- Do que eu me arrependeria? - Ajeito o comprimento do meu vestido e logo meu penteado super simples. Eu estava com o cabelo todo cacheado, mas nada muito formal, só para dar uma diferença no visual mesmo. Na verdade, hoje eu estou simples. Só quero me divertir e torcer para que ninguém saia brigando por aí.
Entramos pela porta principal e somos cumprimentados com um enorme sorriso no rosto de Jade. Ela sim estava animada para o jantar.
- Finalmente vocês chegaram. - Ela me abraça forte e dou aquela batidinha simpática em suas costas. Ela cumprimenta Justin com um beijo no rosto, que passa um olhar sereno a ela. Estava com um vestido na cor bege, muito formal, digo, era bem a cara dela.
- Está precisando de algo?
- Ainda não... - Ela responde escrevendo algo no iPad que estava apoiado em seu braço esquerdo. - Há muitos convidados atrasados, assim como vocês.
- Estou sabendo... Eu vou cumprimentar o pessoal. Qualquer coisa, você me dá um toque!
- Ok. - Ela concorda e ando à frente. Guio o Justin pela mão e ele para. Ajeita o smoking e passa à frente, guiando-me. Ok. Ele é o dono, está certo. Aperto meus dedos entrelaçados aos seus e fico ao seu lado.
- Para onde deveremos ir? - Ele pergunta olhando ao redor e vejo cerca de cinco casais. Alguns homens em um grupo, mulheres mais jovens em outro ao lado.
- Procure pelo Ryan. Ele está na nossa mesa. - Falo baixo e ele olha para o lado oposto. Ryan acena à esquerda e vamos até lá. Passo com um sorriso discreto por todas as pessoas como forma de cumprimento e inclino levemente a cabeça.
- E aí, cara. - Justin aperta a mão dele como cumprimento. - Ashley. - Dá um beijo no rosto da loira. Ela estava linda... Muito linda para ficar perto do Justin. Ok. Eu não preciso me importar. Ela namora o melhor amigo dele.
- Mellanie. - Ele me cumprimenta com um beijo no rosto e sorrio para sua namorada, cumprimentando-a com um enorme sorriso no rosto. Afinal, eles ficarão em casa. É.
- Olá! - Falo para os dois. - Tudo tranquilo por aqui? - Pergunto ao colocar minha bolsa de mão em cima da mesa. Justin continua com a mão direita em minha cintura, mantendo-me ao seu lado.
- Sim... Poucas pessoas chegaram até então. A música deve começar a tocar logo. - Ryan diz, já sentado, de mãos dadas com a namorada. Eles formam um lindo casal.
- Nós vamos cumprimentar os outros executivos então. O jantar será às 22h mesmo? - Justin questiona e Ryan assente.
- Sim, cara. - Ele logo se afasta e me puxa pela mão.
- Vai indo lá... Eu vou pegar minha bolsa. - Justin me espera e volto até a mesa. Dou três passos.
- Ele está melhor? Me pareceu menos perdido.
- Um pouco... Ele é bipolar demais. - Falo ao pegar minha bolsa e tento enrolar sem que ele perceba. - Fico feliz que vocês ficarão em casa.
- Nós que agradecemos a gentileza de vocês. - Ashley responde e sorrio. Volto até o Justin.
- Eu não conheço ninguém daqui... Eu acho... - Ele fala acenando de volta para todos que o cumprimentavam.
- Eles são de São Francisco.
- Eu só conheço o pessoal de Ontário, alguns deles, e alguns daqui... - Justin responde indo até uma mesa com casais, cujo os homens trabalham na sede de Ontário.
- E aí, Clark!! - Justin o cumprimenta empolgado, talvez, por conhecer alguém. - Quanto tempo, cara.
- Bieber... Eu pensei que não nos veríamos mais! - Ele diz sacana e cumprimento cada um deles com o sorriso. - É sua namorada?
- Você sumiu, cara. - Um moreno de olhos verdes responde.
- Vocês que nunca visitam a sede de Moscou. - Fala como se fosse algo que o preocupasse, claro.
- É complicado... Você também não voltou para o Canadá! Que tipo de canadense não assiste ao jogo de hóquei na cidade natal? - Justin ri.
