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História Behind The Secrets - third season - Sweden


Escrita por: featollg

Capítulo 50 - Sweden


- Tá, tá, Mellanie. Boa noite.

- Boa noite. Dê um beijo neles por mim.

- Ok.

 

Desliguei. Preciso continuar tratando-a com indiferença, ainda mais agora que está longe. Ela vai ter uns dias para se divertir por lá e eu ficarei numa boa aqui, com as crianças. A verdade é que não é lá tão difícil para mi tratá-la assim, claro, já que não estamos nos vendo desde... algumas horas. Eu só realmente sinto falta dela, como sempre.

Mas tudo bem, para ser bem, mas bem sincero, quando você se torna pai, é como se as coisas tomassem um rumo diferente. Eu nunca pensei que teria um pensamento desses, mas só de estar com ele, eu não sinto que precise da Mellanie como um adolescente busca pela namorada. Eu sei que ela vai voltar, ela sabe que eu vou continuar aqui, e assim será.

Enquanto eles continuam na sala de jogos, faço uma lasanha de microondas para eles e, enquanto a mesma esquenta, coloco o suco na mesa, os pratos e os copos personalizados deles. Nunca entendi como crianças podem gostar tanto de tomar suco, água ou até mesmo leite apenas num copo. Tudo bem que sempre há uma coisa predileta. Mas sempre no mesmo copo? O suco deve ficar com cheiro de leite, mesmo que seja lavado. Eca.

Quando vejo que falta um minuto para o microondas apitar, vou até a área dos cachorros para ver se está tudo bem e logo subo as escadas até a sala de jogos. Eles estavam conversando em voz alta, como se estivessem iniciando uma discussão.

- O papai deixou comigo.

- E daí? Ele é meu papai também.

- Mas ele deixou comigo. - Brandon retruca e bato na porta, o que os faz dar um pulo na cama.

- Vamos jantar? - Sorrio. - Vocês só precisam lavar as mãos...

- Eu to com muita fome. - Brandon diz passando por mim e Vallery vem mais lenta, saltitando até a porta. Como meninas conseguem ser fofinhas desde sempre? Ela é a miniatura da Mellanie, só a vejo um pouco mais tolerante. Mas tudo bem... ela ainda tem 4 anos... tudo pode mudar.

Eu pego na mão dela e observo o Brandon descer as escadas correndo. Eu o perco de vista e logo o encontro no lavabo. Espero que eles lavem as mãos. Eu não preciso ajudar, certo? Eles sabem se virar em boa parte das coisas. Isso é ótimo.

- Muito bem... Agora vamos para a mesa de jantar. - Eu os empurro tentando não parecer rude e os sigo. Ouço os latidos dos cachorros vindo de fora e Brandon começa a discutir com eles de longe. - Ei, sem gritar. A hora do jantar é para conversar com o papai e comer tudo! - Se tem algo que eu não gosto é irritação na hora do jantar. Desde quando a Mellanie morava comigo ela sabe. É um saco.

 

Mellanie P.O.V

Confesso que odiei a maneira como o Justin me tratou pelo celular. Ele foi muito rude. Nem perguntou como eu fui de viagem, se o hotel é bom, se meu quarto é pequeno, grande, se eu consegui me virar... Por que toda essa falta de interesse do nada? Tudo por conta daquela lição de moral que ele me deu? Ah, por favor! Ele sequer me deixou falar com as crianças.

Desembarquei no aeroporto de Estocolmo, na Suécia, por volta das 23h30, meia-noite, não sei ao certo... Peguei um táxi para o hotel em que ficaria hospedada e deu, o quê, vinte minutos? Pegamos um pouco de trânsito. O sueco não é nada fácil de entender... Tudo bem que russo consegue ser um pouco mais complicado, mas é sério. O taxista me perguntou: "gar dar?" e eu simplesmente franzi o cenho com vontade de rir. Foi engraçado. Eu não estava pronta para isso. Foi aí que ele percebeu que eu não entendi e arranhou no inglês: "Para onde vai?". Assenti simpática e mostrei o endereço a ele. Logo sorri em agradecimento. Não sei se poderia puxar qualquer assunto... O inglês dele não me pareceu muito bom. Começo a olhar as ruas de Estocolmo e passamos uma avenida super movimentada. Tinha um shopping, uma casa noturna cor-de-rosa, restaurantes, hoteis e poucas pessoas passeando pelas ruas. Me pareceu uma cidade calma pela noite, de início.

