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História Behind The Secrets - third season - Am...am...omg


Escrita por: featollg

Notas do Autor


AGORA TO DE FÉRIAS SORRY PELOS ATRASOS AMO TODAS BJS NO CORE

Capítulo 11 - Am...am...omg


A mulher tinha os olhos cor de mel e parecia preocupada comigo. Falava se aproximando como se nos conhecêssemos.

- Finalmente você acordou, senhor Bieber. – Falou olhando-me nos olhos e pisquei várias vezes para formar uma imagem nítida de seu rosto. Tudo doía a cada músculo que eu mexia, nem que fosse devagar, era como se estivesse esticando minha pele. Estava com os olhos super inchados. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas já perdi a paciência, mesmo tendo lembrado de falar com o médico sobre estar internado há alguns minutos, creio eu. Não sei há quanto tempo estou aqui... É tudo tão confuso. Minha cabeça dói. – Não faz ideia do quanto me deixou preocupada com esse acidente. Nem acredito que você acordou... Eu estou aqui desde ontem à noite esperando notícias suas. - Arqueei as sobrancelhas e senti vontade de olhar para trás. Quem? Eu?

- O quê? - respondo confuso e ela não para de sorrir. Sorriso lindo. - Eu?

- Sim, você. - Falou sorridente e estranhei ainda mais. Quem é ela?

- Quem é você? Sai do meu quarto. Eu não te conheço. - Cerrei-a com os olhos, que negou com a cabeça e parecia nervosa. Apertei o botão para chamar a enfermeira e meu braço doeu. A verdade é que eu estou todo quebrado. Não sei o que está havendo. Não consigo pensar em nada. Minha mente parece completamente vazia. Oca. Faz eco. Dói. Lateja.

- Justin, para de brincar. Eu estou aqui desde ontem à noite esperando você acordar...

- O quê? Eu não sei quem é você. Nós transamos ontem ou algo do tipo? Você é bem gostosa. - Ela arregalou os olhos como se não esperasse ter ouvido isso. Falei algo de errado? Será que não transamos mesmo? Aliás, eu devo ter transado com ela um pouco antes de ter sofrido o acidente, claro! - Eu acho que bebi demais ontem...

- O que aconteceu? – A enfermeira abriu a porta e entrou calma.

- Ele está agindo de maneira muito estranha. Não sei o que fazer. Ele finge que não me conhece.

- Eu te chamei. - Apontei para a enfermeira e meu braço doía. - Essa mulher está falando que passou a noite aqui e eu não a conheço. O que houve?

- Ai meu Deus. Eu vou chamar o doutor Luis. Um minuto. - Ela saiu do quarto e continuei perdido. O que aconteceu? Até onde eu sei, estou aqui por ter batido minha moto na noite passada, pelo menos foi o que o médico me disse. Tomei um remédio para dor e dormi. Acho que foi isso.

- Quem é você?

- Justin, para de graça. Eu estava super preocupada sobre se você iria acordar logo... Eu passei horas chorando desesperada e sem saber o que fazer. Eles disseram que a batida foi tão grave que você quase entrou em coma. - Coloquei a mão na cabeça e não senti nada, aparentemente. Estava um tanto amortecido. Parecia ter sido dopado. Meu corpo estava mole. A verdade é que eu estava todo arrebentado, mas não sentia nada no momento. Só estava muito confuso.

- Espera... Quem é você? Em que hospital eu estou?

- Justin, pelo amor de Deus... - Ela falou nervosa e tocou meu peitoral. - Você está bem? O que está sentindo? - Olhei-a de perto e ela era encantadora. Mesmo sem conhecê-la, era como se eu sentisse a preocupação dela. Não sei por que, mas eu sentia. Mesmo assim, estava pilhado. Por que ela não me diz logo quem é e o que faz aqui?

- Quem é você, caramba? Eu estou com dor... Só quero voltar para casa. Preciso resolver umas coisas do trabalho. – Ela suspirou.  

- Onde você trabalha?

- Não é da sua conta. - Respondo como se fosse óbvio. O médico entrou no quarto e fechou a porta.