- É... Logo eu estou de volta por lá. - Está? - Bem, essa é a minha noiva, Mellanie. - Justin continua com a mão em minha cintura e estendo a mão para cumprimentar os homens, que me puxam para um beijo no rosto. Justin parece não apreciar a situação. - Ela controla boa parte da empresa. - Como se ele soubesse muito o que eu faço, mesmo depois de ter explicado várias vezes.
- É, eu cuido de algumas coisas... Boa noite.
- É um prazer conhecê-la. - O moreno de olhos verdes diz. Não sou muito atraída por homens de olhos verdes, mas ele era um pouco atraente. Aliás, todos os homens jovens daquele lugar tornavam-se automaticamente atraentes, uma vez que usavam ternos e gravatas. - Quem diria, em, Bieber? Você se deu bem! - O mesmo homem diz, gracioso. Justin ri e concorda.
- O mundo dá voltas. - Conclui mexendo a cabeça. - Nós vamos para a nossa mesa... - Uma música tranquila começa a tocar. Parecia Jack Johnson. - Até daqui a pouco. - Eles acenam de volta e voltamos o nosso caminho. De repente, já haviam muitas pessoas nesse mezanino. Descemos as escadas enquanto outras pessoas subiam e Justin não me soltava.
- Ei, relaxa. Eu não vou transar com ninguém não. - Falo graciosa e ele desvia o olhar. - Você está com ciúmes?
- Não. Eu só não quero todos os homens desse lugar olhando para você. Tudo bem que, é meio inevitável, mas... ah. - Ele dá os ombros e voltamos para a mesa do Ryan. A música estava ainda mais alta e dois casais já dançavam juntos na pista.
Conversamos por um tempo na mesa com os dois e logo a Jade sentou-se com o Peter ao nosso lado. Há tempos eu não via seu namorado. Eles são fofos juntos. Justin estava socializando bem, até... Já estava tocando músicas eletrônicas.
- Eu quero ir dançar daqui a pouco. - Falo para o Justin e ele pede uma dose de tequila ao garçom.
- Você vai beber hoje? - Ele questiona, enquanto o garçom espera a resposta.
- Não. - Falo firme.
- Nós queremos duas doses de amarula. - Ryan pede e Justin dá os ombros. Toma sua dose em instantes e logo pega um copo de whisky.
- Vai devagar... Esse jantar é importante para você.
- É nada. Eu mal conheço as pessoas que estão aqui. - Ele fala descontraído. - Eu não vou cair de bêbado... Ou sim.
- Não, por favor.
- Mel, Justin! - Ouço a voz do meu pai. Oh, não. Não. Eu não queria vê-lo agora. Eu não queria que ele visse o Justin. Susíro antes de virar para ele e Justin se levanta no mesmo instante.
- Até que enfim você apareceu! - Justin fala animado e o abraça. Jack devolve o abraço e me abraça forte, também.
- E aí... - Falo evitando a palavra pai. - Cadê a sua namorada? - Olho ao redor e não a encontro.
- Está conversando com um pessoal na entrada... Vocês estão bem?
- Sim... - Justin responde. - Tudo tranquilo.
- Mesmo? Você está melhor, Justin? - Ele grita por conta da música alta.
- Sempre. - Justin dá os ombros e deixo com que eles conversem por alguns minutos.
- Vamos lá dançar! - Chamo o Ryan e a Ashley, que se levantam e deixo minha bolsa na mesa. Passo pelo Justin e sorrio para o meu pai. Não poderia demonstrar tanta importância.
Começamos a dançar na pista e encontro algumas mulheres que trabalham na sede de São Francisco. Conversamos um pouco enquanto dançávamos.
- Ei. - Ele se aproxima e toca minha cintura. Beija minha bochecha e percebo que não deve estar mais tão sóbrio. - Eu não te achei no mezanino.
- Eu estive aqui desde o princípio. - Viro-me de frente para ele e começamos a dançar juntos. Justin fixa seu olhar no meu e evito que ele me beije. Eu queria continuar com o batom no lugar, bonito. E outra coisa, não que eu ainda esteja brava com ele, não estou, mas... é.... quero ver como ele irá reagir no jantar.
