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História Behind The Secrets - third season - Need you now


Escrita por: featollg

Capítulo 31 - Need you now


"Eu não fiquei com a loirinha russa" - Justin. Essa isso que eu precisava ler.

 

Volto a me concentrar no trânsito e chego na empresa dentro de 20 minutos. Cumprimento o pessoal do primeiro andar e o telefone toca. Vou até a sala do Justin, no último andar,  e ele estava sentado na cadeira com as pernas esticadas e os pés na ponta da mesa. Ele olhava ao redor, distraído.

- Oi. - Fecho a porta.

- Como foi o médico?

- Fiz uns exames... Foi normal.

- Você está doente? - Ele pergunta sem demonstrar interesse na minha resposta.

- Não. - nego com a cabeça e sento-me de frente para ele, atrás da mesa, na outra cadeira confortável. - O que você queria?

- Queria dizer que eu consegui arrumar o que eu tinha feito no sistema.

- Parabéns. - Falo sorridente. - Era só isso?

- Não... Eu queria falar com você. - Ele continua com o corpo esticado e todo preguiçoso na cadeira. Espero que ele prossiga, e nada. Expresso tolerância para que ele me diga logo o que quer, e nada.

- Então fala.

- Eu não tenho nada para falar... - Ele volta a ficar sentado e arruma sua cadeira, ficando mais próximo a mim. - É legal te ver nessa correria. - Bate com as mãos na mesa.

- Legal?

- Sim... Você está sempre tão ocupada, correndo tanto.

- Justin, é sério que você me chamou aqui para enrolar? Eu estou com fome e ainda não tive tempo te almoçar. Já estou indo ao médico.

- Oh, vá comer algo então. Aquelas mulheres da cozinha podem te ajudar. A propósito, até que elas são legais.

- Elas são uns amores. - Completo.

- Qual é o seu sobrenome? - Como assim ele não sabe o meu sobrenome? Estranho a pergunta.

- Como assim você não sabe?

- Eu não sei... Nunca te perguntei.

- Schneider. - Ele assente.

- Só isso?

- Mellanie Rose Schneider.

- Huh... Rose é um nome bonito.

- Você quer dizer que Mellanie é feio? - Ele nega.

- É bonito também. - Ele levanta. - Eu vou com você até lá...

- Aconteceu alguma coisa? Você está estranho... - Coloco a mão na maçaneta para abrir a porta e ele segura meu pulso. - Qual é? - Olho para ele, que lambe os lábios e segura meu rosto com a mão esquerda.

- Não foi nada. - Ele me dá um selinho.

- Você está, tipo assim, muito carente hoje? O que está havendo?

- Estou... - Ele sorri. - Muito. - Ele me beija com ternura e eu estava estranhando a cada segundo mais essa situação. O que deu nele? Beijo-o com as unhas em sua nuca e acaricio seu pescoço.

- É sério... O que está havendo? - Meu estômago roncava, mas eu poderia esperar mais alguns minutos. Justin beija minha

- Nada... Eu só gosto de você. - Ok. Ele está realmente estranho. Deve ter aprontado algo, no mínimo.
- Uhum. - Ele beija meu pescoço. Justin volta a beijar minha bochecha e o abraço forte. Eu queria dizer um "Eu te amo" casual. Ele correspondeu meu abraço com ainda mais aconchego. Depois de uma longa consulta e um exame sobre gravidez, esse abraço era tudo o que eu precisava.

- Eu estou sendo sincero, ok? Não estou fazendo isso para te impressionar. Eu nem sei se você está contente com o que eu faço, mas é que eu gosto de você. Eu gosto mesmo.

- Tudo bem, Justin... Pode se expressar como quiser. Eu até prefiro. - Eu amava vê-lo carinhoso e carente. Pode parecer que não, mas homens são mais carentes que muitas mulheres por aí. Eles precisam de alguém, nem que seja por cinco minutos no dia. - Eu gosto de te ver carente.

- Por que você gosta? Carência é um saco... É como se estivesse faltando algo.

- Eu gosto... - Dou os ombros e um beijo em seu rosto. Abro a porta. - Agora eu vou comer alguma coisa bem rápido e ir ao médico. - Ele sai atrás de mim e atravessamos o corredor até a cozinha.

- De novo? Qual médico?

- Ginecologista.

- É homem?

- Não. - Paro na porta da cozinha e cumprimento a Maria, que estava mexendo no celular. - E aí?

- Olá, Mel. Você vai almoçar agora?

