História Behind The Secrets - Fourth Season - Getting used to it

- Eu sei que você não está contente com a presença da Elizabeth... Mas podemos abordar esse assunto depois? Eu estou muito feliz por conta da notícia e não quero ver você brava. - rio e assinto assim que ele se aproxima e me dá um beijo na cabeça. 

- Estou com vontade de tomar água de coco natural.

- Mas agora? Tipo do nada? - Ele se diverte com a situação. Eu realmente estou com muita vontade.

- Sim. Agora. Eu vou ver se encontro perto de Miami Beach.

- Amor... estamos em Allapattah. Você levará, no mínimo, uns 25 minutos ou meia hora para chegar até Miami Beach... Tem muito trânsito a essa hora. - Assinto em concordância já pensando na rota.

- Eu sei, mas eu quero muito. - Digo pidonha e ele revira os olhos.

- Olha... Eu preciso ir ao Edgewater, que fica perto de casa. Eu posso ver se consigo passar para comprar sua água de coco, mas não prometo.

- Mas como você vai comprar e trazer no caminho todo? Não tem como, Justin.

- Argh. - Ele murmura. - Ainda são 15h30. Você está muito ocupada?

- Sim, estou... mas eu queria tanto a água de coco.

- Você não pode esperar até umas 17h? - Assinto em concordância e ele suspira.

- Já pensou como seria uma criança com cara de coco? - Ele revira os olhos e parece surpreso. - Pois é... eu também nunca tinha pensado até então. - Justin tira o celular do bolso e olha novamente que horas são.

- Nossa, por que você faz essas coisas? É preferível que você vá comprar, assim eu fico aqui e saio quando você voltar. - Levanto animada e dou um selinho nele.

- Eu estou indo... Volto daqui a pouco. Precisa que eu resolva algo? Se quiser eu mesma posso ir ao Edgewater... é um bairro próximo de casa, você disse?

- Sim. Algumas ruas depois do nosso condomínio tem uma Target, você vira à esquerda duas vezes, então à direita e estará na rua certa. É melhor me ligar e eu te explico. - Ele gesticula conforme fala e desbloqueia o celular. - Preciso que você assine um contrato de que realmente compramos esse sobrado... Eu verifiquei tudo com a Sra. Skines, mas acabamos esquecendo de chegar para assinatura a tempo.

- Isso significa que eu serei responsável por esse local?

- Nós somos casados, então tecnicamente tudo o que é meu também é seu.

- Tecnicamente, não. É. Assim como os meus filhos também são seus. - Ele ri e concorda com a cabeça.

- Sim, Mel. Agora vá antes que alguém ligue atrás de você. - dou-lhe um rápido selinho, pego minha bolsa e então coloco o celular no bolso. Ainda estamos no meio da tarde... Aqui abre às 8h30 e fecha às 17h30, geralmente. Justin me disse que gostaria de poder ficar até mais tarde com Dimitri e talvez o novo hacker... Daniel? Não, é... Stevan, isso. Daniel fica com a controladoria. Ainda estou um pouco confusa por ser tudo tão novo.

09 de junho de 2019

Já tem duas semanas que estamos morando na casa nova, trabalhando no sobrado e posso dizer que finalmente Vallery e Brandon começaram a gostar do colégio. Confesso que tive uma grande dificuldade com ele, que anda muito distante de mim e bastante irritado com toda nossa mudança. De acordo com minha mãe, tem a ver com a gravidez... como todo mundo diz: as crianças sentem tudo.

Vallery foi um pouco mais compreensiva e eu tinha certeza que seria ao contrário... Eu e Justin estamos pensando seriamente em conseguir uma empregada para nos ajudar com a casa, porque... caramba. Eles acordam todos os dias às 8h e estão no colégio em horário integral, o que eu não acho legal. Saem apenas às 17h30. Isso é demais para duas crianças que acabaram de se mudar para a América.