- Você está mesmo brava? Porque eu quero curtir essa festa com você...
- Para você beber e me tratar mal depois? - Respondo quase gritando em seu ouvido.
- Eu não vou te tratar mal... Eu só fico irritado e esse é o meu jeito. Eu quero curtir essa festa pegando só você. - Não respondo e continuo dançando em sua frente. - Você pode achar um local onde possamos ficar à sós? - Falo assim que ele coloca mão em meu pescoço e hesito outro beijo.
- Eu não conheço esse lugar. - Ele responde.
- Se vira. - Sussurro e dou um selinho nele. Justin aperta minha cintura com força nas mãos. Ele olha ao redor e me puxa pela mão. Aceno para o Ryan, sua namorada, Vamos até atrás da escadas. Era uma área minúscula, escondida e escura. Não havia ninguém ali, até porque ficava atrás do bar.
- O que acha? - Questiona sussurrando em meu ouvido, por conta da música ainda alta. Tocava Drake - If you are reading this, its too late.
- Aceitável. - Respondo e entramos escondidos. Justin senta no chão e estica as pernas.
- Você é gostosa. - Ele sussurra. - Muito gostosa. - Justin aperta minhas coxas com força e coloca as mãos por baixo do meu vestido, ainda em minhas coxas. Por consequência da força que ele usa, quase caio em cima dele.
- Vai com calma. Assim eu vou cair. - Falo séria e ele concorda, sento-me em seu colo com as pernas divididas. Meu vestido sobe completamente. Eu não me sentia confortável nessa posição, bem aqui. Ele beija meu pescoço.
- Eu vou tentar. - Ele responde ofegante e segura meu rosto. - Eu quero muito ficar com você. - Ele sussurra ao beijar minha bochecha e segura meu cabelo, logo minha nuca. - Muito.
- Eu estou percebendo mesmo... - Respondo beijando seu pescoço e mordo seu queixo. - Eu acho que devemos voltar para dançar mais um pouco.
- Pode ser daqui cinco minutos?
- Hm... Pode. - Respondo ao dar um selinho nele, que me beija com gosto e nos abraçamos por um segundo e meio. Justin beija meu ombro e morde o mesmo. Nos beijamos mais uma vez e ele não parava. Estava incontrolável. Eu estava estranhando o fato dele querer tanto ficar comigo agora, sendo que poderia estar bebendo ainda mais. Ele aperta minha bunda com a mão direita e me entrego na hora. Eu já não estava nem aí se algumas pessoas estivessem nos vendo, a não ser pelo meu vestido estar subindo. Na verdade, eu deveria me importar... Justin é o dono da empresa e precisa esbanjar classe. Continuamos nos beijando e começou a tocar uma música country. Eu não conhecia. - Nós precisamos sair daqui... - Falo entre o beijo e ele nega com a cabeça, mexendo no meu penteado com leveza. - Você é o dono dessa empresa. - Ele dá os ombros e me pega pela cintura. Sento-me em seu colo e ele suspira com a respiração desregulada. Olho para os lados e não havia ninguém. Avisto alguns casais dançando e ele acaricia minhas coxas. Quase via minha calcinha, já que o vestido foi todo para cima.
- Eu quero ficar aqui com você... Eu não me sinto bem em te beijar em público. Só um pouco... - Ele tinha o mesmo pensamento de antes. Com pode?
- Não precisamos nos beijar em público. Vamos. - Levanto-me e ajeito meu vestido. - O jantar será servido em alguns minutos, eu acho...
- E que horas são? - Ele fala ao passar as mãos no próprio cabelo. Ele olha no próprio do pulso. - 22h.
- Então vamos logo. - Levanto-me e volto meu vestido no comprimento normal. Passo os dedos em volta da boca, evitando que estivesse toda vermelha e Justin fica de pé em minha frente. Sua boca toda manchada pelo vermelho-sangue do meu batom. - Espere. - Passo o dedo indicador em volta de sua boca e limpo as marcas do meu batom.
- Você também está toda marcada. - Ele fala sem expressão alguma, como o Justin de 2013. Limpa ao redor da minha boca.
