1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Secrets - third season >
  3. Surprise

História Behind The Secrets - third season - Surprise


Escrita por: featollg

Capítulo 6 - Surprise


- Não parece que você chegou em casa bêbado... - Respondi acariciando seu rosto e a batida da música era relaxante, já estava chegando ao fim...

- Não bebi taaanto assim. - Falou baixo e estava um pouco ofegante. Não mais do que eu. Seu hálito de menta era incrível e ele falava com toda calma. - Eu só fui me divertir.

- Estou orgulhosa.

- Eu estou orgulhoso. - Parou no meio da frase e arqueei a sobrancelha direita. - de ter uma noiva como você. - Sorri encarando seu olhar e ele estava preocupado apenas com a minha reação. Nesse exato minuto, não tocava todo o meu corpo como indício de sexo. Ele olhava meus olhos. Prezo muito isso nele. Foi difícil acostumá-lo a se controlar e perceber quando devemos ou não...

- Você está achando que acabamos por hoje? - Falo deslizando a ponta das unhas da mão esquerda em seu peitoral e ele se arrepia, toca meu braço com o seu esquerdo e chega em minhas costas, fazendo-me carinho. Parece pensativo e demora a responder.

- Acho que sim, mas espero que não. - Responde gracioso e rio.  - A propósito, você me deixa ainda mais louco quando faz de tudo um pouco no ritmo da música. - A música. Verdade. A playlist havia parado de tocar e levantei-me. Passei os dedos no cabelo e ele limpou a garganta. - Coloque aquela mais sexy... Acho que fala algo sobre dar uma razão para te amar. - Assenti. Era "Glory Box". Coloquei-a e ele murmurou em resposta. - Oh, essa mesma. Que música incrível. - Falou ao ajeitar as costas no travesseiro. - Volte aqui. - Pisei cautelosa no carpete e subi na cama, ficando de pé. Olhei-o de cima e girei minha cabeça, exercitando o pescoço. Justin mordeu a própria boca e sentou-se por completo. - Você é linda. - Sorrio após o elogio e penso o mesmo dele, óbvio. - Você é muito linda. - Repete a mesma frase com maior intensidade e não tenho reação. Permaneço séria. Deito aos poucos em cima de seu corpo e rebolo com os quadris em cima dele, que fecha os olhos. Dei um beijo em seu pescoço e chupei-o. Ele não é muito de acordo quando faço isso, porque não é legal um homem ficar marcado por um chupão da mulher logo no pescoço, mas não ligo. Nunca faço isso mesmo. Um dia teria que fazer. Por que não no seu aniversário? Chupo-o com força e finalizo com uma mordida, no fim do pescoço, quase em sua clavícula. Fiz o máximo para que ficasse muito marcado. Ele geme baixo e aperta minhas costas. - Mellanie...

- Não fique bravo. - Sussurro em seu ouvido e mordisco sua orelha. Ele não responde. - É só uma marca. - Falo baixo e não obtenho resposta. A música continuava tocando. Eu já estava muito vulnerável. É de se admirar que eu tenha chego até aqui com ele super resistente, assim como ele. Digo, eu fui confiante o suficiente. Isso é bom, não? Volto a rebolar, já sentada, em seu colo no ritmo da canção e giro minha cabeça. Ele geme. Geme de novo. E de novo. Eu estava adorando isso. Há tempos não me sentia no comando. Aliás, há tempos não tínhamos tanto tempo juntos em uma noite só sem a pressa de dormir para o dia seguinte.

- Caralho, babe... - Aperta minhas coxas com as mãos e tenta deixar sua marca, já que seu pescoço estava muito marcado. Uma das velas estava prestes a apagar... O quarto começaria a ficar ainda mais escuro. Assim que o solo na guitarra é iniciado na canção, Justin me vira na cama de imediato e fica por cima. Ele não se aguenta. Segura meus pulsos na cama e me beija com volúpia de sobra. Sinto seu sexo introduzir ao meu e gemo baixo. Estávamos muito no clima. Acaricio seus cabelos com as unhas e passo a arranhar suas costas. Ele estava indo fundo demais. Estava sendo muito, muito prazeroso. Talvez o sentimento de satisfação seja maior por conta de tudo o que fiz a ele nos últimos 20 minutos.

