1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Secrets - third season >
  3. Lost in confusion

História Behind The Secrets - third season - Lost in confusion


Escrita por: featollg

Capítulo 14 - Lost in confusion


- Você não pode ser ignorante desse jeito, Justin. Eu só quero te ajudar. Eu estou tentando te ajudar.

- Você não vê que não adianta? Eu não conheço você. Eu não lembro da sua fisionomia. Isso tudo é muito estranho. – Ele falava irritado e ainda sentado, pronto para ficar de pé. - Você só pode estar louca.... Eu nem sei quem é você. Eu nunca vou me casar. - Doía ouvir aquilo. Eu não sei se vou aguentar passar por tudo isso de novo....

- A Anna conversou com você?

- Sobre?

- Sobre como você está aceitando isso... Sabe...

- Eu não estou aceitando nada. Aliás, eu não sei por que estou nesse país. Até semana passada estava em São Francisco.

- Nós ainda iremos conversar sobre tudo. - Falei próxima dele. 

- Por que você não me deixa em paz? Caramba.

- Porque eu me importo com você. 

- Eu não sou nada seu. Você não é nada minha.

- Que caralho. – Peguei o celular dele que estava no criado-mudo e abri as fotos. Desci o rolo da câmera e só haviam fotos nossas, fotos minhas, fotos da Vallery e do Brandon, dele com amigos. Abri um vídeo que estava no celular dele e era nosso. Estávamos nos divertindo no carro. Ele dirigia animado e eu filmava os dois brincando atrás. Logo ele me deu um beijo no rosto e abracei-o. Coloquei a câmera do celular na cara dele, que olhou e disse: “Eu amo a Mellanie”. – Ele assistiu ao vídeo de cara feia e logo foi amolecendo, ficou sem reação. Será que ele sentiu algo? Será que se lembrou? Terminou de ver o vídeo e começou a olhar as fotos que estavam a seguir. Eram só fotos nossas. Ele olhava um pouco estranho... – Somos nós.

- Mas... nossa... eu.... – falou confuso e parou em uma foto em que estávamos olhando para a câmera, sorrindo. Ele sorria na foto e me abraçava de lado. Era de fevereiro deste ano. Um pouco antes de começarmos a nos desentender. – Eu não sei... – Colocou a mão na cabeça e soltou o celular no abdômen. – Minha cabeça dói. Eu não consigo me lembrar, mas é como se... eu não sei... nunca senti isso.

- Você não se lembra de nada? Nada mesmo? - Falei próxima a ele e toquei seu corpo com as unhas. – Nós sempre fomos muito unidos. – Eu estava triste. Ele não tinha sentimento no olhar. Estava cansado. – Quer saber... você está cansado. Eu vou te deixar dormir. Nós podemos conversar amanhã. – Ele não respondeu. Apenas lambeu os lábios e voltou a olhar para o celular. Levantei-me sem vontade alguma e dei um beijo em seu rosto. Foi rápido. Saí do quarto e ele ficou lá, quase deitado.

 

Justin P.O.V

Eu me sentia péssimo. Eu não sabia como era isso, na verdade. Eu só sabia que habitava em mim um sentimento desconhecido. Não sei se era realmente um sentimento, ou apenas uma sensação. Eu me sinto perdido. Completamente perdido. Após dias naquele hospital, peguei meu celular só agora para ver o que há de bom. Não reconhecia meus próprios aplicativos, não tinha contatos conhecidos nem nada.

Eu só via fotos minhas com a mesma mulher no celular. Mais ninguém. Eram fotos nossas juntos, fotos dela e fotos com crianças. Ela é incrivelmente linda. Quando nos beijamos, é claro que... bom... não sei, eu me senti bem. Foi como se não estivesse mais tão perdido. Isso é estranho. Ela conseguiu me acalmar um pouco. Tudo bem que eu continuo muito perdido. Não sei nem mesmo onde estou. Ela disse que esse é meu quarto, mas eu não... não moro aqui. A Anna disse a mesma coisa, mas isso tudo é tão ruim.

