História Behind The Secrets - Season Finale - 880

Desde o nascimento de Luna as coisas tem sido tão... inquietas. Eu pedi que Lindsay passasse a noite em casa porque precisei ficar com Mellanie e Luna no hospital. É o terceiro dia dela e minha esposa foi liberada. No entanto, nossa filha ainda não. A previsão é que até o dia 10 ela esteja conosco, em casa. Mellanie está bem e isso é completamente incrível. Ela tem ficado bastante de repouso e sequer pensou na JKC, o que me agrada. Eu espero que ela fique um bom tempo em casa, mesmo que estejamos precisando muito dela.

Mellanie P.O.V

- Ela dormiu? - sussurra ao ficar de joelhos e eu assinto. Ele dá um leve beijo em sua bochecha. - Quer ajuda?

- Não. Eu só vou colocá-la no berço... Ligue a babá eletrônica, por favor. - ele assente e assim faz. Deixo Luna no berço e aumento o volume da babá eletrônica, então saímos do quarto juntos e vamos de mãos dadas até o nosso. É a primeira noite dela em casa... depois de um longo dia dormindo nesse berço enquanto eu a assistia da poltrona. - Eu preciso voltar daqui 2h40. - Justin assente e me abraça bem forte, mas bem forte mesmo. Como é bom finalmente estar em casa com ela. Vallery e Brandon ficaram tão perdidos com essa primeira semana do ano... conturbada, eu diria. Meus pais estão loucos para visitá-la, assim como a família de Justin.

- Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta. - ele sussurra num fio de voz e beija meu cabelo, ainda enquanto trocamos o forte abraço. - Eu fiquei tão preocupado. Eu estou tão feliz que você está de volta, meu amor. - sorrio de leve para ele e seguro seu pescoço com as mãos, então dou-lhe um beijo nos lábios. - Eu sei que você foi liberada há dias, mas Luna... só hoje. É tão bom. - Assinto em concordância e estou tão cansada. As crianças dormiram não tem nem quarenta minutos.

- Eu também estou feliz por estar de volta com ela, Jay. Finalmente! Depois de exatamente uma semana... - ele concorda com a cabeça e trocamos dois selinhos, logo mais um. - Obrigado por ter cuidado tão bem dos dois! Minha mãe me disse ontem mesmo. - Ela voou para Miami tem dois dias. Veio com minha irmã para nos ajudar um pouco... mesmo que eu pedisse que viesse só depois. 

- Eu tenho o maior prazer em cuidar deles, mesmo preocupado.

- É, eu sei. Agora que ela está em casa iremos nos reorganizar... - dou-lhe mais um selinho. - Estou cansada. 

- Você precisa dormir. Eu vou colocar o despertador e te acordo daqui 2h35.

- Ok. Obrigada. - eu deito na cama e fico de costas para ele. Justin me abraça na barriga e acaricia meu braço direito.

- Até agora eu não acredito que você teve parto normal. Nada de cicatrizes. - A maior dor que eu senti na minha vida... caramba. Nós sequer conversamos sobre o parto desde o dia 02. Talvez porque mal consegui ficar em casa.

- Foi a maior loucura da minha vida. Nunca pensei que doeria tanto e valeria tanto a pena. Nada de cicatrizes... Nada de dor na barriga desde que me recuperei.. com relação à cesariana. - ele beija meu pescoço e morde minha nuca. Fico completamente arrepiada.

- Eu percebi!! Isso é ótimo.

- Encerramos a fábrica por aqui.

- Urgh. - ele murmura baixinho e entrelaço nossos dedos após um longo bocejo. - amor... Durma.

- Sim. Boa noite. Eu amo você. - viro de lado para ele e trocamos um breve selinho. Ele me aperta e consigo dizer o quanto está aliviado porque estamos em casa. Ainda bem que minha mãe e Daisy estão aqui, também. O pai de Justin pretende nos visitar daqui pelo menos 2 semanas. Foi o que pedi. Pelo menos 15 dias de Luna conosco enquanto faz os exames, as primeiras fotos e nossa adaptação. Ele acaricia meu cabelo e não demora muito até que eu adormeço.

