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História Behind The Secrets - third season - UNBELIEVABLE


Escrita por: featollg

Capítulo 20 - UNBELIEVABLE


- É uma tatuagem que nós dois temos em comum. - Ele franze as sobrancelhas e o beijo no ombro. Justin aperta meus seios com as mãos e olha minha tatuagem a cada segundo. Parece incomodado.

- Eu realmente, mesmo que tente, não conseguirei pensar sobre isso agora diante da situação em que estamos. - Sorrio e ele observa meus rosto, meus olhos, minha boca.

- No que você quer pensar agora? - Falo baixo em seu ouvido e ele toca meus seios com cobiça. Sinto um tremendo arrepio. Ele estremece.

- Em sexo. - Fala baixo e arranho sua nuca com as unhas, logo seguro seu rosto com as mãos.

- Então vamos começar direito. - Pego minha camisola e, quando estou pronta para colocá-la, ele segura minha mão.

- Por que isso?

- Calma. - Falo ao beijar o canto de sua boca e ele desfaz o olhar de animação.

- Não vamos mais transar? Eu falei algo que você não gostou, ok. Eu juro que estou tentando... - Como ele fala sem pensar. Fui um pouco para trás na cama e fiquei de joelhos. Logo apoiei com as mãos no lençol. Minha cabeça estava na direção de sua cueca. Mordi a região de leve e ele gemeu de imediato. Ele não quis dizer nada, ok. Começo a abaixar sua cueca e ele já estava duro, visivelmente excitado.

- Só depende de você. - Respondo o que ele disse minutos depois e Justin sorriu de lado para mim. Como é bom vê-lo sorrir. Puxo sua cueca até os joelhos e passo por seus pés. Ele coloca as mãos por cima do membro e o aperta.

- Você está acostumada? - Fala frágil e resmungo em resposta. É incrível como, em questão de segundos, eu esqueço que ele não me ama. Ok. É um pouco difícil acostumar meu cérebro.

- Uhum. - Tiro suas mãos dali e ele segura meu cabelo.

- Eu não quero te machucar. - Ele puxa os fios de leve e não reclamo.

- Não vai. - Respondo olhando para ele e passo a língua em sua glande. Justin estremece. Ele não deve ter feito isso com nenhuma das russas que transou. Ainda bem. Ufa. Começo a masturbá-lo com rapidez nas mãos e ele geme baixo. Acelero a velocidade dos meus dedos e tento fazer com que ele goste, mais do que o normal. Não sei qual a última vez em que ele tem na memória ter sentido isso. Aperto-o com força, que geme com gosto e aperta meu corpo com as pernas. Tenta usar sua força. Aprecio o momento. Não tirei minha camisola. Ele realmente não precisa me ver com uma peça a menos de roupa para sentir o que quer. Acelerei minha velocidade ainda mais e ele gemia com gosto. Era bom saber que ele apreciava. – Você sempre gostou muito disso. – Sussurro e mordo meus lábios. Olho para ele. Justin devolve o olhar. Morde o próprio lábio e volto a beijá-lo em volta de seu membro. Justin estremece mais uma vez e vejo que está arrepiado. Volto a chupá-lo com força na boca e ele ejacula de imediato, sem me avisar nem nada. Engulo sem dizer uma palavra. Ele assiste a cena e logo fecha os olhos. Fico sentada na cama, ainda entre seu corpo e ele abre os olhos, lento, cansado, distraído. Ele me olha nos olhos e sorri pelo canto da boca, logo abre um largo sorriso. Permaneço séria. Não quero demonstrar sentimento diante do que fiz. De certa forma, é uma diversão.

- Eu não vou mais transar com outras mulheres. – Ele fala calmo, pausadamente e baixo. Estico meu corpo em cima do seu e dobro os braços em seu peitoral. Ele logo sorri frouxo.

- É mesmo? - Falo olhando em seus olhos e ele fita minha boca. Justin sorri e acaricia meus braços. Dou um selinho nele, que me puxa para um beijo e seguro seu rosto como apoio.

- Agora... esse lance da tatuagem. Você pode me explicar? - Ele coça os olhos.

