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História Behind The Secrets - third season - Guess what...


Escrita por: featollg

Capítulo 55 - Guess what...


Ele analisa cada movimento que eu faço e passo dos pés até o início da coxa. Ele me olhava sem piscar. Coloco o pé direito no chão e levanto o esquerdo. Faço o mesmo processo e ele continua observando cada movimento.

- Eu vejo sua calcinha perfeitamente daqui. - Ele fala com a voz calma. Coloco o pé no chão e ele molha os lábios com a língua. Pego mais um pouco do hidratante e dIstribuo pelos braços o que restou. Passo um pouco nos ombros e levanto meu vestido na sua frente. Passo o que restou na barriga e volto o mesmo no lugar. Ando até o banheiro e lavo as mãos. Penteio meu cabelo mais uma vez e ele suspira alto. Tranquilo. - Você está linda toda natural. - Sorrio em agradecimento.

- Obrigada. Mas isso não vai adiantar.

- Isso o que?

- Você tentar me deixar menos brava com elogios.

- Babe... - Ele estica os braços e abre mais as pernas. Paro em sua frente sem expressão. - Eu te prometo que teremos longas conversas aqui... É sério.

- Eu não quero conversar. Eu só quero entender o que te deu na cabeça para me dopar e me trazer para cá sem que eu te autorizasse. Isso não foi certo. Você fez algo super errado. - Repreendo-o.

- Eu sei... Mas eu estava animado para vir aqui e sabia que, se eu te perguntasse, você recusaria.

- Óbvio que sim. Nós não estamos mais juntos, não tem motivo algum para estarmos numa casa afastada do mundo.

- Vamos fazer assim... Eu te dou 24 horas para aproveitar essa viagem. Se você não se convencer de ficar aqui comigo até às... - olha no relógio do pulso - 20h10 de amanhã, eu te deixo ir embora sozinha. Caso contrário, ficamos aqui.

- Ótimo. Então eu não preciso desfazer minha mala. - Ele franze o cenho.

- Podemos caminhar? - Ele fala ao descansar as mãos nas pernas. Afirmo com a cabeça olhando ao redor.

- Cadê o meu celular? Eu deixei aqui antes de tomar banho.

- Está na sua mala. Eu também não estou com o meu. - Ele coloca as mãos por cima dos bolsos. - Precisamos de privacidade....

- Você ainda não entendeu que não estamos juntos? Não vamos mais ficar. Não tem mais casamento, não tem mais nada. - Falo calma e apoio com as mãos em seus ombros. Ele beija meu braço e faz careta.

- Gosto de flor. - Droga. Ele me faz sorrir sem querer. - Você não precisa dizer isso a todo momento. Eu já entendi. - Ele levanta. - Vamos.

- Eu quero o meu celular.

- Você não precisa dele agora... Na volta, falaremos com a sua Anna ou a sua mãe sobre as crianças. - Saio do quarto e ele estende a mão para que eu pegue. Hesito. Ele esconde a mesma no bolso e descemos as escadas lado a lado. - Eu não sei se ela chega ainda hoje ou só amanhã mesmo.

Ele me guia até a porta que fica ao lado direito da casa, depois do sofá. Abre a mesma e tira a chave. Saio e ele passa a chave. Guarda a mesma no bolso e olho ao redor. Sinto o cheiro do mar.

- Eu não faço ideia de onde estamos. - Falo séria. - Eu ainda não acredito que você me trouxe para cá.

- Eu também não faço ideia de onde estamos. Você acha que é fácil conhecer essa ilha? - Dou os ombros. - Não é. - Para onde estamos indo? Pergunto para mim mesma.

Começamos a andar em completo silêncio por muitos minutos. Apesar de já ser 20 horas, aqui demora um pouco a escurecer completamente... Parece uma ilha bonita.

Saímos num comércio que parecia ser em três ou quatro ruas. Era tudo muito luxuoso, de verdade. Os restaurantes brilhavam pelo nome na entrada, as farmácias eram atrativas. Sim, as farmácias. Os mercados eram bons... Tinha até lojas de roupas, chaveiros, viagens pelo estado... Era interessante. Não trocamos uma palavra até então. Já estava escuro. Como voltaríamos embora nessa escuridão, sem celular nem nada?

