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História Behind The Secrets - third season - Round 2


Escrita por: featollg

Capítulo 23 - Round 2


- Justin... - Paro na porta do banheiro e ele não responde. - Venha aqui, por favor. - Seco o cabelo com a toalha e continuo com a mesma enrolada no corpo. Logo espirro. Essa droga de água gelada.

- Sim. - Ele fala parado na porta do quarto.

- Eles estão tomando a vitamina?

- Já tomaram e dividiram um lanche.

- Ótimo. - Falo olhando para ele e pego minha calcinha.

- Você estava me chamando por isso? - Nego com a cabeça e visto a calcinha, logo a toalha cai no chão e a pego.

- Por que você está mais calmo agora?

- Eu te vi nua...

- Eu estou falando sério.

- Eu sei lá. Deve ser porque eu já resolvi as coisas do meu passaporte. Eu revirei aquela merda de quarto atrás dos meus documentos. Eu nem sei se ainda são válidos.

- São sim. - Concordo e ele se aproxima. - Eu não quero que você vá... Não é necessário.

- Você não faz ideia de como eu me sinto em um ambiente desconhecido.

- Não é mais desconhecido. Você está gostando de mim.

- Isso não muda a situação. - Então ele assumiu que está mesmo gostando de mim? Acaricio seu rosto. - Eu quero sumir.

- Para de falar assim. O seu lugar é ao meu lado.

- Você não deveria estar preocupada. Aquele cara que você transou ontem... O Leonardo Allub - como ele sabe até o sobrenome? - deve estar atrás de você feito louco. - Ele fala ignorante e visto minha calça moletom. Ele observa cada passo e enrolo a toalha no cabelo.

- Eu só me importo com você e os nossos filhos.

- Percebi mesmo. - Foi irônico. Ele sequer demonstra sentimento. Como isso é possível?

- Ai, que droga. Você tem que colaborar. - Resmungo e ele fita meus seios. Logo lambe os lábios.

- Eu tentei, mas você transou com um desconhecido no mesmo dia... - Coloco o sutiã e regulo a alça esquerda.

- Você está estranho... O que se passa?

- Eu acho melhor voltar para a sala antes que você pule no meu pescoço e eu deixe o seu outro lado marcado. - Reviro os olhos.

- Papai. - Brandon o chama e ele logo sai do quarto. Alguma coisa está acontecendo... Ele está agindo mais natural, menos estourado.

Visto a blusa. Como eu queria meus produtos de cabelo e de corpo por aqui... Penteei o cabelo e tirei, novamente, o excesso com a toalha. Coloquei as meias e saí do quarto tremendo de frio. Os dois estavam sentados no sofá encostados no Justin. Eles assistiam tevê. Espirrei mais uma vez.

- Vocês já tomaram café? - Falo ao ficar de joelhos no tapete da sala e a Vallery concorda. Pego a maior almofada e sento-me no tapete.

- Sim. O Papai fez lanchinho. - Vallery respondeu.

- Huh... Que legal. - Falo olhando para o Justin de relance, que não devolve o olhar.  - Vamos voltar pra casa? - Falo empolgada.

- Eu quero ficar aqui com o papai. - Brandon responde ainda deitado no Justin.

- Mas o papai também vai voltar...

- Eu acho que vai chover. É melhor esperarmos mais um pouco. - Justin fala sério. - A previsão disse que vai chover forte.

- Mas não tem nada para fazermos aqui... Vamos para casa. - Sento-me ao lado da Vallery e acaricio seu cabelo. Eu estava com frio. - Apesar que... Em casa é ainda mais frio por conta do mar. Mas podemos ficar perto da lareira.

- Eu vou sair. - Ele tenta se levantar. - Preciso resolver com o Ryan sobre o Canadá. - Ele fica de pé. Estranhei ele me dar satisfação antes mesmo que eu perguntasse.

- Não vai... Por favor... É sério, eu não quero que você volte para o Canadá agora. Você não está em condições.

- É óbvio que eu estou em condições. Você acha que eu estou doente? Eu não estou. - Fala bravo.

- Não foi isso que eu disse... Eu só não acho necessário você querer voltar para o Canadá logo agora. Nós ainda temos tanto a conversar, tanto a resolver.

- Não temos nada a conversar.

