História Behind The Secrets - third season - How crazy you have been

Eu me sinto tão atordoado quanto você. Não é só porque eu sou homem que eu vou te agarrar a cada vez que você quiser. - Ok. Eu não esperava por essa última frase. Desvio o olhar sem resposta e ele lambe os lábios com audácia, dando um passo à frente. Solto meus ombros e suspiro. Que droga. Por que ele conseguiu mexer tanto comigo com tudo o que disse? Ele me abalou muito.

- Eu vou pensar sobre essa conversa. - Solto-o e saio do quarto. Ele não responde.

- Não foi uma conversa, foi um sermão. - Ele responde ainda do quarto. Bufo para mim mesma.

- Para de falar assim. - Reclamo. Sento-me no sofá maior e ele desce as escadas devagar, mexendo no celular. Conforme começo a conversar com a Jade, vejo que ele não está mais na sala. Converso um pouco com ela e aproveito para pegar o telefone da casa. Ligo na minha faculdade que tranquei há mais de um ano. E cancelo minha matricula de vez. Eu teria que passar lá para assinar um termo e pagar a diferença. Já tem um tempo que eu decidi não fazer mais administração. Não é algo que possa me ajudar tão futuramente. Eu gosto mesmo é de publicidade. Pelo celular, pesquiso algumas faculdades particulares e encontro a Moscow Oxford. Todos falam muito bem dela. Fica bem longe daqui, digo, meio que numa cidade vizinha, apesar do nome. Mas não custa tentar, né? Logo para lá enquanto vejo Justin passar da porta de vidro até seu escritório sem me olhar.

Me informo sobre o preço e as vagas. O novo semestre só começa em janeiro. Eu não queria entrar pela metade. Anotei os dados necessários no celular e disse que passaria lá por esses dias. Levanto-me e vou atrás do Justin. A porta estava aberta, ele liga algo na tela do MacBook.

- Você tem o telefone do lugar onde eu fazia aula de russo?

- Não. - Ele responde sem dar importância. Ainda no escritório, pego uma das agendas dele que ficava em sua mesa e começo a procurar pelo telefone. Eu sempre anotei os números por aqui... Tem que estar em algum lugar.

- Que droga... - Continuo procurando. Não encontro. Pego outra agenda dele e começo a procurar: aulas de russo. - Achei!! - Pego o número e anoto no meu celular. Ele ignora minha presença no escritório e faz uma conexão por vídeo com alguém.

- Oii! - Ele diz animado. Olho para ele estranhando a situação. - É a Bonnie. - tia dele.

- E aí, Justin! Como estão as coisas?

- Daquele jeito. Numa boa. - Deixo o escritório e eles continuam conversando.

Volto para a sala e ligo no lugar do meu curso. Marco para renovar minha matrícula na próxima semana. Minutos depois, volto até o escritório e ele se despede da tia. Ele estava com o cabelo bagunçado, tão lindo, parecia tão sério... Por que o fato de que ele me deu o maior sermão me fez querê-lo logo agora? Fecho a porta e ele ignora minha presença. Eu me aproximo, ando até a mesa dele e paro em sua frente.

- O que você quer aqui? - Ele fala de maneira rude. Olho para ele e apoio com a mão direita na mesa.

- Eu... eu quero ficar aqui com você.

- Você quer ficar aqui comigo? Ok, conta outra, Mellanie.

- É sério... Eu... as coisas que você disse mexeram muito comigo. - Por que eu estava dizendo isso a ele? Não era para ser um pensamento só pra mim? Uma vontade que deveria ficar guardada?

- Legal. - Ele me olha por meio segundo e tento me sentar em seu colo, mas ele hesita. - Eu não vou dar corda pra você.

- Não é dar corda! Poxa, sei lá, você me ama.

- E o que isso tem a ver com a situação?

- Que... eu estou com vontade de ficar aqui com você. Qual o problema? - Ele me tira de seu colo com as mãos firmes e parece não se importar com a situação.

- O problema é que eu não quero agora.

- Eu duvido.

- Eu não quero. - Ele fala olhando-me nos olhos e eu me assusto, confesso. Nunca esperei ouvir isso dele. Ainda mais depois dessa conversa, melhor, sermão, que tivemos. Deslizo a mão em seu cabelo e dou um beijo em seu rosto.