- Podemos jantar agora ou?

- Pode ser. - Concordo. Ele continua andando e para em frente a um restaurante japonês: Yoshi's. Eu adoro comida japonesa, mas ele venera. Será que eu vou mesmo gostar de ficar aqui? Eu preciso muito ver os meus filhos, mais do que qualquer outra coisa.

Justin entra e pede uma mesa para duas pessoas. Somos levados até a última do primeiro andar, perto de uma mesa onde haviam cinco pessoas conversando em uma língua diferente. Era engraçado. Os funcionários tinham um sotaque estranho.

Nos sentamos um em frente ao outro e ele olha as horas no relógio do pulso.

- Que horas são? - Pergunto ao olhar o cardápio.

- 20h30. - Ele responde. - Por conta do fuso horário, conseguiremos falar com a Vallery e o Brandon por volta da meia-noite. - Balanço a cabeça e começo a escolher minha entrada. - Hot California?

- Sim. Vou pedir salmão também. - Ele chama o garçom e continuo olhando o cardápio. - Boa noite. Eu quero uma porção de Hot California e 10 salmões. Uma garrafa de Heinken e... - Ele olha para mim. - Pode ser o mesmo? - Balanço a cabeça. - Duas Heinken, por favor.

- Certo. Vocês querem molho extra?

- Por favor. - Justin responde e fecha o carpado. - Você vai beber hoje, numa boa?

- Só um pouco... Já que estou afastada do mundo mesmo. - Não conseguia parar de pensar nas crianças. Será que eles estão bem sem mim?

- O que te preocupa? - Ele fala ao esticar mais as pernas e feito o cardápio.

- Nossos filhos... Eles devem estar chorando.

- Não estão. Você precisa de um descanso. Eu também. - Suspiro. - Relaxa um pouco. - Logo as garrafas de Heineken foram colocadas na mesa, dentro de um balde cinza coberto por gelo e duas taças. O garçom abriu as duas garrafas e serviu nossos copos.

Tomo um gole e ele logo o copo todo. Minutos depois chegam nossas entradas e pego meu hashi. Começo a comer o Hot California e... Nossa... Há tempos eu não comia japa.

- Está bom demais. - Falo olhando para ele. Justin concorda e começa a comer os salmões. Acabamos com tudo em cinco minutos.

- O que mais você quer? - Ele questiona.

- Eu não sei... Pensei em comer um bolinho primavera. Mas só um.

- Só isso?

- É... - Concordo. - Eu já comi relativamente bastante.

- Eu quero 3 bolinhos primavera e uma garrafa d'água. Você já pode trazer a conta, por favor. - Justin fala simpático e o garçom logo deixa a mesa. Voltamos a ficar em silêncio. Ele acaba com sua garrafa de cerveja e suspira. Tomei metade da minha e enchi meu copo. Sobrou mais ou menos 100ml.

- Eu não quero mais... Você pode tomar? - Ofereço a ele, que afirma com a cabeça.

- Deixe ai, eu já pego. - Era estranho estarmos sem celular. Eu não estava nem com a minha carteira. 
Nossos bolinhos chegam e a garrafa de água dele também.

Como meu bolinho um pouco rápido e para mim já chega. Hora de parar de comer. Aproveito alguns minutos para analisar o Justin e ele come olhando para mim. Não se incomoda com o fato de que eu o observo. Ele pega minha cerveja e termina minha garrafa. Justin tira o cartão de crédito do bolso e chama o garçom assim que termina de comer.

- No débito. - Justin diz antes que a pergunta seja feita e a máquina é colocada na mesa. Ele coloca sua senha e logo assina um papel. Tento enxergar a conta, mas não consigo. Está distante.

- Muito obrigado. - O garçom diz. - Voltem sempre! - Justin sorri em agradecimento e faço o mesmo.

- Vamos? - Falo e ele concorda.

Saímos do restaurante e ele anda ao meu lado. Não me toca.