- Se eu estou assim agora, é por culpa sua. - Fala com a respiração completamente desregulada e suspira em meu ouvido. Volto a beijá-lo na boca, que apoia com as mãos na cama e o abraço em volta do pescoço. Acabo sentada na cama, em seu colo e dobro as pernas atrás, em suas costas.  Ainda tocava "Glory Box", creio que, pela segunda vez desde que ele elogiou a canção. Estava tudo completamente de acordo, as velas, a música, o espaço, o adorável espelho do teto, ele. Não demorou muito para que eu atingisse meu ápice e o dele veio logo em seguida. Perdi o equilíbrio das pernas e Justin apertava minhas coxas. Ele as apertava com desejo. - Caralho. - Fala olhando todo o meu corpo e beija meu pescoço diversas vezes. Beijos quentes e provocantes. Continuo sentada em seu colo e ele usa as mãos para apoiar meu corpo, meu bumbum. Ele me apalpa por alguns segundos e noto que seu pescoço está realmente marcado por mim. Nada tão exagerado, mas era obviamente um chupão daqueles. Ok, estava grande.

- Se você quer saber, não é esse seu presente de aniversário. - Falo com a boca colada na dele e toco meu nariz no seu. Ele deu-me um selinho e parecia um pouco inerte, talvez cansado. Talvez não, ele estava visivelmente cansado. Não mais do que eu. - Nem tudo gira em torno de sexo.

- Obrigado por atender a meu pedido. - Fala sorridente e morde meu lábio debaixo, puxando-me para um beijo. Nos beijamos de maneira intensa e não queria parar. Ele não se afastava. Eu estava confortável. Justin me deitou na cama devagar e ficou por cima, pressionando meus seios contra seu peitoral. - Você é surpreendente de natureza, mas hoje... caramba, você é perfeita. - Fico feliz com o elogio. Chego a ficar um pouco sem graça. Não faço essas coisas para receber um "obrigado" ou até mesmo elogios de volta. Faço porque, além de gostar, ele merece. Não todos os dias, nem sempre, mas merece.

- Você realmente faz com que eu me sinta uma adolescente de 18 anos. - Sussurro em seu ouvido e sinto seus dedos tocarem meu braço esquerdo. - Eu também quero que você se sinta assim. – Acaricio seu rosto com os dedos e ajeito minha mão direita quase em seu cabelo, contornando sua orelha.

- Eu já me sinto. - Respondeu em um fio de voz. - Você é a melhor mulher desse mundo. Eu nunca me canso de te dizer isso. - Sorri para ele e dei-lhe um selinho. Acariciei seu rosto e sorri de leve. Senti uma tremenda vontade de não tirar o sorriso do rosto. Não com relação a algo que ele me disse, até porque, eu sempre fico feliz com essas palavras doces, mas é um sorriso de satisfação. É de felicidade. É do simples fato de "estar". Ele me beijou com cautela e gosto. Sem pressa. Tranquilo. Gostoso. Segurou meu rosto e descansei minhas pernas, já esticadas. Justin tentou com que transássemos mais uma vez, mas eu queria relaxar. Só queria ficar mais um pouco ali com ele, aproveitando seus recém 23 anos. Só queria dormir com ele e não pensar em mais nada a não ser nós dois e nossos filhos que já estão dormindo há horas.

- Essa foi a melhor noite de aniversário que eu já tive. - Sussurrou entre o beijo e mordi sua boca. Sorri para ele e assim ficamos por bons minutos, até que um de nós tivesse coragem de levantar, apagar as velas e desligar a música.

- Agora você já pode apagar as velas e desligar a música...

- Onde você encontrou essas músicas? São sensacionais para fazer sexo. – Não respondi. São músicas que eu nunca tinha ouvido até ontem... Pesquisei um pouco, ouvi várias e selecionei.

- Fui selecionando algumas. – Dei os ombros e cruzei as pernas, já sentada na cama. Peguei o controle do ar condicionado e reduzi um grau. Estava com um pouco de calor, apesar do quarto estar super fresco. Ele apagou a vela que estava ao meu lado e sentou-se em seu lado da cama. Puxou-me para perto e logo apagou a outra, que estava ao seu lado. Ficamos na completa escuridão. Apenas a luz da janela refletia na porta do quarto. Meu olhar vago dava para a porta do banheiro, que estava fechada. Tentei pensar em que noite foi essa, como tudo aconteceu e como ele deve estar se sentindo sobre isso. Eu estou feliz, satisfeita e cansada. Justin envolveu ainda mais seu braço esquerdo em minhas costas e puxou-me para mais perto. Nos cobri até o meio do corpo e logo escondi meu busto com o lençol. Justin pegou o controle do ar condicionado e aumentou dois graus. Abracei-o forte e ele beijou minha testa. Beijou mais uma vez e encostei com a cabeça em seu peitoral, usando meu travesseiro de apoio para as costas.