- Temos sim e muito. - Vallery resmunga por não estar ouvindo a tevê e ajeito-a na almofada, podendo ficar de pé. Faço o mesmo com o Brandon, que deita para o outro lado e Justin estica as pernas. - Vamos conversar no quarto. - Puxo-o pela mão, que levanta bufando.

Levo-o até o quarto em que estávamos antes e deixo a porta entreaberta.

- Eu não quero que você volte para o Canadá.

- Você não tem que querer nada.

- Eu tenho sim. Nós somos noivos. - Droga. Ele não se importa com isso, não mesmo. Suspiro e desvio o olhar. - Olha... Não vai, por favor. Me diz o que eu posso fazer.

- Você pode parar de transar com qualquer um. - Ele fala de imediato, como se já esperasse pela minha pergunta. Aproximo-me dele e acaricio seu rosto.

- Pela milésima vez, essa foi a única vez que eu fiz isso, foi um cara só. Eu já até esqueci.

- Enquanto seu pescoço estiver marcado desse jeito, nenhum de nós esquecerá. - Ok. Ele estava certo. Justin desceu o olhar em meu corpo e deveria estar pensando em algo.

- Eu pensei que você não estava mais com tanta raiva de mim? - Falo olhando nos olhos dele, que parece não querer sorrir, mas deixa uma marquinha no canto esquerdo da boca. - Por quanto tempo você ficará fora?

- O necessário. - Eu realmente não quero que ele vá. Suspiro e tento pensar em algo.

- Já que você vai amanhã... Podemos esquecer o que aconteceu ontem? Só por hoje. - Ele nega com a cabeça.

- Não.

- Podemos sim, vai, Justin. - Eu sentia uma tremenda falta de chamá-lo de amor ou até mesmo de Jay. Eu só queria que ele sentisse o mesmo. Olho-o nos olhos e mexo no meu cabelo. Ajeito minha blusa e tiro sua touca, jogando-a na cama, atrás de nós. Dou um passo para trás e já pisava no tapete de pelos na cor bege. Justin também e logo tirou seus tênis. - Eu sei que você sente atração por mim.

- Quem não sente atração por você? - Ele fala como se fosse óbvio e sorrio.

- Ninguém sente atração por mim fora você...

- Você está enganada. - Ele responde baixo. - Você é tão excêntrica. - Sorrio para ele e passo os braços por seus ombros, que me abraça nas costas e inclina um pouco a cabeça. Toco meu nariz no seu e sinto sua respiração baixa, suave.

- Você também é excêntrico. - Respondo e dou um selinho nele, que me aperta e iniciamos um beijo duradouro. Seguro seu pescoço e ele desce as mãos até minha cintura, apertando-a de leve. Ele sobe a mão esquerda por dentro da minha blusa e toca meu sutiã. O frio já estava indo embora. Perco o equilíbrio por um instante e ele me segura, deitando-me na cama. Justin deita em cima de mim e continuamos nos beijando cada segundo com maior intensidade e pretensão.

- Mamãe. - Vallery grita. Justin não para o beijo e interrompo-o na hora. - MAMÃE.

- MÃMÃE. - Brandon grita com a irmã e sento-me na cama. Justin não reage, apenas deita. Saio do quarto e os dois andavam pela sala um ao lado do outro. - Eu que chamo a mamãe. - Ele discute com ela.

- Não chama não. Ela vai vir aqui para falar comigo. MAMÃE. - Grita e nota minha presença. - Cadê a minha boneca?

- Você a trouxe ontem, filha? - Falo próxima a ela.

- Sim. O Brandon pegou!

- Eu não peguei. - Ele discorda. - Ela que pegou o meu carrinho.

- Ei. Parem de brigar. - cruzo os braços. - Vamos procurar a boneca e o carrinho. Falo olhando ao redor e começo a procurar pela sala, que não é lá muito grande.

- Não tá aqui.

- Vocês não lembram onde colocaram?

- o B deixou o carrinho no carro da vovó Anna e falou que eu peguei.

- Ok... Eu vou ligar para a Anna. Enquanto isso, procurem pela boneca nos quartos.

- Eu não quero achar a boneca dela. - Ele cruza os braços.

- Brandon, não pense só em você! Vamos lá...

 

- Anna? Você já está em casa?

- Acabei de sair do shopping, Mel. Por quê?

- Você sabe se o carrinho do Brandon ficou no seu carro ou a boneca da Vallery?