- Você quer dar uma volta?

- Não... Estou sem meu celular e a minha bolsa. - Dou os ombros. - Temos que comprar algo?

- Sim... algo para o café da manhã. - Ando até o mercado e ele vem atrás de mim.

- Ah. Ok. - Concordo. - Eu preciso de um doce... - Estou entrando na tpm. Coitado.

 

Depois de vinte minutos no mercado, demos uma volta pelo comércio e Justin me disse que as pousadas da ilha estão próximas daqui.

- Está tudo tão escuro... Não tem como pegarmos um táxi?

- Já estamos quase na metade do caminho.

- Eu sei... Mas... - Olho ao redor. - Eu estou com medo.

- Mel... Qual é... - Ele fala ao meu lado. - Leve essa sacola. - Dá uma na minha mão. - Relaxa. - Ele segura minha mão e aperta com força. Tenta me passar segurança. Nem ele sabe direito onde estamos.

- Justin, é sério. - Paro de andar. - Eu não sei onde estamos.

- Calma, amor... - ele fala sem querer? - Estamos perto da casa. Eu lembro o caminho... Está um pouco iluminado mais à frente - Grudo em seu braço e ouço os barulhos de insetos nas árvores. Não que eu tivesse medo no dia-a-dia, mas agora o assunto é outro.

- Eu tinha que estar com a lanterna do meu celular. - Justin anda colado comigo e parece não se importar com a situação.

- Está vendo aquela luz à esquerda? - Olho para onde ele aponta e não vejo nada.

- Não.

- Nem eu.

- Você é idiota. - Ele ri.

- Eu só queria descontrair. - Reviro os olhos e paro de andar.

- Não é melhor esperarmos um pouco?

- Não. Você quer ficar no escuro?

- Eu gosto do escuro. Só não gosto de ficar no meio do nada... - Olho ao redor e ele para de andar e me solta. - Não me solte. Por favor.

- Eu estou aqui. - Ele para em minha frente. - Por que você está com medo? Só estamos fazendo o caminho de volta.

- Eu não, não sei. Estou bastante nervosa por estar nessa ilha louca da noite para o dia. Você me deixa louca.

- Você também me deixa louco. - Ele sussurra. - Já pensou em fazer sexo no meio do nada? Bem onde estamos?

- Arrume uma mulher então, porque você sabe que não temos mais nada.

- Ok. Arrume um homem para te ajudar nessa escuridão. - Ele sai da minha frente e, do nada, o perco de vista. Odeio combater meu orgulho.

- Justin! Para com essa brincadeira idiota. - Olho ao redor e não vejo nada. Continuo andando pela rua deserta e não o vejo. Onde ele esta? - JUSTIN. - eu estava quase chorando. Meu nervosismo era real. - VOCÊ É UM IDIOTA. - grito e continuo andando à diante. AH.

- BU. - Ele cutuca minha cintura e chega de lado. - Você precisa de mim. - Dou um pulo de susto.

- Você é idiota. Que droga. Isso não foi legal. Eu te disse que estava com medo. - Falo brava. - Falta quanto para essas 24h acabarem? - Ele beija meu rosto e me aperta com força.

- Eu só quis brincar com você.

- Você está me deixando ainda mais brava. Sério. - Ele beija minha bochecha esquerda.

- Eu amo você irritadinha.

- CALA A BOCA. - Grito. - Que saco - Bufo no meu limite de irritação - . Você está levando na brincadeira o fato de que eu quero chegar logo e estou com medo. Me ensina o caminho que eu volto sozinha.

- Nós já estamos chegando. É só virar à próxima esquerda e já estaremos naquelas mansões. - As lindas casas que vi assim que deixamos a casa em que estamos.

Logo chegamos e não trocamos uma palavra. Justin coloca as quatro sacolas na bancada - mesa - da copa e me observa tentar guardar as coisas na geladeira que estava completamente vazia. A mesma era prateada. Muito bonita. Guardo os lanches prontos, os dois sucos, as barras de cereais, duas barras de chocolate, um saco de balas de menta, duas maçãs, um cacho de uvas e logo os biscoitos ali mesmo.

