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História Behind The Secrets - third season - Airplane


Escrita por: featollg

Capítulo 53 - Airplane


Sento-me no sofá de frente para a cama em que Mellanie estava e ouço Rick me avisar sobre a decolagem. Espero com que finalmente saiamos do chão e abro meu lanche. Eu a observo pensando em qual será sua primeira reação assim que abrir os olhos... Daqui duas horas, espero eu.

Passo mais de meia hora sentado ao lado da Mellanie na cama vendo tevê enquanto ela está completamente apagada. Esse remédio é realmente forte.

- Tudo certo por aí? - Ouço a voz do Rick e logo me levanto.

- Sim! - Aperto o botão ao lado da televisão para que ele me ouça. - Estamos voando há quanto tempo?

- Uma hora e meia. Vamos para dentro de duas horas e meia.

- Certo. - Volto para a cama e tiro minha camisa. Coloco a televisão no modo de músicas e deixo no estilo R&B aleatório. Começa com The Weeknd. Bem... A Mellanie precisa acordar dentro de uma hora e meia.... ou seria meia hora? Até lá, terei tempo o suficiente para pensar em como reagir com ela ao certo. É óbvio que eu a amo, que eu a quero de volta, mas ela precisa sentir isso da pior maneira.

Jogo uns jogos bestas no meu celular para passar o tempo enquanto ouço a música em volume ambiente. Assim que meu celular avisa 10% de bateria, procuro pelo meu carregador e não encontro. Abro a bolsa da Mellanie e começo a vasculhar. Wow. Encontro uma embalagem de teste de gravidez. Ela está grávida? Por que comprou isso?

- Mellanie. - Eu a chamo. - Mellanie. MELLANIE. - Ela não acorda. Oh meu Deus... Será que grávidas podem tomar esse comprimido? E se ela realmente estiver grávida? Puta merda... Começo a andar de um lado para outro completamente nervoso. E se ela realmente estiver grávida? Não é possível... Que merda. E... E se ela não acordar mais por conta dessa droga de remédio? Sento-me na cama, ao lado dela, e minhas mãos estavam trêmulas. Eu realmente estou uma pilha de nervos. Passo as mãos pelo cabelo e derrubo o boné no chão. - Mellanie! - Eu a chamo mais uma vez... Nada dela acordar. Ok. Ela tem mais uma hora e meia para acordar, no máximo. Até lá eu morro. E se ela realmente estiver grávida? Não pode ser. - MELLANIE, pelo amor de Deus. - Eu grito e passo a mão esquerda em seu cabelo. Ela suspira num sono cada vez mais profundo e nada de acordar... Bato com os pés no chão e reclamo para mim mesmo. Que droga. Eu sou um idiota. O que me deu na cabeça para trazê-la aqui completamente inconsciente? Ela vai me matar quando acordar. Começo a andar pelo jato e entro no quarto... Olho o banheiro, logo a outra televisão e paro um instante perto das janelas. Puxo a cortina para iluminar o ambiente e atravessávamos nuvens... O tempo me parece bom. Essa hora não passa logo. Puta merda.

Volto até a bolsa dela e começo a vasculhar tudo... O teste de gravidez não estava lá, apenas a embalagem. Isso significa que ela fez na correria... Provavelmente não queria que ninguém visse. Mas quem poderia ver? Ela estava sozinha lá! Cacete. Por que eu não liguei para saber como ela estava? Ok. Ela precisa acordar agora.

Sento-me na cama novamente e começo a acariciá-la. Tiro sua bota e a coloco no chão. Subo minhas mãos por suas pernas e ergo um pouco sua blusa de manga comprida. Ela estava completamente dopada. Não acordaria nem se eu transasse com ela agora mesmo. Dou um beijo em sua barriga e subo até a boca de seu estômago. Nada dela acordar. Ok. Pelo menos está com a respiração regular... Deito-me ao seu lado e rezo para que acorde logo, me diga que história é essa de gravidez e fique bem. É só isso que eu quero. Não conseguia descansar a mente. Será que realmente tem algum problema em tomar esse remédio se ela estiver mesmo grávida? Bem... Pode ser que ela não esteja. Nós transamos antes dela viajar e... Há duas semanas? Caralho.

Tento relaxar por um tempo, mas é praticamente impossível... Fecho os olhos por instantes com milhões de pensamentos rodeando minha consciência e acabo caindo no sono. Acordo com o Rick falando.

- Preparar para aterrissagem. Apertem os cintos ai! Tudo certo? - Levanto-me com preguiça e aperto o botão.