- Eu estava analisando o diagnóstico dele... Serei direto. Tivemos uma breve conversa pouco antes de você entrar, mas eu não tinha perguntado sobre você. – Ela ficou parada de frente para ele, aguardando uma resposta. Diagnóstico do quê??

- Ai meu Deus. - Falou nervosa e sentei-me um pouco. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo e minha paciência já era há minutos.

- O que aconteceu com ele, doutor?

- Não era o que eu previa... Mas, no momento em que ele bateu com a cabeça, ele desenvolveu uma perda de memória recente, mais conhecida como amnésia parcial. Ele não se lembra do que aconteceu a partir de um certo período de tempo. - Arregalei os olhos sem entender nada e eles começaram a cochichar. – Isso tem muito a ver com o emocional dele, algum trauma que teve na infância ou mais recentemente, ou até mesmo algo que aconteceu durante a data em que ele se lembra. A batida causou lesões perigosas e a sequela é a amnésia parcial. – Parcial? Que idiotice. Eu me lembro muito bem de tudo.

- Vocês são loucos. Eu estou com a memória perfeitamente boa. A propósito, quero voltar para o trabalho. Por que eu ainda estou aqui? - Olho para os lados e a mulher de cabelos curtos meio loiro nas pontas não para de me olhar.

- Que dia é hoje? - O doutor falou olhando para a prancheta. Que pergunta óbvia.

- Por que você quer saber? - Falo indiferente e sem entender a importância da minha resposta. Ele não tem um celular não? - 18 de abril. – Falei como se fosse óbvio.

- De que ano? - Esse cara só pode estar zoando com a minha cara.

- 2013. – Dei os ombros e a mulher não conseguia se conter. - Por que você não olha no seu celular? - O que está havendo de errado? - O doutor olhou para a mulher que estava ao meu lado e sua expressão foi um pouco preocupante.

- Ele só se lembra do que aconteceu até abril de 2013.... Pode ser tido no ano ou até mesmo na época desse mês, em 2013, que ele sofreu algum trauma ou passou por mudanças até o fim do ano. Foi uma data que, por incrível que pareça, não condiz com o dia de hoje.

- O QUÊ? Mas como assim? JUSTIN PELO AMOR DE DEUS. Você estava falando sério? Você não se lembra de mim? - Ela começou a chorar e eu não tinha reação. Não entendia o que estava havendo. Não mesmo. - MEU AMOR, VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU? - Fiquei um pouco assustado, confesso. Nunca fui tratado assim, com esse palavreado de preocupação vindo de outra mulher. - Mas nós estamos em março. – Ela falou olhando-me desesperada e neguei com a cabeça. Que burra. EU acabei de falar que estamos em 18 de abril.... ou será 17? - Hoje é dia 28 de março.

- O quê? Isso é mentira. Eu me lembro muito bem. Eu estava saindo para ir ao aeroporto de São Francisco ontem mesmo.... Preciso comprar um sofá para a minha casa nova em um bairro por lá. Aliás, como você entrou no meu quarto? - Encarei-a mais uma vez.

- NÃO. Você mora na Rússia. - Senti vontade de rir. - Nós estamos na Rússia.

- Nós? Você está louca? Doutor, tire essa estranha do meu quarto, por favor. Eu estou com dor e preciso ficar sozinho.

- EU SOU SUA NOIVA. - Ela gritou olhando para mim e a enfermeira a segurou. Noiva? Oi? Ela deve estar falando com o cara errado. Não é possível. Achei melhor não retrucar agora. A coitada deve estar atordoada demais. Quem me dera eu tivesse uma noiva tão linda quanto essa mulher. Quem me dera eu tivesse alguém.

- Eu não tenho noiva. Deus me livre.

- Quantos anos você tem, senhor Bieber? - O doutor ficou mais próximo à maca e revirei os olhos. Custa ele olhar na minha ficha do hospital??? Aliás, foi preenchida por quem? Não tem ninguém que eu conheça aqui.