Depois de minutos e mais minutos rodando com o carro, tomei o restante da água que estava na minha garrafa. Resultado: minha bexiga estava cheia. Eu realmente espero chegar logo no hotel.

- Chegamos. - Ele diz com um sotaque visivelmente estrangeiro. Antes que falasse o preço, mostrei a ele meu cartão. Descemos então do carro.

- Eu pego a mala, não se preocupe. - Falo mais calma, na esperança dele entender todas as palavras. O taxista logo afirma com a cabeça como se me entendesse mais ou menos. Pego minha mala e a coloco no chão, na entrada do hotel. Era bonito, grande, com todas as paredes de vidro. Confesso que era luxuoso... Não sou eu que estou pagando por isso. Sempre quando o Justin diz que vai me ajudar em algo, é porque ele quer pagar. Não que eu ache isso legal, porque eu gosto de ter minha independência. Mas é a vida...

Digitei a senha do meu cartão e me despedi dele com um sorriso simpático e um obrigada. Ele sorriu e logo entrou de volta no táxi. Entrei na recepção do hotel e haviam algumas pessoas sentadas nos sofás. Preciso ligar para o Justin, saber como estão os meus filhos, ir ao banheiro, tomar um banho para relaxar e me programar para a entrevista de amanhã cedo.

- Boa noite... - Falo calma, na esperança dela entender minha língua. Ela chama a loira que estava ao seu lado, recepcionista, e a mesma me responde um "boa noite" na minha língua. - Estou com uma reserva no meu nome.

- Ah sim, documentos, por favor. - Apoio minha bolsa que estava nos ombros em cima da maior, que estava no chão, e abro a mesma à procura da minha carteira. Entrego a ela meu RG e tiro o celular do bolso. Não havia qualquer notificação... a não ser quatro chamadas perdidas da minha mãe. O que será que ela quer comigo agora? O fuso-horário não permite que eu a ligue ainda hoje.

- Mellanie Rose Schneider... - Ela repete meu nome ao me olhar. - Sexto andar, quatro 642. - Ela me entrega a chave. - Você pode acionar o serviço de quarto das 5h às 2h da manhã. Não funcionamos apenas durante três horas... - Qual a lógica de tudo isso? Apenas assinto.

- Certo, obrigada. - Levo minha mala até o primeiro elevador que encontro e espero pelo mesmo. Nesse tempo, mando uma mensagem à dona Anne.

 

"O que aconteceu, mãe? Só vi agora que você me ligou!" - Mellanie.

 

Entro no elevador com três homens, nenhum deles era bonito, mas todos eram loiros, altos, conversavam em sueco, creio eu. Não entendi uma palavra sequer. Um deles saiu logo no terceiro andar, os outros dois permaneceram conforme saí no sexto. O corredor à esquerda me parecia mais extenso do que o do lado oposto. Fui por ali... 639, 640, 641... 642... Era um dos últimos próximo ao fim do corredor, onde havia uma enorme janela. Abro a porta do meu quarto com o cartão e logo fecho a porta. Tranco a mesma com a chave. Olho ao redor e a primeira coisa que vi foi a cama de casal enorme em frente a uma televisão. Havia um carpete após a cama e um guarda-roupa com duas portas de correr. Aproveito para ir ao banheiro e logo passo uma água no rosto. Estou cansada e com fome. Saio do banheiro e percebo tudo que há no quarto. Ao lado da cama, há dois criados-mudos. Um deles tem o telefone com um pantleto e outro uma luminária e o controle do ar condicionado. Está frio. Eu não preciso disso agora. Coloquei minha bolsa em cima da cama e tirei a sapatilha. Abri minha mala ao deitá-la no chão e peguei meu chinelo, logo uma camisola e minha escova de cabelo que estava dentro da necessair. Ligo para o serviço de quarto e peço uma panqueca de três queijos.