Sentia minha cabeça latejar e uma vontade louca de sumir. Eu olhava aquelas fotos sem entender merda alguma e o quarto tinha um cheiro característico. Tentei dormir. 

 

Acordei com a cabeça latejando e sentia um calor incontrolável. Estava quente. Provavelmente em estado febril. Toquei meu pescoço e estava fervendo. Estava morrendo de sede. Sequer sei como chegar na cozinha. Eu me sentia uma criança sem saber o que fazer. Peguei meu celular: 3h05 da manhã.

Levantei-me e passei uma água no rosto, logo sequei com a toalha e tentei me locomover mais uma vez até a cama. É um saco depender dessa merda de muleta por conta do meu tornozelo.

Eu não sabia como ligar essa merda de televisão, porque simplesmente não faço ideia de onde fica o controle. Meu celular está quase zerado de bateria e não tenho como carregá-lo, porque simplesmente não sei onde encontro um carregador. Minha vida é uma droga.

 

Mellanie P.O.V

Não consegui pegar no sono nem mesmo por uma hora. Deitei-me para começar a dormir e a conversa que tivemos me veio à cabeça. Ele está tão mais bipolar do que antes. Isso tudo é tão estranho. Como ele pode não se lembrar de nada? Ele parece ter ficado ainda mais confuso quando nos beijamos... Ele cedeu. Eu sei que ele gostou.

Levantei-me e passei boa parte da madrugada no quarto dos meus filhos. Eu os observava sentada na cama colada na parede. Vallery resmungou algumas vezes, mas não acordou.

Saí para tomar uma água e desci as escadas pisando fraco no chão. Liguei a luz da cozinha e olhei no relógio da parede: 3h em ponto da manhã. Que merda.

Olhei a rua pela janela da sala e estava chuviscando. Fui até a área dos cachorros, que estavam dormindo e peguei uma bala de uva no baleiro. Subi as escadas devagar e atravessei o corredor pensando em entrar no quarto do Justin... Digo, o nosso quarto. Queria saber se ele estava dormindo tranquilo, se estava coberto, se a tevê estava ligada.

Abri a porta devagar e tomei o maior susto de todos. Ele me encarou no mesmo instante e seus olhos fixaram os meus. Por que ele está acordado?

- Caramba, você me assustou. – Falo olhando para ele e abro mais a porta.

- Você também.

- Por que está acordado?

- Não acho o controle da tevê. – Olhou ao redor e entrei no quarto. Regulei a luz para que fosse ligada muito pouco, quase nada. O suficiente para que eu o visse na cama.

- É por comando de voz... Você perdeu o controle há uns dias. – Ele franziu o cenho sem entender e apertei o botão ao lado das câmeras na parede. – Tevê, ligar. – E soltei. A mesma ligou. Ele estranhou.

- E como eu mudo de canal? - Falou olhando para a mesma, um tanto ignorante.

- Você estende a mão direita até que a tevê reconheça sua digital e vai empurrando para o lado, mudando o canal. É meio complicado, mas ninguém mandou você perder o controle.

- Que controle? Eu não perdi nada. Nem sei mexer nisso. – Ergueu a mão direita e não estava conseguindo. Toquei na cama com as pernas e segurei sua mão para ajudá-lo. Ele estava muito quente.

- É assim. – tentei ajudá-lo. – Você está muito quente. – Toquei seu pescoço e estava fervendo. – Como está se sentindo?

- Não interessa. Me deixa. Eu só queria que a tevê ligasse. Vai dormir. – Tratou-me de maneira injusta e grosseira. Não dei ouvidos a ele, apesar de ter me afetado lá no fundo.

- É sério... você está ardendo em febre, Justin. Eu vou pegar um termômetro.

- Deixa. Pra quê tanta preocupação? - Abri meu closet e peguei um termômetro. Sou mãe. Tenho de tudo um pouco.