- Mas eu quero, aproveita... vai... estamos sozinhos.

- Qual é o seu problema? Você disse que não está nem ai para mim.

- Eu não disse isso.

- Ah, qual é. Não é só porque você passou a noite aqui no meu quarto que algo mudou. Você só ouviu de mim o que precisava há tempos.

- Então você realmente está disposto a desistir de mim?

- Sim. - Ele responde na hora. - É isso.

- Você está mentindo, só para que eu não consiga o que eu quero.

- Eu não estou mentindo. Eu não quero transar com você. - Ele fala grosseiro e eu me assusto ainda mais. Ele realmente disse isso? Na minha cara? Ok, não deveria, mas me incomodou profundamente. Dou a volta atrás dele e beijo seu pescoço, bem em cima de sua tatuagem.

- Você está sendo bobo.

- Eu estou sendo esperto, pela primeira vez. Você pensa que pode me fazer de idiota e me usar quando quiser. Eu não quero mais, que merda, Mellanie. Me deixa. - Ele briga e é aí que eu percebo que está sendo difícil para ele negar. Eu vou conseguir.

Distribuo vários beijos por seu pescoço e vou enrolando meus dedos nos curtos fios de seu cabelo claro, arranho o couro cabeludo com as unhas de maneira calma, tentando provocá-lo com ternura. Chupo seu pescoço devagar e ele resmunga sem resposta.

- Eu já falei que não adianta, Mellanie. Até quando você não estava a fim de transar comigo eu entendia e te respeitava.

- Eu sei que você quer, Justin! - Falo ao apoiar com as mãos em seus ombros, olho para ele e meu cabelo cai para o lado.

- Eu não quero. - Ele responde baixo.

- Você quer sim. - Beijo seu rosto e tento dar um selinho nele.

- Vai buscar as crianças nos Swark e os leve para o seu apartamento, ok, já deu.

- Por que você está agindo desse jeito? - Pergunto. - Eu quero ficar com você agora. Eles devem estar se divertindo lá.

- Eu não vou ficar mais com você, Mellanie. Isso já foi decidido e você já ouviu o que precisava. Não adianta querer voltar atrás agora. Ele gira a cadeira de maneira que minhas mãos caem em suas pernas e fico com o corpo inclinado. Ele fita meus seios e permanece com o olhar sério, não era um olhar de 'vou te devorar' ou 'eu quero você'. Ele apenas me olhava como quem estava tentando não demonstrar qualquer interesse. - Eu não entendo o que está te fazendo querer sexo.

- Eu não quero só sexo. Eu quero você... - Engulo seco com o que acabo de dizer. - Eu não quero voltar... Eu não quero nada... Eu só... Eu só sinto que... Sei lá. - Falo tentando parecer compreensível. Justin cruza os braços e bufa ao apoiar com a cabeça no encosto, olhando para o teto. Ele logo fecha os olhos e eu tiro meu vestido de imediato. Eu não queria pensar em outra coisa. Eu só o queria aqui e agora. Ele também me quer, eu sei que quer.

Conforme passo o vestido pelo pescoço, ele me observa e sobe o olhar dos meus pés até meus seios, logo me olha nos olhos. Dobro o vestido e deixo na mesa dele. Dou um passo para trás e giro 360º. Justin suspira.

