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História Behind The Secrets - Fourth Season - Last one


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Último capítulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(sei que deveria ter avisado antes, porém leiam o recado abaixo, bjos lindas).

Capítulo 66 - Last one


- Tudo bem. Vejo isso essa semana. - meu celular apita.

- Eu duvido que você tenha concordado comigo. - vejo que é apenas uma notificação de que minha conta do celular está para vencer. Preciso efetuar o pagamento online. - Hein. - Ele cobra uma resposta conforme volta a mexer no celular e liga para alguém.

- Eu resolvo. - Sorrio esperando que ele saia do meu escritório e assim faz. Às vezes é necessário usar a psicologia para lidar com certas situações. Justin nunca ficaria numa boa se eu continuasse tentando colocar na cabeça dele que a ideia de demitir dois funcionários bons é nula. 

Aproveito a conversa que tivemos e então vou até minha cômoda de arquivos. Destranco com a chave e busco pelo nome de Killian. Vejo suas experiências anteriores e ele sempre foi uma pessoa boa, nos ajuda muito. Ele já fez aulas de tiro e é um profissional, poderia trabalhar diretamente com Justin - se ainda corresse atrás de fugitivos, o que ele não faz mais.

A verdade é que ele teve que parar pois estamos sozinhos, digo, não há ninguém que possa ficar com as crianças enquanto estou na faculdade. Aqui, minha aula começa às 19h e termina às 22h30 - exceto às terças e quintas-feiras, que eu entro às 18h30 e saio as 21h. Posso afirmar que é um horário flexível. Justin aproveitou para começar a frequentar academia toda manhã e eu, infelizmente, não posso acompanhá-lo pois simplesmente estou sem disposição. Minha filha tem me dado uma canseira enorme e ainda nem saiu de mim!

Justin chegou em casa por volta das 18h30 e estou feliz que ele veio logo. Preciso sair de casa em 10 minutos e hoje tenho as provas finais de Marketing e Planejamento e Comunicação. Fiz lanches a Brandon e Vallery, comi um pouco da sala de frutas que Maria fez ontem e organizo meu material.

- Você já vai? - Ele tira a camisa s então deixa as chaves no chaveiro, próximo da porta.

- Sim. Eu volto umas 20h30.

- Ufa. Temos uma reunião por videoconferência importante hoje...

- Hoje? - Como assim, hoje? É sexta-feira e já passa do horário comercial.

- Sim... É às 21h30. Foi o horário mais flexível que encontramos para conseguir falar com Bryan, Nolan, seu pai e Ryan.

- Huh, eu tenho que participar?

- Seria bom. - Ele dá os ombros. - É sobre as próximas viagens...

- Ok. Eu volto até esse horário. - Aceno para ele. - Os dois estão no quintal esperando o por do Sol.

- Mas ainda são 18h40! - Ele fala sacana e eu dou os ombros no caminho até o carro. Nunca vi... eles são iguais a Justin com relação a amar o por do Sol, o mar e a natureza. Eu gosto, mas eles ganham. Brandon fica quase todos os dias um bom tempo ao redor da piscina esperando o anoitecer. Às vezes eles ficam na salona olhando para o teto deitados no sofá. Disso eu gosto. 

Chego na faculdade em cima da hora por conta do trânsito e estaciono na rua de trás. Terei que trancar a faculdade por pelo menos três meses quando minha filha nascer, assim consigo parar pelo menos uma semana antes do nascimento e volto quando ela estiver com três meses... Não que eu vá conseguir, até porque já passei por esse pensamento com os gêmeos e não foi nada fácil, mas não custa tentar, né?

Faço as duas provas num período de uma hora e sou liberada por volta das 20h15. Mais cedo do que eu imaginei. Esperei meus amigos deixarem a sala para comentar sobre as questões e eu particularmente acho que fui bem. Apesar de estarmos muito bem instalados nessa cidade, eu tenho poucos amigos por aqui. Talvez porque minha cabeça sempre está nas crianças, no trabalho, na gestação e eu acabo sendo um pouco mais... estranha, talvez. Pelo menos vários deles tem a mesma idade que eu. 

- Eu acho que errei a primeira, porque simplesmente não fez sentido a pergunta.