- Eu amo muito, muito você, Mellanie. – Sussurrou em meu ouvido e apertei-o com mais força. É por esse e outros motivos que o amo cada vez mais.

 

. . .

 

Acordei por volta das 9h50 sem meu despertador. Foi até estranho. Pedi para que a Anna deixasse os dois brincarem no quarto e ver tevê a manhã toda, assim eu poderia terminar de arrumar tudo para o churrasco com ela e a Lauren. Justin deve acordar logo e ainda preciso entregar seus presentes, passar no mercado, falar com o Ryan...

- Eu vou acordá-lo com os dois, dar os presentes e logo ele tomará o café da manhã. Nesse tempo, eu deixo você ir ao mercado comprar o que faltou e logo a Lauren termina de preparar a salada. - Para este ano, decidi fazer um cardápio bem misto entre o russo e o canadense. Justin sente falta de seus lanches à base de pães doces, um sanduíche e uma fruta qualquer.

- Tudo bem... Você não quer tomar café da manhã primeiro?

- Eu já tomei um cappuccino, obrigada. - Respondo parada em frente à porta, sussurrando. - Eu vou buscá-los no quarto. Pode deixar a bandeja na escrivaninha. - Ela assentiu e entrou no quarto. Justin, felizmente, estava coberto pelo lençol, dormia de bruços.

Fui até o quarto deles e abri a porta devagar.

- Ei.. vamos acordar o papai? Hoje é aniversário dele. - Falei baixo e os dois continuaram sentados, olhando-me. - O Brandon dará o chapéu de presente a ele e a Vallery aquelas duas toucas que eu te mostrei, lembra, filha? Uma vermelha e outra azul claro. - Justin adora toucas e há um tempo não o vejo usando uma. Talvez ele queira comprar algumas novas daqui uns dias... Já sobre o chapéu, é um viciado. Quase sempre usa um durante a noite. Eu darei um relógio de ouro a ele. Justin adora relógios de pulso. É um pouco difícil comprar presentes que ele ainda não tenha.

- EBA. - Brandon gritou e fiz um sinal para que ele reduzisse a voz. - Eu quero dar o presente.

- Então vamos... Mas vocês precisam ficar quietinhos, tá? O papai ainda está dormindo.

- Eu quero acordar o papai.

- Olha... Vamos fazer assim, eu vou levar vocês até o quarto e, quando eu falar já, vocês pulam em cima dele na cama e falam "Parabéns, papai". - Falei empolgada. - Pode ser? - Fiz um joia com o polegar direito.

- SIM. - Vallery respondeu empolgada e andou até a porta, puxando o Brandon pelo braço.

- Então vamos... Os presentes estão no meu closet. - Segurei na mão do Brandon, que segurava a da Vallery e entramos no meu quarto. Deixei-os parados próximos ao banheiro e Justin ainda dormia. Deve estar bastante cansado. Ele não é muito acostumado a passar das 10h, nem mesmo nos fins de semana.

- Bran, Brandon. - Sussurrei e entreguei o chapéu, que estava numa caixa preta, a ele. - Segure. Shh. - Logo peguei outra caixa, cujo estavam as toucas, e dei nas mãos da Vallery, que quase derubou. - Vally.

- Posso acordar o papai? - Falou toda fofa e neguei com a cabeça. - Mas eu quero. - Aumentou a voz e franzi o cenho. Ela sorriu sem graça e não respondeu. Peguei o relógio, que estava com uma carta minúscula e embrulhada. Confesso, não foi difícil escrever uma carta a ele. Não é algo como uma declaração - como ele sempre faz comigo -, mas é algo que eu quero que ele leia com atenção. Olhei para a escrivaninha e o café da manhã estava lá.

- Podem acordá-lo. - Falei ao posicionar meu celular na escrivaninha, apoiado em dois cadernos, para nos filmar. Queria saber como seria.