- Sim. - Volto a me deitar e olho para a Mellanie... Eu dormi por mais de uma hora? Se já estamos pousando, ela teria que ter acordado há uma hora... MEU DEUS. - MELLANIE! - Eu a cutuco e aperto seus braços. Ela resmunga, mas não acorda. Dou um beijo em seu rosto e a seguro para que não caia. Aterrissamos e espero mais de um minuto para voltar a ficar nervoso. Enquanto o avião continua reduzindo a velocidade já no chão, eu a seguro em meus braços.

Assim que paramos completamente, Rick abre a cabine e aceno para ele.

- Ela ainda não acordou? - Ele diz surpreso.

- Não... - Sento-me na ponta da cama e calço os chinelos. - Eu já estou nervoso.

- Tente acordá-la... - Ele diz.

- Eu já tentei! - Falo nervoso. - ELA NÃO ACORDA. - Ele coloca a escada.

- Olha... Calma... Desce um pouco. Vamos voltar a voar em 10 minutos. - Ele desce as escadas e eu vou atrás. Nem sei onde estamos. Começo a descer as escadas e ventava forte, o clima estava ameno... Será que estamos na América? Oh, eu estava sem camisa. Piso no chão e olho ao redor... Estava no meio do nada? Haviam dois outros jatos mais distantes e avistei alguns prédios mais à frente. Rick cumprimentou um cara com roupa de comandante e dei a volta no jato... Seria ótimo se a Mellanie acordasse agora.

Vou até eles e cumprimento o comandante com um aperto de mão.

- Muito prazer, Justin Bieber. - Estendo a mão esquerda e ele aperta.

- Senhor Bieber... Ouço muito sobre você. Sou o piloto Austin Benné. - Concordo enquanto ele fala. - Nós estamos em Vancouver. - Nada como o Canadá...

- Podemos decolar agora? - Rick pergunta.

- Certo... Eu vou voltar para o jato... Por mim, sim. - Ando calmamente até a escada e olho ao redor... Há anos eu não vinha aqui. Entro no jato e Mellanie continuava dormindo. Droga. Passo por ela, que estava exatamente na mesma posição de quando acordei. Eu realmente espero que ela acorde logo.

Pego meu celular e... Estava zerado. Não mexo desde que encontrei o teste. Pego o carregador dela e conecto na tomada ao lado do frigobar.

Pego o celular dela para ver que horas são... 15h10. Estou confuso com o fuso horário... Era para ser umas 17h no horário da Rússia. Então ela está dormindo HÁ 7 HORAS? OH MEU DEUS!

Rick sobe no jato ao lado do Austin e eles puxam a escada.

- Tudo certo? - Rick diz.

- Sim. - Respondo e suspiro. Volto até a cama e abro o frigobar. Pego um biscoito e logo uma barra de cereal. Tomo um gole d'água e sou avisado que iremos decolar. Seguro a Mellanie e, minutos depois, já estávamos voando novamente. E se ela não acordar? Há tempos eu não ficava tão nervoso... Meu coração queria saltar pela boca só de pensar que ela pode estar grávida e esse remédio tenha feito mal. - Mel... - Sussurro e apoio sua cabeça em minhas pernas. Começo a acariciá-la, que, finalmente, desperta aos poucos. Mellanie vira na cama e coloca as mãos no rosto. Suspira fundo e abre os olhos devagar. Nem acredito!!!

- Eu achei que você não acordaria hoje! Como se sente? - Falo nervoso e ela me olha de ponta cabeça, parece confusa, atordoada. É normal que ela fique um pouco desligada mesmo... Falo da gravidez agora?

- Eu estou com dor de cabeça... - Ela diz em um fio de voz e mal abre os olhos.

- Você está gravida? - Não seguro minha língua. Ela me olha estranhando a pergunta.

- O quê? - Diz lenta. - Eu... não. - Respiro aliviado pela situação, mas bem que eu queria que ela estivesse... Mellanie me cerra com os olhos e dou um beijo em sua testa. - Onde eu estou? O que você faz aqui? - Ela coloca as mãos na cabeça e pisca diversas vezes, já sentada em minha frente. Ela parecia completamente dopada, falava lenta.

- Passe uma água no rosto. Estamos voando.

- O quê? Você está na Suécia?

- Estamos num avião... - Falo com a voz mansa e ela parece atordoada, não reage com surpresa.