- 19. Aliás, eu sou solteiro e aproveito muito bem minha idade. - O doutor anotou algo em uma ficha que estava presa na prancheta e estranhei. A mulher me olhava como se quisesse me matar, mas ela estava nervosa. Não sei, nunca entendi muito como as mulheres conseguem expressar tantos sentimentos em apenas um olhar. É bizarro.

- Você tem 23 anos! - Ela falou nervosa e comecei a estranhar ainda mais. - Doutor... O que eu faço? Ele vai ficar assim pra sempre? Como você sabe que foram os últimos quatro anos que ele esqueceu? – Quem é essa louca? Era só isso que eu conseguia pensar. Eu estava confuso. Eu simplesmente não fazia ideia de quem era essa mulher. Não mesmo. Nunca a vi na vida. Nunca. Na verdade... eu tentava me lembrar de algo que aconteceu ontem, mas nada me vinha à cabeça. Nada. Isso é estranho.

É como se, quanto mais eu forço minha mente a trazer as lembranças de ontem, ela falha. Simplesmente não aparece nada.

 

Mellanie P.O.V

. - Doutor... O que eu faço? Ele vai ficar assim pra sempre? Como você sabe que foram os últimos quatro anos que ele esqueceu? – eu estava absurdamente desesperada. MUITO desesperada. Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer com ele. Nunca mesmo.

Como ele pode não saber quem eu sou? Tem frustração maior que essa?

- Ele não se lembra de absolutamente nada a partir do dia 29 de março de 2013. Com o tempo, pode ser que a memória volte de repente, mas é pouco provável. Eu não quero tirar suas esperanças, mas vocês terão que começar do zero. Ele não sabe de nada. Quando vocês se conheceram? - Falou em voz baixa e ficamos mais próximos da porta. Na verdade, eu estava proibida de visitá-lo. Ele está internado.

- Não pode ser. - Comecei a chorar. Eu estava sem rumo de vez. Eu me sentia perdida. Estava deslocada. Não tenho o que fazer. – Foi em agosto do mesmo ano... Mas é uma amnésia parcial... Ele tem que se lembrar.

- Cada caso é um caso. Eu te aconselho a marcar uma consulta com a neurologista Stella Vizconse.. – Tirou um cartão do bolso e me entregou. – Ela vai te explicar melhor como será o processo de recuperação para ajudar na memória... Não que ele vá se lembrar. Como eu disse, é muito difícil de acontecer, mas não é impossível. - Eu não tenho como fazê-lo lembrar de mim. Ele pode nunca mais me amar de novo. Por que isso teve que acontecer com ele? Por que não comigo? Nunca me senti tão culpada em toda minha vida. Não que o acidente tenha sido minha culpa, não foi, mas é como se eu não tivesse dado valor o suficiente a ele durante todos esses anos e o que eu não fiz tivesse voltado para mim dez vezes pior.

Saí do quarto colocando o cartão no bolso e estava deslocada. Fui autorizada pelo doutor a vê-lo por alguns minutos e, bem, não posso abusar.  Mesmo assim, entrei novamente no quarto, sentei-me no chão e não conseguia parar de chorar. Tentei olhar para ele, que me devolveu um olhar de quem não se importava com a situação. Talvez ele esteja confuso. Eu estava nervosa demais para conseguir fazer ou dizer qualquer coisa. Não conseguia olhá-lo e pensar que ele não faz ideia de quem eu sou. Como eu vou fazê-lo lembrar de nós? Como ele irá lembrar da empresa? Como será quando chegarmos em casa e ele olhar nossos filhos? 

- Mellanie, você precisa sair do quarto... O doutor quer conversar com o Justin em particular e esta é uma área restrita. - falou em russo e levantei-me. Eu olhei de relance para ele, que devolveu olhar da maneira mais insignificante possível. Nunca me senti tão perdida na vida. Nunca.

Sai do quarto e me deparei com o corredor. Eu estava atordoada. Não conseguia pensar no que estava acontecendo. Não sabia para onde ir. Minha cabeça latejava e eu estava absurdamente nervosa com essa situação. Comecei a andar pelo mesmo com a minha bolsa no ombro direito e com a mão na parede, tentando me equilibrar para não cair no chão. Sim, eu estava muito, muito atordoada. Como ele pode ter perdido a memória dos últimos quatro anos? Por que não só do ano passado? Porque exatamente alguns meses antes de nos conhecermos? Como será daqui pra frente? Ele não me ama mais. Ele não faz ideia de quem eu sou. Ele não sabe quem eu sou. Tem coisa pior do que isso?