- Você deve estar com quase 39º de febre. – Eu estava muito preocupada. Ele não queria erguer o braço. – Vamos, Justin. – Ele ergueu o braço esquerdo e coloquei o termômetro debaixo. Ele estava super quente. Isso é preocupante. – Você está sentindo mais alguma coisa? Dor?

- Não sei... Eu acho que estou com dor de cabeça. É meio estranho sentir essas coisas.

- Eu vou pegar um remédio pra baixar essa dor de cabeça e sua febre já vai baixar. Você precisa de outro banho.

- Eu não vou tomar banho às 3h da manhã. Você não manda em mim. Que droga. Por que você entrou aqui agora? Eu só estava procurando o controle e já iria voltar a dormir.

- Porque você não está bem. Eu estava sem sono e vim ver se você estava dormindo.

- Não estou.

- Para de ser grosseiro comigo. Eu só quero poder te ajudar. – Continuei sentada na cama e não parava de tocá-lo. Seu peitoral estava torrando e seu pescoço muito quente. Ele fechou os olhos por alguns segundos. O termômetro digital apitou. Peguei-o. 39,1º de febre. Meu Deus do céu. – Você está com 39º de febre!!! Eu vou fazer um chá pra você.

- Não precisa. Eu estou bem. Só estou cansado e um pouco indisposto.

- Não... você não está. Eu vou esfriar sua cabeça com uma toalha umedecida e já desço preparar um chá. – Ele negava com a cabeça.

- Eu não vou tomar nada. Eu já falei que não precisa.

- Justin... você não pode dormir assim... Por que você não deixa eu te ajudar?

- Será que é porque eu me sinto perdido com você aqui perto?

- Eu sei disso, mas eu só vou te ajudar. Pense, sei lá, que eu sou uma enfermeira que só quer te fazer dormir bem. – Pela primeira vez, ele sorriu de lado. Como eu senti falta desse sorriso. Fui até o meu closet e peguei uma toalha pequena. Umedeci a mesma e levei de volta a ele. Coloquei em sua testa. – Eu vou pegar mais uma para colocar na sua nuca.

- Onde você aprendeu essas coisas?

- Eu sou mãe. – Dei os ombros. – Tive que aprender a me virar... Agora você precisa ficar assim, quase deitado e sem se mover muito.

- Pra quê isso?

- Sua febre reduzir. Eu já volto... vou só te fazer um chá.

- Chá vai piorar, porque é quente.

- Não. O chá vai te fazer suar e seus poros serão abertos. A febre vai reduzir. – Ele ficou sem resposta.

- Mas eu não quero chá. – Não respondi e saí do quarto. Deixei-o lá. Se ele não quer chá, vou pegar abacaxi para ele comer. A minha mãe sempre disse que faz bem, mas só quando estiver fresco.

Aproveitei para pegar uma jarra com água natural e logo um copo. Coloquei tudo numa bandeja e comecei a picar o abacaxi. Eu estava muito preocupada. Justin nunca foi de ter febre, ainda mais com 39º. Demorei alguns minutos e subi as escadas devagar, com medo de derrubar. Abri a porta e ele estava com as mãos um pouco trêmulas.

- Eu estou com muita dor de cabeça. – Levou a mão direita à cabeça e ele ainda ardia em febre. Deixei a bandeja ao lado dele e peguei outra toalha no meu closet, branca. Umedeci a mesma e coloquei na nuca dele.

- Se essa febre não baixar em meia hora, você vai tomar um banho.

- Que exagero. É só uma febre.

- Você nunca tem febre.

- Como você pode saber? - Cruzou os braços e me recusei a responder. – Abacaxi? Pra quê isso?

- Hidrata o organismo e serve como anti-inflamatório. – Cruzei as pernas ao lado dele na cama e servi seu corpo com água. – Beba bastante água e descanse.

- Não estou com sede.

- Eu não perguntei se você está com sede. Beba essa água.

- Você é muito preocupada, muito chata. Para com isso.