- Você está mais calma para conversarmos agora?

- Eu quero ir embora daqui. Eu quero os meus filhos. - Falo nervosa. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Ele pega minhas mãos e entrelaça nossos dedos. Ficamos próximos.

- Você não precisa ficar nervosa desse jeito... - Ele fala com a voz suave e aproxima seu rosto do meu. - Eu amo você mais do que tudo. E se eu te trouxe aqui, é porque eu sei o que estou fazendo. - Ele sussurra e fita meus lábios. Mordi minha boca e ele quase me dá um beijo. Para a um milímetro dos meus lábios e eu o beijo. Sim. Mesmo de mãos dadas, nos beijamos de maneira diferente. - Você quer subir para conversar agora?

- Eu não sei... O que você tem a me dizer?

- O que você quiser saber. - Ele dá os ombros e coloca as mãos em meu pescoço, cobrindo-o. Justin me dá um selinho. - Eu só quero que você relaxe. - Concordo com a cabeça e subimos as escadas de mãos dadas. - Você só deve conhecer o quarto de núpcias depois que decidir se ficará aqui ou não. - Olho-o descontente. - É.

- Eu estou me sentindo perdida hoje. - Entramos no quarto reserva e Justin deixa a porta aberta.

- Não esquenta. Você quer que eu fique aqui com você? - Claro que eu queria.

- Sim. - Ele segura minha nuca de novo e beija meus lábios. Mordo os seus e os puxo devagar. Ele geme baixinho. Justin me beija com ainda mais desejo e caio deitada na cama. Ele puxa meu vestido para cima de uma vez só e beija todo o meu pescoço. Gemo baixo. A recíproca é verdadeira. Passa o vestido pelo meu pescoço e logo meus braços. Eu já estava ali, entregue, em menos de 90 segundos.

- Se você estiver incomodada com a situação, eu paro. Mas eu só quero que você relaxe.

- Eu preciso relaxar, você também...- Falo olhando para ele, que tira a regata e joga no chão. Fecho os olhos e torço para que meu cérebro não se arrependa de nada. Meu corpo pede por ele. Justin sobe as mãos da minha cintura até meus ombros. Ergo a pélvis com a sensação e sinto sua ereção.

- Eu quero você. - Ele sussurra e abre meu sutiã devagar. Trocamos beijos quentes e percorro minhas mãos por seu peitoral.

- Tira a bermuda. - Ele sorri e me obedece de imediato. Fica de pé no tapete apenas com a cueca. Tira uma camisinha do bolso e joga em cima de mim. - A cueca. - Aponto e pisco para ele. Justin sorri para mim. Ele tira a cueca e coloca as mãos no membro. Estava super ereto. Sorrio ao vê-lo empolgado e sento-me na cama. Ele fita meus seios descarado.

- Você é tão linda. - Murmura a meu favor e ele senta na cama. - Eu amo cada detalhe do seu corpo.

- Deite-se. - Justin deita na cama - Quietinho. - Ele fecha os olhos: Assopro seu membro e ele geme. Mordo sua glande com leveza nos dentes e Justin geme sem controle algum.