- PARABÉNS, PAPAI. - os dois gritaram super empolgados e Justin despertou de imediato. Ambos estavam pulando na cama mais animados do que nunca, enquanto eu estava na ponta, olhando tudo e rindo. Estava sendo muito fofo. - ACORDA, PAPAI. - Brandon começou a empurrá-lo. Justin sorriu e coçou os olhos.

- OLHA SÓ. - Gritou de volta e apertou os dois no colo. - Eu não acredito que vocês vieram me acordar... - Falou brincalhão e deu um beijo no rosto de cada um deles.

- Parabéns. - Cutuquei a Vallery para que falasse o mesmo.

- Parabéns, papai. - Ela disse sorridente e bagunçou todo o cabelo enquanto pulava. Justin tentou ficar sentado na cama e continuou com parte do corpo coberto pelo lençol.

- Bom dia, Jay. - Falo olhando para ele, que sorri com cara de quem dormiu o suficiente e passa as mãos no cabelo. Justin pegou em minha mão e deu um beijo na mesma.

- Tudo isso que está na cama é meu? - Falou olhando para os dois, que assentiram e olharam-me no mesmo instante.

- Sim. - Cruzei as pernas na cama e puxei o Brandon para que ficasse no meu colo.

- Eu só vou ao banheiro... Esperem. - Falou sorridente e ameaçou levantar.

- Amor, eu estou filmando. - Falei baixo e ele arregalou os olhos. Pegou sua cueca que estava no chão e vestiu-a. Logo levantou-se descarado e foi ao banheiro. Os dois não paravam de conversar entre si e, pouco depois, Justin abriu a porta do banheiro. Passou os dedos na nuca e sorriu para nós. Deitei com a cabeça no colo da Vallery, que riu da situação e Justin parou em nossa frente.

- Tudo isso é pra mim? - Deu a volta e assenti.

- Seu café da manhã está ai. - Apontei para ao lado do meu celular e ele pegou a bandeja, logo vindo até a cama.

- Mas esses meus filhos prepararam tudo? - Falou olhando para os dois.

- Foi a mamãe. - Vallery disse apontando para mim. - Não foi?

- A Anna me ajudou. - Completei a frase. - Abra seus presentes. - Ele assentiu e começou pelo que o Brandon entregou. Justin sorria empolgado, como se realmente não estivesse esperando pelos presentes e pela nossa presença logo cedo.

- O que é mesmo, mamãe? - Vallery falou olhando para mim e não respondi. Justin pegou o chapéu e seus olhos saltaram.

- Que máximo!!! Há tempos eu não uso um chapéu como esse. - Colocou-o na cabeça e fez uma careta. - E aí? - Brandon gargalhou e ri. Estava sendo divertido. Justin não tirou o chapéu da cabeça e tomou um gole de seu café. - Alguém quer? - Neguei com a cabeça e os dois também. Eles detestam café. Não suportam nem o cheiro direito.

- Eca. - Vallery reclamou e Justin tomou mais um gole. - Eu não gosto.

- Mas é tão bom... - Justin falou sorridente. - Vamos lá. Esse também é meu? - Falou olhando para o Brandon.

- Eu que te dei esse! - Vallery ficou na frente dele e Justin assentiu como se tivesse entendido. Abriu o pacote e lá estavam as duas toucas.

- Caramba, eu adorei. - Tirou o chapéu da cabeça e colocou primeiro a touca azul, depois a outra. Aproveitei para me levantar e parei de gravar. Guardei o celular no bolso do shorts branco e voltei a ficar sentada com as pernas cruzadas. - Obrigado, querida. - Acariciou o cabelo da Vallery. - Fique mais próxima a mim. - Puxou-a pelos braços e ela ficou sentada no colo dele. Justin mordeu um pedaço de sua panqueca e tomou mais um gole de café. - Muito obrigado, vocês são incríveis. - Falou olhando para todos nós e sorri para ele em resposta. - Obrigado mesmo.

- Diga que ele merece. - Sussurrei no ouvido do Brandon, que negou com a cabeça teimoso.

- Eu falo, eu falo. - Vallery ergueu as mãos e assenti.

- Você merece, papai. - Justin apertou-a com força e deu um beijo em seu rosto.

- Eu amo muito vocês.

- Nós também te amamos. - Falei olhando para ele. - Mas... agora todos temos algo a fazer, né? Eu quero que você arrume a bagunça que fez no quarto com os brinquedos, senhor Brandon Bieber. - Fiz cócegas nele, que resmungou e saiu da cama. - Sem reclamar!