- Eu fiz depois que nos conhecemos... – Não menti. Mas não queria entrar no assunto dos pais agora. Não mesmo. É muito complexo. – O mesmo significado que tem pra você, tem pra mim.

- Não... Não tem. – Ele discorda olhando-me nos olhos e tenta se ajeitar na cama, ainda tão excitado. Mas não me incomoda. Abstraio. – É de família.

- Nós somos uma família.

- Mas por que você fez uma igual a minha? Quando você fez? - Ele fala surpreso.

- Já faz tempo... Foi antes deles nascerem... Eu não lembro exatamente quando eu fiz. – Eu lembrava, foi logo quando meu pai apareceu. Mas eu não queria dizer. Ele não precisa entender agora.

- Caramba... Você me assusta a cada dia mais. Faz quanto tempo que eu sofri o acidente?

- Faz um mês e três semanas... – Falo decepcionada. – Até que você está melhor.

- Eu estou?

- Sim. Você está sabendo se controlar.

- É um pouco difícil... você é gostosa. - Reviro os olhos.

- Eu não estou falando de sexo. Falo de raiva, de autocontrole mesmo.

- Ah. – Ele sorri. – Isso também. - Ele me abraça com força nos braços e beija minha cabeça. - É que eu estou me acostumando com você... sabe... o problema é que eu não sei se consigo viver com uma mulher só. Não que eu fosse te trair, mas, na minha cabeça, nós não somos noivos, entende? - Eu compreendia. - Eu não falo por mal. É realmente confuso pra mim pensar que eu estive com uma única mulher durante quatro anos.

- Não foi bem assim... Nós terminamos várias vezes, você já pegou outras mulheres. - Falo rapidamente sobre a fase em que ele engravidou aquela loira seca. - Você engravidou uma mulher durante o tempo em que estivemos separados...

- Caralho, eu engravidei outra mulher? Ela era gostosa?

- Ela era bonita... Mas ela perdeu o bebê. - Resumi o assunto. - Eu não gosto de falar sobre essa época.

- Eu aprontava muito?

- Muito.

- É... Eu fumei pra caralho até os meus 18 anos, você não tem ideia. Mas depois eu comecei a maneirar. - Ele fala olhando para o lado. - Eu não consigo entender como eu posso ter esquecido tudo o que aconteceu na minha vida até agora. Isso é péssimo.

- Eu sei disso... Eu não gosto de drogas. Eu já provei, já bebi demais... mas nunca foi algo que me atraiu tanto quanto me divertir. - Ele acaricia minhas costas e tenta subir minha camisola. - Como você se sente hoje em dia?

- Eu estou tentando colocar na cabeça que estou com alguém, que tenho filhos e que vivo bem... Mas é como se eu estivesse mentindo para mim mesmo. Não é algo que eu posso te dizer que sinto como deveria. Eu não sei como é o sentimento de amar alguém do jeito que você diz me amar. - Encosto minha bochecha em seu peitoral e suspiro. Era triste ouvir isso. Lá no fundo, eu ainda não tinha superado as coisas que ele me diz com o passar do tempo. É claro que ele não faz de propósito, mas... é tão confuso.

 

...

Por incrível que pareça, dormimos na mesma cama, no mesmo quarto. Só dormimos. Mais nada.

Tivemos um dia tranquilo... Até que o pessoal da empresa anunciou a festa que teria em comemoração às sedes de São Francisco baterem uma meta de encontrados.

- Tem uma festa para irmos hoje à noite da empresa... Será numa mansão do outro lado da cidade. - Falo lendo no celular e ele concorda. - Vamos?

- Vamos. - Ele dá os ombros. - Eu vou conhecer alguém lá?

- Eu acho que o Ryan, o Bryan e Gregório estarão lá. Muitas pessoas que você pode conhecer desde pequeno... Eu não sei quem irá tanto.

- Huh. - Responde desinteressado. - Quem organizou?

- O Bryan, acredito eu. - Era para ele ter organizado, mas... É... Enfim. - Eu vou deixar a Vally e o Bran com a Anna aqui mesmo... Já podemos começar a nos arrumar. Sairemos às 21h.