- Ok. Eu vou te deixar aqui então. Se vire. – Levantei-me e ele deu os ombros. Dei a volta na cama para ir até a porta e ele tentou me impedir com a mão esquerda, parte dos dedos enfaixados.

- Foi mal. – Falou. Sorri para mim mesma, bem lá no fundo. – Você é minha enfermeira. – Sorri para ele, que continuou sério. – Eu não estou com fome.

- Tire esse lençol. – Tirei de cima dele, que ficou apenas de cueca. Ele olhava minha camisola descarado e fechava os olhos hora ou outra. Fui acariciando seu cabelo e ele ainda estava muito quente. Já não estava com sono. – Tente dormir então, mas só depois de comer um pouco do abacaxi. – Ele pegou uma fatia e mordeu. Começou a degustá-lo e eu o observava. Comecei a pensar na primeira vez que ele sofreu um acidente de moto e eu cuidei dele com todo carinho. Ele sabia quem eu era e se importava comigo. Ele sempre me amou muito e eu nunca valorizei tanto... tanto quanto ele sempre mereceu, eu acho. Ficamos alguns minutos em silêncio e ele esticou a mão na cama. Respirou fundo e resmungou.

- Eu estou me sentindo, sei lá, um pouco estranho.

- Será que isso tem a ver com o emocional?

- Emocional? Eu nem sei o que é isso. – Deitei-me de bruços e não respondi. Eu olhava para o outro lado do quarto, o banheiro e a cômoda. A escrivaninha e logo a tevê. Eu estava triste. Era como se, o quanto mais eu tentasse ajudá-lo, pior ele me tratava. Comecei a chorar. Eu realmente ando numa depressão que só eu sei... é tão triste pensar que ele não sabe quem eu sou, não se lembra de nada que tivemos juntos e acha que está solteiro. Ainda não parei para pensar em como será daqui pra frente, nosso casamento, o aniversário das crianças, nossas viagens, o trabalho, nossa família.

- Eu acho que baixou a febre. – Falou com a voz baixa e virei-me de frente para ele. Passei os dedos debaixo dos olhos e tentei parar de chorar. Toquei seu peitoral e não estava tão quente. Tirei a toalha de sua testa e coloquei o termômetro de novo nele. – Você está chorando?

- Não. – Neguei com a cabeça e ele deu os ombros. Não conhecia meus olhares. Não sabia se eu estava sendo sincera ou não. Isso é deprimente. - Você está melhor?

- Não sei. Acho que sim. - Pegou mais uma fatia de abacaxi e começou a comer olhando para a tevê. Ele suspirou fundo e ajeitou o braço esquerdo em cima do corpo. Ele ainda estava um pouco machucado. - Eu vou ficar acordado mais um pouco... pode ir dormir se quiser.

- Eu vou esperar sua febre abaixar. - Falei já ficando sentada ao lado dele e cruzei as pernas. - Pode dormir... - Ele não respondeu e tomou mais um gole d'água. Coloquei a mão em seu pescoço e ainda estava quente, mas não tanto.

Ficamos em silêncio por uns 10 minutos e ele parecia estar morrendo de sono. Peguei o termômetro e coloquei debaixo de seu braço, mais uma vez. Esperei que apitasse e: 37,8º, ufa! Pelo menos não está mais no 39º.

- A febre já reduziu... - Falei baixo e ele estava quase dormindo. Não respondeu. Continuei acariciando seu cabelo e ele dormiu feito criança. Pelo menos não me rejeitou mais... Coloquei a bandeja na escrivaninha dele e logo voltei para a cama. Não conseguia pegar no sono. Fiquei olhando para ele por bons minutos e peguei seu celular. Estava com 1% e coloquei-o para carregar na tomada ao lado da cômoda. Reduzi o volume da tevê e logo apaguei completamente as luzes. Tirei, com cautela, a toalha umedecida de sua testa e levei ao banheiro. Ele quase não estava quente. 

Saí de lá triste por ter que deixá-lo sozinho e voltei para o quarto dos nossos filhos. Eu estava me sentindo tão deslocada quanto ele. Deitei-me na cama de frente para a do Brandon e tentei dormir. Estava cansada.

