História Behind The Secrets - third season - Times like these

apoio com os antebraços em seus ombros. Fecho os olhos. Isso realmente aconteceu? Aqui? Agora? Com ele? Só sexo? Nós conseguimos? Ele ofega cada segundo mais com os olhos fechados e parecia relaxado. Eu me sentia incrível. Era algo que eu precisava tanto quanto ele.

- Você não tem ideia do quanto eu precisava disso. - Ele fala em um fio de voz, ainda imóvel.

- Eu também precisava. - Respondo e descanso a cabeça no meu braço esquerdo. Ele sorri de leve e abre os olhos. - Nós conseguimos. - Pisco para ele e saio de seu colo. Justin observa meus movimentos e pego minha calcinha, logo o sutiã. Ele se recompõe em instantes e procura pela cueca. Levanta, pega a embalagem do preservativo e entra no banheiro. Eu nunca pensei que conseguiríamos transar, só transar. Estou um pouco surpresa, confesso. Visto minha roupa íntima. Ainda de sutiã, vou até meu quarto e entro no banheiro. Passo uma água no rosto e me sinto mais leve. Foi algo rápido. Não houve sentimento, certo? Não temos mais nada. Justin aparece no quarto vestindo a camisa e para na porta. - Você sabe que foi só... Não vai mudar nada, não sabe? - Penteio meu cabelo e coloco a blusa. Ele afirma com a cabeça.

- Sim. Eu sei. - Ele diz. - Eu me sinto muito melhor. - Eu também, pensei. Mas era diferente ter relações com uma pessoa do que conviver com ela. Eu sentia falta da convivência, do nosso relacionamento. Eu aposto que ele também. - Eu posso buscar os dois no colégio?

- Sim. - Dou os ombros. - Eu vou aproveitar para ir ao mercado. - Digo ao prender meu cabelo num rabo de cavalo e Justin vem atrás de mim.

- Ok. Eu vou levá-los para... a minha casa. - Concordo e pego minha bolsa. Eu me sentia muito, muito melhor. - eu passo lá depois de trazer as compras pra cá.

- Certo. - Ele concorda. - Então eu já vou... - Ele se aproxima para me dar um beijo no rosto e, eu, por impulso, dou um selinho nele.

- Foi sem querer. - Falo em minha defesa e ele ri.

- Nós também transados sem querer. - E, por incrível que pareça, ele vai embora. Nós realmente conseguimos? 

Justin ficou com as crianças em casa até anoitecer. Tive tempo de fazer minha matrícula para voltar às aulas de russo e pesquisei sobre uma transferência na faculdade. Preciso voltar à minha rotina de antes. Guardei as compras, tomei um banho e busquei as crianças na casa do Justin. Nós mal nos falamos. Por sorte, ele estava no banho quando passei por lá. Levei as crianças para o apartamento, eles tomaram banho, brincaram um pouco no quarto e dormiram por volta das 22h. Organizei algumas coisas do trabalho e passei minhas roupas e das crianças. Não tenho mais uma empregada ou até mesmo auxiliar... É complicado mudar radicalmente de vida.

 

...

Eu e Justin nos vimos normalmente na empresa nos últimos quatro dias e... bem, conversamos sobre o trabalho. Ele comentou que queria passar mais um tempo com a Vallery e o Brandon. Eu não contrario o fato de que ele tem total direito de ver as crianças quando quiser. Gostaria de avisar minha consciência que estou há cinco dias distante do Justin desde que transamos. Eu já posso me considerar vitoriosa. Completamente.

Saí da empresa um pouco mais tarde e cheguei atrasada no colégio dos dois. Combinamos que eu iria levá-los à casa dele direto, e assim fiz. Justin deixaria a empresa um pouco mais tarde. Deixei as crianças brincando com os cachorros enquanto os fiz um lanche e comi uma panqueca que sobrou do café da manhã. Anna faz pouquíssima comida nos dias de hoje...

- E como está a situação de vocês? - Anna questiona. Ela está louca para que eu volte com ele. Eu sei que está.

- Não há relação... - Desvio o olhar. - Eu não vou voltar com ele.

- Mas... Mel! Você já pensou sobre isso, de verdade?

- Já, Anna. Não há chances. Eu não quero me decepcionar mais uma vez. Sabe, eu sou jovem, ele também. Não podemos perder tempo decepcionado um ao outro. - Ela dá os ombros.