Com relação à gravidez, meus sintomas reduziram em 100%, mas comecei a sentir desejos de tudo: água de coco quase todos os dias, não suporto mais o cheiro dos perfumes de Justin, não posso nem mesmo pensar em comer chocolate ao leite que meu estômago embrulha. Pensei que seria legal se conseguíssemos com que Maria trabalhasse tanto no escritório quanto em casa... e levei a ideia a Justin assim que acordamos. Tomei café da manhã sozinha enquanto ele falava ao celular com Dimitri e então levei as crianças ao colégio. Chegando no escritório, fui até a sala dele para abordar o assunto, à espera de que dê certo, afinal, Maria é super gente fina e também não precisa ficar aqui todos os dias, já que são apenas 10 pessoas e não fazemos tanta bagunça assim.

- Isso é ótimo. - Ele assente. - O que você pretende fazer?

- Ela pode ficar aqui de segunda, quarta e sexta-feira, então às terças e quintas ficaria em casa, com a gente. - Falo conforme olho o contrato dela.

- Como funciona com relação ao contrato dela? Você cuida disso?

- Sim. Fazemos um acerto de 38 horas semanais... Pelo menos duas vezes por semana Vallery e Brandon poderão passar as manhãs em casa.

- Será que eles ficam numa boa com ela lá? - Ele fala enquanto digita em seu macbook e, sim, com certeza.

- Sim! Ela sempre fica de olho neles quando aparecem por aqui... Eu queria fazer o teste.

- Vá em frente. - Sorrio empolgada. - Qual seria o horário dela em casa?

- Das 8h às 15h... que tal? Uma hora de almoço normal... assim eu posso vir e levá-los ao colégio por volta do meio-dia e meio.

- Uhum. Legal. 

Falei com Maria a respeito e felizmente deu certo... Uma situação a menos. Eu a levei para conhecer nossa casa e apresentei tudo. Gostaria que ela me ajudasse mais com a limpeza e as roupas... Mal consigo parar em casa por conta da faculdade e do trabalho. Comecei na semana passada e entro de férias daqui cinco dias. Isso é tão estranho, até porque na Rússia era tudo diferente e eu já tinha desacostumado com as férias do verão dos Estados Unidos.

Fiz meu primeiro ultrassom na hoje e levei as crianças, que ainda estão perdidas sobre o que está acontecendo. De acordo com minha médica, meu bebê está do tamanho de uma uva, mas os órgãos já estão se formando e ele se mexe!!! Isso é tão louco. Tudo em nove semanas e... Justin já ficou tão contente quanto eu.

...

Pisando fraco no chão, volto para o nosso quarto e deixo a porta entreaberta, no caso de ouvir algum resmungo dos dois.

- Oi. - Passo por ele, que estava vidrado num filme de carros. - Já faz mais de duas semanas...  e agora eu estou com vontade, muita. - sussurro e ele me encara de imediato, logo abre um leve sorriso.

- Oi. - Ele responde baixo. - Eles dormiram?

- Sim! Vallery estava com medo. - sento ao seu lado e então puxo o edredom até minha barriga, tocando a mesma. Já está um pouco saliente, talvez perceptível, eu diria.

- Do que?

- Insegurança. - dou os ombros e ele bate ao seu lado para que eu me aproxime ainda mais.

- Entendi... Como foi seu dia hoje? - pergunta todo calmo e bocejo pela primeira vez.

- Cansativo, porém bom. - Ele me faz cafuné conforme eu me ajeito e então estou com a cabeça em sua barriga e minha nuca entre suas pernas. - E o seu?

- Muito corrido, poucos problemas... Estou tão mais estabilizado naquele sobrado. Parece que agora consigo resolver as coisas com mais calma.

- Isso é ótimo! - Comemoro. - Quando Anna vem mesmo?

- Era para ela estar aqui amanhã... Já que seu ultrassom foi ontem, né? Mas ela não pode. Vira só na próxima segunda-feira.

- Huh, sim... Você falou da gravidez?

Não. - Ele continua acariciando meu cabelo. - Mas eu queria tanto!!! Meu pai tinha que saber.

- Eu sei, amor, mas temos que esperar pelo menos mais um pouco... você sabe. - Ele assente e suspira fundo. - Eu também estou louca para contar aos meus pais, minha tia, até mesmo Vallery e Brandon, mas não está na hora.