- Eu sei que você também quer... Vem. - Abro os braços e ele não reage, permanece sério. Ele está sendo realmente resistente. Eu não sei se conseguiria. Será que se eu tocá-lo, ajuda de vez? Eu me aproximo e ele estica as mãos, pronto para me tirar de perto. Inclino meu corpo e dou um selinho nele, logo mordo seu lábio e o puxo. Justin suspira mais uma vez e não corresponde. - Por favor. Eu estou te pedindo. - Sussurro e abro os olhos devagar. Ele fecha os seus conforme eu dou mais um selinho nele. - Eu não quero sexo forçado, mas eu quero você. Só agora, Jay. - Sussurro em seu ouvido e beijo seu pescoço. Meu estômago embrulha de imediato, esperando pela resposta dele. Eu coloco as mãos por baixo de sua camisa e subo por suas costelas. Ele não reage, apenas deixa as mãos entrelaçadas em cima de seu membro com as pernas bem abertas, já que meu corpo estava inclinado entre as mesmas. Eu o arranho e ele murmura. Eu estava ficando cansada de tanto pedir. Eu nunca faço isso. Por que ele não me quer? - Por que você não me quer? - Pergunto com a voz frágil e sento-me, com as pernas divididas, em seu colo. Ajeito meu sutiã e ele não tira os olhos dos meus seios. - Eu estou aqui, seminua, só para você, depois de ouvir todo o seu sermão. Eu só senti vontade de você. - Ele não responde. Pelo que eu bem o conheço, está com medo de falar o que não quer. Justin solta as mãos em minhas coxas e eu seguro seu rosto com as mãos, na região de seu maxilar. Acaricio a região e dou dois selinhos nele. Sem pensar duas vezes, eu chupo seu pescoço com todo desejo e ele resmunga baixo. Assim que o solto, estava muito, muito vermelho, logo abaixo de sua tatuagem. Justin coloca a mão na região. - Você não quer mesmo transar comigo? - Pisco lenta para ele e mordo meus lábios. Justin abre um mínimo sorriso pelo canto dos lábios e sobe as mãos por minhas costas. Isso era um sim. Ele cedeu.

- Você não está merecendo. - Ele diz desafiador.

- Eu quero muito. - Peço. Por que eu estou tão pidonha? O que está acontecendo? - Transe comigo. - Peço ao dar um selinho nele, que aperta minhas costas e me agarra com gosto. Oh, finalmente. Eu seguro novamente seu rosto e trocamos vários beijos de língua. Justin me puxa pelo cabelo e eu o abraço com força. Era essa atitude dele que eu esperava. Justin desce a mão direita por minhas costas até minha bunda e apalpa a mesma com os dedos firmes. Ele sabe muito bem o que pode ou não fazer.

- Onde você quer transar? - Ele pergunta entre o beijo e eu perdi o fôlego. Eu o queria muito. Não sei o que acontece comigo. Meu organismo parece entrar em abstinência de Justin Drew Bieber. Isso é normal?

- Onde você quiser. - Respondo mais frágil impossível e ele se levanta comigo em seu colo, pegando firme embaixo das minhas coxas. Eu o beijo durante todo o caminho e não percebo para onde vamos. Só sei que saímos do escritório. Abro os olhos assim que ele pausa o beijo e subimos as escadas. Estava tudo tão claro. Ele entra na sala de jogos e bate a porta com os pés. O cômodo estava quase escuro, as cortinas meio fechadas e um silêncio só. Ele me joga na maior parte do sofá e cai em cima de mim. - Você quer mesmo transar comigo agora? Porque eu cheguei a pensar que você não queria....

- Você não merece, mas eu mereço. - Ele sussurra ao mordiscar minha orelha e chupa meu pescoço. Eu logo afasto sua boca dali. Justin tira sua camisa e a deixa de lado. Ele faz uma trilha de beijos até meus seios e chupa o esquerdo antes mesmo de tirar meu sutiã. Ele me faz murmurar de dor e como eu sentia falta daquilo.

- Então vai logo. Eu quero muito. - Peço e ele sorri ofegante em meus seios. Justin beija os dois e tenta descer a alça do mesmo. Eu mesma abro meu sutiã e apoio com os cotovelos no sofá. Ele mantinha suas pernas divididas em meu corpo e pressionava seu quadril em cima do meu. - Tira essa calça.

- Você é mesmo a Mellanie? - Ele estica os braços com as mãos no sofá, como se fizesse flexões em cima de mim. Apenas sorrio e o beijo. Voltamos a nos envolver a cada segundo mais e ele abre o zíper de sua calça. Justin fica de pé no tapete e desce a mesma nos pés, logo a larga no chão. Ele coloca a mão em cima de sua cueca branca da Calvin Klein e estremeço completamente. Meu Deus, o que está havendo comigo? Cadê meu autocontrole? Fecho os olhos por míseros segundos e meu sutiã já havia sumido. Ele suga meu seio esquerdo e eu arranho suas costas com calma.