- Mas qual versão era a sua? - Falo conforme saímos no corredor a caminho do pátio. - Porque a minha era C e foi uma pergunta sobre divulgação de conteúdos proibidos.

- Nossa, o meu foi... - ela parece confusa. - Eu nem lembro direto, mas acho que era uma pegadinha sobre o que fazer para aumentar a publicidade de uma postagem. - Que tipo de pergunta é essa? 

- Então estava fácil, Stella. - Ela dá os ombros rindo. - Enfim... eu preciso ir. - Ela sorri e acaricia minha barriga como um até amanhã. As meninas se divertem com a minha gravidez, porque nenhuma delas já tem filhos ou até mesmo quer tão cedo. Eu sei, nunca pensei que gostaria de ser mãe cedo, também. Vou até meu carro conforme saio junto com um grupo de pessoas da outra sala - que são meus conhecidos, e então vou embora. A verdade é que eu pensei que seria mais tranquilo do que na Rússia. Aqui todos olham para a minha barriga o tempo todo como se fosse uma raridade engravidar aos 23 anos, sendo que já tenho um casal de gêmeos. Saio com um grupo de garotos da sala ao lado e então vou até meu carro, na rua de trás. Chego em casa por volta das 20h45 e minha bexiga está estourando. Isso porque tomei só dois goles d'água antes de fazer a prova. Gravidez tem dessas mesmo. 

Passo pela portaria e há mais de três carros na fila dos visitantes. Raramente aqui fica tumultuado por estranhos. Chego em casa e estaciono na garagem. Abro a porta principal, coloco a chave no chaveiro e o primeiro andar está vazio, tudo escuro. Subo até o nosso quarto, jogo minha bolsa na cama e corro até o banheiro. Finalmente. Isso porque só tomei dois copos d'água antes das provas.

- Mel. - Ouço a voz de Justin vindo do corredor conforme abro a porta e prendo meu cabelo num coque frouxo. 

- Oi. - Eu sequer liguei a luz do banheiro. - Cadê eles? - Falo conforme tiro as sapatilhas, guardo no closet e calço meu chinelo.

- Estamos na salona brincando de lego. - Ele aponta para trás e veste apenas uma cueca boxer branca. - Como foi lá?

- Eu acho que fuim bem nas duas. - Dou os ombros. - Estou morrendo de fome.

- Eu fiz panquecas logo quando você saiu... estão na bancada.

- Oba!! - Só porque eu comentei hoje cedo que estava com vontade de comer as panquecas dele! - Eles viram que eu cheguei?

- Huh, não. Vai lá que a gente te espera.

- Ok. A reunião é...

- Daqui meia hora. - Assinto em concordância. Seria melhor se eu jantasse, os fizesse dormir e então fosse tomar banho, certo? Até porque preciso estar apresentável para essa videoconferência - mesmo não estando a fim de aparecer. Com certeza não será do meu interesse, até porque Bryan, Nolan e Justin raramente falam sobre o meu setor. Desço correndo até a cozinha e já me sinto cansada. Caramba, estou exausta.

- A mamãe tá aqui!!! - Brandon fala alto e não ouço a resposta de Justin. - Tá sim. O cheiro dela tá aqui. -  O meu cheiro?? - Tá sim, papai. Eu vou achar. - Eu não consigo vê-lo, então continuo comendo quietinha - apenas com a luz da copa acesa. 

- Estou aqui, querido. - Falo num tom alto e ouço seus passos rápidos na escada. Logo o vejo correr até mim todo animado.

- Que horas você chegou? - Beijo seu cabelo e o carrego no colo, colocando-o no banco ao lado.

- Agora pouco... só achei melhor comer antes de falar com vocês. - falo ao olhar no relógio da parede e vejo que ainda são 21h15. Tenho um tempinho.

- Huh. Estávamos brincando de lego.

- O papai me disse. Cadê sua irmã? - Falo olhando adiante. 

- Tá quase dormindo com o papai... Eu sabia que você estava aqui.

- Como você ficou sabendo, mocinho?

- O seu perfume passou no corredor naquela hora que o papai saiu da salona. - Ele é tão ligado em tudo e sempre me encontra pelo perfume. Como que pode?

- Você é muito esperto, Brandon! Já falou com sua irmãzinha hoje? - Falo apontando para a minha barriga e ele acaricia com as duas mãos assim que termino minha panqueca e... estava uma delícia. Tomo dois goles do suco de uva.