- Deve demorar em torno de 20 minutos.

- Ok, obrigada.

 

Desligo e aproveito para ligar em casa. Preciso saber se as crianças ainda estão acordadas, se sentiram muito minha falta... Enquanto ando pelo quarto, espero que o Justin me atenda.

 

- Justin?

- Huh. - ele murmura.

- Eu cheguei agora no hotel... Peguei um táxi e demorou bastante até.

- Tudo certo então?

- Sim. E os dois? Eles já jantaram? Como estão?

- Eles estão aqui comigo na sala de jogos... Brincamos bastante e vou fazer algo para o jantar.

- Não dê jantar a eles muito tarde, ok? Eles precisam acordar por volta das 8h.

- Tá, tá, Mellanie. Boa noite.

- Boa noite. Dê um beijo neles por mim. - Falo sentida e ouço a voz da Vallery toda escandalosa.

- Ok.

 

Ele desligou na minha cara. Simplesmente. Sem dar qualquer importância à situação. Foi isso que aconteceu... E, bem, após tomar um banho quente, estou aqui comendo minha panqueca sentada na cama do quarto, assistindo um seriado qualquer. Por que ele está agindo de maneira tão grosseira comigo? Que droga! Eu não deveria, mas me incomodo com isso. Eu que o trato com braveza, não ele que faz isso comigo. É um saco porque eu simplesmente não consigo me desligar completamente dele. Nem mesmo aqui, longe. Eu só penso no que estaria fazendo agora se ele não tivesse mentindo pra mim, se não tivéssemos terminado... Provavelmente, teríamos feito as crianças dormirem e ficaríamos deitados juntos, abraçados, conversando sobre como será a semana que está para entrar.

Terminei meu jantar e fui até o frigobar. As coisas aqui são caras. Peguei uma garrafa de 500ml de água e deixei ao lado da minha cama, já que havia tomado um suco de laranja há poucos minutos.

Fiz minhas higienes e entrei nas minhas redes sociais, respondi algumas pessoas, curti algumas fotos e vi os comentários na que postei com os meus filhos antes de ir embora.

Minha tia foi a primeira a comentar: "Onde você está indo????? Estou com sdds, bjo".

Mais de 30 pessoas curtiram e até o Logan, que eu não vejo há mais de anos, deixou seu comentário: "Meu Deus! Eles são parecidos demais com você. Preciso visitar vocês!"

"Olha, você precisa mesmo! Eles são um pouco rs", comento de volta a ele. "Estou viajando a trabalho, tia, não esquenta! Também estou com saudades. Grande beijo", respondo-a e programo meu despertador para às 7h. Não sei quanto tempo demorarei para chegar até a empresa, tomar o café da manhã e me arrumar.

Logo conecto meu celular no carregador com a tomada ao lado da cama e aproveito para colocar minha necessair e demais acessórios no guarda-roupa. Abro a porta da esquerda, que corre até o fim e posso pendurar a roupa da entrevista que usarei amanhã. Não quero que amasse. Logo deixo minha sapatilha na parte superior, em cima das três gavetas e coloco minhas lingeries na primeira gaveta. O sono bate e resolvo dormir... Já passa das 2h da manhã e essa segunda-feira será um dia diferente do normal. Só espero que esteja tudo bem com a minha mãe e os meus filhos durmam sem chorar. Como é difícil ficar aqui sem eles...

 

...

Acordo com meu celular tocando I Have Nothing, Whitney Houston, às 7h da manhã em plena segunda-feira. Oh, eu estou na Suécia, quase havia me esquecido. Tive um sonho louco com a Vallery e o Brandon... Não me recordo do que aconteceu exatamente, mas eles estavam lá. Meu celular estava com uma chamada perdida da minha mãe. Fiz minhas higienes ainda meio sonolenta e entrei no banho. Sequei meu cabelo e, ao vesti minha lingerie, liguei para ela. Deixo o celular no viva-voz

 

- Mãe! Tudo bem?