 

...

 

Justin acordou melhor do que de madrugada e tomou um banho para refrescar. Levei meus filhos no colégio e passei na empresa para ver como estavam as coisas. Não deveria ter ido lá. Todos me encheram de perguntas e queria ir em casa ver o Justin, o que eu ainda acho cedo demais. O Bryan e o Nolan até poderiam ir, mas não quero que o meu pai venha tão cedo e nem mesmo o Greg.

- Eu vou passar na sua casa ainda hoje... Já que ele perdeu a memória mesmo, não me odeia. - Falou brincalhão e revirei os olhos. Ela era a última pessoa que eu queria que fosse em casa. 

- Tudo bem.... não sei não. - Não dei trela. Voltei para o meu escritório e falei brevemente com o Bryan. Ele tentará passar em casa amanhã para conversar com o Justin. 

Voltei para casa no meio da tarde e Justin estava lá, sendo cuidado pela Anna, tomou alguns remédios para dor e logo descansou. Ele andou pela casa... Anna disse que ele estava mais calmo. 

Não conversamos. Fiquei na sala falando com a Anna, enquanto ela atendia os pedidos do Justin e o interfone tocou. O porteiro disse que era o Gregório. Droga.

- Pode liberar. - Respondo e desligo. - Eu não queria que o Greg viesse hoje... O Justin não vai recebê-lo tão bem.

- Você acha? Aproveite que ele está mais calmo.

- Sabe o que eu queria? Eu estava lembrando do que a neurologista me disse... queria tentar fazer ciúmes nele.

- Hm... eu não acho uma boa ideia.

- Por que não? - Falo curiosa. 

- Pode ser que ele não se importe. - Na verdade, isso é super provável, mas não custa tentar.

- Eu sei... mas eu queria tentar. Ele pode não reconhecê-lo de cara.

- Eu vou chamá-lo para dizer que tem visita. Pense mais um pouco. - Ouvi o carro do Greg estacionar e espiei pela janela. Ele estava sozinho, sem o meu pai. Eu nem sabia que ele estava em Moscou. 

Respirei fundo e abri a porta. Ele estava com uma calça jeans escura, camisa larga e uma jaqueta de couro. Quase o estilo do Justin de antigamente, digo... dos dias de hoje. Não nos víamos há mais de dois anos, eu acho.

- Quanto tempo, Mellanie. - Estendeu a mão e puxou-me para um beijo no rosto. 

- Muito tempo, Gregório. - Sorrio simpática e dou espaço para que ele entre. Ouço a voz do Justin de longe e eu queria fazer algo... Não queria agarrá-lo aqui, não acho certo. Eu detestaria se ele fizesse isso comigo, mas eu precisava testá-lo. 

Olhei para o Greg, que estava parado perto do sofá e fechei a maior porta. Justin desceu as escadas com a ajuda da Anna e da muleta. Estava sério.

- E aí, Greg. - Acenou da escada e parecia contente em ver alguém conhecido. Respira, Mellanie. Você vai conseguir pensar em algo pra fazer até que ele vá embora.

- E aí, cara! Como você tá? - Eles fizeram um cumprimento e Justin continuou apoiado na muleta, ignorando minha presença.

- Eu to bem... Só isso me atrapalha. - Apontou para os gessos no corpo e deu os ombros. - O que você faz aqui?

- Eu falei com a Mellanie hoje na empresa e decidi vir te ver. Volto para a Califórnia em alguns dias.

- O que você tem a ver com a empresa? - Neguei com a cabeça como se não devêssemos entrar no assunto agora e Greg se aproveitou da situação.

- Como assim, Bieber? A Mellanie gerencia muita coisa da empresa. - Falou como se fosse óbvio e Justin arqueou as sobrancelhas.

Deixei-os conversando um pouco e fui tomar uma xícara de café. Eu poderia beijá-lo, poderia simplesmente tentar... Eu queria fazer algo para saber se o Justin se importaria.

