. - Cadê os dois?

- Anna os levou para o apartamento dela... por conta do que aconteceu aqui. - Ele não responde e bate a porta. Ouço o barulho e Justin saiu de moto. Deve chegar lá em 20 minutos.

                                                 Justin P.O.V

Quis voar no pescoço da Mellanie quando ela levantou toda assustada e parecia surpresa com a minha presença e de seu amigo ao mesmo tempo, no nosso quarto, na minha cama. Confesso que aquilo me deixou pirado. Eu precisei correr pelo condomínio para não surtar com ela e falar coisas que não deveria. A verdade é que a primeira coisa que me veio à cabeça seria uma brincadeira dela de mal gosto para se vingar com o que nos fez separar quando ela voltou de Dublin. Minha cabela explode de tantos pensamentos e no que aquele babaca pode ter tentado com ela à noite. Se eu estou bravo com Mellanie? SIM, mas acredito na palavra dela acima de qualquer outra. Coloco fones de ouvido para ouvir o GPS me ajudar no caminho e então chego na rua. Estaciono quase na esquina e ando lento à procura do Mazda 3 que Mellanie me disse. Eu quebro a cara desse idiota. Que tipo de moleque faz uma coisa dessas? Quase na outra esquina avisto o carro parado na rua. Só pode ser a casa dele. Analiso todo o carro e então ando na calçada, todo a campainha. Uma mulher abre, parece ser sua mãe. Uma ruiva não tão jovem, olhos azuis. 

- Boa tarde. Drew está por aqui? - Digo num sotaque péssimo.

- Boa tarde... sim. Você é amigo dele?

- Sim. Sou Drew. - Digo tentando parecer simpático e ela estranha. Só porque temos o mesmo nome? 

- Eu vou chamá-lo, um instante. - Ela mantém a porta entreaberta e ouço chamar pelo filho, que responde algo e logo desce e abre a porta. 

- Você? - Ele pergunta e perde o mínimo de cor que tinha no rosto, pálido. - Seu nome não é Drew.

- Justin Drew Bieber. - Estendo a mão e ele fecha a porta, vindo para o quintal como se já imaginasse o que estava para acontecer. Continuo com a mão ali e, assim que ele estende para um cumprimento, viro seu pulso e faço uma gravata nele. - Eu realmente espero que você tenha uma boa explicação do porquê você invadiu a minha casa em plena madrugada para deitar com a minha esposa. - Ele resmunga como se não conseguisse respirar e, bem, foda-se. - Eu não sei se você sabe, mas eu sou um detetive, no entanto, tenho contato direto com a polícia e entendo muito bem de leis. - Ele resmunga novamente. - Estou esperando sua resposta. Hoje eu estou com tempo.  - Ele tenta se soltar e eu logo faço. Ela era quase tão magro quanto eu.

- Não foi nada sério, cara. Mellanie comentou que você chegaria cedo e se despediu de nós. Carl fez uma aposta comigo de que eu nunca conseguiria pregar uma peça em vocês e deitar com ela na cama. - pregar uma peça? Que justificativa mais ridícula. Quero rir, mas me contenho. Ele estava apreensivo. Babaca. - Assim que a Mellanie foi embora, parece que ela tinha esquecido algo... Eu nem sei o que era. Um dos caras me levou até o condomínio e ela nos liberou. Mellanie viu que eu estava no carro e pegou... acho que era os óculos de Sol. Eu sei lá. E então falamos que iríamos embora. A verdade é que continuamos bebendo no carro até que toda a casa fosse apagada e eu entrei pelos fundos, uma escada ao lado da areia, e estava destrancada. Consegui entrar no quarto dela, tirei minha camisa e só dormi. - A que ponto um moleque chega para chamar atenção? Ele deve ter, no mínimo, uns 20 anos. - Eu não fiz nada.

- Você é um babaca. - Falo com ódio. - Vocês todos são. Agradeço por terem me dado a certeza de que eu sempre estive certo desde o início. Essa é mais uma prova de que você e esses seus colegas de faculdade não são homens, mas sim garotos buscando diversão no lugar errado. - Ele se aproxima como se quisesse me atingir. - Eu só vim aqui para esclarecer o que te deu na cabeça para deitar com a minha esposa no meio da noite. 

- Eu achei que seria legal. A Mellanie é linda e todos os caras sempre foram a fim dela. - Assim que ele termina de falar, eu o pego pela gola da camisa vermelha e dou-lhe um soco no queixo sem pensar duas vezes. Ele rapidamente se afasta e a boca estava sangrando. Idiota. 

- Você cala essa boca antes de pensar em falar da minha esposa, seu merda. - Ele tenta me socar de volta e não consegue, óbvio. É um garoto. Ele me empurra para trás com as mãos em meus ombros e dois alguns passos para trás. - Mellanie é minha esposa e, sim, ela é bem linda. - Digo num sorriso. - E minha. Seria ótimo se você aprendesse a lição um pouco pior, mas um garoto como você não aguenta nem dois socos.