- Tudo ótimo. - Ela puxa a respiração. - Eu só NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU QUE ESTÁ NA SUÉCIA! - Paro de escovar os dentes no mesmo instante e quase engasgo. Será que eu também sou uma mãe escandalosa?

- O quê? Como assim, mãe?

- Eu sei que você está na Suécia para realizar uma entrevista numa empresa. Você é louca? Como você deixou seus filhos para ir ai de uma hora para outra?

- Não foi assim também... Eu só vou ficar aqui até quarta-feira.

- Mellanie! Você não aprende mesmo.

- Foi o Justin que te contou?

- Foi!

- Idiota. Ele não tem que se meter.

- É claro que tem. Eu tinha que saber.

- Eu sou maior de idade e sei muito bem o que faço.

- Sabe?

- Sim.

- Então ok. Aproveite aí sabidona. Beijos.

- Tchau.

 

Desligo e bufo irritada. Por que o Justin teve que contar a ela? Se recebi ligações durante o voo, foi porque ele realmente contou a ela um pouco depois de me deixar no aeroporto. Bocudo!

 

"Por que você abriu a boca para a minha mãe?" - Mellanie.

 

Termino de me vestir rápido e desço para o térreo enquanto coloco os brincos na orelha. Eram pequenos, discretos. Já são 7h50. Preciso sair daqui, no máximo, às 8h20. Vou até o restaurante e haviam poucas pessoas. Sirvo meu prato com ovos mexidos, duas fatias de abacaxi e duas tiras de bacon. Vou até a mesa para dois e sento-me sozinha. Eu queria que o Justin me respondesse para que eu pudesse saber se já acordou as crianças... A pior coisa do mundo quando se é mãe é deixar seus filhos em outro país... com o pai. Homens não são detalhistas. Se eu perguntar o que eles fizeram, Justin será breve: comeram, deitaram e dormiram. Não é assim. Eu quero saber como eles estão a cada... minuto? Ok, soa meio mãe-coruja. Nunca pensei que eu seria tão assim... Só quando estamos longe de quem amamos que percebemos o quanto essas pessoas fazem falta.

Volto para o meu quarto e pego minha bolsa com o endereço e meus óculos de sol. Não está calor nem nada. Na verdade, o tempo me pareceu ameno. Eu não conheço essa cidade para dizer, mas dá pra sair sem jaqueta nem nada.

No caminho do táxi, ligo para o Justin. Ele não atende nos dois primeiros toques.

 

- Justin?

- Sim. - responde com a voz baixa, como quem acabou de acordar.

- Vallery e Brandon estão acordados?

- ANNA.

- Eu não acredito nisso.

- Ela disse que eles acordaram tem alguns minutos e estão tomando vitamina na copa.

- Por que você não foi acordá-los.

- Eu tenho uma babá, uma empregada e a Anna. Você realmente acha que eu levantaria para acordá-los às 8h? Eles só estudam à tarde.

- Mas você tinha que tê-los acordado! Af...

- Ok. Ok. Tá tudo certo aí?

- Sim... Estou a caminho da empresa.

- Legal.

- É. Mais tarde eu te ligo.

- Não precisa.

 

Desligo. Ele foi grosseiro, mais uma vez. Decidi nem comentar sobre ele ter aberto o bico à minha mãe. Justin estava mais dormindo do que qualquer outra coisa... Assim que deixar a entrevista, vou ligar para a Anna. Tomara que dê tudo certo aqui. Não no sentido deles me chamarem... Bem, seria legal, mas não é viável.

Volto a observar o trânsito e logo o taxista para em frente à um prédio de, mais ou menos, 20 andares? Era altíssimo! Luxuoso.

Desço e pago com o cartão de crédito. Analiso a entrada. Era realmente um edifício muito bonito, mas misterioso. Mantinha apenas o nome Turking Time no topo e uma lupa. Ok, não era tão misteriosa assim... Entrei no térreo e fui até a recepção. Eu só espero que várias pessoas deste lugar falem a minha língua. Nem tive tempo de analisar a cidade de tão animada que estava para chegar até aqui. Checo no meu celular e são 8h50. Estou em cima da hora... Droga.