- Ohh... - Ele geme alto. Senti falta de sua verdadeira reação. Há quanto tempo eu não fazia isso? Começo a chupá-lo deslizando-o em minha boca e o seguro com a mão direita. Dou alguns beijos em sua glande e ele geme sem parar. - Caralho. - Sussurra e estica as mãos. Ele segura meu cabelo e puxa os fios. Sem aviso prévio, ele ejacula bem na minha boca e engulo. - Caralho. - Repete a mesma palavra e coloca as mãos no rosto. - Eu te amo demais. - Assopro seu membro e ele fica todo arrepiado. -  Você sabe que isso me deixa descontrolado. - Ele fala com a voz ofegante e meu coração palpita cada segundo com maior intensidade. - Porra. - Olho para ele e passo a língua em volta de sua glande. Justin me puxa pelo cabelo e rio com seu desespero visível. Deito em cima dele e nos beijamos com toda pressa do mundo. Ele me deita na cama por baixo e fica por cima. Não paramos de nos beijar nem mesmo por um segundo. - Você é minha mulher. - Respondo com um sorriso involuntário. Sinto que ele toca seu membro em minha intimidade e para em minha calcinha. Arranho seu pescoço e meu coração queria saltar pela boca. Que sensação é essa? Assim como a dele, minha respiração também estava em falta. Seguro seu pescoço e ele respira ofegante em meu ouvido. Justin senta em minhas coxas e começa a puxar minha calcinha para baixo. Abro a camisinha e entrego a ele, que vem mais à frente e coloco nele. Justin murmura assim que o solto e ele cai de boca em meu seio esquerdo. Contorna minha auréola com a língua e chupa devagar. Faz o mesmo com o outro e murmuro baixo. Ele me deixa frágil. Coloco as mãos em seu cabelo e ele roça o membro em minha perna. - Você não quer engravidar de novo? - Ele sussurra ofegante. Eu quero. Mas estou tão confusa com relação a ele bem agora.

- Quero. - Sussurro de volta e ele me dá um selinho. Logo vejo que tira o preservativo e deixa ao meu lado. Justin sorri com perversão no olhar e morde meu lábio. Ergo minha pélvis e Justin desliza em mim de um segundo para outro. Gemo alto. Eu sentia falta de senti-lo como meu homem.

- Eu também. - Ele sussurra de volta conforme me conduz a obedecê-lo e acompanho seu ritmo. - Você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. - Ele diz com a boca colada na minha e começamos um beijo lento. Sorrio entre o beijo e começo a arranhá-lo nas costas. Ele estava muito animado. - Você sentiu falta? - Ele beija minha bochecha e geme baixo conforme acelera o ritmo e eu quase o furo nas costas com as unhas.

- Muita. - Mordo sua orelha e Justin vai ainda mais fundo. Gemo alto e ele murmura em satisfação. Atinjo meu ápice e perco a força nas pernas. Tudo para. Ele geme tão alto quanto eu e beija meus lábios com ternura. Justin apoia com as mãos na cama e faz uma trilha de beijos do meu queixo até minha barriga. Ele mordisca entre meus seios e beija ali mesmo. - Que droga. - Resmungo assim que ele sai de dentro de mim e deita ao meu lado. - Eu amo você. - Falo com os olhos fechados e sinto seu sorriso ofegante tocar minha bochecha. Minha respiração também estava irregular. Deito meu corpo em cima do seu e mexo meu quadril. Ele geme sem forças e tento recuperar o fôlego de uma vez por todas.

- Eu senti tanta falta de poder transar com você desde que eu me lembrei de tudo... Sabe... Porque eu não... - Arranho seu abdômen e ele murmura. - Eu não conseguia me conter muito na época em que eu estava te planejado a surpresa... As outras duas vezes que transamos desde eu me lembrei foram só um aquecimento.

- Uhum. - Eu não queria conversar agora. Não queria me irritar. Só queria continuar aqui, com ele.

- Eu te amo demais. - Deito meu corpo em cima do dele e apoio com os antebraços em sua clavícula. Dou um selinho nele, que me corresponde com outro e encosto minha intimidade na sua. Sem querer. Ele murmura. Beijo seu pescoço. Logo seu maxilar. - Demais. - Ele repete. Abro os olhos e nos encaramos por alguns segundos. Uma troca de olhares sensual vindo dele. Justin pisca para mim e lambe os lábios.

- Você está tentando me seduzir? - Questiono e volto para trás.

- Eu consegui?

- Você sempre consegue. - Respondo derrotada e ele ri. Sua risada ainda ofegante era boa de se ouvir.

- Você ainda quer que eu te conte tudo? - Eu queria, mas tinha receio de que piorasse minha maneira de pensar.

- Eu quero... Mas não agora. Preciso ver as crianças primeiro, depois conversamos.

- Ainda são 22h40. - Ele olha no relógio da parede. - Como você se sente em relação a mim?

- Como assim?

- Você não parece mais irritada.

- Eu não estou... - Dou os ombros. - Você me ama tanto quanto antes? - Falo olhando para ele, que esconde os lábios por um mísero segundo e me entrega a resposta.