- Ok, Mellanie.

Coloquei um vestido branco, um salto preto bem alto e fiz cachos no meu cabelo. Ele já está mais comprido, mede nos meus ombros.

Justin coloca uma calça jeans escura e uma camisa polo vermelha. Não que ele tenha gostado muito, mas eu falei que seria uma roupa legal para ir.

- Eu estou muito a fim de me divertir.

- Só, por favor, não pegue ninguém. - Falo olhando-o nos olhos e ele concorda.

- Eu vou pensar... Devem ter muitas mulheres gostosas lá.

- Justin.

- Qual é. Eu ainda tenho 19 anos. - Ele falou de propósito. Eu estava pronta para me divertir. Não queria que ele soubesse, mas essa seria minha chance de testá-lo. Só espero que tanto eu quanto ele não passemos dos limites.

 

                     Justin P.O.V

O que mais acontece nos dias de hoje são pessoas que ligam, mandam mensagem e dizem na empresa: "Você se lembra de mim?", porra, é claro que não. Se eu me lembrasse, eu falaria com essas pessoas.

- Vamos, Justin. - Ela desce do carro e logo a acompanho. Eu estava animado para beber e me divertir. Preciso me acostumar com essa nova vida de merda em que eu não entendo o que se passa. Não está sendo tão fácil quanto parece, se é que parece. Andei ao seu lado e entramos juntos na festa. A música tocava muito alto. Era eletrônica, muito boa. Talvez tenha sido lançada na época em que eu morri na minha vida. Porque foi realmente isso que aconteceu. - Por favor... Não... - Não consegui ouvir o que ela disse e assenti, a música era boa demais.

- Ok. - Concordo, mas não ouço. Pego uma dose de tequila e viro goela abaixo. Mellanie permanece ao meu lado e começa a cumprimentar diversas pessoas. - E aí. - Falo tentando parecer simpático. Olho ao redor: só mulheres bonitas, bem vestidas e quase nenhuma acompanhada. Suspiro e continuo observando cada uma delas. Uma morena me chama a atenção. Usa um vestido amarelo. Não muito legal.

- Ei... - Uma voz fina soa baixo em meu ouvido e percebo que a Mellanie não está mais aqui. Era uma ruiva, não muito alta, era linda. Sorrio. - Há quanto tempo não nos vemos. Não sei quem é ela.

- É... Faz tempo. - Não me fiz de idiota. Eu só não queria dizer "Eu não faço ideia de quem seja você". Ela era gata. Não deve ser a mulher que eu já engravidei, porque a Mellanie me disse que era uma loira. Ela é ruiva.

Tomamos algumas doses de wodka com energético e conversamos bastante. Era difícil acompanhar os papos dela. Uma história de "Você se lembra quando sua noiva brigou comigo?", eu não sabia do que se tratava. Ela nunca me contou nada sobre essa ruiva maravilhosa. Ela deu em cima de mim.

- Justin, sai de perto dela agora. - Mellanie me puxa pelo braço e abstraio. - Ela é perigosa. Sai de perto dela.

- Eu gosto de perigo. - Respondo curtindo a música e ela aperta meu pulso esquerdo. - Você já bebeu bastante... É sério, sai de perto dela. Fica aqui comigo.

- Qual o problema? Eu nem sei quem é ela mesmo.

- Ela é a Grace. Sai de perto dela, por favor. Eu não quero.

- Eu não vou transar com ela aqui. - Falo brincalhão e ela permanece séria.

- Eu estou de olho em você. - Volto para o bar e sento-me ao seu lado. Ela era muito atraente... Será que já ficamos alguma vez?

- Ela está te controlando?

- Não. - Respondo rápido. - Até parece.

- Ela é bastante ciumenta... Eu acho melhor sair de perto de você. - Fala sorridente e concordo.

- Relaxa. Ela não vai fazer nada. - Eu não sabia, na verdade. Eu não tinha ideia de como ela era com ciúmes. Eu nem sabia que ela era tão ciumenta... Que droga.