- Eu vou ao banheiro para retocar o batom antes de subirmos para o jantar. - Ele concorda e segura minha mão. Saímos de trás da escada as pessoas dançavam animadas. Várias estavam bebendo. Ando rápido até a mesa em que estávamos e pego minha bolsa. Volto até ele. Subimos as escadas devagar e 10 pessoas já estavam na mesa. Apenas dois lugares próximos da ponta direita estavam vagos: o meu e do Justin. Meu pai estava na mesa com sua namorada. A pergunta é: por quê?
Vou até o banheiro e ele me espera na porta. Retoco meu batom e passo papel em volta do mesmo, tirando completamente a marca. Passo os dedos no cabelo e encontro algumas mulheres da sede de São Francisco. Cumprimento-as e logo deixo o banheiro. Justin estava parado na porta me esperando e segura minha mão.
- Eu tenho que dizer algo nesse jantar?
- Bem... Eu não sei. - Respondo baixo. - Fique tranquilo. Eles sabem da sua amnésia parcial. - Ele senta em seu lugar e sento-me ao seu lado. O jantar logo é servido: Pelmeni veio primeiro. Trata-se de bolinhos de massa recheados com bacon, almôndega, queijo e outros diversos recheios. Pedi uma água e Justin Smirnoff. Ele já bebeu bastante por hoje, mas ok...
A namorada do meu pai era elegante. Não muito bonita, mas tinha corpo, era neutra. Cabelos escuros e curtíssimos, brincos de argola enormes, um vestido decotado azul e eles conversavam baixo. Ela sorriu para mim enquanto meu pai sussurrava algo e logo fez o mesmo com o Justin. Ele deve ter dito: "Esses são os meus 'filhos'".
- Quem é aquela?
- A namorada do Jack. - Respondo ao começar a comer e tomo um gole d'água.
- Por que você só está bebendo água hoje?
- Um de nós precisa estar super sóbrio. - Olho para ele de lado, que sorri discreto e concorda.
Terminamos o jantar e uma sobremesa inusitada foi servida. Era um prato que eu não conhecia vindo da Rússia: beijo russo apimentado. Eu gostei um pouco. Não sou tão viciada em bolos nesse estilo. Justin também parece ter gostado.
Conversamos com o pessoal da mesa sobre o desempenho da empresa e Justin falou muito pouco. Essa era a hora de provocá-lo um pouco. Eu queria saber como ele reagiria.
- E vocês estão se dando bem? - Dimitri questiona. Justin desvia o olhar sério e assinto como se fosse responder por ele.
- Sim. - Abri minha bolsa quase debaixo da mesa. Bati com o meu joelho no dele, que olhou-me no mesmo instante e fiz com ele que ele olhasse o que estava na minha bolsa. - Olha. - Sussurrei e ele olhou no mesmo instante. Os outros casais continuaram conversando e ele deslizou a mão direita em minha coxa, no fim do meu vestido e apertou-a com força. Segurei o riso e terminei com a minha água. Justin já havia tomado quase duas garrafas de Smirnoff.
- Mellanie. - Eu já estava com as pernas cruzadas. Era óbvio que eu não tinha tirado a calcinha. Só queria provocá-lo um pouco. Há tempos eu não fazia algo que o chamasse tanto a atenção assim. Não posso perder o costume. - Isso é sério? - Eu queria a reação dele. Do Justin bipolar de 2013/2017.
- Quer conferir? - Falo em leitura labial. Ele me apertou ainda mais forte e tentou se esparramar na cadeira. Não respondeu, como eu previa, e suspirou.
- Você não fez isso... - Falou pegando na minha cintura e deslizou as mãos pelo meu corpo, modelando-o, de lado, discreto. - Eu acho melhor irmos embora agora. - Deu-me um selinho e colei minha boca em seu ouvido.
- Não entendo a sua pressa. - Justin apertou meu pescoço com os dedos e logo prendeu meu cabelo, quase desfazendo meu penteado. - Ainda são 23h30. - Passamos mais de uma hora conversando com todos. Isso porque chegamos por volta das 22h10 para o jantar.
- Nós vamos embora agora. - Falou decidido e neguei com a cabeça. - Nem que seja para ficarmos lá embaixo.
- Não. Está super legal conversar com eles aqui.
