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História Behind The Secrets - Fourth Season - Not okay


Escrita por: featollg

Capítulo 9 - Not okay


- Eu fiquei com uma raiva do tamanho do mundo. - Ele fala baixo.

- Olha, você quer terminar essa conversa hoje? Porque você está muito nervoso. Eu acho melhor você deitar e dormir, porque você não precisa ficar com a consciência pesada se a culpa foi minha, não sua. Amanhã cedo eu te acordo e conversaremos direito. - Ele não responde e continua chorando.- Ei. - Justin me olha.

- Eu quero conversar agora.

- Então pare de chorar. - Falo ao passar os polegares por todo seu rosto. - Você não deveria ter escondido isso tudo de mim.

- Eu não queria falar com você a respeito. Conforme eu fui recebendo as mensagens - numa época em que tudo já estava ruim, eu senti como se cada palavra fosse verdade. Desde o fato de que eu fui ridículo por ciúmes até que você não aguentava mais morar comigo porque eu estava insuportável. Como eu poderia estar insuportável se eu não falei com você? Sabe... Eu...

- Você não deveria ter voltado a fumar.

- Eu me sentia mais leve. - Ele dá os ombros. - Tenho dormido tão pouco. Eu saía para fumar de madrugada ou depois do trabalho. Ficava até umas 5h30 andando pelo condomínio. - Foi por isso que ele parou de dormir comigo na cama. - Aí eu comecei a ficar aqui na sala de jogos, no sofá, no outro quarto. Eu fui me sentido cada vez pior e hoje aconteceu isso... Eu te falei aquilo no quarto e foi quando eu me dei conta do que estava acontecendo. - Ele respira fundo. - Como eu pude dizer que não sinto mais vontade de você? - Ele diz com dificuldade, uma vez que ainda chorava. Eu choro junto. - Foi a pior coisa que eu já te disse. Então eu caí na real e comecei a chorar de imediato... Talvez porque tudo estava preso na minha garganta. Eu fiquei algum tempo chorando lá, passei pelo quarto das crianças e fiquei por lá. Eu pensei que você já estivesse dormindo.

- Eu fiquei aqui, pensando. Não esperava ter ouvido aquilo de você. - Falo tristonha. Ele não me toca desde que começamos essa conversa, desde antes de tudo isso, há mais de 15 dias. 

- Eu sei. Eu sei. - Ele concorda. - Foi por isso que eu me senti tão mal. - Ele ameaça chorar de novo e passa as mãos no rosto.

- Você está muito nervoso, Justin. Eu nunca te vi chorar tanto.

- Acumulou tudo e agora eu estou assim... - Ele dá os ombros. - Eu fiquei pensando no que eu te falei. Eu cheguei a imaginar que você não iria mais olhar na minha cara. Foi tão ruim, porque nós já não estávamos nos falando. - Acaricio seu pescoço lenta. Ele fecha os olhos.

- Me desculpa por ter causado tudo isso. Eu não sabia que você estava numa época ruim tanto na empresa quanto em casa. Eu nunca pude imaginar sobre essas mensagens. Eu nunca falei de você desse jeito para eles, eu não te chamei de babaca, nem de idiota. Eu não imaginei... Ainda mais essas fotos. Sério, desculpa por tudo isso. - Ele nega com a cabeça e eu acaricio seu pescoço mais uma vez.

- Você não sabia o que estava acontecendo e eu também não falei. - Ele puxa a respiração pelo nariz pós-choro e solta pela boca. - Eu só não sabia que você se queixava tanto.

- Por favor, não fume de novo. Você sabe o quanto isso vicia.

- É, mais ou menos. - Ele diz. Que droga!! - Me desculpa. Eu me sinto tão péssimo há dias. Você casou com um cara problemático feito eu e não precisa ficar aguentando essas coisas.

- Justamente porque eu casei com você que eu aguento. Para com isso! Eu te amo, as crianças te amam. - Ele me olha nos olhos. - Eu que preciso me desculpar com você pelo que aconteceu. Mesmo não imaginando nada disso, eu agi errado.

- Depois desses dias terríveis e tal... Você continua me amando? Eu nem falei com você direito... 

- Claro que sim. Eu sempre te amei e vou te amar. Sempre. - Ele abre um sorriso quase imperceptível e coça a cabeça. - Relaxa. - Aperto seus ombros e meu rosto estava próximo ao dele. Lambo os lábios e logo o solto.