- Minha irmã sem nome? - Ele diz baixinho e eu rio. Sim. Justin não diz logo, então ela ainda está sem nome.

- Sim.

- Como que eu chamo?

- Pode ser de irmãzinha. - Dou os ombros conforme acaricio seu cabelo e ele sussurra algo.

- Oi, irmãzinha. Sou eu, o B. - Ele fala todo fofo e eu me derreto com a cena. - Mas ela nem pode ouvir.

- Claro que pode, filho. - Continuo mexendo nos fios loiros de seu cabelo curto e liso. 

- Mas cadê as orelhas? - Ele olha ao redor da minha barriga e começo a rir descontrolada. Crianças são realmente incríveis.

- Ela ouve assim mesmo, Brandon... as orelhas dela estão... na cabeça, iguais as suas. - é melhor eu parar com as explicações por aqui.

- O quê? - Ele parece confuso e arqueia as sobrancelhas. 

- Quer saber... vamos subir! - Levo o prato até a pia e ele continua andando pela cozinha conforme eu termino meus afazeres. Pego algumas gomas de mascar e como sem que ele veja.

- 10 minutos. - Ouço Justin se pronunciar da escada e assinto conforme o pego pelas mãos.

- O que tem em 10 minutos? - Ele pergunta curioso.

- Uma reunião... você vai deitar agora?

- Eu quero assistir um filme. - ele abre um sorriso fofo e desvio o olhar em concordância.

- Você já escovou os dentes?

- Huh, não. - Cruzo os braços e subimos as escadas até o quarto deles. Eu o espero escovar os dentes e, enquanto isso, ligo a televisão, deixo na Netflix na área de crianças e espero para que ele escolha o filme.

- Eu quero Detona Ralph. - Assinto e coloco em volume moderado. Ele então vem até mim e sobe os degraus ate á cama. Deita esperando com os braços cruzados e eu logo o cubro até o pescoço. - Eu vou trazer sua irmã... Boa noite, querido. - Beijo sua testa. 

- Boa noite, mamãe. - Acaricio seu cabelo. 

- Eu amo você. Não esqueça. - Eu o aperto bem forte e ele resmunga.

- Também, mamãe Mel. - sorrio com sua resposta e o deixo sozinho no quarto. Vou até a salona e Vallery estava brincando de lego com Justin, ainda.

- Ei, filha! - Eu a abraço bem forte, que senta ao meu lado e acaricia minha barriga. - Tudo bem por aqui? - Ela assente e Justin começa a guardar as peças na caixa vermelha.

- Sim, mamãe. Onde você tava? O B saiu atrás de você e não voltou.

- Eu estava comendo panqueca... você jantou? 

- Sim. Cadê ele?

- Está assistindo Detona Ralph.

- Que legal!! - Ela parece animada e Justin então me olha e faz um gesto com o indicador no pulso direito. Já sei, horário da reunião.

- Eu vou para o nosso quarto ligar a videoconferência. Te espero em 3 minutos. 

- Ok. - Concordo e termino de guardar as peças. - Você quer assistir o filme também?

- Ahh, não sei... eu não tô com sono pra ficar deitada. - Mas eu nem falei sobre dormir!! Rio.

- Mas você não precisa estar com sono, o propósito é realmente assistir o filme com seu irmão. Ele está lá sozinho.

- Hmmm. - ela murmura pensativa e se estica no sofá. - O que você acha? - Ela fala olhando para frente.

- Eu acho que você deveria ir.

- Não, não você, mamãe. A barriga. - Ela aponta e eu rio ao passar as mãos no rosto. Como será que é pra ela?

- Oh, desculpe. Mas sua irmã me disse bem baixinho que você precisa assistir o filme.

- Mas eu não ouvi ela dizer. - Vallery cruza os braços e eu desligo a televisão.

- Eu ouvi.... isso significa que você já perdeu boa parte do filme.

- Arh! - Ela levanta irritada e sai correndo até o quarto. Eu vou atrás e passo pelo nosso. Justin ligou o macbook com um apoio na cama e vestiu uma regata. Entro no quarto deles e Brandon está na mesma posição, com os olhos vidrados na tevê. Vallery vai ao banheiro e enquanto isso eu pego sua escova de dentes, coloco a pasta e deixo na pia. Fecho as cortinas e puxo seu cobertor.