Ok, eu não peguei a ruiva. Eu, na verdade, não fazia ideia de quem era ela e o que fazia aqui. Encontrei, surpreendentemente, com uma única pessoa conhecida: o Ryan. Ele estava acompanhado de uma loira que me apresentou como sua namorada. Quanto tempo eu morri? Ela era tão gostosa quanto outras loiras que estão nessa enorme casa.

- Como você está, cara? - Pergunta interessado.

- Daquele jeito. Pegando geral.

- Você não está fazendo isso... Justin, a Mellanie é doida por você. - Dou risada. - É sério.

- Eu nem sei onde ela está. Pouco me importa. - Dou os ombros e olho ao redor. Não pode ser.

- Aquela é a Mellanie? - Ryan aponta para a diagonal e avisto-a grudada com um moreno alto e vestido quase igual a mim. Ok. Isso não me abalava. Pouco me importo. - Quem é aquele cara?

- Eu lá sei? - Falo desinteressado. É claro que isso me interessava, e muito. Ela mesma pediu para que eu não pegasse ninguém... Olhei de relance e ela estava aos beijos com o cara. Ok. Isso é demais. Hoje mesmo ela me disse que não suporta essas atitudes, sendo que estamos juntos e, mesmo que eu não me lembre, eu devo ser fiel. Se eu não ter pego aquela ruiva não é ser fiel, eu não sei mais o que é.

Eu estava muito, muito incomodado. Não sei se deveria, não sei se é bom sentir isso, mas não me parece um sentimento agradável. Será isso um sentimento ou apenas uma sensação? É algo incômodo. É como se eu sentisse que deveria ir até lá e puxá-la pelo braço, dizer que eu não gostei.

Saí de perto do Ryan com a namorada e comecei a andar ao redor. Era como se ele tentasse comê-la na frente de todos. Era uma cena ridícula.

- Por que ela está fazendo isso? - Falo para mim mesmo e procuro pela ruiva. Eu até a pegaria para que a Mellanie me visse, mas não é o certo a fazer. Há algo de errado nisso.

 

Mellanie P.O.V

Depois de muito hesitar, nos beijamos intensamente e eu relaxei meu corpo. Estava sendo bom. Ele desceu as mãos até minha lombar e esperou que eu permitisse que ele me tocasse. Fechei os olhos completamente e assenti: eu não tinha nada a perder. Eu precisava fazer isso na frente dele. Senti suas mãos fortes apalparem minha bunda e o cara me encostou na parede do mezanino. Eram beijos quentes e extremamente acelerados. Apesar de beber só duas doses de tequila e um coquetel com rum, eu sentia meu corpo ferver. Ele bagunçou meu cabelo e ali ficamos por alguns minutos. Ele beijava bem demais. Demais mesmo.

- Você quer mais uma dose de tequila? - perguntou assim que parou o beijo e neguei com a cabeça. Chega de beber por hoje. Será que o Justin está nos vendo? Eu não me sentia completamente bem por fazer uma coisa dessas, mas ele precisava ver. Eu precisava saber se ele sentiria algo.

- Não, obrigada. - Respondo sorridente e olho ao redor. Justin estava distante, de costas para mim. Conversava com dois caras. Ele ainda não deve ter me visto. Leo voltou com uma garrafa Smirnoff na mão e ofereceu-me. Tomei alguns goles. Qual é, só 5% de álcool. Olhei novamente e Justin me observava distante. A música alta era ainda melhor. A culpa tomava conta de mim. É por uma boa causa, eu pensava.

Voltamos a nos beijar cada vez mais e ele me agarrou com força. Encostei-o na parede e inclinei meu corpo. Era uma cena deplorável. Pelo menos eu estava gostando. Ele ameaçou subir meu vestido e apalpou minha bunda. Dei um pulo e ele beijou meu pescoço. Deu um chupão bem forte e ardeu.

- Para de chupar a Mellanie, seu filha da puta. - Nos separou com força nos braços e olhei-o de imediato.

- Qual é, cara? Você não sabe com quem está se metendo. - Leo respondeu bravo e eu sabia que ele não faria nada demais. Eu estava preocupada com a reação do Justin... Não sabia que o Bieber de 19 anos também era possessivo.