- Eu preciso ir ao banheiro. - Ela senta na cama e logo se levanta. Anda ciente do ambiente em que está e, minutos depois, abre a porta.

- Oh meu Deus! Onde nós estamos Bieber? - Ela olha para os lados e coça os olhos. - Por que estamos nesse avião?

- Estamos viajando... Você ainda deve estar atordoada.

- Eu estou tonta e não sei o que está acontecendo, mas eu vou matar você dependendo do que seja tudo isso... - Ela fala completamente perdida e volta para a cama.

 

Mellanie P.O.V

Acordo sem querer e me deparo com o Justin em cima de mim... Eu estava... deitada nele? O que ele faz aqui? Minha cabeça dói. Não consigo raciocinar direito... Ele diz que estamos voando e apenas vou ao banheiro. Minha bexiga estava doendo como se eu não fizesse xixi há dias. Passo uma água no rosto e abro a porta. Seco meu rosto e paro por um instante. Nós estamos no avião dele! O que eu faço aqui? Como eu cheguei aqui?

Volto para a cama que estava antes. Cadê os meus filhos? Como eu vim parar nesse lugar?

- Cadê os meus filhos? - Pergunto mole e volto a deitar a cabeça. Mal conseguia abrir os olhos.

- Estão dormindo... - Ele acaricia meu cabelo. - Você quer comer alguma coisa? Quer água?

- Quero... - tento voltar a ficar sentada e minha cabeça gira. - Ai. - Coloco a mão na testa e fecho os olhos por alguns instantes.

- Calma... Deite-se. Eu vou pegar algo. - Ele se levanta e eu deito minha cabeça num travesseiro. Fecho os olhos. - Aqui está. - Ouço barulho de pacote. - Alguns cookies integrais de chocolate... Depois é bom você comer um lanche natural.

- Eu estou me sentindo mal. - Falo enquanto mastigo dois cookies.

- É... Durma mais um pouco. - Ele toca meu cabelo.

- Eu quero saber o que está acontecendo.

- Você ainda não está consciente... Logo eu te acordo e você verá. - Começo a comer devagar e ele me entrega uma garrafa d'água. Mal conseguia abrir os olhos. O que está acontecendo comigo? 

- O que está acontecendo comigo?

- É só o cansaço... - Ele me puxa para perto e deito com a cabeça em seu peitoral. Continuo comendo. Ele pega um. - Pode comer tranquila e dormir... Já estamos próximos do destino e você será acordada logo.

- Eu quero ver a Vallery e o Brandon. - Encosto a cabeça e tomo alguns goles d'água. Como eu vim parar aqui?

- Shh... - Ele me abraça e deixo os cookies de lado.

 

Justin P.O.V

Eu aproveito que ela está meio avoada e passo meus braços por sua barriga, mantendo-a abraçada comigo. Mellanie toma alguns goles de água com os olhos fechados e dou dois beijos em sua bochecha. Ela sorri quase dormindo e termina de comer os cookies. Toma mais alguns goles d'água e deita de vez a cabeça em meu corpo. Começo a acariciá-la no cabelo, que dorme em instantes. Ufa. Ela não se tocou de nada. Essa anestesia é realmente muito pesada. Estico a mão até o controle e coloco na rota do avião. Ainda vai demorar umas seis horas... ou até mais. Pelo menos ela despertou e forrou o estômago.

Dou vários beijos no rosto dela e colo minha respiração em sua bochecha. Ela é tão linda. Tomara que não fique tão brava quando acordar pra valer... O que deve acontecer daqui a pouco.

Após um bom tempo tendo-a deitada em mim, Mellanie começa a despertar e se afasta de mim num pulo.

- AI MEU DEUS. - Ela grita e me faz rir. - Não é engraçado. Onde nós estamos? Por que eu estou aqui? Como eu cheguei aqui? - Ela sobe as mãos no cabelo e desvia o olhar trocentas vezes. - Eu não sei o que está acontecendo. - Espero que ela diga o que quer. - JUSTIN. - ela me chacoalha pelo braço.

- Estamos no nosso jato. Nós estamos a caminho de um lugar bom. - Falo com toda calma. Ela arregala os olhos e senta na cama. Coço minhas costa enquanto ela fala.

- Eu não acredito nisso... Como aconteceu? Cadê os nossos filhos? Eu lembro que... Eu peguei o voo para Moscou... Eu entrei naquele avião, então eu... Eu... O que eu faço aqui? Eu comi alguma coisa? MEU DEUS. EU ESTAVA NA SUÉCIA.