- Ahh... - gemo baixo e ele morde o bico do mesmo seio. Continuo arranhando-o de leve com as unhas nas costas e Justin beija minha boca com a atitude que eu esperava. Ele encosta seu corpo no meu e pressiona seu membro em minha intimidade. Eu gemo. Antes mesmo de tudo. No mesmo instante, tiro sua cueca e tento masturbá-lo. Ele tenta permanecer com as mãos firmes no sofá, mas quase cai. Justin inclina ainda mais o corpo e desce beijando todo o meu ventre. Eu puxo toda a respiração e tento puxá-lo pelo cabelo. Como ele pode me fazer sentir assim? Tão... iniciante? Eu me sinto uma iniciante diante dessa situação. Eu o quero demais. Ele coloca ambas as mãos em meus seios e os aperta com gosto, fazendo movimentos circulares como se ele mandasse. Fecho os olhos e me sinto quase realizada. Era realmente uma sensação que eu sentia falta vindo dele.

- Você não consegue conter o quanto me ama. - Ele sussurra e crio forças para negar com a cabeça.

- É mentira. - Respondo em um fio de voz e ele fica de joelhos no sofá, desce as mãos até minha calcinha e puxa a mesma para baixo. Eu estremeço completamente. Perco toda a força. Ele sorri para mim.

- Então abra seus olhos. - Assim faço e vejo que ele estava pronto para me levar aos céus. - Mantenha-os abertos se você estiver sendo sincera. Assinto e abro meus olhos completamente, olhando-o. Ele deita ainda mais seu corpo e noto sua ereção. Estremeço novamente. - E não vai rolar camisinha porque eu não quero. - Eu não o contrario. Eu só queria que ele fosse logo. Lambo meus lábios e Justin deita em cima de mim, encaixando seu membro em minha intimidade. Gemo alto e fecho os olhos de imediato. Droga. Foi mais forte do que eu. Ele sorri ao me dar um selinho e eu não conseguia abrir os olhos. Eu me sentia incrivelmente bem.

- Ah... Justin. - Murmuro e ele me beija com gosto. Eu acompanho seus movimentos extremamente rápidos com o corpo e era aquilo que eu queria, bem agora, bem aqui. Meu Deus, como ele me faz sentir assim?

- Você fechou os olhos, Rose. - Ele sussurra e voltamos a nos beijar. Eu arranho seu pescoço e ele murmura baixo, conforme move sua pélvis em cima da minha e curtimos o momento. Ele geme alto e me faz enlouquecer em questão de instantes. Justin senta no sofá com as pernas esticadas e me puxa para que eu encaixe meu corpo no seu, sentada. Assim faço e dobro as pernas em suas costas. - Eu acho que essa foi sua melhor demonstração de que me ama. - Ele diz com a voz completamente arfante e procuro o fôlego. Meu cabelo cai em seu rosto e ele os coloca atrás da minha orelha, assim, podendo enxergar meu rosto. Movo minha pélvis em cima de seu quadril e ele geme. Começo a tentar provocá-lo e assopro seu pescoço. Estava roxo, completamente. Era visivelmente um chupão daqueles. Faço carinho em seu cabelo e Justin me beija com gosto. Eu estava completamente realizada. Nada no mundo me faria sair daqui por vontade própria. Por um momento, eu paro. Encosto minha testa na sua e respiro fundo diversas vezes. Eu estava exausta. Ele desce as mãos em minhas costas e assim ficamos por vários segundos. Abro os olhos devagar e ele me olha com ternura, o Justin de sempre. - Você me ama muito. - Ele sussurra e seu cabelo estava todo bagunçado, assim como o meu. Ele me faz sorrir e eu não respondo.

- Eu queria muito, você não tem ideia.

- Oh, sim, eu tenho. Eu sempre quero muito. - Ele diz enquanto passeia com as mãos por minhas coxas. - É tudo o que eu sempre quero. - Sorrio e dou um selinho nele. O telefone da casa começa a tocar. Logo agora, sério? - Vai lá. - Ele pede e eu me levanto na preguiça. Pego a maior almofada em forma retangular e cubro parte do meu corpo ao ir até a porta. Abro a mesma e pego o telefone no corredor. Era um número com ddd de outro país. Estranho. Atendo.