- Eu já... já vou embora. - Falou ao se despedir do Justin. - Melhoras, cara. O Jack deverá vir te ver em breve.

- É... Eu vou falar com ele ainda hoje. - respondeu alegre.

- Eu te acompanho. - Falei para o Greg e ele foi até a porta comigo. Anna segurou o Justin na sala e saímos na garagem. Ele ficou de costas para a casa e tirou o boné preto.

- Ele tá péssimo... - Falou sério. - Eu tentei comentar sobre você, mas ele desviava o assunto.

- É, está complicado.

- Então... significa que vocês terminaram?

- Não. - Respondi rápida. Olhei para a janela da sala e Justin estava nos espiando. Era agora. - Mas não é aquela coisa...

- Entendo. Pelo menos ele não se importaria... - Se ele já está pensando em me beijar, posso me fazer de vítima, não?

- Eu não sei. - Escondi as mãos no bolso do shorts e aproximei-me para que ele me desse um beijo no rosto e então eu pudesse beijá-lo ou simplesmente fingir. Ele foi mais rápido e me agarrou. Segurei-o pela nuca e eu estava detestado aquele beijo. Não era bom. Não era o que eu queria. Ele segurou meu cabelo com força e soltei-o. - É melhor você ir embora. - Eu pretendia nunca mais vê-lo na minha vida. Estava louca para limpar a boca e entrar em casa. Eu juro que se o Justin não tiver visto isso, eu ficarei muito brava. Muito.

- Até mais. - Piscou para mim e entrou em seu carro. Ele foi embora e andei devagar até a porta. Limpei a boca e abri a porta. Justin continuava parado perto da janela.

- Por que vocês se beijaram?

- Sei lá... Ele me beijou. - Respondi como quem não queria nada.

- Ridículo.

- Qual o problema? - Ele deu os ombros.

- Eu não... isso é errado. Ontem mesmo você me beijou e disse que somos noivos.

- Você não sente nada por mim mesmo. - Fui até a cozinha e tomei um copo d'água.

- Não mesmo. - Respondeu frio. - Mal posso esperar para tirar esse gesso e ir à várias boates dessa cidade.

- Pode ir. Pegue quem você quiser.

- É o que eu mais quero. - Falou sorridente. - As russas são lindas.

- É. - Sorri. - O Greg beija muito bem.

- Legal. - Respondeu indiferente.

 

SPOILER

Minhas esperanças aumentavam.

- Você gosta do meu beijo?

- Demais. - Respondeu fitando minha boca e a sua estava toda borrada de vermelho.

- Sua boca está toda vermelha. - Comecei a passar o polegar ao redor de sua boca e ele apertou, mais uma vez, meu corpo contra o seu. Estiquei os braços por seu pescoço e ele me levou à parede do corredor. Justin ainda estava com a boca levemente avermelhada, mas tudo bem.

- Olha... Se nós já tivemos alguma coisa, um dia, eu só posso dizer que você caiu do céu. - Ri um pouco sem graça e ele falava todo fofo. Eu não o via assim desde... Desde antes do acidente. - Você é muito gata, é atenciosa, preocupada... Parece até ser controlada.


Notas Finais


Cara, vocês não tem ideiaaaaaa da ideia que eu tive pra essa fic!!!! Sério, nossa. Tipo... óbvio que eu não vou falar nem nada, mas foi uma ideia (eu acho) mt boa e super viável. Vou pensar se vale à pena escrever e logo comento sobre isso com vocês.
A cada dia mais pessoas estão favoritando as temporadas dessa fic e isso é muito importante pra mim. Queria saber quem tá divulgando, porque eu não coloco mais o link no twitter nem nada haha
Obrigada por cada uma de vocês que tira um tempinho pra ler e até vai mal na prova, gente, assim não pode!!!!
Vou tentar postar amanhã.
Podem me chamar nas mensagens pra dar ideias (igual uma menina já fez) ou conversar mesmo comigo. Eu adoro.
Beijosssss no core de todas.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...