- Eu vou esperar você escovar os dentes para deitar, ok? - Ela murmura em concordância e eu sento no segundo degrau da cama de Brandon. - Posso ficar aqui?

- Claro. - Ele estica os pés e eu começo a massageá-los devagar. Está tão quentinho. Vallery escova os dentes cantarolando junto com o filme e Brandon começa a narrar a próxima cena. Eles já assistiram, pelo menos, umas duzentas vezes esse filme. 

- Pronto. - Ela vem até mim e mostra os dentes.

- Muito bom! Agora é hora de deitar, mesmo sem sono.

- É... Eu não tô com sono. - Ela sobe os degraus até a cama e deita toda encolhida. - Você tá, B?

- Eu tô. - Ele boceja e logo ela. Ah... esses dois dormirão logo. Eu beijo seu cabelo e acaricio os fios curtos, que tão até seus ombros. 

- Eu vou falar com o papai e já volto, ok? - Ela concorda e eu a abraço bem forte. - Boa noite, Vallery.

- Boa noite, mamãe. - Ela me dá um beijo na bochecha. - Irmãzinha. - Sorrio com o que ela fiz e tenta chegar com a mão em minha barriga.

- Amo você.

- Também. - Ela responde já vidrada no filme, eu a cubro até o pescoço e saio do quarto deixando a porta encostada. Ando pisando fraco no chão até nosso quarto e Justin já fala com Bryan, Nolan, Isabelle, meu pai e Ryan. Isabelle, por quê? Fecho nossa porta e ele faz um sinal para que eu me aproxime.

- Eu acho que você deveria dizer isso a ela. - Nolan fala sério e está vestindo uma camisa social. Provavelmente, no escritório. Só eu, Justin e Ryan estamos, aparentemente, em casa.

- Boa noite. - Falo ao sentar ao lado de Jusitn e eles só conseguem ver até um pouco abaixo do meu busto. Notável que eu estou grávida. Não contei a todos eles, mas Justin sim. - Qual a pauta? - Sussurro para Justin, que descansa a mão em minha coxa direita e ele ainda está só de cueca... só porque não pega na câmera.

- Ryan e seu pai tiveram a ideia de uma mudança na hora de localizar os procurados. - Ele diz baixo, mas todos ouvem.

- Eu falei com a Isabelle sobre os ganhos por cada fugitivo encontrado e nós estamos meio que numa meta diária, certo? - Meu pai diz e eu dou os ombros quase em concordância, pensando. - Eu pensei que seria melhor se pudéssemos criar uma rotina. Aqui em Toronto temos cinco pessoas que localizam os foragidos. Entre elas, um deles é detetive formado, o que já ajuda, mas mesmo assim fica desorganizado. 

- Entendi... mas o que você sugere então, pai? - Falo ainda sem entender onde eles querem chegar.

- Nós estamos com muitos funcionários que demoram um pouco, sendo que há muitos por aí que conseguem fazer o mesmo com menos pessoas. - Isabelle diz ao dar os ombros. - Eu concordei com o que ele disse, na verdade. Pelo menos aqui em São Francisco. 

- Eu concordo com o fato de fazermos uma limpa em todos os funcionários que localizam os fugitivos. - Nolan dá os ombros. - Até porque já chegamos a localizar 100 numa só semana, pelo menos aqui, o que é muito. Eu falo porque tive que buscar alguns com os novos funcionários e o método continua o mesmo. - Ele parece falar diretamente com Justin.

- Qual sua opinião sobre isso, Bieber? - Ryan pergunta ao tomar um gole d'água e Justin suspira pensativo.

- Eu concordo, mas quero voltar a localizá-los, também. Se for para mudar o método, eu deixo na mão das duas com relação aos funcionários e os feedbacks semanais... pelo menos até semana que vem. - Concordo e ele continua acariciando minha coxa com a mão quente. Estou de shorts jeans e ele me aperta tanto. Abro os botões sem que ele perceba enquanto falam sobre fazer uma limpa nos funcionários. - De qualquer maneira, eu já estava com isso em mente e pretendo voltar, mas aqui por Miami mesmo... Posso fazer viagens tranquilamente, mas só depois que a minha filha nascer. - Tipo, daqui quatro meses?