- Eu sei. - Ele assente. - Mas eu preciso contar a alguém. - ele diz pidonho.

- Isso significa que você já abriu a boca? - Ele ri conforme eu o encaro de ponta-cabeça.

- Eu falei para o Ryan. - Rio. - Sério... faz umas duas semanas, já. Na verdade, foram uns dias depois de você me contar. Eu estou tão feliz e queria comentar com alguém. Ele sempre soube o quanto eu amo ser pai, então...

- O que ele disse?

- Ficou muito feliz por nós, mas eu pedi que não falasse a você, já que estamos mantendo em segredo. - Concordo com a cabeça e ele continua acariciando os fios do meu cabelo. - Você passou bem hoje?

- Sim. - Ficamos num breve silêncio e ele esfrega os dedos no meu couro cabeludo, perto da nuca. Relaxo completamente. Sabe o que eu iria te falar... Agora eu estou com vontade. - Olho-o de ponta cabeça, que sorri de leve. - Você está? - Ele assente.

- Se você não sentir vontade, tudo bem. - Ele acaricia novamente meu cabelo. - Mesmo. Eu até fiquei um pouco surpreso em te ouvir dizer isso logo quando entrou no quarto. - dou os ombros em resposta.

- Mas agora eu sinto.

- Isso é tipo um desejo de grávida? - Ele me faz rir e eu rapidamente concordo com a cabeça. É?

- Oh, sim.

- Então eu preciso cumprir. - Justin desce as mãos por meu pescoço e continua a massagear a região.

- Rápido.

- Já pensou se ele nasce com cara de... - Reviro os olhos. - Brincadeira de mau gosto, eu sei. Foi mal. - Sento na cama e apoio com a mão direita no lençol, olhando-o. 

- Vem aqui então, engraçadinha. - Encosto a cabeça no travesseiro. - Você disse ele. - E se for?

- Disse. - assinto.

- O que diz a sua intuição? - encosto minha mão esquerda na sua direita e entrelaço nossos dedos.

- Eu não sei, ainda... - Acaricio seu rosto e dou um selinho nele, logo volto a ficar quase deitada, acariciando as costas de sua mão co o polegar. - O que você quer? Porque assim... Já temos um casal. Da pra ter noção, né?

- Claramente, ter uma menina é muito mais... Diferente.

- Pra você que é homem! Porque pra mim foi difícil com o Brandon. - Não muito, mas... né? Foi complicado dois de uma vez e nunca pensei que amaria tanto ser mãe de gêmeos.

- Eu não falei que foi difícil. É que a Vallery é toda delicada, brava igual você, impaciente...

- Você não fale assim! Ela é um amor. 

- Meu, você também é um amor, mesmo sendo brava e impaciente. É questão de personalidade. - Assinto em concordância.

- Pelo menos nós temos um parâmetro. Eles vão gostar muito de ter um novo irmão.

- Será que não ficarão com ciúmes?

- Com certeza... Teremos que saber lidar. - Dou os ombros. Ele me dá vários selinhos e então deita em cima de mim com cautela. - Você está quente.

- Sim. Você também está. - Ele responde. - Você tem um corpo tão lindo. - Ele sussurra e beija meu pescoço.

- Estou tão feliz por estar grávida. Tudo acontece na hora certa. - Ele assente lento e trocamos vários beijos rápidos. - Eu quero muito que dê tudo certo.

- Dará. Você é uma mãe incrível. - Subo as mãos por sua coluna e o arranho por inteiro. Desço as mãos até sua cintura e passo a descer sua cueca aos poucos. Ele murmura baixinho e quase cai com o corpo em cima de mim, mas se segura. Eu tiro sua cueca e, já embaixo dele, passo por suas pernas. Beijo seu peitoral e logo sua barriga. Ele pressiona-o em mim e então murmuro baixinho. Desço as mãos até ele, que retrai o corpo e sinto-o pronto. Passo o polegar em sua glande e o aperto com força. - Mel.

- Huh. - há quantos dias não temos um momento como esse?