Ele não sabe que tem uma família. Ele não sabe quem ele se tornou nos últimos quatro anos. Ele não sabe que sua personalidade mudou. Ele não sabe que tem dois filhos. Ele não sabe que está de casamento marcado. Ele não sabe de nada. Ele simplesmente apagou da memória a vida que teve comigo desde o início.

Sentei-me perto do bebedouro e tomei um copo com água. Estava trêmula. Nunca me senti assim, tão nervosa. Escondi o rosto com as mãos e não iria embora agora. Peguei meu celular e não lembrava o número de ninguém. Ligue para casa. Logo após o almoço, a Anna voltou para casa porque queria deixar tudo arrumado para que o Jeremy chegasse. Logo voltaria.

 

- Anna. O Justin acordou, mas... Estamos com problemas. Você pode buscá-los na escola e fazemos cansar para dormir? Eu não sei se voltarei pra casa hoje e não quero que eles o vejam agora.

- Claro... Mas como ele está? O que houve?

- Ele perdeu a memória, mas não completamente. - Não conseguia parar de chorar. - Eu te ligo depois.

- Ai meu Deus. Ok. Eu vou buscá-los e levá-los para passear. O Jeremy está para chegar.

- Ok. Obrigada.

 

Desliguei e me senti perdida novamente. O que será de mim agora? O que será dele? O que será da nossa família?

- Mellanie Rose... - Ouvi meu nome ser chamado e era a enfermeira, lá no fim do corredor. Ela veio até mim. - Você já pode ficar no quarto novamente. O doutor falou com o paciente sobre o que está acontecendo e explicou a ele a situação... Mas não muito. Talvez ele seja liberado para o quarto em algumas horas.

- Ele não sabe quem sou eu. - Falei ainda chorando e passei as mãos no rosto. Ela me acompanhou até a porta e eu ainda estava com tontura. Abro a porta e ele está deitado, com o cabelo ainda desfeito e com o doutor ao seu lado.

- Eu conversei com ele e agora vocês podem ficar à sos. Depois falarei com você. - Olhou para mim e assenti ainda chorando. 

- Não fique assim. - A enfermeira falou indo até a porta e ficamos à sós.

- Você não se lembra mesmo de mim? Nada? Nem um dia que passamos juntos? - Ele negou com a cabeça de imediato.

- Não sei quem é você. - Ele falou sério e aquilo me machucou demais. - O doutor veio me dizer que você é minha noiva e eu sofri um acidente, mas eu não tenho noiva. Nunca tive. Eu odeio namoros e não sou de me envolver com ninguém. Eu não sei o que está acontecendo. - Não pode ser. Por favor, não. Não pode ser.

- Você não gosta de se apegar a ninguém?

- Eu não me apego às pessoas... Eu não estou te entendendo. - Disse frio e agora eu tenho certeza. Ele fala como quando eu o conheci. Despreocupado e nem aí para os outros. - Eu não sei de onde você tirou essa história. Tudo bem que você é muito gostosa e... Nossa, você é muito gostosa. Mas eu não tenho nada com você. Eu não tenho nada com ninguém. 

- Eu não acredito que estou ouvindo isso... Justin, pelo amor de Deus. - Aproximei-me da maca e toquei-o. - Eu te amo. Você também me ama. - Tentei não chorar, mas não consegui. Ele me olhava sem sentimento algum. Seus olhos estavam perdidos e tão deslocados quanto os meus. - Eu te amo demais. 

- Eu não... Eu não sei quem é você. Qual é o seu nome?

- Mellanie. - Falei chorona e tentei me recompor. Parei de chorar e soltei-o. Como eu vou fazê-lo lembrar de mim? - Eu sou a Mellanie... Estamos noivos há quase um ano.

- Eu nunca ficarei noivo na minha vida. - Falou ignorante. - Tem alguma coisa errada.