- Eu acho que se for para você voltar, que seja agora. - meu pai diz sério. - Até porque eu andei olhando nos registros daqui e o local onde há mais fugitivos encontrados é Dublin. - Nolan arregala os olhos um pouco surpreso. 

- Isso é verdade. - Nolan concorda. - Eu iria comentar, mas acabei esquecendo. Tem muita gente aqui tentando me ajudar, mas é complicado... Precisamos só de pessoas que saibam atirar. 

- Pelo menos um detetive por cidade. - Falo como se fosse óbvio. - Aqui nós temos o Killian. - Justin revira os olhos involuntariamente e murmura baixinho. - Que, pessoalmente, é um cara ótimo.

- Aqui nós temos o seu pai. - Ryan abraça meu pai e percebo então que há duas câmeras, mas eles estão no mesmo lugar. É o quê? Justin parece tão confuso quanto eu. - Então estamos bem. - Reviro os olhos me divertindo.

- Tá. - Concordo. - Aqui estamos ok. São Francisco está ok. Precisamos de um detetive para acompanhamento em Dublin e Moscou. - estico as pernas e estou tão cansada. Justin passa a digitar algo e vejo que fala por mensagem privada com Bryan. Começo a ler: "Não diga a Mellanie sobre as outras mudanças". Franzo o cenho ainda mais curiosa com a situação. "Eu acho que ela está lendo", Bryan diz e Justin rapidamente olha para as telas, então vê que eu o encaro. 

- O que é isso? - Sussurro para que ninguém nos ouça e Bryan murmura baixinho em negação.

- É o seguinte. Eu vou fazer um relatório e depois conversamos mais a respeito. - Justin fala apressado e eu não entendo. 

- Ele não queria te falar que vamos ter que trocar... Ele pediu para que o Killian viesse a Moscou porque ele não deu certo aí, mas você disse que o cara é bom... - Bufo com o que Bryan me diz. - E Justin também concordou que deveríamos fazer uma troca. 

- O que está acontecendo? Killian é um ótimo funcionário. - E lindo, também. 

- Eu e Mellanie conversamos a respeito disso hoje à tarde e concordamos em dispensá-lo, mas como faremos essa troca toda de detetives, acho ótimo que ele vá para Moscou.

- Isso é simplesmente inviável. A família toda dele é daqui e nós estamos bem com essa quantidade de pessoas nos ajudando. Os únicos que saem atrás dos fugitivos são Killian e Daniel. - Ele desvia o olhar incomodado e meu pai parece perdido na situação. Quase uma DR nossa. 

- Como você sabe que a família toda dele é daqui? - Justin pergunta assim que coloca nossa conversa no mudo. - Ah, Mellanie, qual é? Nós falamos sobre isso hoje.

- Justin, como você quer mandar o cara para o outro lado da Terra por ciúmes? Ele é um bom funcionário e ficará aqui. - Tiro do mudo e levanto. - Por mim, vocês podem finalizar a reunião e depois eu me acerto com Isabelle sobre os funcionários, os cargos e os detetives no geral.

- Eu já sou o detetive daqui, não precisamos que o Killian continue. - Bufo já fora das câmeras e gesticulo meu estresse para ele. 

- Eu vou para o banho. - Falo num fio de voz e entro no banheiro. Tomo um banho quente e seco meu cabelo dentro do chuveiro mesmo. Passo meu hidratante corporal - liberado pela médica, faço minhas higienes e visto uma camisola rosa claro. Poucas ficam boas no meu corpo hoje em dia. 

Abro a porta conforme penteio meu cabelo e Justin ainda fala com o macbook. Vou até nosso closet, guardo o secador e olho minha própria barriga no espelho de corpo inteiro. Meu corpo mudou tanto desde então. 

- Tá. - ele bate a tela do macbook e então bufa. - Você ficou brava? - Ele pergunta conforme guarda as coisas novamente na escrivaninha. 

- Justin, não é questão de ficar brava. - Ele tira a regata e analiso seu corpo por míseros segundos. - Eu já te disse que Killian é um ótimo funcionário e não há motivo para dispensá-lo.