- Hm... Nossa, o carrinho está aqui. Você quer que eu leve aí?

- Por favor! Aí você já os leva para casa, porque eu e o Justin ainda vamos resolver um lance dele viajar.

- Ele vai viajar?

- Sim... Depois conversamos melhor.

- Ok. 10 minutos e estou passando aí.

- Ok. Obrigada.

 

- Seu carrinho ficou com a Anna, filho... Ela já está passando aqui e levará vocês para casa.

- E a minha boneca?

- Calma, Vally. Iremos encontrá-la. - Puxo-a pela mão e entramos no quarto de hóspedes. Não estava lá. Ela começa a choramingar.

- Mas eu quero a minha boneca. - Bate os pés no chão e seguro-a no colo.

- Ei... Calma, não precisa chorar.

- Olha só o que eu encontrei no quarto. - Justin mostrou a boneca para a Vallery, que sorriu animada e pegou das mãos dele. Ele já estava sem camisa.

- Como é que fala? Cochicho para a Vallery.

- Obrigada, papai.

- Justin, vista a camisa... Está frio.

- Não está frio. Está normal. - Ele dá os ombros e coça a nuca, logo estica os braços.

- O que vocês acham de trocar de roupa? A Anna vai passar buscar vocês!!! Logo eu e o papai também iremos para casa.

- Eu quero ir de pijama. - Vallery falou abraçada com a boneca.

- Está muito frio... Eu vou colocar jaqueta e vocês irão de pijama, ok?

- EBA. - os dois comemoram e pego as jaquetas deles, pego as bolsas em que estavam suas roupas. Eles escovam os dentes e Justin fica assistindo tevê. O interfone toca.

 

- Senhorita Mellanie, Anna está à sua espera na portaria.

- Ok, estou descendo. Obrigada.

 

- Vamos... - pego na mão de cada um deles e os dois se despedem do Justin com um abraço. Desço para o primeiro andar pelo elevador com os dois e saímos na portaria. Avisto a Anna de longe e tento pegar os dois no colo. Passo pela portaria. - Obedeçam-na! - Falo séria. - Eu e o papai já iremos para casa.

- Ok, mamãe. - Dou um beijo no rosto deles e Anna os leva até o carro.

- Obrigada, Anna.

- Até daqui a pouco, Mel. - Ela acena e os coloca no banco de trás do carro com as bolsas.

Espero que ela saia e volto para o elevador. Subo até o andar do meu apartamento e bato na porta. Estava trancada e eu não tinha as chaves.

- Justin? - Chamo-o, que abre a porta na hora e estava ainda sem camisa. - Eu acho que vai começar a chover logo logo... - Entro novamente e ele fecha a porta, logo volta para o sofá. Sento-me ao seu lado e suspiro.

- Vai.

- Está muito, muito frio lá fora. Você não tem ideia.

- Não está tão frio, Mellanie.

- Está sim, muito. - Pego uma das almofadas e coloco no corpo. Justin muda de canal e encosto a cabeça no sofá, sem tocá-lo. - Você sabe que... eu os deixei voltarem antes para casa de propósito?

- Sim. - Ele responde. - E você sabia que aquele cara que você transou ontem ligou para você às 6h da manhã? - Fala olhando-me.

- Você já me disse, agora chega desse assunto... - Falo desconfortável. - Vamos aproveitar que estamos sozinhos. Eu queria que você se soltasse um pouco.

- Como você quer que eu me solte um pouco?

- Sei lá... Eu queria que você não estivesse com raiva de mim.

- Difícil.

- Você está gostando mesmo de mim? Muito?

- Eu já conversei com você sobre isso de madrugada... Eu te falei que gosto de você. - Ele fala olhando-me nos olhos e solto minha mão em sua perna esquerda, subindo até o feixe de sua calça. Aperto-o, que estremece.

- Você é safada. - Ele fala olhando onde minha mão estava e sorri. - Eu gostaria de me lembrar de você.... Será que isso é possível? - isso era o que eu mais queria saber. No momento, é a maior incerteza da minha vida.

- Eu acho bem difícil, sabe, você se lembrar de tudo... Mas eu gostaria.

- É... - Ele concorda e beija meu pescoço, o outro lado. Chupa de leve e volta a beijar cauteloso. - É tão estranho... Eu não sei o que pode ser da minha vida daqui uns dias. - Justin deixa com que eu me aproxime e passa o braço esquerdo pelas minhas costas.