- Continue. - Ele diz vulnerável. Como é bom vê-lo assim. Eu o aperto na cintura e então tento subir meu corpo. Ele ferve e murmura cada vez mais baixo. Conforme beijo-o nas tatuagens do peitoral, tiro minha própria calcinha sem que ele perceba. Volto a ficar de frente para ele e nos beijamos intensamente. Justin deita seu corpo no meu e sinto um arrepio intenso. Ele percebe que estou seminua. - Você é rápida.

- Eu sou. - Dou os ombros e aperto-o na lombar. Justin sobe minha camisola até o estômago e distribui beijos ali, então apoia com as mãos na cama e beija meu pescoço. - Vai, por favor. - ele então passa a mão em minha barriga bem devagar e volta a apertar minhas costelas de leve.

- Você está com pressa? - Assinto ao morder seu lábio e ergo a pélvis, assim ele logo encaixa-se em mim. Solto o corpo na cama conforme ele deita e então murmuro baixinho. - Justin. - Sussurro ao abraçá-lo nas costas, que me provoca cada segundo mais. Eu passeio com as mãos por seu corpo e faço um esforço, então ele cede e consigo vira-lo na cama com um pouco de sacrifício. Ficando por cima, movo-me sobre ele, que segura todo o meu cabelo com a mão em minha nuca. Trocamos muitos beijos até que ele sobe minha camisola até meus seios e então beija-me no pescoço. Ele murmura cada vez mais e eu acelero o máximo que consigo. Sem querer, juntos, chegamos ao clímax.

- MEL. - Ele grita no mesmo instante que gemo alto. Toco minha testa na dele e estou absurdamente ofegante, assim como ele. Justin permanece com as mãos em minha cintura e não deixa minha camisola cair. Após vários segundos num total silêncio, ele solta um suspiro fundo e estou com a cabeça apoiada em seu peitoral, tocando meus lábios em seu pescoço.

- Juntos, huh? - Ele me aperta bem forte.

- Isso é um ótimo sinal. Ainda mais porque você me deixou por baixo. - ergo o corpo e trocamos dois selinhos. - Eu amo tanto você. - Mordo seu lábio.

- Eu amo você também, Justin. - Trocamos um lento beijo e então eu sento em seu colo, logo minha camisola desce.

- Seus seios doem? Posso ver como estão? - Assinto em concordância e deito na cama. Ele sobe minha camisola até meu pescoço e vê meus seios já maiores. - Estão bem maiores.

- Nem tanto.

- Mas já dá pra perceber... - Assinto conforme ele passa as mãos leves. - Você sente dor?

- Ainda não, só estão bem mais sensíveis. - Ele concorda com a cabeça e continua acariciando com toda calma, logo fazendo-os retrair por si só. - Estou gostando disso. Eu sentia muita dor logo no início.

- São tão macios. - Ele diz ao inclinar o corpo e me dá um forte beijo na testa. - Tão excitante. - Mordo o próprio lábio e acaricio seu cabelo. - Tão. - Ele deita a cabeça em minha barriga e distribui beijos na região, logo sobe até meus seios e beija entre os mesmos. Ele dá um lento beijo em cada mamilo e estremeço completamente.

- Ah.... Caramba.

- Isso é bom? - diz num fio de voz e parece querer me deixar mais relaxada.

- Sim. Muito. - Fecho os olhos e ele dá vários beijos lentos na região. Que conforto. Suspiro fundo cada vez mais.

- Você gemendo é demais pra mim. - Ele diz baixinho.

- É que estão tão sensíveis... Eu sinto muito mais. - Ele beija novamente meu mamilo esquerdo e chupa devagar, completamente desacelerado.

- Isso me deixa com um puta tesão. - Ele fala entre os beijos e eu permaneço acariciando seu cabelo todo. - Meu Deus, babe. Que delicia. - Ele sussurra e beija ao redor, logo desce os lábios até minha barriga e sobe devagar até meus seios, logo chega em meu pescoço e eu seguro seu rosto. Justin fecha os olhos por um instante e contorno seus lábios.