- Ainda mais.

- Você está falando sério?

- Por que eu mentiria?

- Eu estou meio incerta sobre você. - Olho para ele pelo canto dos olhos.

- Você não me ama mais como antes?

- Não é com relação a isso. - Nego com a cabeça e volto a acariciar seu corpo com as unhas e a ponta dos dedos, fazendo desenhos imaginários. - Eu só não sei como me sentir... Eu estava acostumada com a ideia de que você não se importava muito comigo, mas dizia gostar de mim. Eu já nem sabia mais o que era sentir orgulho. Eu só vivia em função de te ajudar e fazer o mesmo com as crianças. Mas, de um segundo para outro, você me ama, me faz uma surpresa, me traz para o meio do nada sendo que eu estava dopada boa parte da viagem, diz que me ama ainda mais... Minha cabeça está confusa com muitas informações. Você acha certo tudo isso? Digo, eu não sei o que pensar. - Ele presta atenção e descansa as mãos em minhas coxas. - Mesmo que você diga que me ama e que fez isso para o meu bem, é como se... Eu não sei. Isso soa falso. - Ele arqueia as sobrancelhas descontente. - Não que você esteja sendo falso. Não é isso que eu disse. Eu disse que a situação soa falsa, forçada. Como eu vou saber que você está realmente sendo sincero? Eu não confio mais na sua palavra como antes... Ou sim... - Eu estava realmente me sentindo absurdamente confusa. - Eu estou confusa com relação a tudo. - Ele suspira, pronto para responder. - O que você acha disso? - Ele acaricia minhas coxas.