- Como você sabe que a família toda dele é daqui? - Ele cruza os braços intrigado. 

- Porque ele me disse. - Dou os ombros. - Isso não é legal da sua parte.

- Eu sou detetive também, Mellanie. Teremos um detetive por sede.

- Primeiro que aqui não é uma sede, é a central. - enumero nos dedos. - Segundo que você é o dono, então não faz diferença termos dois detetives.

- Não faz diferença? Como que não faz diferença? Eu sou muito mais experiente do que ele e isso é óbvio. - Reviro os olhos e deito na cama. Estou tão cansada. Respiro fundo e pego meu celular enquanto ele espera minha resposta. São 22h40. Ainda é cedo. Será que os dois dormiram? 

- Justin, eu estou cansada, você está cansado,  vamos dormir.

- Eu não vou dormir agora, precisamos resolver isso antes, Mel. - Ele fala já mais calmo. - Nós decidimos trocar, então. 

- Nós quem? - Cruzo os braços sonolenta, já com os olhos fechados.

- Eu, Nolan e Bryan. Não dá para ficarmos os dois aqui. Ou o Killian fica em Miami ou eu. - Eu o encaro sem entender nada.

- Do que você está falando? 

- Se você disse que ele é incrível, não tem porque ficarmos nós dois no mesmo lugar. Eu quero voltar a localizar os fugitivos mesmo, assim como ele. 

- E?

- Como, e? - Justin parece não querer me dizer direito o que foi decidido nessa reunião. 

- Eles falaram que eu deveria ir para Toronto como detetive de lá. - Reviro os olhos. - Já que o seu querido funcionário não pode deixar a cidade.

- Isso é ridículo, Justin. Você só precisa trabalhar com ele e pronto.

- Eu não vou trabalhar diretamente com ele. Não mesmo. - Fala feito criança. - Eu não vou.

- Você pode me dizer qual o problema com o Killian? - Ele nega com a cabeça.

- Eu não vou com a cara dele. 

- Não é esse o motivo que eu quero ouvir. 

- Ele é irmão gêmeo do Gregório. - Arregalo os olhos. - É.

- Justin, como assim? Eu conheço o Gregório há anos e você nunca me falou nada. Eles nem mesmo têm o mesmo sobrenome.

- Eles são brigados há anos e Gregório mudou o nome no registro quando entrou na JKC. Eu não sei como ele conseguiu, mas conseguiu.

- Eles não tem simplesmente nada a ver.... quem sabe disso, tanto? - Sento na cama, já um pouco perdida nessa conversa toda.

- Todo mundo sabe. - Ele dá os ombros.

- E você não me disse nada até agora? - Ele nega com a cabeça em desculpas e dou-lhe um empurrão nos ombros. - Justin, eu não acredito.

- Eu conheço esse filho da puta desde sempre, mas nunca fomos próximos.

- Mas o que aconteceu?

- Eu sei que ele o Gregório são brigados já tem uns 10 anos, foi na época em que nos conhecemos, aí eu nunca fui próximo do irmão dele... tanto é que eles foram criados longe. Killian com o pai e Gregório com a mãe. - E ele não me disse nada até agora, que idiotice.

- Você tem algum motivo para ter escondido isso de mim?

- Ninguém na JKC comentou que o Killian está conosco. Gregório ficou sabendo tem pouco tempo e foi encher a cabeça do Ryan. 

- Por isso que você quer que ele vá embora?

- Eu quero que ele vá embora porque é um babaca igual o irmão. Fica dando em cima de você. - Então esse ciúmes é realmente uma paranoia.

- Ele nunca deu em cima de mim, Justin. Caramba. Você não entende? 

- Olha, o fato é que se ele for para São Francisco vai dar merda, até porque o Gregório já me dá muito trabalho. Ou o Killian vai para Toronto ou eu vou.

- E você iria? Nos deixaria sozinhos aqui, assim, agora? - Ele nega com a cabeça rapidamente.

- É óbvio que não, Mel. Nunca... mas eu estou irritado. Eu não quero esse cara por perto. 

- MAMÃE. - Brandon grita. - EU QUERO LEITE. - Ele grita novamente e eu levanto rapidamente.

- Muita informação... eu já volto. - Saio do quarto e ele vem atrás de mim.