- Sim. - Respondo sorridente. - Estou morta de fome. - Justin me observa falar e fica parado.

- Eu vou... Vou voltar para lá. Até que horas eu tenho que ficar aqui?

- Seria bom se você ficasse pelo menos até as 19h.

- Nossa.

- Acha muito?

- Você pode voltar aqui então?

- Eu preciso buscar nossos filhos no colégio às 17h30 e levar o Brandon no futebol.

- Não tem como a Anna levá-lo? Eu queria que você voltasse aqui...

- Eu vou ver. Por que você quer que eu volte?

- Porque sim... Pode ser?

- Eu vou ver. Será corrido pra mim. - Ele volta para o corredor e esquento minha comida, que já estava separada.

- Eu achei que o Justin está melhor. - Maria diz ao sentar-se em minha frente. Assinto.

- Ele está tentando... Vocês conversaram?

- Um pouco. Ele não sabia muito o que dizer... Eu contei a ele que sentimos sua falta na empresa, mas ele me pareceu despreocupado.

- Ele anda meio bipolar. - Começo a almoçar e tiro o celular do bolso. - Mas ele vai aprender a se virar... Você já pegou seu convite da festa de sexta?

- Sim. Eu ainda não sei se vou...

- Por quê? Você tem que ir!!!

- Não sei... Não estou muito animada. Mas então, como estão a Vallery e o Brandon?

- Estão ótimos... Eu os deixei no colégio agora pouco. Essa semana está uma correria.

- Estou percebendo. Pelo menos o Justin voltou para a empresa.

- É... Eu espero que ele consiga se virar novamente.

 

Fui ao médico durante a tarde para uma consulta de rotina. A minha ginecologista disse que eu estou grávida porque meu corpo já aparenta algumas mudanças... Não que isso tudo seja ruim, mas, bem, bom, não está sendo. Saio de lá e volto para o colégio dos meus filhos. Já estava na hora de buscá-los. Eu levei o Brandon no futebol e a Ana foi comigo. Ela veio com a outra Range Rover. Nos encontramos na plateia do campo de futebol e assisti meia hora da partida.

Justin me ligou uando já era noite.

 

- Mellanie.

- Sim.

- Que horas você volta aqui?

- Eu estou super cansada... Acho que vou para casa com as crianças.

- Não. Volte para cá. Eu vou ter que ficar até mais tarde.

- Tá, eu já estou indo.

- Ok. Obrigado.

 

Desligo.

- Anna, você pode levá-los para casa? Eu preciso voltar para a empresa, o Justin deve estar sozinho lá

- Claro que posso. - Ela responde. Avisto a Vallery brincando com várias crianças do lado de fora do campo. - Eu vou dar um banho neles e o jantar.

- Obrigada!! - Abraço-a. - Eu já vou.

Desço os degraus até a Vallery e dou um beijo nela, sem avisar que estou indo embora. Ela iria querer vir comigo.

Vou até a empresa e o primeiro andar estava uma escuridão só. Por acaso, encontrei com o Dimitri e a Jade no elevador. Eles estavam prontos para ir embora.

- O que você faz aqui?

- O Justin ainda está aqui... Já vou embora.

- É. Ele vai ficar até tarde. - Dimitri responde. - Eu já estou indo.

- Boa noite pra vocês.

- Se precisar de alguma ajuda, você já sabe! - Jade pisca para mim e a abraço.

- Valeu, Jade. Pode ir tranquila. - A porta do elevador fecha e vou para o último andar. A porta é aberta e estava tudo uma escuridão sinistra. Não que eu tivesse medo, mas... bem... eu tinha um pouco.

- Justin? - Chamo-o no último andar e nada. Começo a procurá-lo pelos escritórios e ele estava no seu. A porta aberta, a luz da mesa acesa. Ele estava sentado na cadeira com as pernas esticadas. Estava com a camisa social aberta e o cabelo já um tanto desfeito. Deve estar cansado.

- É cansativo passar o dia todo fazendo essas coisas. - Concordo com ele.

- É mesmo. Por que você queria que eu viesse aqui? Não tem mais ninguém aqui. Eu estou super cansada.

- Para me fazer companhia. O tal do Dimitri me disse que eu preciso esperar o retorno no sistema dos encontrados hoje em Los Angeles... Eu entrei em contato com não sei quem de lá.

- Los Angeles?

- Não... Eu esqueci. Eu não sei o nome da outra sede.

- O nome continua sendo JKC, mas é em São Francisco.