- Vai embora da minha casa, Bieber! Você nem me conhece. Pensa que é alguém para chegar aqui e simplesmente me agredir? Eu vou chamar a polícia.

- Chame. - Digo já calmo. - Se quiser eu mesmo posso ligar para o meu sócio que é delegado e te denunciar por invasão a domicílio e assédio a Mellanie. Que no caso, além de tudo, é casada. - dou ênfase na última palavra e ele nega com a cabeça. 

- Eu não... não assediei a Mellanie, apesar dela ser muito atraente. - Eu fecho a mão esquerda assim que ele cita o nome dela de novo e ameaço dar-lhe outro soco, que recua. 

- Bom. - Faço um cumprimento e dou um leve soco em seu ombro esquerdo, que revida e ando pela rua sem mais uma palavra. Eu estou um pouco mais aliviado, confesso, porque vi que ele é tão babaca que nem foi capaz de querer se aproveitar da Mellanie, acredito eu. Fico feliz que ela tenha entrado em choque com a minha reação. Nas primeiras duas horas eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser que ela tivesse feito isso só para que eu me sentisse como ela já se sentiu um dia. Que idiotice. Ela não teve culpa de nada. Volto para casa com a consciência um pouco mais tranquila. Chego no condomínio e estaciono a moto na garagem. Assim que abro a porta, guardo o capacete e Mellanie desce as escadas correndo. Ela falava ao celular.

- Eu preciso desligar. - Ela coloca o celular no bolso e se aproxima com os olhos enormes, na expectativa. - O que você fez?

- Ele é um babaca.

- Ele me ligou agora e pediu desculpas, não sabia que tomaria essa proporção... eu... eu não entendi.

- Eu pedi uma explicação a ele, que me disse ser uma aposta. Eles vieram aqui ontem à noite e você disse que não.

- Eu não disse que não.

- Você disse que chegou, tomou banho e dormiu, mas ele me disse que veio aqui com o cara das mensagens te devolver algo. - Ela desvia o olhar.

- Eles vieram sim, foi para devolver meu óculos de Sol, mas não entraram. Eu fechei a porta e eles foram embora.

- Eles não foram embora.

- Você ainda está duvidando de mim, Justin? Porque eu não fiz nada. Eu nem sabia que o que estava se passando, ainda não sei direito, na verdade. Não faz sentido na minha cabeça. - Apenas assinto em concordância. - Ele me pediu desculpas no telefone e falou que foi apenas uma brincadeira, mas você socou o rosto dele.

- Sim, soquei. - Digo aliviado.

- Ele quer vir aqui se desculpar comigo... Disse que a ideia toda foi do Cark.

- Sim, ele disse. - Penduro as chaves e então, pela primeira vez desde que voltei, eu me sinto bem. Acredito na Melanie, soquei aquele babaca que invadiu nossa casa. Espero nunca mais vê-lo. Só Deus sabe o quanto mentalizo que ele não tenha sequer tocado nela durante a noite. - Eu não quero esse cara aqui, você ouviu? Eu não quero.

- Eu sei. - Ela diz e se aproxima. - Eu não fui infiel. Eu não sabia que ele estava aqui. Eu não acordei durante a noite. - Assinto e ela me dá um selinho. Senti sua falta. - Nós voltamos tem uns 8 dias... Eu só quero que consigamos ficar bem.

- Eu acredito em você, mas esse assunto me deixou pirado. Ainda estou... Ele com certeza tocou em você a noite. Que ÓDIO.

- Sh. Calma. Eu estava pensando e... Não tem como pegarmos as filmagens?

- Eu desliguei a câmera principal do nosso quarto já tem um bom tempo, pega só um pouco na porta e na varanda.

- Então vamos ver... Que horas ele chegou, eu sei lá. Eu não quero que você fique desse jeito pelo que houve. Eu me sinto péssima. - Assinto e vamos até o meu escritório. Abro a central de câmeras e começo a puxar as filmagens dessa madrugada. Pego a câmera da escada de fora, da nossa garagem, do nosso quarto e do corredor.

- AQUI! - Ela aponta e paro a filmagem. 01:47 ele desceu do carro e acenou para o amigo, que foi embora cantando pneu. - Ele ficou quase uma hora esperando no carro... Porque eu cheguei em casa meia-noite. Busco filmagens da entrada de cada e Mellanie realmente chegou meia-noite e cinquenta e cinco. 

- É um merdinha. - Reclamo. - Ele subiu pelos fundos mesmo.

 

SPOILER

- Eu não sei... Ela está diferente. - Anna desvia o olhar como se soubesse de algo que eu não sei. - Você não acha?

- Sim, muito. Mas desde que vocês voltaram ela está melhor... foi complicado no começo.

- Ela ficou muito chateada mesmo?


Notas Finais


Vocês sempre querem me matar antes de entender a situação, hein?? Espero que tenham gostado desse capítulo!! Obrigada a todas que continuam me acompanhando por aqui sempre que podem. Beijos suas lindas.


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