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História Behind The Secrets - Fourth Season - Figuring It Out


Escrita por: featollg

Capítulo 56 - Figuring It Out


- Por favor. Uma. - ele suplica e gosto de vê-lo assim. 

- Sem proteção? - Sussurro e ele assente em concordância no mesmo instante, logo aperta minha cintura e sobe as mãos por minhas costelas, ainda com os dedos firmes deixando sua marca em mim, a respiração curta, quase tocando minha garganta e seu cabelo tão molhado. - Huh... - sorrio para ele, que me encosta no box gelado e então toca sua testa na minha, aumentando minha volúpia. 

- Uma. - Sussurro quase para mim mesma e Justin me segura pelas coxas, logo beija entre meus seios e murmuro diante de seu toque misturado com a água morna que escorre por seu corpo todo, inclusive em sua ereção. Ele entra em mim com toda cautela, até o fim, e encosto completamente na parede do box, de novo. - Eu amo tanto você. - Acaricio seu cabelo conforme move-se contra meu corpo e me enche de beijos nos lábios, apertando minhas coxas a todo instante, talvez buscando mais equilíbrio do meu corpo, uma vez que estou toda molhada... Gosto disso. Acaricio seu couro cabeludo com as unhas e logo seu lóbulo. Tão macio. Eu o abraço e assim ficamos debaixo do chuveiro. - Poderíamos ter ido para a banheira.

- Isso é tão verdade. Poderíamos estar na cama. - Ele sussurra e me encosta cada vez mais na parede, tentando me segurar. Gemo cada segundo mais com a sensação que ele me causa e então minhas pernas passam a escorregar. Trocamos beijos e volto a pisar no chão aos poucos. Justin estava tão ofegante quanto eu. Não conseguíamos parar com os beijos e a água morna nos favorecia tanto. Ele bagunça todo o meu cabelo ainda debaixo d'água e pauso o beijo por um instante.

- Eu amo muito você. - Ele sorri e trocamos outro selinho. - Agora eu vou me vestir. Já terminei meu banho. - Dou mais um selinho nele, que desliza as mãos por meu corpo e enrolo a toalha pequena no cabelo. Com a outra, seco todo o meu corpo e pego o roupão preto. Visto o mesmo e me olho no espelho do banheiro enquanto Justin termina seu banho. Faço minhas higienes e ele desliga o chuveiro. Volto para o quarto das crianças e eles dormiam quietos, juntos. Desligo a televisão e volto para o nosso cômodo provisório. Pego uma calcinha qualquer e visto. Abro minha necessaire na cômoda e passo meu hidratante corporal, logo o desodorante.

- O meu está aí? - ele seca o cabelo com a toalha encostado no batente.

- Sim. - Entrego a ele, que estava escovando os dentes nu. Deito na cama ainda com o roupão e volto a pensar na gravidez. Já estou de 6 semanas e meia. Sinto total diferença no meu organismo. Espero que Justin não tenha notado nada além dos meus seios... Logo ele saberá. Já estou contente o suficiente, feliz, mais calma. Nada de outros voos tão cedo. O que importa é que chegamos bem. Conforme estou deitada pensando a respeito, torço para que tudo dê certo nessa cidade. Nossa segunda noite aqui. Amanhã iremos ao escritório e eu queria tanto ver nossa nova casa. É tão bom estarmos de volta na América.

- Eu queria que tivéssemos ido ao escritório hoje. - lamento. - Porém gostei do colégio deles.

- Os móveis estavam sendo colocados. É melhor irmos amanhã, então teremos que resolver umas coisas.

- Af. - resmungo. - Pelo menos hoje o dia rendeu muito.

 -Sim. estou cansado. Você gostou mesmo do colégio deles?

- Muito!!! Tomara que eles também gostem.

- Aparentemente... Brandon adorou.

- É. O meu campus parece legal, também.

- Pelo menos você está de férias. Assim terá um tempo até se adaptar. - Mais ou menos, na verdade.