- Você pode esperar pelo menos até a meia-noite? Ainda temos muito a conversar com todos eles.
- Não.
- Você não manda. - Retruco e pego meu celular. Tiro algumas fotos do pessoal na mesa e mando para o Nolan.
"Está super divertido por aqui. Mais de 300 pessoas em toda a casa", mando, também, para o Bryan.
"Genial!!!" - Bryan.
Justin não conversa mais comigo e passa um bom tempo trocando ideia com o meu pai, o Dimitri, cujo percebi que ele não gostou muito, dois executivos de São Francisco, dois de Ontário, que ele já conhece, e aproveito para falar com a Jade, a Ashley e o Ryan. Eles são simpáticos. Gostei bastante de conversar com a Ashley.
Deixamos a mesa do jantar por volta de meia-noite e meia. Foi muito bom conversar com todo o pessoal. Tiramos várias fotos. Inclusive, postei uma minha ao lado da Ashley e da Jade.
Descemos para a pista de dança e Justin ficou ao lado.
- O lance de você estar sem calcinha é sério? - Ele sussurra assim que paramos na pista. Rio. Conto agora ou depois?
- Você ainda está com isso em mente?
- É óbvio. Eu só pensei nisso desde que você começou... - Ele fala imperativo. Eu estava estranhando, porque ele agia como o Justin de antes. Não com relação ao desespero, mas com relação à reação instantânea dele de querer ir embora. Ou, bem, talvez porque ele tenha agido como qualquer outro homem em seu lugar... É. Nada a ver com o Justin de antes.
- Já são 2h14 da manhã. Eu quero você. - Ele fala enquanto dançávamos e já estava bêbado. Não completamente, mas, eu diria, 38% de sobriedade.
- Não começa com esse papo aqui. - Apoiei com os braços em seus ombros e ele falava olhando minha boca. - A festa está boa. - Falo olhando para ele.
- Não é papo. Vamos embora... Eu estou me sentindo um pouco estranho com essa situação. - Dei um selinho nele, que me beijou lento. - Se eu começar, não vou parar.
- Puta que pariu! Vamos embora então. - Falo sem paciência e ele parece contente em ter me convencido. Procuramos pelo Ryan com a namorada e eles estavam aos beijos perto da nossa primeira mesa, assim que chegamos.
- Nós já vamos embora... Vocês estão com as chaves de casa? - Questiono.
- Sim! Obrigado. - Ryan responde. - Tem problemas se chegarmos mais tarde?
- Nenhum. - Justin responde.
- A casa é de vocês. - Falo sorridente. - Até mais tarde.
- Até! - Eles acenam e passamos por todo o pessoal. Justin se despede dos executivos e faço o mesmo. Tiramos várias fotos no local. Haviam muitos fotógrafos importantes que queriam fotos do Justin desde que ele chegou.
. Peguei minha bolsa de mão e saímos andando um ao lado do outro. Descemos os três degraus e peguei meu celular enquanto ele procurava pelo carro no estacionamento. Abri a câmera frontal e minha maquiagem ainda não está borrada. Bem, só o batom um pouco fraco.
- Eu queria ter ficado mais um pouco. - Falei séria e ele não respondeu. Abriu a porta de trás do carro e empurrou-me para dentro. Ri da situação e entrei. Fechei a porta e joguei minha bolsa no banco da frente. Não imaginei que ele faria isso agora, não mesmo. Eu não esperava.
- Cara, você está muito apressado. Precisamos chegar em casa logo. O que aconteceu com você? - Eu estava surpresa com a situação, confesso.
- Tá brincando? Vai demorar para chegarmos no condomínio. Eu não aguento. Eu não sabia que você conseguiria me provocar tanto.
- Por que você está tão afetado com isso? O que está havendo com você? - Tiro os salto dos pés. - Aguenta sim. - Falei quase deitada em cima dele. Peguei meus chinelos que estavam dobrados no canto e calcei-os. Eu sabia que precisaria deles hora ou outra. É o meu par reserva. Ele tentou abrir meu vestido, mas me afastei. - Vamos para casa.
- Que caralho. - Reclamou e sentou-se. - Eu quero transar agora. Você me tirou daquela festa em que eu não conhecia ninguém não querer transar comigo?