- Independente do fato de que eu fiquei, sei lá, sem memória por alguns meses, eu amo você. - Ele parecia um pouco nervoso, travou em algumas palavras. - Se eu te disse que em lembrei, é porque eu te amo. Eu sei que nos conhecemos naquele colégio, eu sei que você traiu aquele seu ex-namorado nerd comigo. Eu sei que te levei para a minha casa, já que eu morava sozinho. Eu também me lembro que sua prima era minha vizinha. Eu estava naquela cidade para te encontrar e não fazia ideia. Eu também lembro da primeira vez em que transamos - Ele diz sorridente e fita meu corpo - e foi na minha casa, depois de uma festa que fomos juntos.. Eu lembro que você descobriu que o meu nome era Justin... Qual é. Eu me lembrei de tudo. Eu não teria te contado se eu não lembrasse. Eu sei quem você é, sei a importância que tem na minha vida e sei muito bem que você é a mulher mais importante que já esteve comigo. Eu lembro de quando estávamos na viagem para o Havaí e transamos numa sauna. - Ele me faz rir. - Eu lembro de quando você me disse que estava grávida. Eu lembro de tudo o que já passamos juntos. O que afetou minha memória foram nos sentimentos durante aquele tempo. Era uma época em que eu não sabia nada. Eu não sentia nada. Era como se eu fosse uma máquina perdida no tempo. Eu me lembro mais ou menos de tudo o que fiz nesses três meses... Eu lembro que você sempre estava triste. Mas agora, hoje, eu não tenho dúvidas de que você é para sempre. Eu estava te preparando uma surpresa desde julho. Ninguém sabia. Ninguém. Eu fiz tudo por minha conta. Então eu contei a Anna e ao meu pai sobre ter me lembrado. Alguém tinha que me apoiar. Meu pai disse que não era certo o que eu estava fazendo com você... Mas eu queria te surpreender de um jeito incrível. Eu juro por tudo que eu não tinha ideia de que você estava grávida. Não passou pela minha cabeça, porque eu te via chateada quase o tempo todo... Então eu pensei que era algo psicológico. Eu não sei. Foi aí que eu percebi que deveria mesmo ter te contado antes. Você não teria ido para aquele tiroteio louco comigo. Eu me senti muito, muito culpado. Você não tem ideia do quanto eu fiquei bravo por não saber de nada. Eu já te amava como minha noiva desde a semana de mudanças na empresa... Um pouco antes, na verdade. Desde antes do Bryan e do Nolan viajarem para a América do Sul. Eu andava confuso sobre as lembranças que apareciam do nada e eu comecei a forçar meus pensamentos. Era por isso que eu ficava chato com você do nada. Eu estava tentando entender o tipo de homem que eu era no geral, não só com você. - Eu não queira interrompê-lo. Ele pode perder o fio da meada. Mas ele estava indo muito bem. - Eu testava a minha arrogância, sua reação, minha calma, sua reação, meus momentos de carinho, sua reação... eu observava como você se sentir sobre mim. É tudo muito louco. Mas foi assim que eu me lembrei do amor que sinto por você e pelas crianças. - Ele suspira aliviado e fecha os olhos por alguns segundos. Eu estava chorando. Esperei meses e mais meses para ouvir isso dele e agora estamos aqui... Nus na cama, no meio do nada, apenas conversando. Engulo seco e respiro pela boca devagar. Coloco as mãos no rosto para limpar as lágrimas e ele abre os olhos. - Eu não sabia que você ficaria tão furiosa. Eu errei. Eu sei. Aliás, eu já errei demais com você, mas você também errou muito comigo e continua errando. Você quer que eu seja perfeito. Eu não vou pedir que você me entenda, mas eu peço que você me ame de volta como eu te amo. Eu sei que eu já fui estúpido com você, eu já te xinguei, já te disse coisas idiotas, já te fiz chorar, já te fiz sofrer... Mas foi errando que eu aprendi o quanto fui um idiota. Você também já foi bem idiota comigo. - Ele fala sério. - E foi mesmo, você sabe disso. Eu queria que você tivesse ficado feliz. Era uma surpresa e tanto. Mas eu não me coloquei no seu lugar. Eu até tentei, mas não consegui. Eu fui egoísta com você... Me desculpa por todas essas coisas, por cada coisa que eu já te fiz, mesmo depois do acidente. Eu sai com várias mulheres e você ficava me esperando em casa. - Quer prova maior de amor do que isso? Pensei e quase soltei a frase. Eu ainda chorava conforme ele falava. Justin dizia de uma maneira frágil. Será que ele também quer chorar? - Eu não tinha ideia de como você se sentia. Mas então, ainda sem me lembrar de nada, quando você transou com aquele cara na festa... Eu queria morrer. Eu não sabia explicar o quanto eu me senti mal. Foi péssimo. Eu imaginava ele tirando a sua roupa. Eu imagino até hoje, porque é algo que me incomoda de uma maneira exagerada. Mas eu aprendi a lidar com a consequência. Não que eu defenda o que você fez, mas... Foi difícil pra mim também. - Deito meu corpo em cima do seu, ainda chorando, e beijo seu peitoral, bem em cima da tatuagem de números romanos. - Nenhum outro homem no mundo pode ficar com você. - Ele acaricia meu rosto e ergue o mesmo. Ele estava com os olhos marejados. Dá-me um leve sorriso com o canto da boca e lambe os lábios fitando os meus. Eu me sentia mais leve por ouvir tudo isso, ele também. Volto a ficar sentada em cima dele e não tinha dúvidas. Não importa o quanto já passamos juntos, sempre damos um jeito de voltar atrás. Sempre. Olho para ele e percebo, só agora, que essa era a conversa que eu estava adiando desde o dia em que ele me contou tudo. - Você está bem? - Ele sussurra e afirmo com a cabeça. - Essa era a conversa que eu queria ter com você. Eu não sei se você conseguiu me entender um pouco. Por que você está chorando? - Ele fala com a voz suave e os olhos quase transbordam em água. Mas ele segura. O que se passa pela cabeça dele agora? Passo os dedos debaixo dos olhos e respiro fundo. Acaricio seu cabelo e deslizo a mão em seu rosto. Ele continua com as duas em minhas coxas. Aperta-as com força nos dedos e olha para cima, como se não quisesse chorar agora.

- Eu não sabia que era isso que você tinha a me dizer... Eu... Eu ainda estou um pouco em choque. Não sei o que te dizer. - Engulo seco e ele sobe a mão em meu rosto. - Eu não suporto lembrar do quanto eu me senti mal na época em que você teve amnésia... Eu queria morrer.