- Sim. Isso é verdade. - minha barriga já estará enorme até o começo de setembro. Acaricio a mesma ainda pensativa. - Teremos um bom tempo para nos organizarmos na casa nova... Quero conhecer o pessoal do escritório.

- Dimitri chegou hoje a tarde com o nosso hacker. Amanhã já iremos encontrá-los.

- Ele vai morar perto de nós?

- Mesmo bairro, mas num apartamento.

- Entendi. Eu quero muito ver a nossa casa.

- Depois de amanhã, meu anjo. Tenha calma. - ele diz ao vestir uma cueca preta.

- Mas ela já está pronta? - eu queria ver ao menos uma foto, poxa. Estou tão ansiosa e quero tanto fazer uma surpresa a ele.

- Não. Quer dizer, mais ou menos.

- Você tem fotos?

- Eu tinha, mas apaguei. Você não verá antes. - ele então mostra a língua e reviro os olhos. Caramba, hein?

- Nossa, Justin. - Ele ri e deita ao meu lado. - Você está feliz, aqui?

- Muito. Só sinto falta de Anna. - Acaricio seu cabelo molhado e permaneço meio sentada. Preciso secar o meu.

- Eu também sinto... Ela vira nos visitar. Fique tranquilo. - Ele assente e eu fico de pé. Abro a mala e procuro pelo secador. Felizmente, está aqui. - E com relação ao nosso carro?

- Ah, isso que eu ia falar. Não vejo necessidade em estarmos o tempo todo com carro. Comprei a Land Rover para a empresa, então o motorista sempre estará com um dos estagiários e comigo quando formos atrás de bandidos... O que não acontecerá muito por aqui.

- Então vamos ficar com um carro só?

- Um carro e uma moto.

- Por mim está ótimo. - Ele sorri. - Chega de gastar com carros. Você colocou o dinheiro dos que vendeu na poupança deles?

- Sim, Mellanie. - e na terceira criança. o pensamento me deixa louca. Quero que ele saiba.

- Eu ainda sinto que você esta um pouco inseguro.

- Por quê? - ele pega o celular e espera minha resposta.

- Você não está comigo como era antes.

- Você também não. - ele rebate rápido e me deixa pensativa. Como assim?

- Como eu estou? - Ligo o secador para tirar o excesso e Justin vem até mim.

- Você está cada vez melhor. - Ele diz alto, por conta do barulho, e desligo pensando que poderíamos ter acordado as crianças. - Isso é ótimo.

- Você acha?

- Sim. Como eu estou? - ele cruza os braços conforme me observa. 

- Você está mais reservado... Eu sei que você me ama, sei que está feliz comigo, mas parece que você não está se entregando totalmente, sabe? Parece que você está pronto para se afastar a qualquer momento. - Penteio meu cabelo conforme falo e Justin já estava parado em minha frente. Eu sequer reparei na hora que ele levantou da cama. Então sorri e então analisa meu corpo. Que olhar. Deixo o secador de lado e ele toca minhas mãos, as costas ainda no batente da porta.

- Eu estou um pouco mais na minha, sim. Você me conhece muito bem. É só uma questão de adaptação. - Assinto conforme me aproximo e apoio com as mãos em seu cabelo, logo sua nuca. - Eu tive depressão por um bom tempo e aconteceram muitas coisas... Eu só estou voltando ao normal aos poucos.

- Tudo bem, Justin. Desde que você esteja feliz e sentindo-se bem.

- Eu estou, muito. - Dou um selinho nele. - Eu estou agindo muito diferente com você?

- No começo estava um pouco... Mas agora não tanto. Eu te dou razão. - Acaricio novamente seu cabelo e ele dá os ombros. Eu o puxo para um abraço e assim ficamos. Está quase na hora de contar sobre a gravidez. Completo 7 semanas depois de amanhã. Beijo seu pescoço e Justin me aperta nas costas.

- Eu realmente espero que você volte a confiar em mim de novo. - seguro seu rosto com as duas mãos e ele lambe os lábios. - Eu te amo muito.