- Eu amo você, Mellanie. - Ufa, pensei. Meu rosto demonstra alívio. - Me desculpa. - Ele continua com as mãos próximas da minha perna. Acaricio seu cabelo. 

- Só para você saber, eu não gostei de você ter escondido tudo isso de mim. Eu acabei de mudar de curso, estou saindo com um pessoal da minha idade, eles são legais, são bonitos... você tem que saber lidar com isso. Pode ser que eu tenha exagerado um pouco? Sim, mas isso não muda o relacionamento que nós temos. - Ele assente. - A primeira vez que o Cark te mandou uma mensagem você deveria ter me avisado e esse assunto seria encerrado.

- Eu só não quero que você pense que eu sou um marido muito insuportável. Você sabe exatamente como eu sou com relação a essas coisas, você sabe que eu não gosto de sentir ciúmes, mas é uma coisa que eu não controlo, ainda mais desse jeito que aconteceu. - Ele fala chateado. Parecia querer chorar de novo. - Eu via aquelas fotos dos seus amigos pendurados no seu pescoço e... Caramba. Que droga. - Ele passa as mãos no rosto. - Eu amo você. - Ele diz baixinho. - Eu não quero te fazer sentir mal. Eu... Eu sei que parece, mas eu não estou exagerando. Sério. Eu fiquei puto com essas fotos, mas achei melhor esperar para ver até onde esse babaca iria. - Ele passa novamente as mãos no rosto e logo na nuca. - Mas você também não precisa dar trela para eles. 

- Você é incrível, Justin. Eu sei que você tem ciúmes muito fácil e, no seu lugar, eu também ficaria... Mas eu não fazia ideia, eu devo ter forçado a barra um pouco, mas eles nunca fizeram nada demais, são meus amigos. Você TINHA que ter falado sobre isso comigo. Como eu iria adivinhar o que estava acontecendo? Eu acabei de entrar nesse curso e estou adorando, as pessoas são legais. - É claro que no lugar dele eu ficaria bem irritada. Talvez eu esteja agindo errado ao ser super próxima dos caras. 

- Eles dão em cima de você. - Ele diz me olhando. Era uma pergunta retórica. 

- Antes, sim. Hoje em dia não... Isso não interfere em nada. - Falo séria e ele assente. - Eu não gostei de você ter escondido de mim. Você estava fumando escondido, Bieber. Por que você simplesmente não conversou comigo? - Eu ainda estava inconformada. Ele quase chora de novo. 

- Eu sei disso, Mellanie. Eu sei. Me desculpa. - Ele fica de pé e regula a própria respiração para se acalmar. 

- Olha... Eu acho melhor você dormir agora, descansar um pouco e amanhã conversamos mais a respeito. - Ele assente. - Você ainda tem algo a me dizer? - Ele nega com a cabeça.

- Eu também te peço desculpas por isso... Eu acabei não percebendo que reclamava sozinha e não sabia que tudo isso estava acontecendo. Se te chateia, eu não vou ficar mais tão próxima assim deles.

- Pode ficar, até porque vocês estudam juntos, mas tudo tem limite, né? - Assinto e ele se aproxima. Justin lambe os lábios e olha ao redor. - Você vai deitar comigo?

- Eu vou dormir na minha cama. Você também? - Falo ao levantar e ele demora um pouco, mas assente. Saímos de lá a caminho do nosso quarto e passo pelo das crianças... Silêncio total. Vejo no relógio da parede e são 3h20. Demoramos tanto assim nessa conversa? Entramos no quarto e Justin vai ao banheiro, passa uma água no rosto e vejo que deixa o celular de lado. Faço minhas higienes e deito ao meu lado da cama. Ligo a televisão e puxo o edredom até o meio do nosso corpo. Justin estava ofegante. Acaricio seu cabelo e ele dá um beijo na minha mão direita.

- Me desculpa por causar tudo isso. - Ele acaricia minha mão e não responde. Justin dá um beijo em minha testa e continuo mexendo em seu cabelo bem de leve. - Eu não queria que você ficasse assim. Eu não sabia que tudo isso estava acontecendo e, eu... é.

- Eu já estou mais calmo. - Ele fala baixo, sem qualquer reação. - É... - ele sussurra algo.

- O quê?

- Eu realmente não queria ter te falado aquilo. - Ele sussurra de novo e suspira fundo. 