- Eu não concordo. - Ouço o carro do Justin estacionar e a Vallery passa gritando até a cozinha.

- O BILLY ME MORDEU. ELE ME MORDEU. - Começa a chorar desesperada.

- Não mordeu não. - Brandon vem atrás dela. - É mentira.

- ELE MORDEU SIM.

- Ei... Calma. - Fico de joelhos no chão e ela cobria o braço. Só estava um pouco vermelho. 

- O BILLY É CHATO. Eu não quero mais ter cachorros. - Ela continua chorando e eu a abraço.

- Não fale assim... Eu vou da um beijinho que passa. - Dou um beijo em seu braço. - Você quer ficar aqui comigo?

- Eu quero o papai. - Ela continua chorando e eu a coloco sentada na cadeira. Dou um copo d'água a ela e vejo que o Brandon volta até o quintal. Justin aparece na copa com sua pasta de trabalho na mão e tira o smoking preto. Sim, quase diariamente ele trabalha de smoking. Desabotoa a camisa e vem até nós.

- Oi. - Diz normal.

- Oi. - Respondo. Ele abre os braços para abraçar a Vallery.

- Por que você está chorando, princesa? - Ele a pega no colo. - A mamãe brigou com você? - Reviro os olhos.

- O Billy me mordeu. - Ela fala toda manhosa e Justin dá um beijo em sua cabeça.

- O Billy? Eu vou brigar com ele agora! Onde já se viu? Não fique assim... - Ele a tratava tão fofo que até eu queria ter sido mordida por um cachorro. - Oi, Anna. - Ele dá um beijo no rosto dela. - Tudo bem?

- Sim... Como foi o seu dia? - Ela pergunta e eu me sinto a excluída da copa. Justin continua com a Vallery no colo, que já havia parado de chorar.

- Cansativo. - Ele responde. - BRANDON. - Justin grita. - Cadê você?

- Ele está com os cachorros...

- O que acha de assistirmos um filme com eles? Só nós. - Diz tranquilo e dou os ombros. As crianças não podem sentir nossa separação. Não mesmo. Só nós dois sabemos o quanto isso é difícil de aceitar com o passar dos anos.

- O que você acha, filha? - Pergunto ao colocar seu cabelo para trás e ela coça os olhos.

- Eu quero.

- Então ok. Eu vou levar você e o seu irmão para o banho e logo assistiremos ao filme.

- EBA. - Ela grita e Justin a coloca no chão. - Eu vou avisar o B.

- Isso! - Falo ao ir atrás dela e Justin me segue.

- Tudo bem pra você?

- Sim. - Respondo. - Eles precisam disso.

- É. - Concorda e sobe as escadas sem mais uma palavra. Justin tira a camisa assim que vai para o corredor e ando até o quintal. Os dois conversavam e a Vallery tentava mandar no que o Brandon fazia.

Eu os observo por alguns instantes, até que o Brandon vem até mim.

- O papai chegou?

- Sim! Que tal vocês tomarem um banho agora? Aí podemos assistir ao filme e jantar.

- Eu quero ficar com eles. - Vallery senta no chão e abraça os cachorros. Crianças são tão bipolares.

- Hm... Ok. Então, Bran, você primeiro! - Aponto para ele e estico os braços. - Vamos. - Ele vem até mim e subimos as escadas devagar. Entro no quarto que era deles e procuro uma troca de roupa para ele vestir.

 

- Deite-se. - Eu o puxo para perto. - Pode ficar ao meu lado... Eles estão acomodados ali.... - Aponto para os dois, que estavam deitados lado a lado.

- Eu posso? - Ele pergunta. 

- Sim. - Respondo séria e Justin deita bem ao meu lado. Continuo acariciando o cabelo da Vallery e dou um beijo na cabeça dela. 

O filme começa e aumento um pouco o volume. Tento prestar atenção, mas meus pensamentos tomam conta da minha concentração. Justin beija meu ombro três vezes seguidas, com uma pausa de dois segundos em cada beijo. Eu espero que ele pare.

- Eu pensei em você o dia todo hoje... Mais do que o normal. - Ele sussurra e ignoro. Eu consigo. Eu sei que consigo. Fecho os olhos por instantes e ele beija meu ombro mais uma vez, logo sobe até meu pescoço e coloca, lentamente, meu cabelo para o lado. - Você se estressa se eu ficar só assim? - Ele pergunta de um jeito fofo. Não respondo. Apenas suspiro. Justin me abraça por trás e meu coração amolece na hora. Isso não poderia acontecer. 