- Eu não entendo seu desespero. As crianças estão com a Anna, a Lauren e a Lisa. Quanto a isso você não precisa se preocupar.

- Eu quero saber o que você aprontou comigo! Isso é impossível! Nós estamos em uma avião... - ela se levanta inconformada com a situação e começa a andar em minha frente, passa só de meias pelo chão ao lado dos sofás e olha na janela: só o azul do céu.

- Atenção, passageiros, enfrentaremos uma turbulência. Peço que permaneçam sentados. - Eu estico os braços.

- Vem logo. - Eu a puxo e, com a turbulência, Mellanie cai em cima de mim. Eu a mantenho ao meu lado. - Assim que chegarmos, eu te explico melhor... Relaxa.

- Relaxa? Você me raptou? Foi isso?

- Foi.

- Eu detesto você. - Ela fala ao me olhar e eu a abraço com força.

- Eu também detesto você. - respondo e dou um beijo em seu rosto. Ela bufa brava.  - Mas eu adoro te ver brava.

- Não fala comigo! Você não me diz o que está acontecendo. - Ela diz com o olhar no teto, enquanto ainda enfrentamos a turbulência.

- Relaxa...

- Eu quero os meus filhos. - Ela diz brava. Eu coloco as mãos em cima das suas e logo acaricio seu cabelo. Ela franze o cenho. - Justin! Isso não é momento para você tentar me deixar calma com carícias. Primeiro porque eu não sei o que te deu na cabeça.

- Eles estão em Moscou... E... Nós estamos longe, acredite. - Ela arregala os olhos.

- Por que você está me tratando assim? Por que você agora não está me tratando mal?

- Eu estou te tratando como você está me tratando bem agora. - Sorrio largo e a turbulência parece reduzir. - Relaxa...

- Eu quero entender o que aconteceu!

- Eu não vou te contar aqui.

- Que droga. Mas eu preciso saber! O que está acontecendo? Nós estamos indo para São Francisco?

- Não.

- Canadá?

- Não.

- É... México? - Rio. - Eu quero entender o que acontece. Por que eu estou aqui com você? Não faz sentido tudo isso... Não mesmo. Eu quero voltar para Moscou. Você está me deixando nervosa.

- Mellanie, sossega. Só mais um pouco e já chegaremos. Enquanto isso, reflita um pouco sobre nós...

- Não tem nós.

- Agora, nesse momento, quem está aqui?

- Eu e você.

- Nós. Reflita. - Pisco para ela, que fica irritada e se levanta assim que voltamos na frequência normal do voo. Ela começa a andar por todo o jato.

Tudo bem... Ela está reagindo melhor do que eu pensei. Será que a tendência é piorar?

 

Mellanie P.O.V
 

- Me diz agora onde nós estamos. - Ele pega o controle e faz um gesto para que eu espere.

- Agora, nesse exato momento, estamos... Acho que... Sobrevoando a América do Norte? - Ele fala com dúvida.

- AMÉRICA DO NORTE? QUE DIA É HOJE? EU DORMI UM DIA INTEIRO? Ai meu Deus. EU QUERO OS MEUS FILHOS. ME TIRA DAQUI. VOCÊ É LOUCO. - Grito descontrolada e ele fica de pé. Vem até mim. - QUE CARAMBA. COMO EU VIM PARAR AQUI?

- Ei.... Nós voamos rápido... Você dormiu bastante, acordou há uma hora, mas estava meio mole, então comeu alguma coisa e dormiu de novo. - Ele se aproxima lento. - Calma. Você me conhece o suficiente pra saber que estamos indo a um lugar legal.

- Eu quero esganar você.

- Hoje ainda é quarta-feira... Mas o fuso horário me deixa um pouco confuso. - Ele dá os ombros e tenta me tocar. Resmungo.

- Você é louco.

- Eu sou.

- LOUCO! EU QUERO IR PARA CASA, eu estou exausta. MEUS FILHOS ESTÃO DO OUTRO LADO DO OCEANO. EU QUERO VOLTAR AGORA.

- Nós vamos chegar, você vai conhecer o lugar e então, se quiser, pode ir embora na hora.

- POR QUE NÓS ESTAMOS AQUI?

- Mellanie, se acalma. Você não tem porque estar nervosa desse jeito... Você pegou alguém naquela viagem louca? Foi isso?

- E se for?

- O problema é seu. Eu só estou fazendo uma pergunta.

- Eu não peguei ninguém. - Nego com a cabeça. - Mas eu quero esganar você. - Me aproximo. - Por que você fez isso comigo? Como?