- Você está sendo tão cuidadoso... Minha barriga ainda nem aparece. - Ele dá os ombros.

- Eu gosto de cuidar de você. - Sorrio com o que ele diz e dou-lhe um forte abraço.

- Eu me sinto tão idiota por todas as coisas que eu já te fiz. - Sussurro. - Eu não quero ser chata. Eu quero ser uma boa pessoa para você.

- Você é a melhor pessoa que poderia estar na minha vida. - Meus olhos lacrimejam. - Mesmo. Esquece essas coisas. - Assinto e aperto bem forte.

- Eu estou tão sentimental. Você não pode me dizer essas coisas, assim... Do nada. - Ele ri.

- Não foi do nada! Você é realmente o amor da minha vida. Sempre foi, sempre será. Eu estou muito feliz que você finalmente está grávida, de novo. - Eu já estava quase chorando. Fecho os olhos por um instante. De onde veio todo esse romantismo? Seriam meus hormônios? Passo as mãos no rosto e Justin me enche de beijos ali. Há mais de duas semanas não tínhamos um momento tão... Nosso. Desde que descobrimos a gravidez não comemoramos assim e mal ficamos juntos na cama, já que as crianças demoraram a acostumar.

- Caramba, eu te amo tanto. - Digo num fio de voz e olho-o nos olhos, que abre um enorme sorriso. - Tanto. Isso é tão incomum hoje em dia... Nós, assim, quase uma hora nessa calma toda. - Ele assente.

- É tão relaxante.

...

Tivemos um começo de sábado mais tranquilo do que eu imaginei. Justin foi ao mercado logo pela manhã e voltou quando as crianças já estavam acordadas.

- Você é o meu amorzinho! - Abraço Vallery, que deita em meu colo e então Brandon vem pra cima.

- A mamãe é minha! - Ele resmunga irritado e franzo o cenho.

- Ei, eu sou de vocês dois, assim como vocês são meus... meus pequenos. - Eu o puxo para que venha até mim, mas ele hesita.

- Mas ela fica em cima, mamãe. Só a Vally que fica aí.

- Querido, deite aqui com a mamãe. - Eu toco sua mão e o puxo pelo braço, que logo sobe no sofá e deita ao meu lado. Ele aperta minha barriga e já está quase saliente. 11 semanas. Brandon tem tido muito ciúmes de mim por conta de Vallery e, bem, ainda não sei o sexo. Estou confusa, mas acredito que seja uma menina. Meus enjoos passaram tem um mês e até agora Anna não veio nos ver. Eu mal vejo a hora de contar a ela e minha mãe. Dona Anne me disse que estaria aqui quando Daisy completasse pelo menos 60 dias, o que ainda não aconteceu.

- Mãe, eu estava conversando com Justin e já está na hora de vocês nos visitarem... Eles estão loucos para conhecer minha irmã. - mando uma mensagem de voz.

- Oi, querida. Eu sei disso. Conversei com seu padastro a respeito e pretendemos viajar por esses dias... iremos em menos de 10 dias. - ela envia outra mensagem de voz e mostro a Justin.

- Quando, será? - Ele pergunta.

- Eu duvido que seja tão em breve, mas elas devem vir logo. - dou os ombros e bloqueio a tela do celular conforme vejo que Vallery senta ao meu lado e troca os canais.  

- Eu andei pensando e sempre pesquisei muito sobre gravidez desde Vallery e Brandon. - Justin ajeita a cueca no corpo. - Brandon está sentindo muito ciúmes e não desgruda de mim. Geralmente isso acontecia com a Vallery.

- Eu percebi mesmo, mas deve ser da idade... eu te disse algo relacionado a isso por esses dias, não foi? - Assinto.

- Isso tem a ver com a gravidez. As crianças sentem primeiro... se o Brandon está tendo esses problemas é porque estou grávida de uma menina. - Ele me olha de imediato e passa os dedos no cabelo ralo. 

- Sério? Mas então você já sabe que é uma menina?

- Eu não sei... mas minha intuição diz que sim, principalmente por conta do Brandon.