- Eu também amo muito você. - ele diz com um sorriso no rosto. Trocamos outro selinho e entrelaço nossos dedos.

- Nós podemos conversar sobre a época em que você ficou em São Francisco? - Falo toda carinhosa ainda passeando com as unhas por seu cabelo. - Só um pouco.

- Sim. - ele responde seco. Apago a luz do banheiro e andamos até a cama. - Qual é o nome dela?

- De quem? 

- A morena do cabelo curto. - Falo um tanto incomodada, mas querendo parecer tranquila.

- Eu não quero voltar nesse assunto com você, Mellanie.

- Eu só quero saber duas coisas. - Ele suspira fundo. - Por que você não transou com ela e qual o nome.

- Eu não vou abordar esses acontecimentos com você, não mesmo. - Ele nega com a cabeça rapidamente e sento em seu colo com as pernas divididas. - Mesmo.

- Por favor. Eu só quero saber isso.

- Eu já te disse que não rolou. É isso que você precisa saber.

- Por quê? - Ele desvia o olhar conforme eu acaricio todo o seu cabelo. - Hein.

- O nome dela é Rose. - Fico um tanto surpresa, mas logo passa. É um nome comum na América. - Eu não conseguiria transar com uma mulher que tem o mesmo nome que você enquanto eu pensava em você e fazia o possível para tentar te esquecer, mas simplesmente não tinha como. Eu só te chamo de Rose... quando estamos sozinhos, mesmo. Você sabe disso. - Assinto em concordância. - Eu fiquei incomodado.

- Você não transou com ela por isso, então?

- Basicamente. - Ele assente em concordância e parece aliviado. - Cada vez que eu a chamava pelo nome você me vinha à cabeça. - Contorno sua boca com o polegar e ele fecha os olhos.

- Isso soa tão... estranho..

- Foi um pouco. 

- O que mais você tem a me dizer?

- Eu não gosto de tocar nesse assunto com você porque me faz sentir estranho. Eu nunca te perguntei essas coisas.

- Até porque eu não me envolvi com ninguém enquanto estávamos separados. - Ele revira os olhos e deito com a cabeça em seu peitoral, assim olhando-o de lado, bem próxima. - Por favor. - Peço feito criança. - Pelo menos alguma coisa.

- Você quer saber se eu cheguei a sentir algo? Como eu a conheci? O que?

- Os dois.

- Eu me diverti na primeira noite, porque foi no dia em que você voltou para Moscou e eu fiquei muito chateado com tudo isso... Eu a conheci na 1Oak por ser amiga do Josh. Ela estava muito bêbada então eu ofereci uma carona e a deixei em casa... Era domingo. - O que mais? Penso na esperança dele não falar bobeira. - Ela me agarrou e aí ficamos... Mas só. - Ele dá os ombros e estávamos tão próximos. O corpo dele estava quente, parecia um pouco tenso, talvez preocupado com a minha reação, mas sei que está sendo sincero. - Eu não gosto de falar isso a você, mas ao mesmo tempo eu me sinto tão leve.

- Huh. - acaricio seu cabelo ainda todo molhado.

- Nós saímos por vários dias e ela queria que eu fosse em sua casa, mas eu estava um pouco bloqueado.

- Bloqueado?

- Sim. Bloqueado. - ele gesticula e não entendo.

- Eu não conseguia tirar você da cabeça enquanto estava com ela e aquilo me prejudicou ainda mais. - Assinto em concordância.

- Ela sabia... Sobre mim?

- Mais ou menos. Eu não quis falar muito. Gosto de manter entre nós. - Ele passa a acariciar meu cabelo. - Mas então eu fui na casa dela e nós ficamos um bom tempo...

- E você não transou.

- Não.

- Você a viu nua? - ele nega com a cabeça de imediato.

- Não.

- Fico feliz por isso. - Abro um enorme sorriso e ele também sorri.

- Por que agora você não está com ciúmes? - hormônios estão calmos. Estou cansada. Ele está aqui... 