- Durma. Precisamos descansar. - Ele assente e continuo acariciando seu cabelo até que ele pegue no sono. Durmo logo depois.

...

Tivemos uma manhã tranquila, conversamos pouco, Justin saiu para caminhar com os cachorros e eu fiquei em casa com as crianças, brincando. Ele chegou  em casa perto das 11h e almoçamos num restaurante próximo do condomínio.  Ainda com pouca conversa, a não ser com as crianças. Nosso início de tarde foi proveitoso, após um passeio no parque, ficamos todos no quarto dos dois desenhando e assistindo tevê.

- Uma flor? Isso eu sei. - Digo a ela e começo a pintar a minha de vermelho escuro.

- Não, mamãe... Tem que ser roxa, igual a minha.

- Mas eu gosto tanto de vermelho. - Falo pidonha. - Você não gosta?

- Você tinha que pintar igual o meu, assim fica feio! - Brandon ri com o que ela diz, ainda ao lado de Justin.

- Poxa, filha. - Faço bico com o lábio debaixo e ela sorri toda fofa.

- Faz uma Barbie então.

- Uma Barbie? Ok, querida. - Começo a desenhar e ela vai me copiando.

- Eu queria conversar. - Justin fala ao colocar Brandon em seu colo. - Você pode? Está a fim? Ou sei lá... - Assinto.

- Pode falar. - Digo séria. Ele estava calmo enquanto sussurrava com Brandon, ambos sentados na cama assistindo tevê. Continuei desenhando com a Vallery e Brandon assistia desenho com Justin.

- Vou desenhar o B. - Ela pega outra folha e olha para o irmão.

- O B? É difícil, hein? Quero só ver!

- Não é. - Ela diz toda fofa e começa a fazer um círculo. É incrível o quanto eles cresceram. Passo um bom tempo pintando com ela enquanto comemos salgadinho e tomamos suco, tudo no quarto deles, na mesinha. Justin ficou o tempo todo com o Brandon, cochichando, vendo tevê, conversando. Ele logo o deixa na cama e vem até nós, senta ao lado da Vallery e começa a desenhar com ela.

- Mamãe. - Brandon diz.

- Sim, Bran.

- Eu estou com fome.

- Venha aqui pegar salgadinho. - Falo ao bater na mesa. Ele logo vem e observa o rabisco da Vallery.

- Você está brava comigo?

- Porque eu estaria? - Pergunto enquanto olho para o Brandon.

- Por conta de toda a nossa conversa ontem... Sabe.

- Não. - Nego com a cabeça. Justin vem ao meu lado e me dá um beijo no rosto.

- Mellanie.

- Sim. - Olho para ele, que tenta me beijar, mas Brandon entra na frente. Justin ri. 

- A mamãe é minha. - Ele diz bravo.

- Ela também é minha.

- A mamãe é minha. - Vallery entra na conversa. Justin tenta me beijar mais uma vez na bochecha e Brandon briga.

- PAPAI! - Justin ri e eu me divirto com os dois. Abraço-os e Justin suspira.

- Poxa vida... - Ele diz triste. Paramos de conversar e, depois de uns 10 minutos, eu me deito na cama de Brandon.
    Saímos durante a tarde para brincar com os dois no parque do condomínio. Brandon estava no escorregador, Vallery corria atrás de uma amiga e eu fiquei no banco de descanso, ao lado de Justin. Enquanto isso, eu tirava várias fotos deles. Brandon adora ser fotografado. Já Justin, estava ainda mais estranho hoje, especialmente agora.

- Eu ainda me sinto mal por ontem. - Assinto. - Eu estou péssimo nesses últimos dias por conta de problemas com a JKC, nós nem nos vemos mais.

- E o que você quer que eu faça para te ajudar?

- Sei lá, Mellanie. - Ele diz confuso. - Me desculpa. Eu não estou sabendo resolver tudo isso. Eu ando me sentido perdido. - Enquanto falo com ele, não tiro os olhos dos meus filhos.

- Você está estranho, isso sim. - Falo ao me aproximar dele e seguro seu rosto com as mãos. - Relaxa um pouco. Você está mais estranho do que ontem.

- Eu quero esquecer esses problemas. - Ele balança a cabeça e se aproxima para me beijar, mas não dou retorno. Quero entender até quando ele ficará estranho desse jeito.