- Por que você faz isso? - Viro o rosto para ele e, por pouco, não nos beijamos. - Estamos aqui pelos nossos filhos.

- Eu gosto da sua companhia. - Ele sussurra.

- Olha isso mamãe! - Brandon diz rindo. - Ela parece você.

- Não parece não! - Retruco rindo.

- Parece sim.

- A mamãe é mais bonita. - Justin alfineta a conversa. 

- É mesmo. - Vallery concorda e sorrio para ela.

- Vocês que são. - Respondo e Justin passa o braço por minha barriga. 

- Você é linda. - Ele diz ao beijar minha bochecha e estremeço. 

- Justin... - Digo baixo. - Não faz isso.

- Eu só estou te elogiando. - Ele diz. 

- Você sabe muito bem o que está fazendo. - Falo ao me virar para ele, que fita meus lábios e faço o mesmo de volta. 

- Oh... Eu sei. - Ele concorda. Acaricia minhas costas com a mão esquerda solta e passa a direita pelo meu pescoço, entre os fios do meu cabelo. Logo me viro para dizer algo a ele, mas, bem... Justin me leva ainda mais para perto e me dá um selinho.

- As crianças...

- Estão entretidos. - Ele responde de imediato. - Nós também. - Justin inicia um beijo de língua e seguro seu rosto com a mão leve. Eu o acaricio perto do maxilar e curtimos alguns segundos de fraqueza juntos... Eu o beijo com calma e toda ternura que posso. Dou vários selinhos no Justin e nossos beijos estalam baixinho. Paro por um instante e abro os olhos. Ele me olha sério e acabo sorrindo. 

- Você sabe que não vai aguentar muito tempo...

- Não é só porque eu fico com você que penso que podemos voltar. - Respondo séria. Eu estava sendo completamente sincera.

- Eu duvido. 

- Mas é verdade. Eu estou vivendo bem sem você. 

- Está?

- Sim. - Insisto e ele beija meu pescoço. Logo aperta meu pescoço e dá-me um selinho. 

- Não parece. - ele contorna minha boca com o polegar e me beija lento. Eu o abraço e passo a acariciar seu cabelo. Trocamos vários beijos e a Vallery me cutuca. 

- Você viu isso? - Paro no mesmo instante e assinto para ela. Justin beija minhas costas e arrepio de imediato. - A menininha tá chorando. - Ela diz toda fofa.

- Eu vi! Por que ela chorou?

- Porque a mãe dela não quer deixar ela brincar agora. 

- Não é por isso. - Brandon retruca. - Ela desobedeceu.

- Não foi.

- Foi sim. 

- Ei! - Justin interfere. - Eu acho que os dois estão certos.

- A Vally não está. - Brandon retruca. Ele me acaricia e tento me afastar um pouco. 

- Você está se aproveitando da situação. Não faça isso. 

- Eu não estou. - Ele responde num sussurro. - Eu só quero te agradar um pouco... Isso não significa que estejamos juntos.

- Mas você está me tratando como se estivéssemos. 

- Ok. Eu vou parar. - Ele desencosta e tira o braço da minha barriga. Grudo na Vallery e assisto o filme. Justin se levanta e dá a volta no enorme sofá. Deita ao lado do Brandon e sequer me olha. E assim ficamos... O filme acabou e a Vallery pediu para assistir desenho. Fiquei mais um tempo ali com ela e Justin saiu para brincar como Brandon. 

Logo jantamos todos juntos e voltei para o meu apartamento com os dois. Eles queriam ficar na casa do Justin, mas expliquei que precisavam descansar e que eu queira uma companhia. Qual é, amanhã é sábado!

 

...

Em pleno sábado, Justin me ligou por volta das 11h. Eu já havia acordado, feito o café da manhã e os dois tinham tomado suas vitaminas diárias. Estávamos desenhando sentados na mesa.

 

- Mellanie.

- Oi.

- Está meio calor hoje... Veja se a Vally e o Bran querem vir nadar aqui.

- Vocês querem ir nadar na casa do papai? - Pergunto para os dois.

- EU QUERO.

- AHAM.

- Eles querem. - Respondo enquanto pinto a flor que desenhei de vermelho escuro.

