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História Behind The Secrets - third season - DONT DO IT


Escrita por: featollg

Capítulo 36 - DONT DO IT


- Não precisamos falar sobre isso agora... - Toco seu rosto.

- Eu queria muito me lembrar, pelo menos, da época em que você disse que nos conhecemos. É um saco viver nessa incerteza. - Ele me olha chateado. - Eu senti ciúmes de você ontem. - Olho para o lado e Anna já não estava mais ali. Vallery se divertia com os cachorros. - Isso foi estranho pra mim. Eu não sei se é algo que devo me acostumar. Não foi legal o que eu senti.

- Você precisa sentir alguma coisa... - Ele não precisa, mas eu queria que sentisse. - Não que você precise, mas seria bom saber se você sente algo ou não. - É como se esses meses tenham passado em vão.

- Não é legal. Você sente ciúmes de mim? - Ele fala olhando para a Vallery e sento-me no chão. Pego a Babi no colo e começo a brincar com ela.

- Se eu sinto? - Falo surpresa. - É claro que sim... Eu não suporto ver outra mulher no seu pescoço.

- Hum... - Ele desvia o olhar. - Mas não tem ninguém no meu pescoço.

- Sempre tem sim. - Afirmo. - Mas... eu não gosto de falar sobre isso... Sei lá.

- Por que não?

- Porque o que eu sinto não faz diferença pra você. - Eu já aprendi a aceitar isso sem muito drama. Se ele não se lembra, paciência.

Ele não responde e levanta. Vai até a área da copa e para no caminho para falar com a Anna. Eles conversam baixo e ele começa a ajudá-la a carregar algumas roupas que, provavelmente, foram tiradas da secadora agora. Justin a acompanha nos degraus e entram no quarto das crianças. Anna gosta de passar roupa lá, na cama em que eu, antigamente, dormia.

Por que ele não me respondeu? Isso significa que o que eu sinto realmente não faz diferença pra ele? Porque foi isso que eu entendi. Tudo bem que eu estou aprendendo a lidar com a situação, mas... poxa... não é tão fácil assim.

O aniversário das crianças está chegando e preciso da ajuda dele para convidar toda a família, os amiguinhos, preparar o local onde acontecerá... Pensei que poderia ser em casa, mas crianças de 3 anos gostam de brinquedos, não do mar e de piscina o dia todo. Vou fazer em um salão aqui por perto... Ou podemos voar para o Canadá.

É difícil decidir as coisas sozinha. Mas eu vou conseguir me virar. Não preciso depender dele para tudo o que faço.

- O Ryan está chegando e devemos sair para almoçar... - Justin grita do corredor e entendi como "Troque-se".

- Vally, cuidado... Não quero você toda suja por conta dos cachorros, ok?

- Eles são bonzinhos, mamãe. - Ela olha para mim. - Não estão sujos.

- Claro que estão!! - Falo ao acariciar a pele dele. - Cuidado.

- Tá. Eu quero que o B chegue logo...

- Ele já está voltando! Você poderia ter ido junto com eles. O Ryan e a Ashley adoram você!!

 

...

 

01 de agosto de 2017

O aniversário de três anos das crianças foi da maneira mais simples e melhor que eu poderia ter pensado: apenas os amiguinhos compareceram, só crianças. Foi a melhor escolha que tive. Justin não precisou me ajudar em muitas coisas. Deixamos o salão agora pouco, por volta das 22h. Vallery e Brandon estão exaustos, quase tanto quanto eu. Eu só pedi para que a Lisa me ajudasse com eles. Liberei a Anna para curtir a festa como convidada e Lauren também. Na verdade, até a Lisa se divertiu. Conseguimos dar conta de 16 crianças em uma casa de festa cheia de brinquedos.

Minha mãe até quis vir, mas falou que preferia esperar mais um mês, já que pedirá férias no mês de setembro ou outubro. Não entendi o motivo. Meu pai até veio para cá na semana passada e deu o presente deles com antecedência. Uma motinho pro Brandon e um carrinho todo rosa para a Vallery. Eles amaram, é claro... Justin teve que sair ontem mesmo com os dois para passear pelo condomínio. Ele melhorou muito. Não diria que me trata como noiva, mas está no caminho... Quero dizer, ele é bipolar, certo? Não dá para saber o que esperar dele amanhã ou depois.

Eu os presenteei com um dia de sorvete, brinquedos do shopping, o passeio que eles quisessem, algumas roupas - que eles não gostaram muito - e dei uma boneca em tamanho real para a Vallery. O Brandon ganhou uma nova bola de futsal que ele mesmo escolheu. Esses dois se divertiram pra caramba. Nem foram ao colégio.