- Você cala a sua boca antes que que eu te dê um cacete. A Mellanie é minha mulher. - Arregalei os olhos para ele de imediato e senti uma vontade louca de grudar em seu pescoço. Leo me olhou e não acreditou nele, talvez por conta da minha expressão de susto. - Que cena ridícula. Você não pense em chupar o pescoço dela de novo. Seu babaca. Ela não é uma biscate para você pegar e depois deixar de lado. - Puxou-me pelo braço com força e eu estava absurdamente assustada com essa situação. Isso veio dele? Como? Não pode ser. Não é possível.

Jusitn me levou até a escada e logo o corredor que dava para os quartos de hóspedes.

- Qual a sua intenção de fazer isso? Você ficou louca? Você sempre foi infiel assim a mim? O que te deu na cabeça? OLHA O TAMANHO DESSA PORRA DE CHUPÃO NO SEU PESCOÇO. AQUELE CARA QUERIA COMER VOCÊ ALI MESMO. - Esse era o Justin de 2014. Me assustei. - QUE CENA MAIS RIDÍCULA. VOCÊ NÃO TINHA QUE TER FEITO ISSO. NÃO É SÓ PORQUE EU NÃO TE AMO E NÃO TE RECONHEÇO COMO MINHA NOIVA QUE VOCÊ TEM QUE QUASE TRANSAR EM PÚBLICO COM OUTRO CARA. - Por sorte, a música alta abafava nossa discussão. Ninguém nos olhava.

- Se você não me ama nem nada, por que todo esse estresse? Por que você se abalou tanto? Você ainda não sente nada por mim mesmo.

- É CLARO QUE EU SINTO, PORRA. VOCÊ QUER QUE EU DEMONSTRE COMO? EU ESTOU GOSTANDO UM POUCO DE VOCÊ. EU NÃO GOSTEI DE TE VER COM AQUELE CARA. - "eu estou gostando um pouco de você" ecoou na minha cabeça por bons segundos. Por pouco não fiquei inerte.

- Agora você percebe como eu me sinto quando você pega varias russas?

- Óbvio que não. Eu não amo você como você me ama. - De todas as coisas que ele já me disse, essa frase foi a pior. Quebrou-me por inteiro. Mantive-me firme diante a ele. - Eu nunca peguei essas mulheres na sua frente.

- Você cala a sua boca. Se você não me ama, eu vou pegar quem eu quiser. Idiota. - Desci as escadas às pressas e procurei pelo Leo. Ele não me aceitaria agora, então eu teria que me tornar uma mulher fácil. Como eu odeio ter que fazer essas coisas para ajudar o tratamento do Justin.

- Então você está de volta... - Falou no meu ouvido e assenti. - Quem era aquele louco?

- Ele acha que temos alguma coisa. - Precisei mentir. Eu não diria que ele é meu noivo com amnésia parcial que precisa sentir ciúmes para lembrar que tem um sentimento de amor por mim.

- Podemos ir para o quarto? - Assenti.

- Só se for agora. - Segurei-o pelo colarinho com as mãos e nos beijamos mais uma vez. Ignoramos a presença de pessoas desconhecidas no primeiro andar e Justin estava parado perto da escada ao lado do Ryan. Paramos de nos beijar e andamos de mãos dadas até a ponta da escada. Justin me olhou com tristeza e acompanhou meus passos por cada degrau. Senti um aperto no coração: senti culpa. Nunca me senti tão culpada quanto agora. Eu precisava abstrair e tentar ter uma noite com esse cara. Nem que fossem só uns 25 minutos. Entramos no segundo quarto e ele encostou a porta. Não fechei. Eu não me importava com nada. Já estava péssima por fazer isso mesmo.

"A Mellanie é minha mulher"
"Eu não te amo como você me ama".

- Quantos anos você tem? - Questionou.

- Isso importa agora? - Mordi seu lábio e ele me beijou.