Acordo com o meu despertador em volume baixo e desligo. 2h10 da manhã. Huh. Eu solto meu corpo de Justin e levanto pisando fraco no chão. Chego no quarto já ouvindo os múrmuros de Luna. Bem na hora.

- Amor... São 5h. Venha deitar. - ele me carrega no colo. - Você está leve.

- Ela mamou faz uns 40 minutos e não parava de chorar... Aí eu fiquei aqui.

- Que horas ela mama de novo?

- Umas 7h30. Está mais tranquila. - vejo que entramos no quarto e ele me deita na cama. - O que você está fazendo?

- Te colocando para dormir. Eu aumentei o volume da babá eletrônica. Qualquer coisa iremos ouvir. Durma direito, Mel. Você precisa descansar. - assinto e apago novamente.

Acordo com a claridade do quarto e... Meu celular não despertou. São 8h!!! Meu Deus. Eu dormi por três horas seguidas. Olho para o lado e estou sozinha na cama.

- Luna!! - levanto da cama toda atordoada e abro as cortinas. Entro no banheiro e passo uma água no rosto, então há um silêncio enorme vindo da babá eletrônica. Assim, rapidamente faço minhas higienes e saio do quarto perdida. Passo pelo quarto dos gêmeos, que dormem, logo o de hóspedes, Daisy dorme rodeada por travesseiros, sozinha, e o quarto de Luna. Justin está sentado na poltrona com ela no colo... Ela dorme!!!

- Você conseguiu descansar um pouco? - por ser a primeira noite dela em casa... Até que sim.

- Até que sim. Ela não chorou? - ele nega com a cabeça e dou-lhe um selinho, logo um beijo no cabelo dela.

- Quase. Sua mãe está fazendo o café da manhã... Eu tenho que sair daqui a pouco. - eu a pego no colo e sento na poltrona conforme coloco meu cabelo para trás. Justin está apenas de cueca preta.

- Minha mãe te viu assim?

- Sim. Ela riu. - reviro os olhos. - Como faremos? Eu os levo no colégio ao 12h e pouco e só busco?

- Huh... Sim. Posso ver com a minha mãe de levá-los, aí você só busca. Não quero atrapalhar.

- Eu vou voltar de qualquer jeito pra ver como vocês estão.

Passei o resto do dia com Luna, Vallery, Brandon e Daisy em casa. Eles não quiseram ir ao colégio para ficar com a irmã e, pela primeira vez, concordei com a ideia. Minha mãe colocou Daisy para dormir e foi fazer as compras de acordo com a lista que mandei. Dei o dia de hoje de folga a Lindsay e ela retornará a partir de segunda-feira. Maria não fica mais conosco, até porque está cheia de afazeres no escritório.

Claro, o escritório!! Eu sequer mexi no meu notebook desde a virada do ano. Com certeza está tudo desorganizado. Brandon ficou o tempo todo oferecendo ajuda, mas Vallery me pareceu com ciúmes. É normal, não? Eles não estão acostumados a ter mais um bebê nessa casa que seja mais novo. Tudo bem, é tudo um processo de adaptação.

Eu já me sinto melhor e completamente descansada... Talvez nem tanto. O pouco que Luna dormiu durante a tarde eu aproveitei para conversar com Vallery, Brandon e até mesmo Daisy a respeito do que está acontecendo aqui: que eles têm uma nova integrante na família, a mamãe ficará cheia de afazeres, mas isso não significa que algo irá mudar entre nós. Daisy está perto de fazer um ano e já entende tudo. É a coisa mais fofa. Com certeza será uma boa... tia? para Luna. Gostaria que fossem como primas. Isso soa tão diferente.

Minha mãe voltou para casa por volta das 16h e então eu dei banho nas crianças, fiz o mesmo com Daisy e depois com Luna. Ela é tão pequena, tão fofa. Justin me ligou para saber se estava tudo bem e se deveria comprar algo. Pedi mais fraldas, para variar. É algo que vai embora igual água. O estranho é que eu não me sinto aquela mãe louca que não consegue ter tempo para nada. Eu fui mãe de primeira viagem de um casal de gêmeos. Quase enlouqueci com duas crianças ao mesmo tempo, mas agora me parece tudo tão mais... calmo. Até minha mãe está estranhando. Eu só quero o bem de todos eles. 