- Por quê?

- Porque eu não me acostumo com tudo isso. Eu não sei... Nós dois já percebemos que não conseguimos ficar só um com o outro. - Eu consigo.

- Eu consigo.

- Você transou com um homem qualquer ontem. 

- Mas você sabe que foi só para testar você...

- Péssima maneira de me testar.

- Pelo menos assim eu descobri que você morre de ciúmes de mim.

- Eu não morro de ciúmes de você. - Ele responde sério e duvido. - Eu só não gosto disso.

- Disso o que?

- De você fazer as coisas de propósito. - Sorrio para ele. - Eu gosto de você. Um pouco. - Um pouco já é o suficiente. Sento-me em seu colo e divido as pernas. Beijei-o nos lábios com gosto, esfregando meu corpo em cima de seu membro. Ele deitou a cabeça no sofá e continuamos nos beijando.

- Um pouco?

- Um pouco. - Ele repete. - Caramba, você é muito gostosa. Sério. - Ele sussurra e beija meu pescoço. Logo tira minha blusa.

- Mas eu ainda estou vestida...

- Eu não digo que você é gostosa apenas porque o seu corpo é incrível, mas sim porque você é confortável... Não sei... Você é gostosa. Eu ficaria o dia todo com você no meu colo. - Ele fala acariciando minhas costas e passa dois dedos no meu cabelo, que estava no meu pescoço. - Eu fiquei com muito ciúmes de você ontem. - Será que ele faz essas coisas de propósito? Esse lance de ser bipolar e mudar de opinião a cada cinco minutos.

- Eu não imaginei que você ficaria tão bravo. - Falo beijando seu rosto e ele abre meu sutiã.

- Nem eu. - Ele fala e morde meu lábio inferior. - A verdade é que eu tenho... Eu tenho medo de gostar mesmo de você. Eu não sei como é isso.

- Você não pode ter medo de amar.

- Mas eu não sei como é. - Ele fala olhando-me nos olhos.

- Eu posso te mostrar? - Ele assente de imediato.

- Não sei o que você vai fazer. - Ele responde olhando-me e deixo meu sutiã cair pelas alças. Não me preocupo em tirá-lo. Eu queria tratá-lo como antes. Queria tentar, pelo menos, esquecer que ele não me ama muito, mas fazer o que sempre fiz. Queria tentar impressioná-lo.

- Eu amo você, Jay. - Sussurro em seu ouvido e beijo-o na região. Ele se arrepia de imediato. Acaricio seu rosto de leve com a mão direita e passo as unhas em seu maxilar. - Você não faz ideia de tudo o que já fizemos nesses quatro anos. - Sussurro quase em um fio de voz e beijo seus lábios fartos. Tiro meu sutiã e logo levanto as pernas, ainda inclinada para ele. Justin tira a calça e a cueca no mesmo instante e vou beijando-o com calma, delicada. - Você é o melhor. - Falo entre o beijo e ele sorri. Eu queria trata-lo como se nada tivesse acontecido entre nós depois do acidente. Como se ainda nos amássemos com uma mesma intensidade. Empino minha bunda e continuamos nos beijando cada segundo mais. Tiro minha calça e ele termina de puxá-la. Fico apenas com a minha última peça íntima no corpo e fico de pé. Fecho as cortinas apra que a sala fique quase escura e desligo a tevê. Logo sento-me novamente em seu colo. - Você está todo arrepiado. - Passo as unhas em seu peitoral e balanço minha cintura em movimentos de vai e vem. Ele murmura baixo e aperta minhas coxas. - Quando eu fazia isso - aperto seu membro com a mão direita e sento em cima. - em você, era bom notar o quanto você gostava. - Ele gemeu baixo. Beijei-o nos lábios mais uma vez e sentei-me no chão. Passei a masturba-lo como se realmente fosse o que ele sentia vontade. - Você faz ou prefere que eu faça? - Provoco-o, que ri.

- Você é sempre assim?

- Um pouco pior. - Ele arqueia as sobrancelhas e segura meu pescoço com as mãos. Mexo meu quadril mais uma vez e começo a masturbá-lo com toda energia em plena manhã. - Muito pior. - Eu queria que algo se passasse  pela cabeça dele. Justin tem que lembrar de alguma sensação. Não é possível. Eu estava me esforçando. Começo a beijá-lo nos lábios com cautela e tento provocá-lo a cada segundo com maior intensidade e volúpia. Ele sorri entre os beijos e desliza as mãos em minhas costas, passa em meus seios. Apalpa-os com leveza. Tento ser suave, volto a tocá-lo no membro e Justin geme baixo, já com os olhos fechados e a cabeça novamente apoiada no sofá.