- Você é esperta. - Assenti e puxei-o para um beijo. Ele tirou a camisa na hora e subiu meu vestido. Coloquei as mãos em seus bolsos à procura de um preservativo e não encontrei.

- Eu tenho na minha carteira. - Assenti. Nunca que eu transaria com esse cara sem preservativo.

- Acho bom. - Respondo olhando para ele, que me deita na cama e tira logo minha roupa. Eu, lá no fundo, me sentia uma prostituta. Não conseguia entender o que me deu na cabeça para estar fazendo isso enquanto o Justin está do lado de fora. Ele não sabe quem eu sou. Ele precisa sentir o máximo de ciúmes possível. Ele precisa sentir. Eu tenho que focar nisso. Respirei fundo e, assim que abri os olhos, ele estava nu na minha frente. O corpo dele era muito malhado. Seu abdômen absurdamente definido e uma tatuagem gigantesca estampava seu peitoral. Era um símbolo em forma de triângulo, que dizia algo em frases em árabe, eu acho. Não era tão legal assim.

- Você também tem tatuagens? - Assenti. - Tenho uma só. Voltamos a nos beijar e ele me mostrou a camisinha. Abri a embalagem e logo o olhei a data de validade: 09/17. Super válido.

Ele colocou a mesma e puxei minha calcinha para baixo. Ele era lindo, atraente e gostoso, mas eu ainda me sentia péssima, a cada segundo pior. E se o Justin estiver pegando outra mulher agora mesmo? Eu vi e ele com a Grace e aquela imagem corroeu meu cérebro. Como ela teve a cara de pau de falar com ele? Biscate.

- Você está um pouco distraída. - sussurrou com a respiração irregular e tirei minha calcinha ao perceber que ele já usava o preservativo e deixei com que tudo fosse como deveria ser. Ele era bruto demais. Nunca estive com um homem assim. Não que eu tivesse gostado... Era desconfortante.

Não passamos mais de 10 minutos no quarto e já comecei a me vestir novamente. Foi ruim. Eu não queria. Eu meio que me senti usada à força. Nos beijamos por alguns minutos na cama e ele colocou novamente a cueca. Eu vesti meu vestido branco mais uma vez e logo a calcinha. Passei as mãos no cabelo e fiz um coque bagunçado. Eu estava cansada. Eu me sentia um tremendo lixo. Nada no mundo seria capaz de explicar o quanto eu me arrependera pelo erro inaceitável que acabara de cometer.

- Você manda bem. - Falou sorridente e sorri.

- Eu mando. - Concordei e ele riu.

- Você é sempre assim, tão superior?

- Eu não sou superior.

- Parece ser um pouco.

- Você que age inferior a mim. - Abrimos a porta e Justin estava no meio da escada, exatamente no meio, conversando com uma garota e um cara. Não, eles não eram um casal. Leo me segurava na cintura e minha garganta estava seca. Passamos pelo meio da escada e Justin fuzilou meus olhos como se quisesse me bater. Fiquei um pouco assustada. Desde o acidente, ele nunca me olhou com tanto ódio quanto agora. Descemos até o mezanino e pedi um copo d'água. Tomei tudo em instantes e me distanciei dele. Eu não estava me sentindo nada bem.

- O que foi que você fez? - Jade me pegou pelo braço e eu me sentia perdida. - Mel!!!

- Eu precisava testá-lo... Você viu como ele ficou bravo?

- Bravo? Ele está furioso. Eu nunca o vi assim. Você não deveria ter feito isso agora, depois de dois meses que ele está fazendo tratamento. Tinha que ser logo no começo. Eu vi ele conversando com alguns caras e várias mulheres.

- Mas eu fiz no começo... Eu só fiquei com alguns caras e ele se importou muito pouco.

- Ele está furioso. - Ela sussurra e dou os ombros. Já tinha culpa o suficiente e não precisava de uma lição de moral logo agora.

- Eu acho melhor ir embora. - Falo para ela, que concorda.

- É, amiga, você só apronta.

Leo foi para um lado e eu para outro. Nada pior do que dar de cara com o Justin na minha frente. Vou até ele, que está quase na pista de dança com o Ryan, que se afasta e outro amigo dele se aproxima.