- Você está aqui comigo. Só de saber que vocês não chegaram a transar eu já me sinto bem. Isso foi realmente importante pra mim.

- Então você não sente raiva dela? Ou de mim?

- Eu fico louca só de te imaginar com ela ou qualquer outra que não seja eu. - Ele ri ainda mexendo em meu cabelo. - Ciúmes é uma palavra fraca para a situação. Mas você está aqui comigo.

- Você quer saber mais alguma coisa?

- Você tem fotos com ela no seu celular? - Ele parece pensativo.

- Não que eu saiba.

- E vocês se falam?

- Não, amor.

- Melhor assim. - Fecho os olhos por um instante e Justin coloca mão esquerda por dentro do meu roupão. Esqueci de vestir minha camisola na cor vinho. Separei à toa. Acaricia entre meus seios e passa o polegar no mamilo direito. - Obrigada pela sinceridade. - Sussurro e ele inclina a cabeça para me dar um beijo na testa. - O que você acha se eu colocar silicone? - Olho para ele, que apalpa meus seios com calma e parece surpreso. Claramente estou brincando. 

- Não.

- Não o que?

- Eu amo os seus seios. Seu corpo é lindo assim. - sorrio em resposta. 

- Mas e se eu colocasse?

Não faça essa idiotice. Você tem seios grandes e macios. - Sempre tão sincero.

- Me dá três motivos. - Cruzo os braços ao sentar de frente para ele é meu roupão abre um pouco.

- Você é linda desse jeito. - Ele enumera nos dedos. - Seus seios sai macios e grandes. Não suportaria saber que um cara ficou apertando seus seios durante uma cirurgia. - Ele me faz rir.

- É o trabalho dos cirurgiões.

- Eu sei... mas você já pensou em quantos médicos ficam numa sala de cirurgia? - Dou os ombros. Gosto de ver até onde ele leva esse assunto. - Não é legal.

- Você nem sabe se seria um homem ou mulher.

- Meu anjo... - Ele toca meus seios com as mãos leves. - Olhe. - Seios de grávida!! Inchados. - Você é incrível. - Ele beija meu busto todo e sobe até meu pescoço. Ameaça tirar meu roupão mas não o faz. Justin segura minhas costas com a mão direita.

- Você é tão incrível. - Dou um selinho nele, que me deita na cama aos poucos e me enche de beijos no rosto. Eu estou grávida de você!!!! Será que ele ficará muito empolgado? Talvez bravo por não saber antes.

 

...

Nosso segundo dia começou num estresse só. Vallery acordou irritada por conta do fuso horário e então Brandon queria voltar para casa, eles começaram a chorar por saudades de Babi, Billy e Bob. Justin passou a manhã toda resolvendo as coisas de nossa mudança e então me deixou sozinha com eles no hotel. Tudo bem... Também acordei irritada. Na hora do almoço, fomos a um restaurante em Miami Beach e então as crianças quiseram conhecer essa praia. Particularmente, eu gostei muito. Aqui é tão... tão quente. Sempre há pessoas cumprimentando umas as outras e vários gringos. 

- Eu já te disse que não vou te levar para a nossa casa antes da hora. - Ele insiste e estou ficando irritada. O que tem demais? Eu não posso simplesmente saber onde iremos morar para ajudar com a mudança? Que saco!

- Nossa, Justin, mas que chatice. Eu já te disse que estou ansiosa e eu preciso ajudar com a mudança toda. 

- Mellanie, eu só estou fazendo uma surpresa legal. - Bufo e então corro atrás deles, que estavam a caminho do mar. Não estou de biquíni nem nada. Já sinto que a gravidez pode chamar atenção de Justin num local como esse. Talvez ele só não perceba quando estamos à sós no quarto, no escuro. Só mais alguns dias. Estou tão nervosa. Tomara que ele fique feliz, tomara que goste da notícia e não fique tão bravo comigo por ter escondido. Foi para o bem de todos... inclusive do bebê. Só de saber que estou sem qualquer sintoma preocupante fico mais calma.