- Eu passei no escritório a pedido de Justin. Ele queria saber pessoalmente se estava tudo bem. - Rio.

- Ele te pediu para ir lá só para saber se eles estão bem?

- Eu conheci tudo, me apresentei e também peguei seu HD externo.

- ÓTIMO! Eu preciso me organizar.

- Ei... filha. - Ela esconde nas costas. - Você não vai voltar a trabalhar agora.

- Mãe... eu só vou me organizar. Não vou trabalhar. - Desvio o olhar já pensando em tudo que tenho a fazer e ouço Vallery tagarelando com Daisy no sofá. - Eu sei o que você vai dizer.

- Eu passei pelo que você está passando, é difícil, mas você deve deixar o trabalho de lado. Tem licença de seis meses. - Assinto em concordância.

- Eu não vou ficar seis meses. Você viu que Justin colocou o berço dela perto da minha sala?

- Sim, eu vi e achei incrível. Isso significa que você pretende voltar logo, mas vá com calma. - Apesar de soar implicante, sei que ela está certa. Eu vou com calma. - Justin está lá, mas a cabeça dele está aqui. 

Tenho uma consulta amanhã para regular minha dieta, levar Luna e tirar algumas dúvidas, afinal, não tive qualquer cicatriz, apenas uma dor absurda no abdômen até anteontem. 

Desde que minha mãe voltou para a Califórnia, meu pai, Paul, minha tia e Alice vieram na semana seguinte. Já a família de Justin, um pouco depois. Conseguimos um acordo para que ninguém viesse ao mesmo tempo. Não damos conta de tantas pessoas nessa casa fora nós cinco.

A verdade é que tudo tem estado muito melhor do que o previsto. Eu e Justin não estamos conseguindo conversar muito, porque por incrível que pareça, ele não consegue sair da JKC o tempo todo para nos ver. Não cobro isso dele. Lindsay é uma ótima companheira. Por falar nisso, Anna chegou junto com a minha família e passou longos 10 dias conosco. Foi embora antes de ontem. Senti falta dela. Justin ficou tão mais tranquilo em tê-la por perto.

Sobre a minha faculdade? Voltou no dia 08, ontem, mas eu nem pensei em pisar naquele lugar. Decidi fazer um acordo com a diretoria de licença da maternidade por 90 dias. Foi aceito e espero que realmente dê certo. Não quero pensar muito sobre tudo isso. A única coisa com a qual eu me importo atualmente são meus filhos... e Justin. Claro. 

Lindsay fica conosco das 9h às 16h30. Consegui esse horário flexível porque, como fico em casa o dia todo com Luna, as crianças podem acordar um pouco mais tarde e não ficarão sozinhas. Eles estão adorando a ideia de ter uma boneca dentro de casa... exceto pelo ciúmes absurdo vindo de Vallery. Desde o início, Brandon tem lidado bem com toda situação, não completamente, mas bastante. Já Vallery... está um pouco difícil. Talvez porque estava acostumada a ser a única filha e agora perdeu o posto. Passei pelo mesmo. 

Na minha consulta mais recente, fui informada de que eu e Justin poderíamos retomar relações sexuais depois de 25 a 30 dias desde o parto, mesmo que tenha sido normal. Confesso que sinto meu corpo tão diferente. A última conversa que tivemos a respeito foi quando ele me disse que tudo aconteceria quando eu me sentisse bem comigo mesma. Estou perto de voltar ao meu peso normal, mas isso não me preocupa no momento, mas sim o fato de estar pronta para voltar às atividades de sempre. Agora que eu percebo o quanto éramos imaturos quando os gêmeos nasceram. Caramba.

Voltei a tomar um anticoncepcional fraquíssimo, só para não perder o costume, mas quero começar a usar o adesivo. Talvez em breve. Justin chegou em casa por volta das 20h. Buscou as crianças no colégio e os levou ao shopping para comprar alguns brinquedos, mimá-los um pouco. Isso é bom às vezes. 