- Alô? - volto para o escritório e sento no sofá.

- Alô?

- Quem é?

- Eu queria falar com a Mellanie. Ligamos no celular dela há minutos, mas não houve retorno.

- É ela. - Justin deita em cima da minha coxa e começa a beijar minha virilha devagar, fazendo com que eu me perca nos pensamentos.

- Aqui é o Jerome da empresa multinacional Turking Time. Nós recebemos o seu currículo e você está na fase de aprovação. Você pode realizar uma entrevista amanhã, segunda-feira? - Arregalo os olhos.

- Eu posso! Qual o horário?

- Às 9h da manhã.

- Tá ok... A sede em Estocolmo mesmo?

- Sim... Mas temos várias outras empresas na Europa e até na Oceania.

- Entendi...

- Já que você mora em Moscou e virá por conta da empresa para a entrevista, estamos comprando sua passagem e você poderá retira-la no aeroporto. Você receberá um e-mail com os dados principais sobre sua viagem. Nós também bancaremos sua passagem de volta para quarta-feira à noite. Tudo bem?

- Sim! Tudo ótimo... Eu pego o voo que horas?

- Você pode trazer quem quiser com você, mas as passagens e hotéis serão à parte. Será às 20h no horário de Moscou.

- Uau. Ok. - Justin me olha estranhando a conversa e não respondo.

- Te mandamos uma lista com os três indicados para hospedagem e você pode fazer a reserva hoje mesmo.

- Isso é ótimo. Obrigada. Eu vou providenciar tudo isso agora...

- Aguardamos você amanhã cedo, Mellanie.

- Obrigada.

Desligo e fico sem palavras.... Eu havia me esquecido de que mandei meu currículo para todas as empresas do mundo. Sim. Foram muitas. Algumas me mandaram e-mails não não eram viáveis. Eu fiz isso por completo impulso. Justin esperava que eu dissesse algo e coloquei meu sutiã, enquanto procurava pela calcinha.

Passo as mãos no cabelo e ele veste a cueca ainda deitado.

- O que aconteceu?

- É... eu preciso ir. Vou passar buscar as crianças aqui do lado. Tenho algo a resolver.

- Sobre o quê? Eu ouvi que você falou sobre voo... Para onde você vai?

- Eu tenho uma entrevista de trabalho amanhã cedo. - Ele fica sentado e arruma a cueca no corpo. Pego a calcinha do chão.

- Entrevista? Mas por que? Você já trabalha na JKC e ganha uma nota! - Ele fala como se fosse óbvio e saio do quarto. Ele vem atrás. Coloco o telefone no lugar.

- Porque sim... Eu mandei meu currículo já tem uns dias...

- Onde é isso?

- Na Suécia. - Respondo ao passar pelo quarto que era meu e ele estava boquiaberto.

- Isso é sério? Você vai pra lá?

- Eu vou. Só por uns dias. - Desço as escadas correndo e ele vem atrás de mim. Eu queria ter ficado mais um pouco com ele lá em cima. É tudo tão louco. Eu nunca pensei que essa empresa de detetives me retornaria. Pego minha bolsa em cima da mesa principal e vou até o escritório.

- É o quê? - Ele pergunta da cozinha e visto meu vestido. Passo as mãos no cabelo e vou até ele. - Me explica isso.

- Eu não tenho que explicar nada... Só vou passar uns dias fora. - Desligo o carro e me lembro de que Vallery e Brandon estão no vizinho. Desço do carro e ele volta para casa já que algumas pessoas passavam pela rua.

- Mellanie. Isso é loucura.

- Eu vou pegar um voo hoje, às 20h, e estarei de volta na quinta-feira, ok? É isso.

- E as crianças? Você não vai poder levá-los.

- Eu sei... eles terão que ficar com você.

- Qual a necessidade de você ir para lá? - Ele abre os braços inconformado com a situação e dou os ombros.

- Pode ser uma boa oportunidade.

- Você é muito sem noção. Um voo, hoje? E o hotel? Você nunca foi para lá.