- Beleza. - Fui em direção ao Justin, que virou um copo de whisky goela abaixo e desviou o olhar. A garota se afastou e o homem fez o mesmo. Eu não os conhecia. - Vamos embora? - Ele não respondeu. Não queria que ele ficasse tão bravo assim... Será que ele já gosta mesmo de mim? Justin apenas deixou o copo de lado e saiu na minha frente. Fez um toque com o Nolan, abraçou sua namorada que ele nem sabia o nome e fomos até o carro. Pelo menos ele não tratou o Nolan como desconhecido.

Entramos no carro e ele bufou quase que para si mesmo. Senti o clima pesado. Justin tirou meu celular de seu bolso e jogou no meu colo: 2h58 da manhã de domingo. Dirigiu às pressas. Chegamos no condomínio em instantes e ele parou na garagem. Desceu do carro e bateu à porta feito louco.

- Depois de dar o cu você quer ir embora. - Fala em tom moderado. - Você é uma biscate que finge que nós já fomos noivos. Uma mulher de família não faria o que você fez. - ele acabou comigo logo no começo. - Foi ridículo.

- Por que você está se importando tanto com o que eu fiz?

- Não é óbvio? - Cruzou os braços e liguei uma das luzes da sala. Brigar no escuro ninguém merece. - Você se tornou importante pra mim. Que porra. Você cuida de mim, conversa comigo, me ajuda na terapia, diz que me ama várias vezes ao dia, fala que nós sempre fomos, sei lá, apaixonados um pelo outro e você simplesmente dá o cu pra um cara qualquer na primeira festa que aparece? Isso foi extremamente humilhante, ridículo.

- Você não disse que eu tinha me tornado importante na sua vida... Eu continuo te amando muito, pra sempre. Mas se você pode transar várias com várias mulheres, por que eu não posso transar com um?

- PORQUE VOCÊ LEMBRA DE TUDO O QUE ACONTECEU DESDE 2013, EU NÃO.  - gritou comigo e ele estava com a razão. - VOCÊ TRANSOU COM UM CARA QUE NUNCA VIU NA VIDA. SE EU TRANSO COM OUTRAS MULHERES, EU USO CAMISINHA E ESCOLHO DIREITO. - Parou de gritar. - Eu não pego qualquer biscate. Mulher que dá o cu pra qualquer um é puta. Foi isso que você fez. - Apontou para mim. - Foi absurdamente vergonhoso. Ainda bem que eu não me lembro da importância que você diz que já teve na minha vida. Não vale a pena lembrar de você depois disso. - Ele jogou o celular no sofá e lavou as mãos no lavabo. Passou-as no rosto e secou. - OLHA O TAMANHO DO CHUPÃO QUE AQUELE CARA DEU NO SEU PESCOÇO. EU NÃO FAÇO ISSO NAS MULHERES QUE EU TRANSO.

 

SPOILER

- Então me fala o que você sente. - Falo olhando nos olhos dele, que fita minha boca. - Esquece essa raiva pelo menos agora e tenta conversar comigo. - Ele lambeu os lábios e abriu os olhos devagar. Ele parecia pensativo, muito pensativo. Pensei que não teria uma resposta, mas ai... Eu continuei segurando o rosto dele, queria uma resposta. Ele beijou o canto da minha boca com calma.
- Eu sinto desejo por você. Eu sinto o quanto você está tentando me ajudar desde o início, mas eu não consigo entender isso que você fez. Foi, sei lá, vergonhoso.


Notas Finais


Agora sim a fic vai pegar fogo!!!!!
Não achei legal detalhar a Mellanie com o boy na festa, mas se vocês quiserem, posso fazer isso numa próxima vez dela com outro cara (se tiver) ou do justin com alguma girl.
A Mellanie foi trouxa, confesso, mas logo vocês vão ver que ela não está tão errada assim.
Quero opiniões e críticas sobre a fic. Mais uma vez, obrigafa pelos comentários e por todas que estão lendo sempre que eu posto um novo capítulo.
Logo posto outro hehehe, boa noite, beijossss.


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