Liguei para minha mãe e conversamos a respeito de Daisy. Ela prometeu que virá nos visitar assim que acabar a dieta dos 45 dias. Pelo menos agora estamos no mesmo país. Vallery e Brandon estão loucos para conhecê-la, assim como Justin. A propósito, ele passou o dia todo falando ao celular com vários amigos e sequer ficou conosco. Talvez ainda esteja mais distante do que deveria... Seria o fato de nos mudarmos sem Anna? Eu sei lá. Não faz mais tanto sentido. Fomos então numa praça para que eles pudessem brincar e fizeram amigos no local. Justin, mais uma vez, não largou o celular.

- Por que você está no celular o dia todo? É nosso segundo dia nessa cidade e você nem ficou com a gente! - Exclamo incomodada e ele dá os ombros indiferente.

- Estou resolvendo as coisas do escritório, de casa, seu pai quer nos visitar daqui uns dias.

- Meu pai?

- É. Ele veio discutir comigo porque achou que eu tinha vendido nossa casa de Moscou... Porque faz parte da herança dele, sua, minha.

- Mas pertence a nós dois? Como assim?

- A casa era da família da minha mãe... junto com o meu pai, mas ele é seu pai - ele dá ênfase na palavra principal - e ela era minha mãe. - Assinto em concordância. 

- Tá. 

Já na hora do jantar, fomos no apartamento de Dimitri que fica no mesmo bairro em que iremos morar e quase não consegui ver nada... tudo tão escuro, mas tantos turistas passeando pelas ruas cheias de artes nas paredes, no chão. Pedimos pizza e a comida daqui parece boa. Eu e Justin não conversamos muito.... Ele continua o tempo todo no celular. Que irritante. 

Voltamos para casa com as crianças exaustas e então eu os coloquei para dormir depois das 22h. Justin passou um tempo no quarto com eles enquanto fui arrumar minhas coisas no nosso quarto provisório. Estou tão irritada. Assim que ele entra no quarto, tira a bermuda e coloca finalmente o celular ao lado da cama.

- Finalmente você largou esse negócio.

- O meu celular?

- Sim! Você mal deu atenção às crianças hoje, Justin. - Ele desvia o olhar e parece não se importar. - Eu estou falando sério.

- Não é só porque eu fiquei no celular que esqueci do mundo.

- Parece que hoje foi justamente o que você fez.

- Talvez porque você acordou tão irritante que eu preferi ficar na minha. - EU? Não discutimos o dia todo... Como eu pude estar irritante desde cedo? 

- Eu não fiz nada para te deixar irritado.

- Primeiro que você acordou e tomaram café da manhã sem mim.

- Será que é porque você nem estava mais aqui? - Falo como se fosse óbvio e ele deita na cama ignorando nossa conversa.

- Eu saí para encontrar com Dimitri, mas voltaria, então você me irritou e eu... sei lá. - Ele está estranho. Sento de frente para ele na cama e acaricio seu cabelo.

- Você está irritado com mais alguma coisa?

- Hoje faz 22 anos que a minha mãe faleceu. - É claro!!!! Como eu pude esquecer uma coisa como essa? Foi por isso que ele mal abriu a boca hoje. Caramba. Como eu fui estúpida.

- Eu... é claro! Eu tinha esquecido, Justin. Desculpa. Fui tão estúpida com você. 

- Às vezes não parece que você sente muito, sabia? Na verdade, você precisa entender que eu não sou um amigo que te irrita. Eu não sou superior a você, assim como você não é a mim. Eu sou seu marido. Você tem que me respeitar e então eu faço o mesmo com você. - Assinto. - Agora, isso tudo porque eu fiquei o dia todo no celular? - Toco seu peitoral conforme ele fala e beijo a região. Encosto minha testa nele, que me abraça de volta e eu o aperto bem forte.