Jantamos macarrão com queijo e então Luna chorou por um bom tempo e então finalmente conseguiu pegar no sono. Eu a acordo de quatro em quatro horas para mamar... ou ao contrário. Ela acorda primeiro. Tomei um banho quente e vesti uma camisola branca de seda. Estou tão confortável e feliz que os três estão dormindo às 21h40 da noite. Justin ficou um tempo no quintal, falando ao celular, olhando para o céu, pensando na vida, e então decidi ir até ele. Faz uns dias que não conseguimos conversar direito. Luna já está com 39 dias de vida e engordou um pouquinho. 

- O que faz por aqui? - Falo ao andar até ele e está tão fresco. O céu cheio de estrelas. 

- Só relaxando, pensando um pouco na vida... Tudo certo lá em cima?

- Três crianças exaustas. - Ele sorri. - Vocês se divertiram no shopping, huh?

- Eles te contaram?

- Que você comprou brincos de ouro para Luna? Sim. Ela furou a orelha tem dois dias... não vamos conseguir trocar tão cedo.

- Tudo bem. - Ele dá os ombros. - Você já vai dormir?

- Estou te esperando subir... não quero ficar sozinha.

- Claro. Eu só preciso de um banho. - Ele vem ao meu lado e sobe até nosso quarto. Enquanto toma banho, deixo meu celular carregando e aproveito alguns segundos para ficar no quarto de Vallery e Brandon. Programo a televisão para desligar em 20 minutos e encosto a porta. No quarto de Luna, está tudo escuro, exceto pela luminária ao lado da poltrona, que me permite conseguir localizar todos os objetos.

Volto para nosso quarto e ele já desligou o chuveiro. Solto meu cabelo e então puxo o edredom. Eu sinto falta dele. Ultimamente só trocamos algumas palavras antes de dormir. Estamos sempre tão exaustos.

- Hoje foi um dia cansativo.

- Está irritado?

- Não. Foi só no momento. - Ele me olha conforme penteia o cabelo e escova os dentes. Justin apaga a luz do banheiro e então vai até o closet. Ele pega uma cueca boxer branca, e eu a pego de sua mão antes que possa vesti-la. Ele parece querer rir, mas não entende a situação. - O que você está fazendo? - Eu me aproximo dele e dou-lhe um beijo de língua inesperado. Justin aperta minhas costelas e sobe a mão esquerda até meu pescoço. Ele morde meu lábio e então deslizo minha boca até seu pescoço, beijando-o com toda calma do mundo. Ele murmura e pressiona minha lombar contra seu corpo. Ele é tão cheiroso. Justin puxa um pouco meu cabelo e sinto um frio na barriga intenso. Não trocamos um beijo assim desde antes do nascimento de Luna. Eu o abraço em volta da cabeça e trocamos vários selinhos. Eu já estou um pouco ofegante, ele, nem tanto. Eu o encosto na porta do closet e ele sorri. Dou-lhe mais dois selinhos e então peço por mais um beijo de língua, que ele rapidamente cede. Pego impulso em seus ombros e rapidamente grudo com as pernas em seu colo. Ele me segura pelas coxas e continuamos nos beijando com tanta calma. Eu estou confortável aqui, nele. Eu já sinto sua ereção e isso é realmente excitante. Encosto minha testa na sua. - Você tem certeza? - Beijo seu pescoço diversas vezes e mordisco seu lóbulo, logo sussurrando "sim". Ele estremece completamente. 

- Pode ser cuidadoso? - Ele rapidamente afirma com a cabeça e aperta minhas costelas. Caramba, ele está com tanto desejo quanto eu. Consigo dizer ao olhá-lo nos olhos. Ele me encara por cinco segundos e aperta minha cintura. - Eu espero que você queira tanto quanto eu. - Digo num fio de voz e ele fecha os olhos por um instante, logo os abre e morde a própria boca. Justin nos leva até a porta, apaga a luz do quarto e apoia na parede rapidamente. Ele pressiona seu corpo no meu, não completamente, talvez para não me machucar. - Eu só quero ficar de sutiã.