- Bom dia! Eu tenho uma entrevista marcada com o... - Eu esqueci o nome do cara que estava no e-mail. Que vacilo... Desvio o olhar e a mulher parece não entender o que eu digo. Ufa. - Você me entende?

- Aguarde. - Ela fala num inglês horrível e percebo que não sabia do que se tratava. Aproveito esse meio minuto para abrir o e-mail no celular e pegar o nome do homem: Hussell Tining. Claro! Como me esqueci.

- Bom dia!

- Bom dia! Eu estou com uma entrevista agendada pelo Hussell Tining. - Digo com os braços na bancada.

- Oh, sim. Seus documentos por favor. - Entrego a ela meu RG e aproveito para olhar ao redor. Estava tudo vazio. Só eu estava naquele andar com três recepcionistas. Acredito que, só a que me atende, loira dos olhos verdes, fala a minha língua com clareza. No mínimo, ela não é daqui.

- Você reside em Moscou, na Rússia, confere?

- Sim.

- Certo... Qual o nome do seu condomínio? - É complicado, moça. Podemos pular essa parte?

- Suchvertyz Plynoa. - Falo devagar e ela se confunde toda.

- Pode soletrar? - Como se realmente fosse fácil.

- Sim. S...u...c...h...v..e..r...t..y..z - me perco. - é... P... l ... y ... n ... o ... a. - Termino e ela assente como se tivesse escrito.

- Certo! Você mora na sua Pwerkings Summuer?

- Sim! É Pwerkings Semmur. - Corrijo-a.

- Ok. Pode preencher esse formulário? É só para constarmos sua presença aqui. - Ela me entrega uma prancheta com campo escritos em sueco.

- Sim! Mas eu não entendo o que está escrito...

- Nome, idade, data de nascimento, nacionalidade, como encontrou nossa empresa e a data de hoje, logo após sua assinatura.

- Certo! - Começo pela data de hoje... 24 de setembro? É isso? Logo preencho meu nome completo e termino de escrever em tudo. - Pronto!

- Pode subir. Décimo terceiro andar, sala 3. - Ela me entrega o crachá de visitante e sorrio em agradecimento. Vou até o elevador e entro sozinha. Olho-me no espelho e estava com o cabelo mega liso, lápis nos olhos e um batom claro. Era o suficiente. Eu só queria parecer... naturalmente vaidosa, mas não tanto, não de maneira exagerada.

Assim que saí no décimo terceiro andar, meu celular buscou sinal e apitou. Tiro-o do bolso.

 

"Contei mesmo" - Justin.

 

Não respondi. Apenas relevei... Saí num saguão enorme... Eu estava bem perdida. Vi alguns executivos andando de um lado para outro, quase todos falavam no celular. Procurei pelas portas e a numeração era decrescente: do 12 para trás... Assim que chego na três, bato na porta. A mesma é aberta por um homem sério, alto, loiro de olhos claros, roupa de executivo. Para ser mais precisa, de detetive.

- Mellanie Schneider? - Ele estica a mão para me cumprimentar e seu sotaque era engraçado. Afirmo com a cabeça.

- Sim!

- Bem-vinda. - Nos cumprimentamos com um aperto de mão e ele fecha a porta. Eu estava numa espécie de sala de reuniões. O cara era sinistro, muito sério, mas tinha uma pinta de bom moço. Eu me senti perdida. - Fique à vontade... Eu só vou pegar os seus dados que estão no meu iPad e volto em instantes. Ele sai da sala e fecha a porta.

 

Justin P.O.V

- Meu, ela me acordou para saber se eu já tinha acordado os dois! Eles entram no colégio uma hora da tarde! - Visto minha bermuda e passo a toalha no cabelo. Logo Anna passa pelo corredor e para na porta do meu quarto, ao perceber que eu já estava vestido.

- Ela é mãe... é óbvio que se preocupa até demais.