- Eu concordo muito com você e admiro que pense assim. Prometo melhorar. Eu... esqueci que dia era hoje... Caramba. - Eu o aperto com muita força para um abraço. Fiquei tão pilhada com a nossa mudança e não tocamos no assunto por esses dias. - Eu sei que você está triste pela situação. Eu fui terrível. Juro que não lembrei... Pensei sobre isso só na semana passada.

- Eu recebi uma foto dos meus avós logo de manhã... - Ele desbloqueia o celular e me mostra. Ele abraçado com a mãe. Tinha, talvez, uns 3 anos e poucos. - Fiquei mexido o dia todo.

- E por que você não comentou comigo? Acaricio seu rosto e estou prestes a chorar. Vejo que seus olhos também estavam cheios.

- Eu percebi que você não lembrou e também não queria tocar no assunto... Amanhã eu falaria. - Ele dá os ombros e parece tão chateado. Toda vez ele fica assim no dia em que ela faleceu... desde que estamos juntos eu não o vejo diferente, justamente nesse dia. - Agora eu já estou mais tranquilo... É que você também estava irritante hoje e eu chateado. - Assinto e beijo seu cabelo. Ele fecha os olhos por um instante e deixa o celular de lado.

- Eu não suporto te ver triste, Jay. Eu não aguento te ver chorando. Da vontade de te colocar no colo e levar pra longe. - Ele ri baixinho, então passa as mãos no rosto e estava quase chorando, assim como eu. Pelo menos ele sorriu.

- Eu não sou uma criança. - diz rindo e aquilo me faz sentir bem. - Já estou mais tranquilo... Só fiquei chateado, você sabe, como acontece em todos os anos. 

- Eu amo você. - Sussurro e beijo sua bochecha. Ele sorri de novo. - Desculpa. Mesmo.

- Tudo bem, Mellanie. Estamos tão pilhados com a mudança... o que me deixou chateado foi essa foto logo cedo e a sua irritação. Eu sempre tenho as fotos guardadas e gosto de ver, mas nesse dia... não. - assinto novamente e acaricio seu peitoral.

- Você não faz ideia do tamanho do meu amor por você. Assim como eu nunca vou conseguir enxergar como você se sente sobre mim. Cada um ama de uma maneira diferente e demonstra de jeitos não muitas vezes certos. Eu fui um pouco insensível com você hoje... Como eu pude esquecer? - Beijo sua mão, já entrelaçada com a minha e deixo algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. As de Justin fazem o mesmo. - Não fique assim. Ela continua te amando do mesmo jeito... 

- Eu sei, Mel. Eu amo você demais, também. Obrigado. - Ele sorri de leve. - Já estou tranquilo. Fique calma. 

- Tá. - Deito em cima dele na cama e então lembro que estou grávida e não conseguirei fazer isso por muito tempo. Agora, com certeza, não é a hora certa de dizer. Trocamos um selinho e eu o abraço novamente.

- Agora você precisa descansar, assim como eu. - Ele faz com que eu saia de seu colo e afirmo com a cabeça rapidamente. Deito na cama ao lado dele, então fico de costas para ele. - Tivemos um dia cheio.

- Obrigada. - Acaricio seu braço - conforme passa por minha barriga.

- Sabe que... você está diferente esses dias. Seu comportamento. - Ah, não.

- Como assim?

- Você está muito bipolar. Isso não é muito comum vindo de você... assim, do nada.

- É só a TPM.

- Você não pensa em voltar com a pílula? Já que não quer engravidar... - Não quero? Eu estou!!!

- Quem te disse isso?

- Você. Mil vezes. - dou os ombros e quero mudar de assunto urgente.

 

...

- Posso te fazer uma pergunta? Ainda sobre São Francisco? - Ele revira os olhos. - Você sentia tesão por ela? - Ele bufa e me afasta.

- Mellanie, chega. - Faz com que eu saia de seu colo e levanta. - Eu não gosto de falar sobre isso com você. Eu nunca te perguntei como foi quando você se envolveu com o Steve por vontade própria, porque só de pensar eu enlouqueço. Já te disse mais do que o necessário ontem.