- Isso. - Ele concorda. - Eu estou esperando... Não quero mexer com isso assim que voltar para casa.

- Entendi. E você quer a minha companhia?

- É. Esse lugar é meio sombrio à noite.

- Você está com medo de ficar aqui?

- Claro que não, mas... É meio louco. Muito sinistro. Sério.

- É nada. - Era sim.  - O que vamos fazer enquanto você não recebe esse retorno?

- Sei lá...

- Coloque algo para assistirmos, algumas músicas, qualquer coisa. - Falo ao apontar para o macbook dele.

- Eu não sei o que você gosta de ouvir ou assistir. - Ele dá os ombros.

- Coloque algumas musicas que você goste de ouvir.

- Hm... Eu estou meio desatualizado, se é que você me entende. - Rio. Não que fosse divertido, mas, bem... Nem tudo deve ser levado tão a sério.

- Tudo bem. - Deixo minha bolsa perto da porta e vou até seu banheiro. Olho-me no espelho e ajeito meu cabelo. Passo uma água no rosto. Volto até a bolsa e pego meu demaquilante de emergência. Eu precisava tirar esse rímel e esse lápis dos olhos. Estava cansada e não teria coragem de fazer isso assim que chegasse em casa.

Ouço tocar uma música calma. Eu conhecia, mas não lembrava o nome. - Quem canta? - Falo ainda do banheiro e passo uma água no rosto novamente.

- Boyz II Men. - Responde rápido. - Eu gosto desses tipos de música.

- Eu sei... Você sempre gostou de cantá-las. - Ele parece surpreso.

- Eu?

- Sim.

- Eu não canto...

- Canta sim. Você sabe que sim.

- Não. Eu não canto.

- Justin. - Ando até ele. - Qual o problema em dizer que você canta? Sua voz é incrível.

- Não tem nada a ver.

- Então canta pra mim... - Peço ao parar em sua frente e sento-me na outra cadeira, andando com a mesma até ele.

- Não. - Ele responde rápido e sem expressão.

- Que chatice. - Reviro os olhos e os fecho, apoiando com a cabeça no encosto da cadeira. Também estico as pernas na mesa e sinto Justin me empurrar. - Ai. Idiota. - Ele ri.

- Foi mal.

- Tonto. - Ele ri. - Não foi engraçado.

- Foi um pouco. - Ele muda a música. - Você é um pouco parecida com a Vallery, sabia? - É a primeira vez que ele fala sobre as crianças assim, do nada.

- Você acha?

- Sim. Na verdade, os dois lembram você.

- Eles também são parecidos com você.

- Eu não acho.

- Eu acho. - Insisto e estico as pernas nele, com os pés em suas coxas. Justin tira meu salto e deixa-os no chão.

- Como você aguenta usar isso o dia todo?

- Normal. - Dou os ombros. Ele passa as mãos em minha calça jeans colada. Dobro uma delas. - Eu estou cansada... Até que horas ficaremos aqui?

- Eu sei lá. - Ele diz perdido. - Só estou esperando o retorno.

- Você pode esperar por isso em casa. Eu estou cansada e com dor nas costas.

- Relaxa... Vamos esperar mais um pouco. - Ele insiste.

- Você pode me fazer massagem então? - Falo ao desabotoar minha camisa social rosa e ele assente. - Só um pouco. Eu preciso relaxar. Hoje foi um dia cansativo.

- Posso. - Tiro a camisa e viro-me de costas para ele na hora. Viro a cadeira ao contrário e deixo os pés presos na mesma, ficando com o encosto em minha frente. Escondo a barriga  com a mesma e ele coloca meu cabelo para o lado esquerdo do ombro, tendo uma visão completa das minhas costas. - Você está tensa... - Começa a me fazer massagem e percebe o quanto eu ando tensa. Assinto e mexo o pescoço.

- Um pouco... - Murmuro.

- Não. Você está muito tensa. - Ele aperta anda mais meu pescoço com os dedos firmes e suspiro fundo. Estava sendo super relaxante. Ele sabe muito bem massagear uma mulher. - Aconteceu algo?

- Nada além do estresse diário. - Respondo mais calma. Ele me aperta e murmuro. - Está doendo.

- Tem que doer... É assim que vai melhorar. - Ele aperta ainda mais e reclamo.

- AI.