- Pela milésima vez, conversaremos sobre isso quando chegarmos lá... Por enquanto, apenas relaxe.

- Eu odeio você. - Falo cheia de estresse e ele sorri largo. Oh meu Deus. O que eu faço com esse sorriso? Ok, eu relevo. Desvio o olhar de imediato e mordo minha própria boca, sem querer. Eu não sabia como reagir... Não sei sequer o que está acontecendo. Como eu vim parar aqui? O que eu mais queria agora era a Vallery e o Brandon comigo. Eu estou morrendo de saudade deles. - Você não deveria rir quando eu digo isso.

- Por que você não aproveita que estamos aqui para me contar sobre a sua viagem?

- Isso te interessa?

- Sim. - Ele afirma com a cabeça. - Sente-se aqui.

- Eu não quero.

- Largue de chatice. - Ele diz impaciente e me puxa pelo braço. Logo me sento na cama e ele fica quase deitado. - E então...

- Foi legal. Lá é um país bom de ficar, mas não gostaria de morar lá...

- Por que não?

- Porque não é a minha cara. Eu gosto de Moscou, gosto de estar com os meus filhos no apartamento... Gosto da minha vida.

- Você gosta dessa vida? De solteira? Do apartamento?

- Gosto! Você não gosta? - Pergunto e ele faz que sim.

- Nada mal.

- Então... Mas a entrevista em si foi pesada. Eu peguei uma boa base da empresa e eles queriam me contratar, mas não era viável. Enfim... Conheci três shoppings de lá. Não lembro os nomes, eram complicados.. Passou voando. Fui a uma casa noturna e a alguns restaurantes.

- Você saia sozinha por lá?

- Sim! Foi legal. Eu não era controlada por ninguém.

- Mas você não fez amizade?

- Não... Eu fiquei, o quê? Dois dias lá? O idioma é complicado demais.

- Huh. - Ele suspira. - Ok.

- E você?

- O que tem?

- Como foi com as crianças?

- Normal... Eles sentiram muito a sua falta.

- Sério?

- Sim. - Ele afirma com a cabeça e coloca as mãos para trás, na cabeça.

- E por que você me tratou mal?

- Eu?

- Sim. - Falo calma e cruzo as pernas na cama, logo me deito ao lado dele.

- Eu te tratei como você me tratou.

- Isso é mentira. - Discordo e ele parece não se importar com a minha falta de tolerância.

- Você implorou para transar comigo horas antes de viajar.

- Isso não tem nada a ver com a viagem.

- Mas tem a ver com você ter implorado. Por que você fez isso?

- Porque eu queria muito. - Falo baixo.

- Por que?

- Eu preciso ter um motivo para quer sexo?

- Com o seu ex, sim. - Ok. Ele me pegou. Não respondo e volto a tentar pensar no que o fez me trazer para cá... Como eu não acordei? Como ele fez tudo isso? Não pode ser! Fecho os olhos e me perco nos pensamentos. Sinto a respiração dele próxima e não abro os olhos. Eu entrei no avião do aeroporto da Suécia para voltar à Rússia. Como eu estou aqui?

- A verdade é que eu quero que você tire um tempo para pensar... - Ele sussurra em meu ouvido. Estremeço. - O tempo que precisar.

- Qual o propósito para tudo isso? - Pergunto séria e ele dá os ombros, ainda tão próximo.

- Qual você achar que deve ser. - Ele responde e eu respiro fundo. Dei um selinho nele sem querer, querendo... Logo dei mais um e Justin abriu um sorriso de lado. Abri os olhos e ele me encarava tão próximo, quase em cima de mim. Por que eu estou fazendo isso? No fundo, eu estou brava. Não sei o que acontece aqui. Não sei onde estou. Não sei desde quando estamos aqui... Para onde ele quer me levar? Nesse meio tempo em que tirei para pensar, Justin não moveu um dedo. Ele me conhece o suficiente. Droga. Passei a mão direta por seu rosto e o acariciei.

- E se eu não achar nada? - Pergunto.

- Ai o problema é seu. - Eu o beijo. Ele cede de imediato. Mais uma vez, tomei essa iniciativa. Ele me deixa descontrolada. Que droga! Eu seguro seu rosto com as mãos e ele permanece ali, de lado, sem deitar em cima de mim. Justin beija minha bochecha com força e eu paro no mesmo instante.

- Você vai se ferrar muito quando chegarmos sei lá onde...

- Por quê? - Pergunta cínico.