- Tudo o que você quiser, meu anjo. - Sorrio feito boba. Como ele é carinhoso. Continuamos trocando beijos apaixonados até que eu mesma tiro minha camisola e ele analisa meu corpo, no escuro. Espero estar em forma o quanto antes. Ele acaricia toda a minha barriga e sobe as mãos até meu queixo. Dá um beijo em minhas bochechas e eu o abraço bem forte. Ele retribui e descansa a cabeça em meu ombro. - Eu não quero te machucar. - Ele sussurra e então me deita na cama com toda calma do mundo. Acaricio seu couro cabeludo sem pressa e ele está nu, só para mim, completamente pronto. Justin faz uma trilha de beijos do meu estômago até minha virilha e passa a descer minha calcinha devagar, beijando toda a região, até que passa pelos meus pés e aperta minhas coxas devagar. Ele está tão... carinhoso. Justin beija minha intimidade uma única vez e eu gemo. Ele encosta a cabeça ali e fica por um instante, apenas enchendo-me de beijos. Senti falta de consegui-lo ver assim. - Seu corpo está diferente. - Justin diz num fio de voz e entrelaça seus dedos nos meus. Dá mais um beijo em minha intimidade. Ele ainda ama o meu corpo, mesmo completamente diferente, ele ama. Estou tão aliviada e mais tranquila do que antes... Ele me passa uma segurança tão grande. Justin volta a tocar seus lábios nos meus e não tiramos os olhos um do outro. Trocamos beijos lentos e calmos. Seguro seu lábio com os dentes e ele murmura baixinho. - Olhe nos meus olhos, ok? - Afirmo com a cabeça. - Se você sentir qualquer dor, você fala. - Assinto novamente e acaricio suas costas. Estou ansiosa, na expectativa, eu o quero muito. Justin desliza a mão esquerda pela minha silhueta e apoia com a direita na cama. Fecho os olhos por um instante e ele me dá um selinho. Ele é simplesmente incrível. Justin beija meu pescoço e eu o sinto ali, procurando seu lugar. Gemo baixinho e estou tomada pelo desejo. Ele ameaça entrar em mim e sinto algo estranho. Vai logo, caramba. Estou inquieta e ele talvez apreensivo. Desço a mão direita até sua lombar e tento pressiona-lo contra mim. Justin entra em mim com gosto e deixo um grito escapar. Ele rapidamente para. Doeu. Argh. - Ei. - Ele para rapidamente e me olha nos olhos cheio de dúvidas.

- Doeu um pouco. Foi isso. - Ele arqueia as sobrancelhas. - Já passou.

- É melhor esperarmos mais um pouco. - Nego com a cabeça. - Eu não quero que você sinta dor. Eu quero que você queira e sinta prazer.

- Eu só senti na hora. - Dou os ombros. - O médico disse que poderia ser normal... principalmente porque meu organismo estava dilatado e agora voltou. - Ele beija todo o meu pescoço. 

- Vamos esperar mais um pouco.

- Eu não quero esperar... eu sei que você também quer muito. - Ele sorri e eu o abraço no meio das costas, arranhando-o com as unhas. - Por favor. 

- Argh, eu amo você. - Ele sussurra e parece não conseguir ir contra minha voz de criança pidonha. 

- Eu amo você, também. - Dou-lhe um selinho e arranho seu couro cabeludo. - Se doer de novo eu falo, juro.

- Se você mentir para que eu não pare, eu vou ficar bravo. Muito bravo. - Ele me repreende e eu sorrio em concordância. Mordo seu lábio e então voltamos a nos beijar pelos próximos trinta segundos. Ele é tão confortável aqui, em cima de mim. Justin segura minha cintura na cama e me olha brevemente. Fecho os olhos conforme sinto-o preencher meu organismo e não senti dor. Só uma aflição, parecida com a de antes, mas não doeu. Sorrio para ele sem forças para abrir os olhos e Justin me faz acompanhá-lo num ritmo não tão rápido. Ele é simplesmente O cara. Trocamos vários beijos conforme ele me acostuma ao seu ritmo e então arranho suas costas com cautela. 