- Calma. - Ele sussurra. - Assim está bom? - Assenti. Ele deixou as mãos mais leves e passou os polegares por toda a minha coluna, marcando cada lugar com um pouco de pressão nos dedos. Eu ainda estava sentada ao contrário na cadeira, com as pernas presas e abracei o encosto. Ele fez movimentos circulares com os dedos em minha lombar e subiu um pouco. Eu estava estranhando tamanha atenção que ele me dava. Murmurei mais uma vez e mexi o pescoço.

- Eu já estou mais relaxada. - Falo quase que para mim mesma e ele volta a massagear a região da minha nuca. Coloca meu cabelo para frente e bate com a lateral das mãos ali.

- Viu só. - Ele responde e sinto sua respiração arrepiar os pelos da minha nuca. Fecho os olhos. - Você fica arrepiada fácil?

- Não... - Mais ou menos, quero dizer. Eu tenho um bom auto-controle. - Mas a nuca é um lugar sensível. - Completo. Ele murmura em concordância e deposita um beijo ali. Logo outro.

- Você continua arrepiada. - Ele sussurra com os lábios quase atrás da minha orelha. Sorrio. Por que ele está fazendo isso? Ele morde minha nuca. Tenho uma reação instantânea e mexo o pescoço. - Huh. - Ele murmura.

- Por que você fez isso?

- Porque eu quis. - Responde rápido. - Você não gosta?

- Gosto, mas... Você está carente demais hoje.

- Talvez... - Ele fala e coloco as mãos para trás. Toco suas coxas e logo o feixe de sua calça. - Eu estou. - Ele passa as mãos em minhas costas e tento abraçá-lo. Justin me abraça com força e dá a volta com os braços em minha barriga. Ele estava realmente surpreendente. Logo beija meu ombro esquerdo e apoia com a cabeça ali mesmo. Segundos depois, solto-o e viro-me de frente para ele. Arrumo as pernas e olho para ele, que estava sem expressão.

- Interessante. - Falo ao tocar seu rosto. Mexo em seu cabelo e arranho seu pescoço. Dou um selinho nele. Justin me beija com desejo. Segura meu pescoço e eu seguro o seu. Intercalo o beijo com selinhos e vou acariciando seu rosto. Ele desce as mãos até minha cintura e encosta sua pernas nas minhas. Eu realmente não tinha ideia do que acontecia com ele, mas eu estava feliz. Mesmo que ele só quisesse pegar alguém, eu estava feliz por ser a escolhida. Trocamos lentos beijos e estava um silêncio... O único barulho vinha da minha boca tocando na sua. Não como naqueles filmes em que o barulho chega a incomodar os outros, mas um estalinho de nada vindo dos lábios dele, que dava gosto de beijar ainda mais. Ele segura minhas costas com todo o braço direito e tenta me deslizar na cadeira. Encosta minha cabeça na mesma e vem para cima. Pauso o beijo lentamente e ele coloca, com calma, as mãos em meu sutiã. Dobro os joelhos e passo meus pés por sua cadeira. - Eu amo você. - Sussurro entre o beijo e ele sorri. - Foi mal... Eu... eu me esqueci. Força do hábito. Eu me senti um pouco mal pelo que disse. Eu sabia que não era recíproco. Desvio o olhar e encosto na cadeira. Ele sorri de leve e dá-me um selinho. Eu queria uma resposta. Nem que fosse "relaxa".

- Tudo bem. - Ele beija minha bochecha e ameaça abrir meu sutiã. - Não precisa ficar sem graça. - Ele mexe em meu cabelo e concordo.

- Eu não estou sem graça... Eu só não queria ter dito isso.

- Se você não quisesse, não teria dito.

- Eu sei, mas, sei lá. Eu não consigo me acostumar com tudo isso. É tão difícil pra mim.

- Eu gosto de você. Gosto muito. Você não acha que já é um bom começo? - Concordo.

- Sim. Mas gostar não é amar.

- Não queira pular os degraus e tropeçar no meio deles. - Ele me faz compreender. Encolho as pernas e continuamos próximos. Ficamos alguns segundos em silêncio. Eu olhei para a luminária.

- Você gostaria se... - o celular dele toca. - se eu... - Ele faz um sinal para que eu espere e logo atende.

Não demora 20 segundos no telefone e desliga.

- Finalmente, o retorno! - Ele diz empolgado. Eu não sei como, mas eu vou ter que atualizar o sistema em dois minutos.

- Eu te ajudo.

- Ok. - Ele abre a tela do macbook e o desbloqueia. Entra no sistema e loga sua conta.