- Até demais? Eu sou o pai! Se eu quiser, eles vão acordar meio-dia. Eu que estou aqui agora, não ela. Eles têm o direito de descansar.

- Mas eles estão acostumados com outro horário...

- E ainda tem mais! Ela reclamou porque eu contei à Anne sobre sua viagem.

- E por que você contou?

- Porque... sei lá, eu contei.

- Vocês dois não tem jeito mesmo.

- Não temos jeito? Eu dei a maior lição de moral nela ontem mesmo e sabe o que ela fez? - Saio do quarto e penso no que dizer. Não diria que ela implorou para fazer sexo comigo. - Ficou implorando para que eu ficasse com ela, desse atenção... A Mellanie é louca.

- Ela fez isso?

- Fez! Nem eu acreditei...

- Olha, Justin... O melhor que você tem a fazer agora é deixá-la de lado, já que ela está longe, e lembrar que você trabalha e seus filhos estudam.

- Eu sei, eu sei. - Desço as escadas e corro até a Vallery, que estava sentada no sofá, ainda de pijama, assistindo desenho com uma boneca no colo. - Bom dia, princesa. - Dou um abraço apertado nela, que me dá um beijo no rosto. - Dormiu bem?

- Uhum... Eu quero a mamãe.

- Você tem que querer o papai! Logo ela volta. Eu vou ficar aqui.

- Eu sei, mas você não é ela. - Faço careta.

- Você não gosta do papai? - Faço bico com os lábios.

- Gosto sim! Eu gosto. - Ela diz toda fofa. - Mas eu queria a mamãe aqui também...

- Tudo bem, eu entendo... E cadê o seu irmão?

- Tá lá fora com a Li. - Ela aponta para a porta de vidro e dou-lhe um beijo na testa. Vou até a copa e pego um copo de suco de laranja gelado. Tomo e vou atrás da Anna, que estava no meu escritório. Paro na porta.

- Você acha que eu estou errado?

- Com relação a que?

- Isso... Eu estou evitando dar atenção a Mellanie, porque, já que ela está longe, dará mais valor quando voltar.

- Olha, Justin... A Mellanie é duro de lidar, você também é. Eu acho que você não pode se prender a isso.

- Eu sei disso, mas, caramba! Ela decidiu viajar de uma hora para outra. Foi realmente de uma hora para outra... Estávamos aqui no meio da tarde e ela simplesmente recebeu uma ligação e foi se programar.

- Ela não contou nada a você antes?

- Nem a mim, nem a ninguém. Mais um motivo para ela ser ignorada.

- Você não pode ignorá-la quando ela quiser saber sobre as crianças.

- Ela pode muito bem ligar no telefone de casa, ligar para você, para a Lisa ou até mesmo a Lauren. Não há necessidade em falar comigo.

- Então você não se importa mais com ela como antes? É isso?

- Wow! - Gesticulo. - Não é bem assim... Eu amo a Mellanie, Anna, você sabe. É que eu estou pensando em fazer algo daqui uns dias...

 

SPOILER

Pois bem. Arrume outro para fazer o papel de idiota que eu fazia. - ele diz sem me olhar nos olhos e continua andando. - Eu estou furioso. Some daqui.

- Não... Olha... Vamos conversar. - Falo. - Tem algumas coisas que eu quero te dizer.

- Oh, tem? - Ele pergunta. - Guarde para você.

- Para de me tratar assim.

- Meu. Cala a boca. É sério. Eu não quero falar com você agora. Me deixa. - Ele me empurra de leve. Paro e ele continua andando. 
 


Notas Finais


Boa madrugada!!! Demorei pra postar o cap porque tive imprevistos na noite passada e hoje postei bem tarde porque tava arrumando umas coisas e pensando em como mudar os próximos caps lol alguns deles já estão escritos.
Não vou enrolar com ela em Estocolmo, ok? Isso foi só pra vocês saberem o ambiente em que ela tá, ele também e tal. Quero opiniões e tal! To muito feliz que vocês estão expressando suas opiniões.
Dessa vez o prox cap não irá demorar ok bjos no coração de todas.


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