- Porra, Mellanie. - Ele diz num fio de voz. - Eu... - Ele perde a voz e eu sei o que quer dizer. Eu também, Justin, eu também. Gemo cada segundo com mais intensidade e ele me causa uma sensação absurdamente revigorante. Eu senti tanta falta disso tudo. Eu o quero aqui, comigo, para sempre. Como é bom. Justin beija meu ombro e então desce até meu busto, logo sobe e passeia com a mão pela minha barriga. Seguro seu rosto com as mãos e dou-lhe vários selinhos. Ergo minhas pernas e dou a volta em sua lombar. Gemo baixo conforme ele me deixa em êxtase. Que sensação boa.

- Jay... - sussurro quase sem forças e ele beija minha garganta. Está quentinho e vai até o fundo, mais uma vez, assim atinjo meu ápice primeiro. Ele logo explode dentro de mim e cai com o corpo em cima do meu, sem qualquer cerimônia. 

- Caramba. - Digo exausta e minha respiração é tão curta que mal consigo organizar os pensamentos. - Foi demais. - Ele me abraça na cama e continua com o rosto escondido. Acaricio sua nuca lentamente e encho seu cabelo molhado de beijos.

- Você ter tomado a iniciativa me deu um tesão tão... tão... - ele fala rouco, cansado. - Eu não imaginava. 

- Eu sei. Queria te surpreender.

- Conseguiu. - Ele suspira fundo e o silêncio toma conta do quarto até que meu celular vibra. Sequer pego para olhar as notificações. Só quero continuar aqui, com ele. Justin acaricia meu cabelo e me dá um beijo no pescoço. - Sério. 

- Que bom. - Continuo fazendo cafuné nele, que boceja e continuamos em silêncio pelos próximos minutos. - Você não sentiu mais dor? - Ele fala num fio de voz e está cansado.

- Não.

- Mesmo?

- Sim. Foi só uma aflição... mas não doeu igual naquela hora. - Ele deita ao meu lado e concorda com a cabeça. 

- Eu fiquei com medo de te machucar. Sei que seu corpo está super sensível. - Ele é tão fofo. Dou um beijo em sua bochecha e logo um selinho. - Foi como se eu tivesse tirado a sua virgindade. - Eu não consigo me conter, e rio. - Eu gostei de pensar assim.

- Oh! Eu fiquei meio assim, também, mas você é sempre incrível comigo. - Dou os ombros e ele beija minha aliança. - Eu gostei muito.

- Eu também, ainda mais porque veio de você. Eu tive um dia esgotante hoje e eu só precisava de um pouco de amor. - Parece uma criança carente. Eu o abraço bem forte e encaixo meu corpo nele. 

- Sei disso... fico feliz que tenha gostado da minha iniciativa.

- Eu não fazia ideia. Você é incrível. - Ele sussurra. - Mas agora precisa dormir. Que horas ela acorda?

- Daqui 3h30. - Ele boceja conforme acaricia meu cabelo e beija minha testa. - Boa noite, Jay.

- Boa noite, amor. - fecho os olhos na esperança de conseguir dormir e ele não para de mexer no meu cabelo. Isso é tão relaxante.

Nunca pensei que ficaria tão feliz por passar alguns dias em casa com Luna, Vallery e Brandon. Eles não precisam mais ficar o tempo todo no colégio, até porque Lindsay nos ajuda muito, mas tudo tem sido realmente ótimo. Justin, pela primeira vez, comemorou seu aniversário fora de casa. Ele foi para a Califórnia e encontrou milhares de amigos. Disse que precisava extravasar um pouco. Eu confesso que fiquei um pouco... não sei, achei estranho, mas ele tem total direito. Recebi até fotos da festa para ver todos os caras no bar. Justin passou três dias fora de casa e voltou mais solto, menos conversativo. Não temos conseguido passar muito tempo juntos desde o Natal. 
Decidi começar a fazer caminhada todas as manhãs com Luna, já que ela precisa de banho de Sol. Levo Vallery e Brandon sempre comigo, deixando assim que eles se divirtam no parque boa parte das manhãs. Ligo no escritório e Elizabeth me atende.