- Eu vou passar aí para pegá-los por volta do meio dia, pode ser?

- Sim.

- Você pode vir também?

- Eu vou à casa da Jade daqui a pouco... Mas, talvez, eu passe aí mais tarde.

- Ok.

 

Justin P.O.V

- Que droga!!! Eu não aguento mais esses problemas. - Reclamo sozinho e saio do meu quarto. - Eu não sei mais o que fazer. Eu tenho receio de que nada dê certo. - Desço as escadas falando sozinho, de novo, e ganho uma resposta da Anna, que subia as mesmas com o celular em mãos.

- Se tiver que dar certo, dará. Não fique assim.

- Mas eu sinto muito a falta dela, Anna. É incontrolável. - Abro os braços e ela me abraça forte. Abraço materno.

- Você só precisa de uma companhia... Olhe só, eu e a Lauren estamos aqui quase sempre. - Na verdade, desde que a Mellanie abandonou essa casa com as crianças, eu liberei a Anna para vir de segunda, terça e quinta-feira. Já a Lauren, vem de segunda-feira à sexta-feira. Elas estão mais tranquilas nos horários, acredito eu. Não entendo nada mesmo. Tudo sempre foi resolvido pela Mel.

- Eu preciso da Mellanie! - Falo gracioso para ela. - Mas obrigado.

- Eu tenho certeza que ela virá aqui hoje...

- Ela vai na casa da Jade.

- Ela deve almoçar lá, mas logo virá aqui... Não esquenta.

- Não é muito fácil. - Respondo e tiro o celular do bolso. Ryan estava me ligando. Provavelmente, era para falar sobre minha volta para o Canadá que ainda não está marcada. Meus familiares me cobram há semanas para que eu os visite lá, já que, como todos souberam, eu recuperei a memória... há meses...

 

Mellanie P.O.V

Assim que saí da casa da Jade, por volta das 14h30, liguei para a minha mãe. Conversamos no caminho até a casa do Justin: pouco menos de meia hora. Estacionei na garagem e eu ouvia os gritos deles de longe. Levei meu biquíni, é claro. Não que eu fosse entrar no mar ou na piscina, mas, caso precisasse, eu tinha roupas adequadas.

- E aí, Anna! - Ela abre a porta e me abraça.

- Oi, Mel. Como foi na casa da Jade?

- Bem legal. Conversamos bastante... Falei com a minha mãe no caminho.

- E ela está bem?

- Sim. Trabalhando muito.

- E o Paul?

- Também! - Deixo minha bolsa no sofá. - Como está sendo seu dia?

- Tranquilo... Eu não iria vir hoje, mas o Justin pediu para que eu passasse apenas a tarde aqui. Ele diz que eu sou da família.

- Mas você é! - Concordo como se fosse óbvio. - Sempre foi.

- Obrigada. - Ela sorri. - Ah, eles estão na área da piscina. Brincaram bastante.

- O Justin está sendo legal com eles?

- Demais até. - Ela concorda e termina de secar as louças. Vou até a área da piscina e, através da porta de vidro, eu vejo o Justin correndo atrás dos dois, longe da borda da piscina. Ele sabe o quanto é perigoso. Pelo menos eu acho que sabe.

Vallery me vê e acena. Abro a porta.

- CHEGUEI! - Digo animada. - Como está sendo o dia com o papai?

- Muito maneiro. - Brandon responde empolgado. - Estamos brincando de pega pega.

- Hm... - Olho para o Justin, que sorri e acena como um "oi".  - Muito legal.

- Você tem algum biquíni aqui? Vamos para o mar com eles.

- Devo ter. - Eu não iria dizer que trouxe do apartamento caso ele quisesse minha companhia no mar. É claro que eu não falaria.

Pego minha bolsa e vou até o lavabo. Visto meu biquíni roxo com bolinhas brancas e era, na verdade, quase um lilás, em tom degradê na parte de cima.

Vou até eles e Justin observa meu biquíni. Ele vestia apenas uma bermuda vermelha e estava descalço.

- Podemos brincar de algo legal? - Peço.

Começamos a brincar de um pega pega diferente. Justin estabeleceu algumas regras que combinou com o Brandon e a Vallery. Apenas concordei. Eu só queria me divertir um pouco.

- Peguei!!! - Grito e Justin ri da situação. Sorrio junto com ele, que pega a Vallery no colo e a coloca sentada em seus ombros, segurando-a pelas mãos.