- Eu também enlouqueci, Justin, muito, mas agora eu tenho curiosidade... Além do que você disse ontem.

- Eu só não quero que você fique pensando que eu me sinto bem em te contar essas coisas. Eu prefiro guardar pra mim, assim como você também guarda.

- Mas tem algo que você quer saber? Eu te falo, numa boa. - Cruzo as pernas na cama e ele parece impaciente, talvez pensativo. - Qualquer coisa relacionada a esses acontecimentos. - Justin vai até o quarto deles e volta segundos depois, com Vallery no colo. Logo conversa com ela e muda o canal da televisão. Então sai do quarto e eu vou atrás. 

- Você conseguiu. Agora eu não consigo tirar da cabeça a ideia de como você conseguiu transar com aquele filha da puta na festa em que fomos juntos. - Tudo menos isso... caramba. - Obrigado por causar a discórdia de um assunto que aconteceu há tempos.

- Justin... não era isso que eu estava falando.

- Ah, não era? Nós conversamos muito e você simplesmente me deixou com essa bosta de ciúmes na cabeça. - Eu acaricio suas costas. - Isso porque falamos sobre a Rose ontem, eu contei a você coisas que nem deveria lembrar... mas você não fica satisfeita.

- Desculpa... eu só queira saber como foi pra você.

- Não foi, porque simplesmente não aconteceu. - Justin diz visivelmente bravo e se afasta. Vou atrás dele, que para na copa e toma um gole de água gelada. 

- Posso te falar só mais uma coisa? Aí encerramos esse assunto completamente. Na verdade, é apenas uma confirmação de algo que você já sabia. - Ele assente lento. - Eu nunca dormi com o Daniel, se você ainda pensa sobre isso. - Ele parece um tanto surpreso, porém logo aliviado.

- Nunca?

- Não.

- Mas quando você engravidou me disse que era... dele. 

- Nós nunca chegamos a esse ponto. Quase, mas nunca. Eu só... sei lá. Foi uma época conturbada. - Tiro o maior peso da minha consciência, depois de esconder a gravidez, e então suspiro fundo. 

- Mas então se você achou que o filho poderia ser dele, na verdade não era. Quem era?

- Como assim, Justin?

- Você me confessou que estava indecisa na época. - Nego com a cabeça rapidamente. - GREGÓRIO. PUTA MERDA. - Passo as mãos no rosto e toco-o, que me afasta. - Porra, por que você tem que entrar nesses assuntos, Mellanie? Você sabe o quanto eu não suporto isso, assim como você também não. São coisas do passado. 

- Eu só quero encerrar essa conversa, Justin. Não citei nada disso, eu só falei do Daniel.

- Mas você ficou grávida na época em que estava indecisa. 

- Eu nem lembro se foi na mesma época que eu... me envolvi. - Ele dá alguns passos para trás e Brandon vem até nós.

- Estou com sede. - Dou a ele um copo cheio d'água.

- Pronto, querido. Cadê sua irmã?

- Tá lá no quarto.

- Cuide dela, ok? - Acaricio seu cabelo e ele assente, logo sai. Justin parece um tanto quanto transtornado. Por que citar o Gregório agora? Eu sequer me lembro.

- Eu nem lembro de como foi, sério. Você sabe disso. Eu estava bêbada e sequer sei direito o que aconteceu. Não entra nesse assunto, por favor.

- Mas foi você que entrou em todo esses acontecimentos. Eu odeio lembrar dessa época, ainda mais porque você estava grávida e eu me sinto tão culpado até hoje. - EU ESTOU! 

- Culpado? Por quê? - Ele dá os ombros e coça a própria cabeça à procura de uma resposta. - Justin. Isso não tem nada a ver.

- Assunto encerrado. - Ele gesticula e eu acaricio seus ombros. - Eu vou ficar com eles. - Justin se afasta e eu o seguro pela mão, acariciando-o com o polegar.

- Eu não queria... - Ele assente como se já soubesse o resto da frase e vai para o quarto deles. Mal vejo a hora de nos mudarmos. 