- Você não acha melhor se acertar sozinho primeiro? Porque nós não estamos nem namorando mais nesses últimos dias, não nos vemos direito, como você disse... Sei lá, depois que você tiver certeza do que quer, voltamos ao normal.

- Você está meio que pedindo um tempo? - Ele fala assustado, logo me solta. Não. Não é isso. Ou sim? - Levanto e ele para em minha frente.

- Não é isso... Nós somos casados, moramos juntos, mas com tudo isso acontecendo na sua cabeça não vamos conseguir nos dar bem.

- Mas eu não quero me afastar de você. - Ele fala como se fosse óbvio. Ainda bem que as únicas três pessoas que também estão no parque ficaram do outro lado, assim ninguém ouve nossa DR.

- Você não precisa se afastar. Você precisa relaxar sozinho. Eu acho que você está muito estranho nesses últimos dias, muito mesmo.

- Eu sei. Eu estou. - Ele concorda. - Mas eu amo você. Sempre amei.

- Eu sei disso.

- Então... Por que você quer um tempo? Tem a ver com os garotos da sua faculdade? O lance de ontem? - Ele fala numa boa. Não queria que entrasse de novo no assunto de ontem, as mensagens. 

- Claro que não, Justin. O assunto agora é sobre nós dois. - Digo olhando nos olhos dele. Eu me aproximo e ele suspira, passa a mão em minha bochecha, mas não me beija, sequer se aproxima. - Está vendo? Você não sente atração por mim.

- Não é só porque eu não te beijei agora que eu não sinto atração por você. Isso é ridículo. Eu tentei te beijar há um minuto e você virou o rosto.

- Eu não quero brigar com você. Muito menos aqui. - Ele assente e bufa para si mesmo. - Se você preferir, eu fico em outro quarto até que você se acerte consigo mesmo.

- Eu gosto da sua companhia.

- Não parece. Ficamos mais de 15 dias afastados e você sequer entrou no assunto.

- Mas eu gosto. - Ele insiste. - Eu gosto muito. - Justin se aproxima. - Me ajuda. Já conversamos tanto ontem.

- Me ajude a te ajudar! - Elevo o tom vocal.

- Eu quero muito ficar só com você e não pensar em mais nada.

- É isso que você quer?

- Sim.

- Tem certeza?

- Absoluta. - Ele diz de imediato. 

- Ok. Eu vou pensar sobre isso... Vamos voltar para casa com eles daqui a pouco e conversamos. - Ele assente e dá um beijo em minha testa. Vou atrás de Vallery, que estava sentada no chão, parecia cansada.

- Vally, vamos voltar para casa? Já vai anoitecer. - Ela nega com a cabeça.

- Eu não quero!!!

- Filha, já está anoitecendo... Não dá mais para ficarmos aqui. Todo mundo já foi embora, viu?

- Ah, mamãe. - Ela começa a chorar e deita no chão. Birra, não! 

- Vallery, não comece. Vamos logo, por favor. - Bufo e Justin já estava com Brandon no colo. 

- NÃO. - Ela grita e começa a bater os pés no chão. Suspiro fundo e Justin segura o riso.

- Você acha legal fazer isso? - Olho para Justin. - Então fique aqui você. - Eu o puxo pelo braço e pego Brandon no colo, que estava super cansado.

- Vamos, Vally. - Brandon fala todo fofo. - Tá tarde.

- NÃO, eu quero brincar! - Ela retruca e Justin fica de joelhos.

- Eu acho melhor você vir com a gente, filha, ou você quer ficar aqui sozinha? - Ela nega com a cabeça.

- Eu quero brincar mais.

- Você já brincou bastante, Vallery.

- EU QUERO.

- Vallery Bieber. Agora. - Justin fala bravo. - Vamos embora. - Ele a pega no colo e ela chora. 

- Sem chorar, você já é uma mocinha! - Voltamos para casa no silêncio e dei um banho neles assim que chegamos. Melhor, eu com a Vallery e Justin com o Brandon. Não quero mais que ele tome banho com ela... Jantamos num restaurante japonês e passamos na casa do Bryan. Ele tem duas filhas, de 5 e 8 anos - que dão total atenção ao Brandon e Vallery. Voltamos para casa quando já passava das 23h e eles dormiram o caminho todo.