- Nossa, amor. - Ele parece surpreso, mesmo. Justin senta na cama, ao meu lado, e estica as pernas enquanto olha para o teto. - Isso é louco. 

- Sim, mas é sério. Pesquise a respeito... Ainda mais porque toda hora ele passa a mão na minha barriga, mesmo que seja só quando deita no meu colo ou pede algum favor. - Justin toca minha barriga e acaricia levemente, subindo minha regata. 

- Então teremos mais uma menina.

- Provavelmente. Eu posso estar errada, mas sinceramente acho muito difícil. - Toco sua mão conforme acaricia minha barriga e ele assente contente. - O que você quer?

- Três crianças. - Justin diz ainda conforme acaricia-me. - E você. - Ficamos em silêncio por um instante, até que ele desce novamente minha camisola e dá um beijo em minha barriga.

- Como você se sente?

- Bem... Os sintomas foram mais no começo mesmo. Eu passei um mês da gestação baseada em nervosismo, estresse e... sabe. Agora está tudo tranquilo. Só fico com muito sono, impaciência, hormônios meio descontrolados. - Falo conforme olho-o nos olhos, que acaricia meu rosto e me dá um beijo na testa.

- Eu juro que se você tivesse me falado naquela época eu nunca teria sido grosseiro com você daquele jeito. - Nego com a cabeça como se devêssemos deixar esse assunto de lado. - Sério, anjo. Eu não fazia ideia do que você estava passando aqui. - Sorrio para ele, que me dá outro beijo na testa e eu o abraço.

- Eu já falei para você esquecer isso. O que importa é que estamos bem, aqui.

- Ver você chorando acaba comigo. - Ele diz baixinho. - Era só isso que eu queria falar.

- Você já está resistente, vai? Quantas vezes eu chorei e você disse não? - Digo séria assim que o solto, porém continuo mexendo em seu cabelo. Ele deita seu corpo no meu e então beija meu pescoço duas vezes, devagar. - Apenas relaxe.

- Eu gosto de te ver feliz. - Ele sussurra em meu ouvido. 

- Eu quero te fazer uma proposta. Na verdade, uma escolha.

- Mamãe, eu posso brincar na salona? - Vallery fala conforme sobe as escadas e eu assinto. Eles adoram aquele cômodo, principalmente por conseguirem olhar o céu. 

- Eu também vou!

- Mas eu não te chamei, B.

- Vally, não fale assim com seu irmão. - Justin a repreende.

- Tá... Vamos, B.

- Eba! - Ele comemora e os dois sobem as escadas juntos.

- Eu quero vocês de mãos dadas enquanto sobem as escadas. - Cantarolo e eles assim obedecem, logo os perco de vista.

- Sabe o que eu queria dizer...

- Huh.

- Você tem ideia do quanto tudo isso foi perigoso, Mellanie? Poxa vida, foi falta de responsabilidade. - Reviro os olhos e ele bufa. Já faz exatamente um mês que ele está ciente da gravidez e mesmo assim continua remoendo minhas atitudes.

- Eu sei. Me desculpa. É que se eu te contasse antes você nunca me deixaria visitar minha mãe... Nem mesmo nossa mudança, mas qual é, já faz um mês que você sabe!

- Eu sei disso, mas eu fico preocupado desde então. Não podemos correr qualquer risco. Só de saber que você está bem eu já fico mais tranquilo. Eu só quero que você tenha uma boa alimentação, durma bem, nada de carregar peso e por aí vai. - Assinto conforme ele fala todo sério e percebo o quanto amadureceu. Que lindo.

- Uhum. - Assinto ao me aproximar dele, que para de falar e me encara de volta. - Você é o melhor pai do mundo. - Ele abre um sorriso de orelha a orelha e acaricia minha barriga. 

SPOILER

- Você não quer ficar numa boa?

- Sinceramente? Tivemos 24 horas para conversar e você escolheu o momento em que eu estou exausta. - ele assente em concordância e então morde a própria boca.

- Não durma brava comigo. - ele pede, mais uma vez, e então acaricia minha têmpora, chegando até meu lóbulo.

- Eu já pedi para você parar com isso.