A festa começou por volta das 18h30, já que os amiguinhos saíram do colégio uma hora antes. Contratei um grupo de animadores para tomarem conta das crianças, o que me ajudou muito. Aliás, eles foram embora logo após o parabéns. Justin tirou muitas fotos, já que não sabia como me ajudar e ele continua tão incrível como fotógrafo quanto antes.

A primeira coisa que fiz quando chegamos em casa foi dar um banho neles e colocá-los para dormir. Guardei os presentes em cima da cama que fica ao lado da do Brandon e eles abririam o restante na manhã seguinte. Nunca fiquei tão exausta desde que eles nasceram... ou sim... mas, é, foi cansativo.

Eu e o Justin mal nos falamos desde que voltei. Apenas dormi e ele também. Temos longos dias pela frente. Começando pela minha gravidez. Ele não vê meu corpo há mais de suas semanas... Estou evitando o máximo que posso. Eu realmente não quero que ele perceba que estou de três meses e meio de gravidez. Não agora. Tenho me sentido muito cansada ultimamente, com sono, indisposta e morta de fome. A todo momento quero comer algo. Ainda não tive nem mesmo um desejo de grávida, o que está facilitando minha vida. Anna e Alice estão tentando me ajudar com o passar dos dias... Não quis contar à minha mãe, pelo menos não agora. Ela ficaria louca. Meu pai muito mais. A Jade e a Adrielle iriam querer me matar por esconder do Justin. Mas poxa, ele não vai se importar. Quantas vezes já me disse que não quer ser pai? Eu já até superei...

Estamos conversando normalmente, nos beijamos com frequência, mas só... Eu disse a ele que não queria qualquer relação sexual sem completa certeza do que ele sente, apesar de já dizer que "me ama" de uma maneira oculta: você é linda/eu gosto muito de você/eu me importo... Mas tudo bem. Isso o tempo melhora. Ou não.

 

...

Já no dia seguinte, Justin teve a brilhante e péssima ideia de me colocar no meio dos planos dele com a empresa. O Brandon e o Nolan voltaram há pouco tempo e muitas coisas na empresa mudaram. Os cargos são mais sigilosos e precisos. Terei que entrar em contato com o delegado de Moscou quase que diariamente para falar sobre como estão os encontrados. Somos meio que parceiros nos dias de hoje. Não que eu defenda a ideia. Bem, não é da minha conta. Justin só precisa se virar melhor... Eu já perdi as esperanças de que ele se lembre de mim um dia. Conversei com sua psicóloga, a doutora Stella, e ela me garantiu que, por conta de fazer quase cinco meses, é difícil que ele se lembre.

Abri os presentes com as crianças e cheguei no trabalho por volta das 10h. Justin estava numa reunião com Nolan, Bryan e Dimitri. Esperei na minha sala e tomei um café para acordar de vez. Café me dá azia, mas... bem... uma hora ou outra as pessoas terão que saber da minha gravidez. Eu já não estou ais descontente. Fico feliz. Fiz dois ultrassons, mas ainda não deu para ver muita coisa com 14 semanas de gestação... Na verdade, até deu, mas ainda é tão pequenininho.

Meu telefone toca e atendo no segundo toque.

 

- JKC, bom dia.

- Você pode vir na minha sala?

- Sim.

 

Ele desliga e levanto-me na hora. Guardo o celular no bolso e fecho a porta. Aceno para a Jade e entro no elevador. Saio em sua sala e abro a porta devagar. Olho ao redor e os quatro estavam sentados nas cadeiras, em volta da enorme mesa do Justin. Uma dela, digo. Há duas. A dele e a de reuniões. Por que não fizeram essa reunião na sala certa?

- Sim... - Falo parada e Justin pede para que eu me sente ao seu lado, no lugar vago. Vou até lá.

- O Nolan teve a ideia de você sair com o Justin para pegar alguns dos procurados... Levar alguns estagiários. Há anos você não faz isso.

- Eu detesto. - Sou sincera. Justin me olha sem entender. Será que ele realmente achou que eu defendo a ideia e gosto de sair armada atrás de bandidos super-hiper-mega-perigosos?

- Mas será tranquilo... O Justin estará lá e você pode escolher dois estagiários. Quando há uma mulher entre os homens, não é tão pesado assim. - Bryan fala olhando-me, com as mãos cruzadas na mesa. Sério que ele realmente disse isso?

- Eu não posso ir. É muito perigoso. - Falo aflita e ele faz uma expressão de intolerância. Penso na gravidez de imediato... Não posso me arriscar.