- Eu vou entrar em contato com um hotel assim que chegar no apartamento. Ando até a casa dos Swark e toco a campainha. Justin continuava me observando de longe e parecia não entender. Eu nem me lembrava de que havia contatado essa empresa, não mesmo. Mas pode ser uma boa oportunidade. Só não sei se conseguirei passar esses dias longe dos meus filhos... Será realmente muito difícil.

- Olá! Eu vim buscar meus filhos. - Cumprimento a senhora Swark e ouço a gritaria.

- Ei! - Vejo o Brandon e ela abre a porta para que eu entre.

- Fique à vontade. A Vallery está lá em cima, irei chamá-la.

- Vamos embora, querido? Dê tchau ao Charlie e o agradeça pelo dia de hoje! - Falo tentando parecer simpática e Brandon resmunga.

- Eu não quero ir embora agora...

- Mas nós precisamos, Bran. Você e sua irmã já ficaram um tempão aqui. Vallery! - Eu a chamo, que desce as escadas segurando na mão da dona da casa. - Vamos?

- Sim! Eu estou com sono. - Ela coça os olhos e vem até mim. Dou-lhe um beijo no rosto e tento arrastar o Brandon, que começa a chorar sem parar.

- Ei, que coisa mais feia! Pare de chorar. Muito obrigada, Tera! - Eu a cumprimento com um abraço amigável.

- Foi um prazer. Eles ficaram super bem aqui.

- Bom saber... Até mais. - Brandon sai chorando e eu abro o carro com o alarme, logo o pego no colo.

- Eu quero ficar lá!!!! - Ele briga.

- Brandon, para. Você já ficou bastante. Agora nós vamos para o apartamento porque vocês precisam tomar um banho.

- Eu quero o papai. - Ele se debate em meu colo e me irrito de imediato.

- Brandon Bieber, para! - Eu o coloco dentro do carro, na cadeirinha e prendo-o com o cinto de segurança. Coloco a Vallery do outro lado e ele continua chorando. Conforme dou a volta no carro para entrar no lugar do volante, Justin abre a porta principal e vem até mim às pressas, com uma regata preta e uma bermuda vermelha. Ele coloca um boné na cabeça e entra no meu carro.

- Por que você está chorando? - Justin diz a ele.

- O que você faz aqui?

- EU QUERO FICAR NESSA CASA. - Ele grita apontando e eu coloco as mãos na cabeça.

- PARA DE GRITAR.

- PARA VOCÊ.

- EI, EI! - Reclamo. - Vocês dois, parem de brigar. Eu não quero deixar ninguém de castigo.

- Nós vamos conversar sobre essa sua viagem louca. São 15h da tarde! Como você vai viajar às 20h?

- Indo, oras... - Respondo. - Mas ok. Acalme os dois porque o Brandon já me tirou a paciência. Ele ficou bastante na casa dos Swark e quer voltar até lá. - Acelero e deixamos aquela rua. Justin conversa com os dois todo o caminho e logo chegamos no apartamento. Entramos os quatro no elevador e Justin estava distraindo bastante a Vallery. Eu estava um pouco aérea. Ir para a Suécia hoje? Daqui a pouco? E os meus filhos? Eu não tenho mais 17 anos para curtir essas oportunidades sem estar comprometida ou com uma família. Seria loucura?

- É loucura! - Justin bate a porta e Vallery corre até o sofá, se joga no mesmo para dormir. Brandon abre o berreiro de um lado para outro. - É loucura total você ir hoje. Qual a necessidade, Mellanie? Tudo bem que não voltamos e isso nem vai acontecer... - Brandon grita no meio de nós e eu o repreendo.

- PARE DE GRITAR!.

- Você está gritando com ele. - Justin me repreende.

- Quer saber... Você vai tomar banho e ficar sem desenho! - Falo brava e ele continua chorando. - Você sabe que não havia motivo algum para todo esse escândalo, não sabe, Brandon?

- NÃO.

- Ah, não? Ok. Seu pai vai dar banho em você agora e eu vou ficar com a sua irmã, porque ela não chorou e não fez manha à toa.

SPOILER

- Ah. Eu quero as crianças aqui.

- Eles virão diariamente.

- Não. Eu quero eles morando comigo oficialmente.

- De jeito nenhum.

- Você está indo para outro país.