- Sim. Vou passar para o ramal dele, só um momento. - Sento no banco e deixo Vallery brincar um pouco com a irmã, que mal abre os olhos. Ela fez sua primeira sessão de fotos antes de ontem e estão lindas. Ainda não recebi todas, mas posso definitivamente dizer que os olhos dela serão claros. Talvez não tão claros como os deles, nem perto do azul de Brandon, mas quem sabe um mel puxado para o verde. 
- Oi.
- Tudo bem?
- Sim. Vocês?
- Uhum. Estamos no parque. - Ele assente e ouço que está digitando. - Está precisando de algo?
- Huh, na verdade não. Isabelle está ajudando bastante com a sua parte. 
- Eu estou querendo voltar na próxima semana... já que o berço está pronto e está tudo ok.
- Não concordo. - Ele suspira. - Falamos sobre isso depois.
- Ok. Precisamos conversar mais tarde.
- Você está com tempo hoje?
- Do que você está falando? - Ele bufa e então fica em silêncio. - Justin.
- Estou um pouco ocupado agora. Nos vemos em casa.
 

Ele desliga. Simplesmente desligou. Não faz nem 4 dias que voltou da Califórnia e está assim, todo... estranho. No primeiro dia senti que ele estava mais tranquilo, porém mesmo assim um pouco distante. Talvez tenha sentido falta da vida perto dos amigos principais. Isso não é motivo para tal grosseria. Nós conversamos todas as noites, exceto as últimas, já que ele tem chegado bem tarde em casa sem vontade de conversar comigo, a não ser com as crianças. Isso é tão estranho.

Tirei a tarde para levar Luna à Miami Beach. Preciso que ela se acostume com a barulheira e esse clima super quente. Miami é uma cidade ótima para bebês.

Jantamos pizza hut e Justin decidiu colocar as crianças para tomar banho, então quis trocar a fralda de Luna e me deixou livre por vinte e cinco longos minutos. Fui para o nosso quintal e decidi apenas relaxar um pouco. Devo voltar para a faculdade em menos de um mês. Ouço Brandon gritando e Justin o repreende. Hum, hora de voltar. Subo as escadas às pressas e quando chego no quarto deles, Justin está com Luna em seu colo discutindo com Brandon.

Após alimentar minha filha e colocá-la para dormir, fui até o quarto das crianças e Brandon está no quinto sono. Vallery, sussurrando com Justin. Não consigo saber qual é o assunto. Fico observando-os por um instante e então ele dá um beijo na testa dela, sussurram novamente e ela não demora a dormir. Ele passa por mim e vai até o nosso quarto. 

- Oi. - Falo intencionada. Ele me olha de lado e pega o celular.

- Oi. 

- Podemos conversar agora ou você vai continuar me evitando? - Cruzo os braços esperando resposta e ele simplesmente continua mexendo no celular.

- Eu estou fazendo o que você faz comigo. - Reviro os olhos. De novo não.

- Eu não faço isso com você. Sabe muito bem disso. 

- Se eu soubesse, provavelmente não estaríamos falando sobre isso. 

- Então vamos conversar direito. Deixa esse celular de lado. - Luna começa a chorar e eu corro para o quarto dela. Eu a pego no colo e começo a andar pelo cômodo. Nem sinal de Justin. Foi só um susto. Ela voltou a dormir logo em seguida. Encostei a porta do quarto e voltei para o nosso. Justin termina uma garrafa d'água e deixa no criado-mudo. 

- Sobre o que você quer conversar? Porque eu não estou muito a fim agora. 

- Você voltou da Califórnia completamente estranho. Eu sei que não estamos conseguindo conversar muito toda as noites, mas é porque Luna tem tido muitas cólicas e acordado todas as madrugadas e você sabe disso.

- Eu nenhum momento eu reclamei. Eu amo Luna. Por que você está dizendo isso? - Ele cruza os braços e joga o celular na cama.

- Eu estou dizendo isso porque você não fala direito comigo desde que voltou. Eu fiz alguma coisa de propósito?

- De propósito? - Ele cruza os braços. - Nós não temos mais tempo um para o outro. É isso.

- Justin... qual é.

- Eu sei. Eu já sei o que você vai dizer. Eu não estou te culpando, nem Luna, nem os gêmeos. Eu só estou dizendo que isso me incomoda. 
 

SPOILER

- Eu ainda acho que deveríamos ir para a trilha. - Falo baixinho e ele nega com a cabeça. - Até porque...

- Até porque...

- Não sei se você está merecendo. Esse acontecimento de hoje.