Tomo um banho para relaxar e saio do banheiro com a toalha enrolada no busto, o cabelo preso num coque. Já está tarde, estou cansada. Ele estava sentado na cama com uma cueca branca. Há tempos não usava essa cor. Fecho a porta e vou até meu closet. Visto uma calcinha rosa e um sutiã branco de renda. Passo meu desodorante, logo faço minhas higienes e coloco meu celular para carregar. Justin estava sentado na cama olhando para a tevê.

- O que você vai fazer? - Ele pergunta.

- O que nós vamos fazer. - Corrijo-o. - Sente-se com as pernas cruzadas. - Ele assim faz e sento-me de frente para ele. - Você está relaxado?

- Uhum. - Ele assente e fita meus seios. - Por que você está com esse sutiã? Você quer me provocar?

- Não. - Nego com a cabeça. Desligo a televisão e me ajeito de frente para ele, também com as pernas cruzadas. Encosto as minhas nas suas e ajeito minha postura. Ele faz o mesmo. - Nós vamos respirar fundo juntos cinco vezes, quando acabar, olharemos nos olhos um do outro, só nos olhos, por quanto tempo você conseguir.

- E se eu acabar olhando para o seu corpo, ou sei lá?

- Você vai ter que fechar os olhos por alguns segundos e voltar a me olhar nos olhos.

- Huh. E pra quê isso?

- Você vai ver. - Ele assente e coloco uma mão em cada joelho. Justin faz o mesmo. - tudo bem pra você?

- Sim. Podemos começar? - Assinto. - E se eu não aguentar... Ou sei lá?

- Aí você vai ter que fazer o que estiver com vontade. - Fecho os olhos pensando nele e falo "Já". Respiramos fundo 1, 2, 3, 4, 5 vezes. Justin abre os olhos e começamos a nos encarar. Ele me olha apenas nos olhos, sério.

- Eu posso falar? Tipo elogiar? - Assinto.

- Uma palavra por vez. - Ele assente. Continuamos nos olhando nos olhos e ele desvia para a minha boca, logo fecha os olhos e suspira. Ele os abre e volta a me olhar. Sem querer, vejo ele morder os lábios. Fecho os olhos e eu queria beijá-lo. Ele continua me olhando nos olhos, Justin bate com as mãos no joelho.

- Caramba. - Ele diz. Ficamos cerca de cinco minutos num completo silêncio, olhando um nos olhos do outro. Eu queria tocá-lo, ele fecha os olhos quase que a todo instante.

- Ok? - Pergunto. Ele arregala os olhos e olha meus seios. Justin fecha os olhos.

- Não. - Ele volta a abrir os olhos e coloca as mãos em cima das minhas. - Foi mal.

- É. - Respondo. - Você está aguentando numa boa?

- Não. - Ele diz acelerado. Justin fecha os olhos mais uma vez, logo abaixa a cabeça e suspira fundo. Está dando certo. Justin continua com os olhos fechados, a cabeça baixa. - Caramba. - Não respondo. Deixo com que ele se entenda. Toco seu queixo e ergo seu rosto. Ele volta a me olhar nos seios e fecha os olhos de imediato. Posiciono sua cabeça de frente para a minha e solto seu rosto. Ele abre os olhos lento, volta a me olhar nos olhos e estava ofegante.

- Quer dizer algo? - Falo séria. Ele nega. Acabo olhando para sua cueca e fecho os olhos. Assim que eu os abro, me surpreendo com Justin em cima de mim, ele me deita na cama e toca sua boca na minha como não fazia há de quinze dias. Fecho os olhos sorridente e ele morde minha boca com gosto. Nos beijamos de língua e eu sentia sua empolgação desde o início. Ele suspira fundo e me empurra cada vez mais na cama. Solto os braços e ele segura meus pulsos, logo apoia com os joelhos na cama e aperta meus seios com toda força do mundo. É o Justin de sempre. Justin me beija sem parar e perco o fôlego por um instante. Caramba. Abro os olhos e ele me olhava fixo. Mordo o lábio enquanto recupero o fôlego e ele pressiona sua intimidade na minha. Gemo baixo. Ele me dá vários selinhos e me beija mais uma vez. Eu cedo, é claro. Eu amo esse homem. Dou a volta com os braços em seu pescoço e aperto os fios de seu cabelo. Ele murmura e morde meu lábio.