- Eu faço isso desde os meus 17 anos... Qual é... Vamos. Eu vou te mostrar como se faz. - Justin fala olhando-me. Eu sei que ele faz isso há anos, mas o problema não é esse. Eu não quero ir. Meu subconsciente luta comigo mesmo e não consigo dizer isso a eles agora. Sinto-me pressionada pelos olhares.

- Eu sei como é, mas é perigoso demais nessa cidade. Eu não quero ir. - Eu estava com medo que algo pudesse acontecer. Meu pressentimento não era um dos melhores.

- Eu encerro essa reunião. - Justin diz olhando para todos. - Conversarei com a Mellanie a respeito.

- Certo. - Dimitri é o primeiro a se levantar. - Precisando de algo, vocês me dão um toque.

- Sim. - Bryan concorda e deixa a sala atrás dele. Nolan é o último a sair e atende uma ligação parado na porta. Logo fecha a mesma.

- Bem, só um pouco perigoso... Você não precisa fazer nada. Eu só quero a sua companhia mesmo. - Ele diz ao colocar a touca na cabeça. - Eu não faço isso há muito, muito tempo... Mas eu não me esqueci, eu acho.

- Por isso mesmo. Eu acho que nem você deveria ir. Você acha?? Justin, desde o acidente você não vai atrás desses bandidos. Eu não quero que você vá.

- Você não precisa se preocupar comigo. Mas você vai.

- Você não pode me obrigar. - Reclamo.

- Eu não estou te obrigando... Você já fez isso antes, não fez? O Nolan me disse que você sabe.

- Eu sei, mas eu não gosto. Sempre achei perigoso demais.

- Por favor, vai, Mellanie. - Ele toca meu braço e levanto-me.

- Você me chamou aqui só para isso?

- Sim... - Deixo a sala dele sem dizer mais nada e meu celular vibra.

 

"Será hoje às 20h, num bairro distante de casa" - Justin.

"Legal". - Mellanie.

"Você vai????" - Justin.

"Não" - Mellanie.

 

Cheguei em casa por volta das 18h com as crianças e Justin já estava em casa. Há semanas ele não chega cedo... Estamos meio distantes, porque ele não se contenta com o fato de "estar comigo" sem sexo. Não dei uma explicação certa a ele. Vou enrolá-lo mais um pouco...

- O Justin me disse que você irá com ele atrás de uns procurados... É verdade? - Anna diz ao servir o jantar deles na mesa.

- Eu não quero ir!

- É arriscado, Mel... Ele precisa saber dessa gravidez.

- Mas eu não quero contar agora. Eu vou esperar mais uns dias.

- E o que você vai fazer?

- Eu... eu acho que vou com ele. - Falo ao passar as mãos no rosto. - Eu não quero que ele vá sozinho.

- Não sei não...

- Eu vou. - Decidi. - Não iremos demorar muito. - Dou os ombros. Justin desce as escadas.

- Você não vai mesmo comigo? - Ele aparece na copa.

- Eu vou.

- Sério? - Parece animado. - Então é melhor você comer algo agora.

- Por quê?

- Porque sim.

- Você está estranho.

- Eu só falei que você deveria comer algo agora. - Ele fala como se fosse óbvio e toma um copo d'água.

- Ok. Ok. - Lavo as mãos na pia e tomo um copo de suco de laranja natural. - VENHAM JANTAR, BRAN, VALLY. - Grito - não muito alto - e eles demoram a vir. Estavam assistindo desenho.

- Papai, sabia que eu joguei futsal na escola hoje? - Brandon fala ao senta-se na cadeira.

- Que daora, Brandon! - Justin tenta parecer interessado. - Vocês ganharam?

- Aham.

- Uau.

Jantamos e tomei um banho. Vesti uma calça jeans escura, uma blusa preta e jaqueta da mesma cor. Queria estar discreta. Roupas que não apareçam minha barriga - um pouquinho - saliente.

- Podemos ir? - Ele entra no quarto.

- Sim. - Penteio o cabelo mais uma vez e passo meu gloss incolor. Desconecto meu celular do carregador e coloco-o no bolso de trás. Não iria sair com qualquer bolsa. Morro de medo dessas coisas. - Eu espero que dê tudo certo...

- Relaxa, Mellanie... Você só vai me acompanhar e não pretendo demorar. - Assinto e ele sai do quarto. - Aliás, eu estou até um pouco irritado com você.

- Por quê?

- Porque você simplesmente não quis mais transar comigo.

- Eu não disse que não queria.

- Você não me deixa te ver nua há quase um mês!! - Ele exclama bravo. Uau, já faz tanto tempo assim? Estamos resistindo bem. Se ele já estivesse me amando de verdade, estaria furioso. Tudo bem.