- Você sabe... Você me conhece.

- Então pare de me beijar. - Ele diz sério e continua com o rosto direcionado ao meu. Observo seus olhos, logo desço até sua boca.

- Eu não estou te beijando. - Respondo com a mesma seriedade.

- Ok. - Ele permanece ali, parado. Fecho os olhos por um instante e me vejo beijando-o nos lábios. Abro os olhos e eu estava ali, encostada na cama, ele em cima de mim, completamente. Justin mantendo seu corpo ereto pelos braços esticados com suas mãos na cama. Justin mantém seu olhar no meu e fecho os olhos por um segundo. Ele lambe os próprios lábios e e sorri pelo canto da boca pra mim. Estremeço completamente. Dou um selinho lento nele, que morde minha boca e eu o puxo para um beijo de língua. - Você é lerda hein. - Ele me provoca e eu o agarro com força. Conforme o avião cai para a esquerda, viramos na cama e ele tenta me segurar. Sorrio com a situação. Seguro seu rosto com as mãos e ele me beija com as mãos em minha cintura. A pegada dele é demais. Perco-me na respiração e pauso o beijo por um instante. Dou mais um selinho nele e logo me afasto.

- Eu queria muito saber o que você está aprontando. - Falo retraída e ele sorri largo pra mim. - Você está ferrado comigo!

- Em qual sentido?

- No pior. - Respondo.

- O seu pior pode ser o meu melhor. - Ele responde ao me dar um selinho forte e duradouro. Abro os olhos e acaricio seu cabelo.

- E se o meu melhor for realmente o seu melhor?

- Ai estamos no mesmo barco. - Ele dá os ombros e sorrio. - Você querendo ou não.

- Você sempre da um jeito de virar as coisas para o seu lado. - Franzo as sobrancelhas e ele pisca lento.

- Eu faço isso porque eu sei que você sempre vai me amar muito... - Ele sussurra em meu ouvido e morde o lóbulo esquerdo. Não respondo.

- Eu só quero que você me explique como eu vim parar aqui... - Falo frágil.

 

Justin P.O.V

Eu fiquei bem mais tranquilo com a primeira reação da Mellanie. A favor ou contra sua própria vontade, ela confia em mim. Ela sabe que eu não seria louco de levá-la a um lugar ruim, chato ou na pior das intenções. Ela comeu o lanche natural, tomou um suco e até assistiu tevê. Não conversamos muito desde que eu comentei que ela ainda me ama. Talvez isso a incomode um pouco.

- Eu estou feliz que você está bem. - Deslizo as mãos por seu cabelo até suas costas. - Você quase me matou de preocupação!

- Eu acho melhor você não falar sobre isso comigo. Você está me deixando ainda mais curiosa. Será que eu devo ficar brava com você agora ou depois? - Ela diz toda fofa e eu me aproximo para beijá-la.

- Depois. - Dou-lhe um selinho. - Eu senti tanto a sua falta.

- Você? - Ela pergunta.

- Eu. - Digo e ela sorri.

- Mas você me tratou tão mal...

- Eu te tratei como você me tratou. Aliás... Vamos falar do que interessa: que história é essa de você ter feito um teste de gravidez? Você quase me matou de susto!

- É o quê? Por que você fuçou minhas coisas? Eu fiz o teste antes de chegar no aeroporto... Eu estava nervosa.

- Você me assustou! Eu pensei que... sei lá... Você estava bem até domingo.

- Eu não quero entrar nesse assunto agora... Há quantas horas estamos voando?

- Umas seis...

 

SPOILER

Tento ligar mais uma vez e ele não me atende. Mas, se ele atendeu e desligou, significa que... Está com o celular em mãos. Ligo para a minha mãe de novo e ela não me atende. Estamos sozinhos no meio do nada. Ele sumiu, eu mal sei onde estou... Oh meu Deus.

- Justin, pelo amor de Deus, me atende. - Peço olhando para a tela do celular e vejo que ele não visualiza o whatsapp há meia hora. Liguei mais duas vezes e deu caixa postal. Sento-me no chão e fecho os olhos à espera dele. 
 


Notas Finais


Os caps estão ficando grandes porque vcs nao querem enrolação e eu preciso terminar essa parte do avião logo lol até cortei umas coisas... Enfim, obrigada por cada uma que tira um tempinho pra ler e tb opinar. Sei que muita gente não comenta por preguiça ou porque realmente não sabe o que escrever, mas o que vale é vcs lerem e gostarem! Bjosss


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