- Não tem. Você me ama.

- Eu não namoro ninguém. Não tem como eu te amar. Eu não faço ideia de quem é você. Eu só quero voltar para casa e esquecer que sofri um acidente ontem. 

- Nossa casa.

- Que nossa casa? Eu moro no Canadá. Estou prestes a me mudar para São Francisco.

- Não. Você mora comigo. Nós moramos em Moscou, onde estamos agora.

- Na Rússia? Eu não vou lá há anos. Você só pode estar me confundido com outra pessoa. 

- Justin... Pelo amor de Deus, você não está brincando comigo, está?

- Para de falar como se eu te conhecesse... Isso está ficando estranho.

- VOCÊ ME CONHECE. – Gritei descontrolada e ele não se abalou. Não mesmo. Não pode ser... Ele precisa ver a Anna. Ele se lembra dela. Ele não respondeu e parei perto da porta. Mandei uma mensagem para a Anna.

 

"Corre aqui no hospital, pelo amor de Deus". - Mellanie.

 

"Acabei de buscá-los no colégio e os deixarei em casa. Já estou indo". - Anna.

 

Não respondi. Suspirei e tentei contar até 10, umas trinta vezes... Nem o médico cogitou a ideia de que ele poderia sofrer de amnésia. Nem o médico. Como isso pode ter acontecido? Justin olhava para os lados completamente perdido e estava tomando soro há alguns minutos... Talvez fosse algum remédio. Vê-lo com a testa, os braços, e as pernas machucadas era péssimo. Ele também deve estar com o abdômen um pouco machucado, mas está todo enrolado num pano que eles chamam de jaleco nesse lugar, mas é todo azulado e usado para os pacientes.

- Ei... você pode avisar a enfermeira que estou com fome? - Falou com pose de bravo e assenti de imediato. Saí do quarto à procura da enfermeira, que disse estar preparando o almoço dele. Comidas de hospitais são péssimas... exceto o da minha mãe, que são relativamente comestíveis e as daqui... que são razoáveis.

Passei meia hora do lado de fora, aguardando a Anna. Nesse tempo, ele almoçou e deve ter tirado algumas dúvidas com a enfermeira. Aproveitei para ligar para a doutora Stella Vizconse e marquei uma consulta para a próxima semana, único dia mais próximo livre. Irei sozinha, claro... Ele precisará ficar em completo repouso para se recuperar.

- Mel! - Anna andava acelerada e me abraçou com força. Chorei. Eu estava péssima. - O que aconteceu?

- O Justin está com amnésia parcial... Eu não queria que isso tivesse acontecido com ele. - choraminguei. - Ele só se lembra do que aconteceu até março de 2013. Ele não sabe quem sou eu... Ele não sabe.

- Meu Deus do céu, Mellanie!!! Calma, não chore... Eu vou falar com ele.

- Você precisa da autorização da enfermeira, porque ele ainda está internado.

- Mas então não podemos entrar no quarto... como você conseguiu?

- Eu não passei mais de 20 horas aqui à toa. - Cruzei os braços. - Fale com ele, por favor. Eu também vou entrar.

- Ok. Mas depois você me deixa falar um pouco sozinha com ele. - Assenti, Ela procurou pela enfermeira e pediu autorização para entrar. Sabemos que isso é errado, mas qual é? Ele precisa de nós.

Ela entrou e Justin sorriu. Eu queria morrer.

- Anna, quanto tempo! – Disse contente. – Como você soube que eu estou aqui? Pensei que ainda estivesse na Rússia com o meu pai. Caramba! - Sorriu empolgado e mal conseguia se mexer.

- Justin... – Ela estava quase chorando... – Nós estamos na Rússia.

- Você conhece essa aí? - Apontou para mim com o dedo indicador direito e ela assentiu. – Tire-a do meu quarto. Não sei quem é ela.

- Ela é a Mellanie, sua noiva.

- Você também? Eu não tenho noiva Anna, ainda tenho 19 anos, esqueceu?

- Não, Justin... Você tem 23 anos. Nós precisamos conversar um pouco. Senti sua falta. - Creio que ela tentará entrar no mundo dele agora... Não sei muito bem como, mas sei que ela tentará.