- Caralho. - Sinto seu corpo todo arrepiado. - Tire essa calcinha logo. - Fala com a voz firme e já com sua respiração irregular.

- Por que a pressa?

- Você é provocante demais. - Ele fala baixo e toco minha boca na sua. Justin ameaça tirar minha calcinha. - Eu posso? - Por que ele pediu? Achei fofo.

- Pode. - Sussurro e ele tira minha última peça de roupa com cautela, passando pelas minhas coxas. Justin observa meu corpo por alguns segundos e coloca uma das mãos em cima do próprio membro, apertando-o. Ele lambe os lábios e deita meu corpo no tapete. Espalho meu cabelo e estico as pernas. Observo-o de lado, que deita seu corpo em cima do meu devagar e adentra com seu membro em minha intimidade. Ele deita completamente em cima de mim e move meu corpo no mesmo ritmo que o seu, moderado. Logo acelera e começo a gemer baixo. Ele murmura e beija meu pescoço, logo desliza as mãos em minha costela e beija minha boca. Arranho suas costas devagar e o frio já havia ido embora. Eu estava com o corpo quente, já com calor. Acaricio seu rosto e ele move meu corpo com ainda mais intensidade. Eu me sentia única. Depois de tanto tempo, eu sentia que havia um sentimento recíproco. Nos beijávamos cada vez mais e eu sentia sua respiração quente no meu pescoço. Não demorou muito para que eu atingisse meu ápice e ele logo teve uma mesma reação, um pouco pior. Suspiro ao sentir minhas pernas bambas e fecho os olhos por alguns segundos. Ele deita ao meu lado e para de se mover. Olho-o pelo canto dos olhos, está quieto, inerte, com os olhos no teto. Viro meu corpo de lado para ele e apoio com os braços em seus ombros. Beijo seu rosto e acaricio seu cabelo. - Por um momento, eu senti que você estava gostando tanto quanto eu. - Falo baixo e mordisco sua orelha, que se arrepia e sorri pelo canto da boca, ainda quieto. Continuo fazendo cafuné nele e sentia meu corpo cansado.

- Eu estou gostando pra caramba de você... - Ele fala com a voz arfante e ainda olhando para o teto. Sorrio feliz. Nada melhor do que ouvir uma coisa dessas agora. - Eu não queria te dizer isso, mas caramba... você é... - Ele me olha e dou um sorriso largo. Ele passa as mãos no cabelo e logo no rosto, suspira fundo e volta a olhar para o teto.

- Eu também gostou pra caramba de você. - Respondo ainda mexendo em seu cabelo e ele me olha nos olhos, logo fita minha boca. - Eu amo muito, muito você. - Justin toca meu corpo e dou-lhe um selinho.

Assim ficamos por bons minutos, até que um de nós, eu, no caso, teve a coragem de levantar e dar a ideia de voltarmos para casa. Eu já me sentia bem novamente, assim como acredito que ele também. Eu realmente estava disposta a fazê-lo desistir de viajar para o Canadá amanhã.

 

...

 

Acordamos no mesmo horário e a mala dele já estava feita. Justin me disse que precisa estar no aeroporto por volta das 14h. Ryan passou logo cedo em casa e eles conversaram bastante. Pelo menos ele não voltará para lá sozinho.

- Mellanie, não adianta. Eu vou viajar você queira ou não. Eu não te devo satisfações. - Ele desce as escadas com a mochila e me decepciono. - O Ryan já está passando aqui.

- Justin, por favor, não vai. Você tem consultas com a doutora Stella, tem que conviver mais comigo... Não pode nos abandonar assim. - Eu estava quase chorando, confesso. Estava sendo difícil para mim, muito difícil. Agora eu acho que consigo entender o quanto ele ficou triste quando eu o abandonei para voltar a São Francisco no ano passado... Ele coloca a mochila no chão e se aproxima.