- Espera. - Ele me segura pelo pulso. - Eu sei que deveria ter te contado. - andamos até o quarto das crianças e abro a porta. Vallery dorme, mas Brandon não.

- Querido, não grite... sua irmã está dormindo. Vou fazer seu leite.

- Oba, okk. - Ele comemora baixinho. Saio do quarto e Justin está parado no corredor. 

- Eu não quero ele trabalhando com a gente. - Fala ao apoiar com a mão no corrimão, conforme me vê pronta para descer as escadas e eu suspiro irritada. - Sério.

- Se você tivesse me falado disso antes, no começo, eu obviamente não o teria contratado, mas você preferiu inventar essa história de ciúmes. Qual é, Justin! Que desnecessário. - Ele bufa alto.

- Eu não inventei, porra!!!! Quer saber, eu faço o leite. Preciso pensar. - Ele desce as escadas correndo e então eu volto para o quarto das crianças. Sento nos degraus da cama de Brandon e conversamos sobre o próximo filme que ele quer assistir e os planos para amanhã.

Não demora muito e Justin volta com o copo de leite. Brandon senta na cama e agradece com um enorme sorriso. Justin senta nos degraus de Vallery e começa a acariciar o cabelo dela. Assim que termina o leite, eu levo o copo na pia e aproveito para tomar água. Estou com dor de cabeça... talvez o cansaço tenha piorado. Volto para o nosso quarto e deito direto na cama. Justin entra e encosta a porta, apagando completamente a luz.

- Eu não achei que seria relevante falar que ele é irmão gêmeo do Gregório.

- Até porque não muda em nada na minha vida, mas sim na sua.

- É óbvio, você já transou com o Gregório. - Lá vem ele com o passado. - Que droga. Eu não quero esse cara no escritório e pronto.

- Eu odeio quando você começa a agir por impulso e fala sobre assuntos desnecessários.

- Eu só estou ligando os fatos. - Ele fala como se fosse óbvio e seu celular toca. Justin atende ainda irritado e eu fecho os olhos para dormir enquanto ouço a conversa.

- Não, eu... eu sei lá. Eu contei a ela, sim. Sei disso, Jack. Me deixa. - Ele desliga e deixa o celular no criado-mudo. Acho melhor não perguntar e apenas continuo com os olhos fechados, acariciando minha própria barriga. - Podemos dormir sem estarmos brigados?

- Nós não estamos brigados. - Digo sonolenta e ele acaricia minha barriga, então tenta me dar um selinho e eu desvio o rosto. - Amanhã continuamos esse assunto.

- Mel... eu só quero esse cara fora da JKC.

- Amanhã.

- Ele não faz ideia que você já se envolveu com o irmão dele.

- Então qual é a sua preocupação? - Olho-o nos olhos.

- Eu quero ele fora. Só isso. Eu não quero esses dois interferindo na nossa vida.

- Eles não interferem em nada.

- Você quer começar a falar sobre isso agora, sério? - Ele pergunta incomodado com a situação. - Porque eles já interferiram e muito.

- Eu acho que você só precisa dormir.

- Eu não vou deixar esse cara ir para Toronto. Ele vai ferrar com tudo.

- Meu Deus!!! Cala a boca, amor. - Aperto seu rosto e ele bufa. - Não adianta você ficar se remoendo depois de ter escondido isso de mim. 

Meu celular apita e pego para ver a notificação. Uma mensagem.

"Seu pai me disse que você há um familiar na central de Miami, certo?" - Gregório. 


Notas Finais


Essa temporada acaba aqui!!!!
Sei que foi do nada, mas de acordo com a votação de vocês: todo mundo quer extras - E EU TAMBÉM!
Estou feliz pois boa parte dos extras já estão escritas e eu só preciso me organizar. Inclusive, muita gente resolveu aparecer que eu nem sabia que ainda estavam lendo BTS.
Começarei, provavelmente, na sexta-feira, ou talvez no sábado... ou amanhã? Não sei, mas um desses dias, sim.
Obrigada a todas que sempre estão me motivando a escrever BTS, isso significa demais pra mim. Justamente por isso, finalizei essa temporada naturalmente pra não dar um ponto final na história.
Gostaria de opiniões e ideias do que pode acontecer nesses extras... Beijos.
Obrigada por tudo.


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