- Isso não tem nada a ver.

- Não? - Ele fala confuso. Não respondo. Entro no quarto das crianças e eles desenhavam nas folhas, sentados no chão, de pijama.

- Tudo certo aí? - Questiono e sou ignorada. Ok. Desço as escadas e Anna me olha com apreensão. Talvez ela realmente pensou que eu desistiria de ir.

- Cuidado! - Anna adverte e Justin concorda.

- Está tranquilo, Anna... Eu vou ficar de olho na Mellanie.

- Você também. - Ela fala e ele ri.

Logo saímos com sua moto e eu vou na garupa. Uso meu capacete - que não usava há meses - e atravessamos toda a cidade. Estava um movimento só. Passamos uns 20 minutos só atravessando diversas avenidas.

Justin estaciona a moto numa rua um pouco deserta. Perto de um condomínio de prédios e outro de casas. Os comércios ao redor estavam fechados.

- É aqui. - Ele olha ao redor e liga o gps do celular. - É.

- E o que você vai fazer.

- Eu vou esperar. Mais dois caras da empresa que eu nem lembro o nome estão chegando pelo lado oposto.

- E o bandido?

- São dois caras. - Ele olha para mim e tira o capacete. Guarda o meu também. - Eles marcaram de encontrar aqui para trocar a droga.

- Como você sabe? - Ele dá os ombros como quem diz "sabendo" e não respondo. Sento-me na sarjeta e Justin anda de um lado para outro.

- Olha... Caso eles apareçam de surpresa, você fica aqui.

- Ok.

 

O celular do Justin apita.

 

- Cara, cuidado. Eles estão na rua de trás e quase nos viram... Vamos precisar pegá-los e você pede para que a Mellanie acione a polícia. - Dimitri manda um áudio para o Justin. Ele deve estar acompanhado de um dos estagiários.

- Porra. Ok. Estou na rua da casa principal. Se eles vierem aqui, estou com duas calibres 37. - Ele deve estar com uma das armas na jaqueta e outra na moto, suponho.

- Eu não quero que você atire. - Falo baixo.

- Você prefere que eles venham atrás de você? - Olha para mim e nego com a cabeça.

- Não. - Resmungo e ele dá um passo à frente. Coloca o indicador nos lábios como se estivesse ouvindo algo e arregala os olhos.

- Eles estão vindo. - Justin sussurra. Meus vasos sanguíneos congelam. O que ele vai fazer agora? Justin não procura bandidos há muitos meses. Nem é mais o trabalho dele, eu acho. Como que um cara de 23 anos com amnésia vai lidar com essa situação?

- PARADO, PLAYBOY. - Um dos bandidos grita e Justin vira para eles de imediato. Playboy? Sério? Avisto a moto distante de nós e permaneço sentada, na minha. Os dois estavam encapuzados e Justin aproxima-se aos poucos. - EU DISSE, PARADO, OU EU ATIRO. Eu estou sabendo que você é da polícia. - Eles apontam uma arma calibre 38, os dois. Meu coração para. Queira Deus que nada de mal aconteça. Justin tira a arma da jaqueta e aponta para eles de volta. Oh, céus. Eu queria gritar. Fecho os olhos e ouço o barulho de um tiro. Grito: "MEU DEUS". Não pode ser... Quem atirou em quem?

- SAI DAQUI, SEU FILHA DA PUTA. - Um dos bandidos grita com o Dimitri e, depois de olhar a situação, percebo que ele atirou no alto. Sim, o Dimitri. Suspiro aliviada e Justin me olha. "Calma", diz em leitura labial. Ele está mesmo tranquilo? Sério?

Levanto-me e decido passar por eles do outro lado da rua, feito desconhecida.

- PASSA O CELULAR PRA CÁ. - O de capuz azul grita com o Justin. - Não quero a polícia nisso, ou vocês estão mortos. - MORTOS. SOCORRO.

- Eu sou a polícia. - Justin se aproxima sem medo e o estagiário estava ao lado dele. Paro no fim da rua, distante deles e os observo com medo. O que o Justin precisa fazer? Algemá-lo? - Mais um passo e vocês serão mortos antes mesmo de chegar na delegacia. - Justin tira do bolso seu cartão de delegado, que, na verdade, não é dele, mas sim do delegado oficial. Às vezes ele precisa usar. Bryan deve tê-lo orientado. O de azul atira no alto e dois homens aparecem atrás de mim.