- Obrigado. - Ele sussurra em meu ouvido e morde meu lóbulo bem devagar. Estremeço. Que arrepio! Justin passa a beijar meu pescoço diversas vezes e morde minha nuca. - De verdade. - Ele me faz sorrir. Eu o abraço forte e dou um beijo em sua bochecha, que vira o rosto rapidamente e nos beijamos de língua, mais uma vez.

- Você é tão lindo. - Sussurro ao mexer em seu cabelo e ele sorri pra mim, ah, esse sorriso. Eu o viro na cama e fico por cima, sentada com o quadril em cima do seu. Passo a mover-me lenta, sem pressa, com as mãos em sua barriga. Ele geme baixo enquanto me devolve um olhar provocante. - Eu gosto tanto de você. - Digo ao deitar o corpo e ele vai acompanhando meus seios. Justin beija meu pescoço e desce até meu sutiã. - Eu espero que agora você esteja mais tranquilo com relação a nós. - Justin deita a cabeça na cama, ao meu lado, e pressiona seu corpo no meu. Gemo. Meu Deus. Pare! Sem provocações.

- Você sempre sabe como lidar comigo. - Ele responde e morde meu ombro. - Obrigado. - Ele diz baixinho. - Você é o amor da minha vida. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. - Ele diz conforme me beija no pescoço. - Eu te amo. - Eu o abraço com força e me sinto tão bem. Era bom tê-lo de volta. Nem parece o mesmo Justin de ontem, que chorava feito louco.

- Eu também amo você, Justin. - Respondo séria. - Você é incrível. Fico feliz que esteja se sentindo melhor. - Ele me aperta na cama e resmungo.

- Como você fez isso?

- Isso o quê? - Falo ao tentar me sentar e ele fita meus seios.

- Isso... - Ele senta em minha frente e logo deito com a cabeça em suas pernas, de lado. Os pés quase para fora da cama. - Eu comecei a te olhar e pensar em tudo que eu sinto por você. Eu não conseguia não olhar seus seios, ou sua calcinha, seu corpo todo, sua boca. - Ele mexe em meu cabelo. - Eu amo tanto você. - Sorrio feito boba. - Eu amo o seu sorriso. Nossa, você é linda. - Ele desce as mãos por meus braços, até meu sutiã, logo minha barriga.

- Eu fiquei preocupada com o seu surto de ontem. Eu nunca tinha te visto daquele jeito. Eu achei que você queria um tempo... Estava tudo tão estranho. Foram mais de duas semanas nisso. - Ele suspira e olha meu corpo pensando na resposta.

- Você sabe que eu sou meio estranho mesmo... - Ele dá os ombros. - Mas ontem eu explodi. Eu não aguentava mais guardar pra mim tudo o que acontecia. Eu sou maduro o suficiente para saber lidar com tudo isso, mas foi acumulando e eu não comentei nada com você. - Assinto.

- Deu pra perceber... - Respondo. - Você me deixou nervosa.

- Eu estava nervoso. Você não tem ideia do quanto eu fiquei mal pelo que te falei ontem... Eu... - Ele coca a cabeça. - Eu amo tanto você. Eu não sei o que aconteceu.

- É... Eu fiquei bem chateada, mas tentei te entender. Sei lá. - Dou os ombros. - Você tem todo direito de não sentir o mesmo amor por mim de antes.

- O que você está dizendo? Que bobeira! - Ele fala sério. - Nós estamos juntos há anos. Eu sempre amei você.

- E por que você disse aquilo ontem? - Pergunto. Ele aperta meus seios com vontade. - Justin.

- Eu estava nervoso. - Ele diz inquieto. - Eu não quero falar sobre isso.

- Mas se você disse, foi porque isso passava pela sua cabeça.
 

SPOILER

Está atravessando a rua com eles. O ruivo-cara-de-pau e um loiro baixinho. Abaixo o vidro conforme eles chegam até nós e Mellanie sorri para que eu não retruque.

- Boa noite, caras. - Falo ao estender a mão direita para cumprimentá-los. Mellanie abre a porta de trás e abraça as crianças.

- Meus amores!! - Enquanto cochicha com eles, o loiro baixinho começa.

- Eu sou o Cark. - Oh. Então é ele. Babaca. Rio sacana.
 


Notas Finais


Fico feliz que vocês estejam curtindo essa nova fase deles com muita maturidade. Ainda tem MUITA coisa para acontecer e gostaria de mais opiniões, sugestões e críticas. Obrigada desde já por todos que tiram um tempinho pra ler.
Beijos e boa noite.


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