- Em casa. - Repito. - Eu não te tirei de lá. Você que está louco. Você bebeu demais e agora que fazer o que bem entende. Não é assim que funciona. Nunca foi. - Já percebi que ficaria irritada com o comportamento rebelde dele logo esta noite. O comportamento de um cara de 19 anos.
- Você não manda nessa relação. - Ok. Ele realmente está bêbado. Falava mole e intoletante.
- Você que não manda.
- Mas é claro que eu mando. Eu sou homem. - Agora eu tinha certeza de que ele agia como o Justin de 2013. Certeza absoluta. Ele acha que é o dono do mundo, é isso? Só porque foi paparicado na festa toda? Idiota.
-Eu não quero me irritar de madrugada sobre algo que não vale a pena ser discutido agora.
- Se eu não mandasse, não teríamos ido embora agora. - Pulou para o banco do motorista e continuei atrás.
- Só por isso não terá sexo hoje. Que merda. Você não manda. E pode sair do lugar do motorista. Nem morta eu vou andar com você dirigindo completamente bêbado.
- Eu não estou completamente bêbado. - Pulo para o banco da frente e o empurro. Com muito custo, ele sai do carro e dá a volta. Pego minha bolsa e coloco ao lado do meu banco. Tiro os brincos grandes e os coloco junto com as moedas que sempre ficam no carro. Justin bufa impaciente e completamente bêbado, rebelde. Como eu detesto esse comportamento bipolar dele. - Você não comece com isso! Nós já estamos indo para casa. - Falo brava e ele não retruca, apenas resmunga. Cruza os braços. - Tomar um banho e dormir. Você bebeu demais.
- Dormir o cacete. - Fala repleto de arrogância.
- Para de ficar irritado.
- Você quer que eu fique como? Que droga.
- Cala a boca. - Eu estava sem paciência para ele logo agora. Só queria que chegássemos em casa logo. De preferência, o mais rápido possível.
- Primeiro você tira essa merda de calcinha pra me provocar, depois você concorda em irmos embora, o que eu quis dizer, ficar no carro. Agora você não quer mais transar? Ah. Para.
- Eu não disse que queria transar. Eu não tirei minha calcinha. Isso é mais do que óbvio.
- Não é nada óbvio. Você foi ridícula ao fazer isso comigo.
- Se você reclamar mais uma vez, eu vou te deixar aqui. - Aponto para o primeiro ponto de ônibus que vejo na avenida. Logo entro na estrada. Era o caminho mais rápido até o condomínio. - Você tem que voltar a ser mais controlado como nos últimos dias.
- Não tem como. - Olhou-me torto e toquei seus ombros. - Você me agita e depois dá dessas. Além disso, eu já estou impaciente. Não acho bom você piorar meu humor. Eu não sei o que está acontecendo comigo.
- Por que você está impaciente?
- Todos os caras daquele lugar me perguntavam como você ainda estava comigo, sendo que eu não me lembro de você, não te amo, não sei o quanto você já fez por mim e... Eles FICARAM TE CHAMANDO DE GOSTOSA TODA HORA. - Ele fala extremamente bravo. Ok. Eu não esperava por isso. Por que ele se incomodou tanto com os comentários dos amigos?
- E por que isso te afetou tanto?
- Eu não liguei para isso... Eu só... caralho. Eu não sei o que aconteceu. - Ele parecia confuso demais.
- Justin... - Estaciono em uma rua deserta. Fiquei com um pouco de medo, mas seriam só por alguns minutos. - O que está havendo com você agora?
SPOILER
- Você bebeu muito... Precisa dormir. - Falo ao tocar seu rosto e ele nega com a cabeça intolerante, mais uma vez.
- Dormir? Não. É claro que não. Se tem algo que eu não preciso, é dormir.
- Justin... São 3h30 da manhã. Você precisa dormir sim. Tivemos um dia cheio.
- Você não manda em mim, Mellanie. - Ele retruca grosseiro. - Que droga.
- Não comece com grosseria, por favor. - Ele não responde mais e entramos no condomínio. - Você só precisa tomar um banho e dormir. - Eu não estava com sono, mas sim cansada. Um pouco indisposta, também
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