- Então... Eu queria saber se você gostaria se eu engravidasse. O que você acharia? - Ele para de digitar no mesmo instante e me olha de relance.

- Eu não queria... - Ele diz sincero e abre seu e-mail. - Eu não curto a ideia.

- Não mesmo? - Eu estava pior do que antes, é óbvio. Ainda mais agora que eu estou com (quase) certeza da minha gravidez. Eu já imaginava que ele diria que não quer um filho, mas não sem qualquer peso na consciência. Qual é, ele não pode pensar "Se ela deve estar me perguntando isso, é porque já está grávida"? Homens são lentos para o raciocínio feminino. É sério.

- Não. Por que você quer saber o que eu penso?

- Porque sim.

- Mas não vai mudar em nada... - Como não? Isso quer dizer que eu engravido se eu quiser?

- Isso quer dizer que eu engravido se eu quiser?

- É, sim. - Ele dá os ombros. - É uma escolha sua.

- Justin. Não é assim que funciona. É sério, eu quero saber a sua opinião.

- Eu já disse que não curto a ideia. Eu sou contra. É óbvio. Ainda sou muito novo para ser pai. - E eu?

- Você já me disse isso antes e já conversamos sobre.

- Mas então por que você está voltando no assunto? - Eu queria contar a ele. Queria mesmo. Mas não poderia. Seria pior para mim. A incerteza me deixava pior ainda. - Eu já dei a minha opinião.

- Por nada. Eu só queria saber a sua opinião. Agora eu vou voltar para casa. Estou exausta e preciso de um banho. - Levanto-me e visto minha camisa da empresa. Pego minha bolsa e ele murmura.

- Espere. Eu vou daqui a pouco.

- Eu te espero em casa. - Falo fria.

- Eu não sei fechar toda a empresa sozinho.

- Você aprende. - Bato a porta e vou até o elevador. Eu estava triste, deprimida e chateada. Essa é a verdade. Não que eu esperasse ouvir um "Eu adoraria ser pai novamente" dele, até porque, ele não sabe muito bem como é ser pai. Ele não se lembra. Mas eu queria uma consideração por mim, mesmo que fosse mínima, eu queria.

Desço até o andar do estacionamento e aciono todas as câmeras. Eu sabia que ele não saberia fazer isso. Entro no meu carro e deixo a empresa. Ele me liga dois minutos depois. Não atendo. Eu não queria ficar ainda mais chateada com o que ele poderia me dizer. Eu só queria chegar em casa, tomar banho, ficar com os meus filhos e dormir.

Chego em casa por volta das 20h30 e estava passando o jornal local. Sento-me para jantar na copa com a Anna e ela me contou como foi o dia com a Lisa e a Lauren. As crianças já estavam brincando no quarto animadas.

Termino meu jantar e subo para o quarto deles. Ouço a Anna dizer que o Justin havia chego. Talvez ela estivesse falando comigo. Brinco por um tempo com eles e, assim que o Justin aparece no quarto, vou tomar um banho.

Seco meu cabelo, faço uma escova rápida e visto minha camisola rosa. Coloco as crianças para dormir por volta das 21h40 e aproveito para deixar os uniformes separados na cômoda. Fecho as cortinas e deixo o quarto cambaleando de sono. Justin me esperava no corredor.

- Por que você não quer falar comigo?

- Eu só estou cansada. - Falo ao bocejar e ele logo boceja.

- Eu falei algo?

- Eu só estou cansada. Boa noite. - Ando até meu quarto.

- Durma no meu... Comigo... - Ele pede. Eu sabia que ele não queria dormir. Carência não é sinônimo de dormir junto.

- Amanhã.

- Qual é, Mellanie! Fica lá comigo. - Ele estava extremamente carente. Talvez essa seria a hora de dizer não? Nego com a cabeça.

- Eu estou realmente cansada. Não quero nada agora.

- É para dormir. - Ele diz insistente.

- Eu prefiro ficar na minha cama. - Entro no meu quarto e vou até o banheiro. Faço minhas higienes e abro a porta minutos depois. Ele estava sentado na cama apenas com a cueca vermelha da Calvin Klein. Mexia no celular.

- Eu posso dormir aqui?

- Por que você quer ficar aqui comigo?

- Porque, extremamente, hoje, eu quero muito ficar aqui com você. - Dou os ombros.

- Fique. - Deito-me na cama e programo a televisão para desligar em meia hora.

Justin deita ao meu lado e nos cobre com o cobertor. Estava um pouco frio. Ele me abraça. de costas. Dormiríamos de conchinha.