- Não precisa dizer nada. - Ele sorri inocente e tenta deitar minha cabeça ao lado da sua. Justin toca seu nariz no meu e vai mais para trás, ficando quase sentado. As pernas ainda esticadas. Sinto meus ossos trêmulos e pisco várias vezes. Ele toca seus lábios nos meus com lentidão, aproveitando cada milésimo de segundo. - Eu amo nós dois. - Sorrio e o beijo na boca. Seguro seu rosto e vou mais à frente. Ele quase entra em mim por um descuido meu. - Você provocou. - Ele me faz rir. Deito ao seu lado e acaricio seu rosto. Nos beijamos com calma. Puxo o lençol e deixo o mesmo entre nós.  Nos beijamos por um longo tempo, até que ele para. Abro os olhos e ele deixa a mão descansando na curva da minha cintura. - Tudo bem?

- Tudo bem. - Afirmo. - Você pode me dizer que horas são? - Ele olha para o relógio da parede, distante de nós.

- Está um pouco difícil de enxergar no escuro... - Ele cerra os olhos. - São 23h... parece.

- Eu quero falar com os nossos filhos... Estou sem meu celular há horas.

- Isso é um progresso. Eu já vou pegar o seu celular... Eles ainda devem estar no colégio. Fique tranquila. - Deito com a cabeça para cima penso um pouco em tudo o que ele me disse. Pego minha calcinha do chão e visto a mesma. Sento-me na cama e olho ao redor. É loucura pensar que estamos afastados do mundo.

- Ficaremos aqui por quantos dias? - Era óbvio que eu não iria embora amanhã...

- Iremos embora no sábado. - Ele pisca para mim.

- Só? - Pensei alto.

- Sim... Estamos aqui para relaxar a partir de amanhã e voltarmos mais calmos. Hoje já é dia 26 de setembro. - O que ele quer dizer com isso?

- O que tem que hoje é dia 26?

- O nosso casamento é dia 20 de outubro. - Meu coração palpita. Casamento? - Ou você não quer casar comigo? - Ele fala surpreso. Suspiro tentando processar o que ele disse e meu coração queria saltar pela boca. - Oh meu Deus, você não quer! - Ele fala nervoso. - O que eu posso fazer? Foi porque eu te trouxe para cá? - Começo a rir e ele para de falar, não entende.

- Ei, calma. - Justin parece nervoso. - Como assim... Eu desmarquei nosso casamento logo quando você se esqueceu de tudo. Não tem nada feito... Não tem...

- Tem sim. Só falta você. - Arregalo os olhos ainda mais surpresa. - Casa comigo, Mellanie Rose? - Ele pede todo fofo e em derreto na hora. Justin dá um beijo em minha mão esquerda. Por que ele é assim? - Casa comigo? Eu te amo demais. Você é tudo pra mim. - Sorrio com a situação.

- Caramba... Eu amo você. - Falo olhando para ele e fico sentada. Escondo os seios com o lençol. Ele sorri mais aliviado e senta-se em minha frente..

 

SPOILER

- Você está mentindo na cara dura.

- Eu não estou. - Ele diz sério. Eu me aproximo e arranho seu peitoral até seu abdômen. Ele se arrepia. - Qualquer outra mulher gostosa que fizesse isso me causaria esse efeito.

- Para com isso... Nós podemos falar sobre isso amanhã.

- Amanhã? Mellanie, você está sempre adiando tudo.

- Você quer falar agora?

- Não. Eu não quero falar.


Notas Finais


Se eu contar pra vocês que esse cap estava escrito há quase dois meses vocês acreditam? Eu já tinha em mente que isso iria acontecer, mas não sabia direito como hahaha. Espero que vocês estejam gostando dessa temporada!!!
Eu queria dizer que raramente olho as notificações daqui, então, se alguém me mandar mensagens e eu não responder, é porque eu não achei ou não vi hehe perdão. Boa noite pra vocês.
Aguardo as críticas. Beijos.


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