- Eu sei que você se importa comigo, sei que está preocupada, mas você não precisa. Eu vou para o Canadá ver a minha família, os meus tios, os meus avós... Eu preciso saber em que ambiente eu estou. Eu só quero ficar um pouco longe, só um pouco. Eu quero saber se eu vou sentir sua falta, se eu vou querer ver os dois, se eu vou me lembrar de alguma coisa com o passar dos dias. Eu preciso desse tempo. - Ok. Agora eu entendia. Eu o compreendia um pouco. Assenti e ele me puxou para um abraço. - Você é fofa. - Abraço-o forte.

- Tudo bem... Mas eu queria saber quanto tempo você pretende passar fora. Eu vou sentir muito a sua falta, você não tem ideia. As crianças também irão sentir.

- Até julho eu estarei de volta. - Ok, estamos quase em junho. Suspiro para não reclamar e guardo meus pensamentos para mim mesma.

- Você precisa se despedir das crianças... Por favor, tente ser amoroso com eles. - Falo andando pela sala e ele concorda.

- Onde eles estão?

- O Brandon está lá fora com os cachorros e a Vallery está na área da piscina, eu acho. - Ela gosta de ficar por lá, assim como o Brandon gosta de brincar com os cachorros.

Justin foi até a área dos cachorros e brincou rapidamente com todos eles, logo abraçou o Brandon.

- Amigão... - ele me olha como se não soubesse o que dizer - o papai vai precisar viajar, mas logo eu estarei de volta. - Fala tentando parecer fofo e Brandon cruza os braços.

- Eu quero ir junto. Para onde você vai?

- Eu vou para o Canadá... Logo estarei de volta.

- Eu quero ver o vovô e a vovó. - Ele fica de pé e os cachorros latem.

- Não dá, filho. - Falo. - Logo o papai estará de volta e poderemos ir todos juntos.

- Ah... - Ele faz cara de choro e Justin o pega no colo.

- Ei, serão só alguns dias. - Justin fala ainda abraçado com ele e fico feliz. É bom vê-lo tratando nossos filhos com carinho.

- Eu amo você, papai. - Brandon fala ao ficar novamente no chão e Justin engole seco. "Fale que também o ama", falo em leitura labial ao Justin, que desvia o olhar.

- Eu também amo você, Brandon... - Justin volta para a sala.

- Parabéns.

- Obrigado. - Fala convencido e anda até a área da piscina. Vallery estava distante, quase na beira da área funda.

- VALLERY, CUIDADO. - Grito e ela se assusta, que sai correndo e, por um momento, tropeça na área molhada e cai na água. Meu coração paralisa. Tudo fica preto. A única imagem que vejo é Justin jogando seu celular no chão e mergulando na água da piscina congelada com todo esse frio. Quando percebo, estou gritando desesperada. - VALLERY, MEU DEUS DO CÉU. VALLERY! - Ando de um lado para o outro e minhas pernas travam. Justin sai da piscina conversando com ela e visivelmente preocupado. Ela não para de tossir.

- Meu Deus!!! - Anna grita nervosa e minha cabeça gira. A tontura começa. Nunca estive tão nervosa em toda a minha vida. Vou atrás da minha filha e Justin parecia tão nervoso quanto eu.

- Vallery, filha!!

 

SPOILER

- Eu não sinto a sua falta.

- Eu duvido.

- Por que você duvida?

- Porque você me liga quase todos os dias... Se isso não é sentir minha falta, eu não sei o que é.

- Eu só ligo para saber se está tudo bem.

- Isso porque você se importa.

- Ou porque eu só quero saber se está tudo bem... - ele limpa a garganta. - Ok, eu sinto um pouco a sua falta. Acho que de tanto você me ajudar no que eu devo fazer ou não. Droga.


Notas Finais


Boa noite, meninassssss
Seguinte, me perguntaram se o Justin vai lembrar de tudo ou não. Olha, sinceramente, eu não posso responder, mas eu acredito que não, porque é mt difícil. Pode ser que ele se lembre de alguns momentos, ou sensações, ou até mesmo tipo, sei lá, das crianças, mas não de tudo. Quem sabe...
Se vocês tiverem sugestões, podem me mandar. To fazendo o possível pra fic não ficar enrolada, porque quero que chegue logo a parte PAN, mas tb quero dar uma segurada. Vou tentar fazer essa temporada passar dos 50 caps. To gostando muito.
Obrigada por todos os comentários, elogios e críticas. Amo todasssss. Beijoss no core.


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