- Você está me deixando confuso. Eu quero voltar para casa logo. Não aguento mais ficar nessa maca horrível. Que droga de hospital. – Não pode ser. Ele agia como o cara de 19 anos que eu conheci. Não pode ser. Tudo o que tivemos, todos os momentos, todos os dias, todas as mudanças. Ele regrediu tudo. Não existe mais nada. Eu não conseguia pensar em mais nada a não ser: os últimos quatro anos que tivemos juntos não valeram de nada pra ele. NADA. Nem mesmo um dia. Nem mesmo um momento. Nem mesmo uma mudança. Nem mesmo nossos filhos. NADA. Não pode ser. Ele tem que se lembrar de alguma coisa. Pelo menos alguma coisa. Uma data que seja, um momento. Alguma coisa.

Fiquei absurdamente inerte por alguns minutos. Senti uma tontura inexplicável de nervosismo e tudo ficou preto, mais uma vez...

- Mel. – Ouvi a voz da Anna. – Mel... Você está bem?

- Eu... eu... Cadê o Justin?

- Ele ainda está internado por conta dos sintomas que apresenta perante aos remédios. Só irá para o quarto amanhã. O doutor disse que ele ficará no hospital por mais cinco dias, até que possa ser medicado em casa.

- Ele não sabe quem sou eu. – Voltei a chorar e olhei ao redor. Estávamos em uma sala privada. Talvez a sala dos enfermeiros. Eu estava deitada num sofá branco.

- Calma... Nós vamos conversar com ele, ele vai se lembrar de você aos poucos. Eu falei um pouco com ele e, bem, não será fácil de lidar...

- Mas o doutor disse que é muito difícil de acontecer... Pelo menos ele sabe quem é você. - Falo triste e ela em abraça. - A personalidade dele é outra. Como isso é possível?

- Está tudo muito confuso agora, Mel... Mas até ele ser liberado, estará mais conformado com o que aconteceu consigo mesmo e poderemos conversar com ele.

- Não dá pra esperar. Nós temos dois filhos que irão me perguntar todos os dias onde está o pai deles. Como eu vou dizer que o pai deles não sabe que eles existem? Eu conheço essa personalidade dura do Justin... Logo quando nos conhecemos ele era impossível de conviver. Ele não vai querer saber dos dois, apesar de gostar de crianças, porque ele não vai aceitar que tem dois filhos e uma mulher. – Lá estava eu, chorando de novo.

 

SPOILER

- Você precisa fazer com que ele sinta. Ele precisa sentir ciúmes, precisa sentir raiva, precisa sentir amor e apego para saber que há um sentimento entre vocês. - Eu assentia conforme ela falava. - Ele precisa ver que te ama. Ele precisa sentir isso. Ele precisa perceber que você é confiável e que os seus sentimentos são verdadeiros. Ele precisa saber que, mesmo que ele faça um esforço para se lembrar, ele terá que acreditar nas suas palavras, porque é isso que conta agora. Não é o que aconteceu ou não: o que você disser a ele, aconteceu. É assim que vai funcionar. Por isso você precisa ser o mais sincera possível.


Notas Finais


NÃO ME MATEM CALMA RESPIRA RESPIRA RESPIRA N FIZ NADA SEM PENSAR.
Seguinte... sim, Justin está com amnésia parcial e, sim, isso realmente existe, do jeito que eu expliquei ai, existe. Quem quiser, pode pesquisar sobre, porque é um assunto super interessante. Também é super verídico o fato de que o Justin (por exemplo) se lembra da Anna e não da Mellanie, até porque, eles se conheceram em agosto de 2013. Sendo assim... é, vocês verão uma nova fase de bts começar agora.
Qualquer dúvida que tiverem, comentem aqui ou me chamem no @featollg que eu responderei todas :D
Eu realmente não queria que ele perdesse a memória completamente, porque seria algo chato.
Espero que estejam se divertindo com o que acaba de começar e quero opiniões sinceras, nem que vocês falem que tá ruim ou algo do tipo.
Beijossss


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