- O que eu falei que te fez ficar brava? - Ele sussurra em meu ouvido.

- Eu não estou brava, só estou cansada. - Eu não estava brava, mas sim, chateada.

- Mesmo?

- Uhum. - Sussurro de volta. Ele beija meu ombro e aperta meu corpo no seu. Ele estava sendo fofo, mesmo que eu estivesse chateada.

Dormi pensando em qual seria o resultado do exame amanhã.

 

Saí de casa por volta das 9h e fui direto para a empresa. Justin entrou um pouco mais cedo. Eu queria que ele aprendesse a se virar sem a minha ajuda. A festa da empresa já acontecerá nessa sexta-feira e eu preciso saber como vamos organizar a lista dos convidados. Quero dizer, a Jade está responsável por isso, mas são muitas pessoas, ela vai precisar da minha ajuda. Acordei mais nervosa do que nunca e tensa pelo resultado do exame. Eu não queria aceitar que posso realmente estar grávida.

Almocei na empresa, levei meus filhos no colégio e passei para tirar o exame no consultório por volta de 13h30.

- Mellanie Rose Schneider. - O Doutor Yuri me chama. Sorrio tentando não parecer nervosa e com medo.

- Boa tarde, doutor... - Cumprimento-o com um aperto de mão e sento-me na cadeira.

- Boa tarde, Mellanie! Como você passou o dia?

- Bem nervosa e o senhor?

- Tudo sob controle. Vamos abrir o resultado? - Assinto ao esconder o rosto com as mãos e respiro fundo. O que tiver que ser, será.

- Vamos. - Ele começar a ler o mesmo em voz alta. Meu coração acelera. Eu sabia.

- Sim, você está grávida, Mellanie. - Ele diz empolgado. Eu não estava conformada. - Mas você precisa tomar muito cuidado, porque, como está no começo, você precisa evitar quaisquer irritações e estresse exagerado. - Assenti. - Evite viajar de avião pelos próximos três meses. O resto você já sabe. Nada de bebidas alcoólicas...

- Tá ok... - Eu estava em choque.

- Eu estou um pouco em choque.

- É normal... Eu sei que você não está muito contente com o resultado, mas você sempre adorou crianças.

- Eu adoro. Eu amo crianças, mas estou passando por tantos problemas. - Ele já sabia de tudo.

- Você já pensou em contar ao Justin?

- Eu não quero que ele saiba.

- Ele precisa saber... Você está sozinha nessa cidade. - Médicos e suas manias de quase sempre estarem certos... - Por mais que ele não se lembre de tudo, ele vai se importar.

- Não vai. - Nego com a cabeça. - Mas obrigada, doutor. Eu volto aqui para uma consulta no próximo mês. Vou passar pelo ultrassom ainda em junho e te dou um retorno.

- Ótimo! É bom que você volte a comer mais frutas, porque está com falta de vitaminas no sangue. Principalmente, C.

- É... Tá ok. Eu vou me cuidar. Obrigada desde já. - Abraço-o, que me entrega o resultado.

- Cuide-se. - Saio do consultório em transe. Não marco a consulta na hora e vou até meu carro. Sento-me no lugar do motorista e encosto com a cabeça no volante. Como será minha vida daqui pra frente? Como eu vou criar um filho sozinha? Quero dizer, o Justin não quer. Ele deixou isso bem claro. Ligo para a Alice. Ela não atende. Tento mais uma vez.

 

- É melhor que seja importante. Estou ocupada no trabalho.

- Eu estou grávida. - Falo com a voz baixa.

 

SPOILER

- Que merda. Você não manda. - Grosseiro.

- Você não comece com isso! Nós já estamos indo para casa.

- Tomar um banho e dormir.

- Dormir o cacete.

- Para de ficar irritado.

- Você quer que eu fique como? Que droga. Eu não estou acostumado com essas coisas, com essas provocações, com essa vida. Eu preciso beber. - Ele diz bravo. Realmente, ele não estava acostumado. Eu havia me esquecido.


Notas Finais


Boa noite, meninas!!! Espero que tenham gostado desse capítulo e estejam adorando essa temporada. Quero opiniões e etc. Obrigada por cada uma de vocês que está acompanhando, comentando ou apenas olhando um cap ou outro de vez em quando. Eu gosto muito de escrever e é motivador ter pessoas me elogiando e criticando para que eu melhore. Boa noite pra vocês. Beijosss


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