- Você está bravo comigo, amor? - Falo ao acariciar seu cabelo e ele nega com a cabeça, devagar, então me abraça de lado. Estico uma das pernas em cima dele, que me ajeita para que eu fique ainda mais próxima. Vallery e Brandon já dormiam em suas camas provisórias e o segundo episódio de Arrow está acabando. - Fala comigo.

- Oi. - Ele diz baixinho, quase não ouço.  Eu o faço inclinar seu rosto, que me olha no escuro então toco minha boca na sua, iniciando um curto beijo de língua. Justin me corresponde e eu o seguro no pescoço enquanto minha mão direita apoia seu peitoral. 

- Seu beijo é tão bom. - Sussurro ao dar-lhe um selinho e sorrio para ele, que me devolve outro sorriso. 

- Você disse que iria melhorar.

- Eu estou melhorando... é que hoje eu só queria saber algumas coisas.

- Sua curiosidade desencadeou algo muito ruim. Eu fiquei muito incomodado.

- Eu sei. Esquece isso, por favor. - Sento completamente em seu colo, com as pernas divididas, e ele acaricia minhas coxas. - Vamos só dormir e pensar no amanhã. Acho que amanhã já poderemos nos mudar. 

- Tudo bem. Boa noite, babe. - Dou mais um selinho nele e logo um forte abraço, que corresponde e me faz deitar na cama. Justin pressiona-se em mim, então fecho os olhos por longos segundos e, quando abro, ele me encara tão próximo que sinto sua respiração tocar minha pele. Dou um selinho nele, que me devolve outro e eu o abraço com força no pescoço.

- Você continua irritado? 

- No momento, com tesão. - Sorrio com sua resposta e trocamos um lento demorado beijo. Justin deita em cima de mim e sinto-o cada vez mais provocante. Murmuro baixinho. Caramba. Sinto uma palpitação tremenda. Ergo minha pélvis e murmuro mais uma vez, agora olhando nos olhos dele. - Faça isso de novo, olhando-me. - ele pede.

- Tem que ser espontâneo. - Dou os ombros e então Justin sobe minha camisola até a barriga, logo acaricia minha calcinha e fecho os olhos. 

- Olhando-me. - Abro-os com dificuldade e murmuro baixinho, olhando para ele, me segurando para não fechar os olhos ao senti-lo me provocar ainda mais. - Que sensação incrível te ver assim. 

- Por que você está me provocando, agora?

- Isso é uma provocação? - Ele parece surpreso, então pressiona-se em mim novamente. Gemo.

- Sim. 

Antes de dormir voltamos a conversar sobre nossa discussão mais cedo, a mudança que está um pouco atrasada, a ideia de que as crianças começarão o colégio na próxima segunda-feira, os problemas que deixamos em Miami. 

- E quando eu vi o Drew deitado na nossa cama a primeira coisa que me veio a cabeça foi "como ela conseguiu dormir com um cara que tem o meu nome, na minha cama, sabendo que eu chegaria, e sem peso na consciência!". - Gargalho. 

- Você pensou isso? Justin! - Ele desvia o olhar em defesa e dou vários beijos em sua bochecha. - Caramba, por que você não me disse antes?

- Foi um pensamento aleatório. Que droga. Um Drew e uma Rose no meio do caminho. - Reviro os olhos. Drew nunca esteve no meio do caminho. 

SPOILER

- Mas pensei que seria loucura.

- Você pensou? - Cruzo os braços e ele continua com a mão esquerda sob minha barriga.

- Sim. - Ele desliza a mão pelo meu ventre e sobe até meus seios. - Você está tão diferente... Você viajou de avião várias vezes. Eu não acredito nisso.
 


Notas Finais


Boa noite!!! Demorei pra postar porque tive uma semana bem louca e andei pensando a respeito de capítulos extras. Não consigo parar de escrever essa fic, afff.
Estou finalizando os últimos capítulos... Tem mais 3 ou 4 só, eu acho.
Aguardando críticas e opiniões.
Beijos.


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