- PEGA A BONITINHA. PEGA A BONITINHA. - Eles tentam me pegar pelo pescoço e Justin corre atrás de mim no mesmo instante. Eu queria morrer. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Eles me prendem pelas mãos e um deles me mantém ao seu lado, com uma arma apontada na minha testa. Clássico. Justin cochicha algo com os dois e vem correndo até mim, ameaçando atirar pelas costas. Ele é louco. E alguém atira enquanto ele corre? Abstraio os gritos dos bandidos e Justin se aproxima de mim.

- Solte-a. - Ele tenta ordenar. - Ou eu atiro. - Dimitri atira em um dos bandidos e os outros correm atrás. Eles teriam combinado isso? Nesse meio segundo, com o meu coração saindo pela boca, Justin tenta ligar para o delegado e deixa o celular no bolso. Tenta chutar um o bandido que estava ao meu lado e o pega pelo pescoço, fazendo-o andar até o meio da rua. Vários moradores assistiam o pré-tiroteio da janela.

- Corre para a moto, Mellanie. - Ele me pega pelo braço. - Agora.

- Mas está do outro lado. - Falo trêmula e ele coloca a mão no meu pulso. - Eu estou com medo...

- Eu vou te levar para outra rua... Eles estão em cinco pessoas.

- Eu não quero que eles atirem em você!!! - Tento não gritar e ele me puxa pela mão.

- AGORA. - Saio correndo atrás dele e Justin tenta ligar para o delegado mais uma vez, mas não consegue. Ele atira no chão, perto do bandido de azul e o mesmo tenta atirar nele de volta. Justin desvia a cabeça e o mesmo não passou tão perto. Graças a Deus. Quase foi na janela de uma das moradoras.

- AH.

- Sh. - Ele sussurra e continuamos correndo. Eles atiram mais uma vez e não vejo para onde vai a bala. Fecho os olhos e ele me puxa pela mão com ainda mais rapidez. Só ouço os tiros sendo trocados. Justin chega na moto e coloca o capacete na minha cabeça na hora. - Eu vou te tirar daqui. - Ele sussurra e ainda estava com a arma no meu campo de visão. Entrega a outra a mim. - Fique com essa. - Meus olhos arregalam.

- Não vou atirar... Eu não... - Coloco o capacete e escondo a mesma no meu bolso. Ele sobe na moto e, assim que tiro os pés do chão, sai correndo pela rua. Abraço-o com toda força do mundo e passamos por eles. Justin tenta dar uma rasteira em um dos bandidos. Eles já eram quatro e faz um sinal para o estagiário.

Eles gritam um com o outro e tento não ouvir. Ouço um tiro próximo a nós e vejo a bala correr para nossa direção em diante. Justin para a moto no mesmo instante e caímos para o lado na esquina.

- JUSTIN. - Grito desesperada e caímos, por incrível que pareça, cada um para um lado. Bati com o corpo todo na moto e quase queimei a perna no escapamento. Apaguei.

- MEU DEUS. - Começo a gritar desesperada e abro os olhos. Sinto uma dor tremenda no ventre. Não pode ser. Não. Não. Começo a chorar sem saber o que fazer. Olho para os lados e Justin não estava lá. Não havia ninguém. Eu estava sangrando. - JUSTIN. - A rua está um silêncio.

- MELLANIE... VOCÊ ESTÁ BEM? MELLANIE. - Ouço seus gritos distantes e tento gritar de volta. Eu preferi não me mexer. Eu não queria entender o que estava acontecendo. - MEU DEUS, MELLANIE. VOCÊ ESTÁ SANGRANDO. MEU DEUS. - Eu não respondia. Estava inerte, nervosa demais. Eu olhava para ele, mas não conseguia dizer nada. Eu sabia o que estava acontecendo. - MELLANIE, ME RESPONDE, PELO AMOR DE DEUS. - Ele me toca nos braços ao ficar de joelhos no chão e logo tira o celular do bolso. Pisco para ele. - Eu não estou bem. - Falo em choque. 
 

 

SPOILER

Fecho os olhos por um segundo e ouço ele murmurar, murmúrio de dor. Ouço o barulho da ambulância e Justin se levanta rapidamente. Vejo a luz vermelha piscar e uma maca se aproxima. Sou carregada até a mesma e Justin estava com um olhar desesperado.
- Você também está machucado?
- Eu acho que uma bala passou raspando no meu braço... Não sei o que houve. - Ele fala retraído e entra comigo.


Notas Finais


Que loucura esse capítulo hahaha. Não sei se vocês gostaram, mas eu gostei. O próximo está meio que pronto e, a partir de agora, só vem animação nessa temporada. Obrigada por cada comentário, cada favorito e cada uma de vocês que está lendo!! Amo todas e quero mais opiniões. Beijo.


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