- Vamos sair daqui antes que a mamãe nos pegue. - Ele fala ao correr com ela nos ombros. Saio atrás deles com o Brandon nos ombros e ele se segura firme em mim.

- Segura, filho. - Saio correndo pela areia atrás deles e Justin tropeça, quase cai com a Vallery. Rio da situação e Brandon começa a gargalhar no meu colo.

- Eles estão rindo da gente. - Vallery diz brava.

- É só porque eles não conseguem nos pegar. - Justin retruca baixinho, mas eu ouço.

- PEGUEI. - Brandon grita e quase caio com ele no chão. Paro na frente do Justin e ele ri da situação, de novo. - Ganhamos!!!! 

- Ganharam nada! Vocês quase caíram.

- Vocês perderam. - Vallery diz brava.

- Aceita que vocês perderam. - Falo para o Justin. - Filha, eu ganhei.

- Foi mal. - Ergue os braços. - Eu odeio perder.

- Você já deve estar acostumado.

- Eu sempre ganho tudo de volta. - Ele dá os ombros e coloca a Vallery no chão. - Não foi dessa vez, princesa.

- Eu acho que ganhei. - Ela diz e cutuca minha perna. Coloco o Brandon no chão e deixo com que eles corram pela areia.

- Trouxa.

- Trouxa é você. - Ele retruca. - E não me provoca.

- Desde quando ser trouxa é algum tipo de provocação? 

- Eu acho melhor você parar por aí. - Ele sai atrás do Brandon e coça as costas. Suspiro ao observá-lo quase em beira-mar. - A não ser que você queira realmente me provocar.

- Você é muito trouxa... Eu te xinguei pela situação e você leva isso como uma provocação.

- É claro que foi uma provocação. Aliás, pare de tentar brigar comigo. - Ele me repreende. - Bran, que tal ir brincar com os cachorros? Sua irmã está lá e eles estão mais tranquilos hoje... Eu os levei para tomar banho logo cedo.

- Ela fala que o Billy é só dela. - Resmunga. - Mas ele a mordeu ontem.

- É de vocês dois. - Justin diz. - Diga isso a ela. - Brandon sai correndo pela areia e nós o observamos. - Você percebeu que está procurando uma discussão comigo? Isso tudo por que?

- Eu não estou procurando uma discussão com você. - Abro os braços. - Quer saber... Eu não deveria estar aqui. É um momento seu com as crianças, na sua casa... Eu não tenho que interferir nisso.

- Mellanie, do que você está falando? É claro que você tem que estar aqui. Você é a mãe deles. Não faz nem uma hora que você chegou.

- Eu não quero que nos encontremos sempre... É isso. - Ele fita meu corpo, analisa meu biquíni. - O que eu tolero são nossos encontros na empresa e, casualmente, você ir ao apartamento para buscar os dois.

- Isso não faz sentido. - Ele discorda. - Você sabe muito bem disso. Nós temos uma vida juntos. Mesmo separados, nós temos.

- Não misture as coisas... Você não tem mais nada comigo. 

- O que você está dizendo é super desnecessário. Nós sempre soubemos resolver essas situações depois de um tempo... Ontem mesmo você esteve aqui.

- Como se você realmente merecesse. 

- Você quer que eu te beije para você parar de reclamar à toa? - Ele se aproxima e pega minha cintura com as mãos.

- Não. - Respondo com a boca colada na dele. - Você já parou para pensar que nem tudo é sobre beijos e sexo?

- Eu não citei sexo. É porque eu sei que você se acalma.

- Não é questão de me acalmar. Você não entende que quando eu fico brava eu tenho motivos. Nada é à toa. 

- Por que nós estamos discutindo? - Ele cruza os braços.

- Porque você faz de tudo para tentar me ter de volta. Você força a barra.

- Em que momento eu forcei a barra, Mellanie Rose? - Ele abre os braços surpreso. - Você não merece que eu fiquei mais no seu pé... Que droga. Você sempre leva tudo para o lado negativo quando se trata de nós dois, de mim. Não é assim que funciona! 

 

SPOILER

- Por que você está fazendo isso? - Porque eu me importo, muito.

- O que há com você? 

- Eu queria morrer... - Ele diz baixo. - Pelo menos eu estaria com a minha mãe. - Ele diz com a voz frouxa e respiro fundo.