- Mas mamãe... - apesar da Anna estar sempre arrumando a bagunça que eles fazem, não quero que sejam mimados o tempo todo. Não é certo.

- Mas nada. Vamos logo! - Levantei-me e esperei que ele viesse atrás de mim. - Você também, Vally. - Olhei para o Justin e franzi o cenho para que ele me ajudasse.

- Eu quero que vocês me façam um desenho bem daora de aniversário. - Falou olhando para eles e os dois saíram do quarto na hora. Fui atrás deles, que entraram no quarto dos brinquedos. Sentaram-se nas cadeiras e começaram a desenhar.

- Brandon... eu estou esperando você arrumar sua bagunça no quarto.

- Eu já vou. - Disse um pouco retraído e cruzei os braços.

- Acho bom que seja logo, ouviu, mocinho? Eu já volto. - Saí do quarto e deixei a televisão ligada. Eles não gostam muito do silêncio. Voltei para o nosso quarto e Justin estava terminando seu café.

- Você é incrível, Mel. - Falou olhando para mim e sorriu. Encostei a porta e sentei-me ao seu lado. Dei um selinho nele.

- Feliz aniversário, amor. - Abracei-o no pescoço e beijei seu rosto. - Você precisa abrir meu presente.

- É incrível como você aprendeu a me valorizar tanto quanto eu te valorizo.

- Eu tenho meus momentos. - Falei olhando para ele, que riu. Justin beijou meu rosto e continuei grudada nele, que pegou a caixa do relógio e abriu a mesma.

- Cacete! Isso é de ouro. - Falou inconformado. - É ouro.

- É ouro... Eu parei para pensar e você não tinha um relógio de ouro.

- Não. Caramba. Muito obrigado. - Deu-me um selinho e colocou o mesmo no pulso para ver como ficava. Ajustou e balançou o braço. - Você é boa com presentes.

- É. - Ele pegou a pequena carta e abriu. Na verdade, era um bilhete.

- Você escreveu algo para mim? Espera, você tem certeza de que está bem? Não pode ser.

- Ai, Justin... Como se eu nunca fizesse essas coisas. - e não faço.

- E não faz.

- Eu faço sim.

- Mellanie, nós dois sabemos que você nunca é de se declarar, não sabe muito bem comprar presentes e nem preparar surpresas direito.

- Você está me detonando. - Revirei os olhos e ele me abraçou forte.

- Desculpa. Foi só uma maneira de mandar a real.

- Obrigada. - Falei cínica e ele abriu o bilhete.

- Dá pra saber que foi você que escreveu isso porque começou com "Feliz aniversário".

- E qual o problema?

- Nada, meu amor, nada. Só estou curtindo com a sua cara.

 

"Feliz aniversário, jay. Agradeço todos os dias por ter um homem e um pai incrível como você em minha vida todos os dias há quase quatro anos. Obrigada por sempre ter me feito feliz e te agradeço por me mostrar um lado melhor da vida. Você é incrível. Eu amo você pra sempre" - Mellanie.

 

- Owwww. - Falou com a voz mais fofa do mundo e senti minhas bochechas corarem. - Eu também amo você, babe. - Nos beijamos e ele me abraçou forte. - Sabe que... eu nunca pensei que seria capaz de me tornar uma pessoa melhor, nunca imaginei meu futuro ao lado de alguém ou apenas com alguém que durasse mais de quatro dias... - A regra dos quatro dias. Como ele não esqueceu? - Receber esse valor que você me dá é uma das coisas que me faz ter orgulho de estar onde estou hoje.

 

 

Meu celular vibrou no bolso. Eu já estava pronta, mas o Justin ainda estava passando perfume. Ferrari Black. Ele pensa que iremos sair para almoçar.

 

"O pessoal estava para chegar ao meio-dia. Justin está ciente?" - Anna.

 

"Não... Eu vou descer com ele daqui a pouco" - Mel.

 

"Ok. O Ryan e a namorada já estão aqui" - Anna.

 

Não respondi.

- Podemos ir? - Ele assentiu e veio até mim. Estava usando o relógio que eu o dei e deu-me um selinho lento. Abracei-o, que me apertou forte e assim ficamos por mais de 15 segundos. Foi tão relaxante. Foi confortável. Ele beijou meu pescoço e não queria que me soltasse. Tudo bem que mais de 30 pessoas esperavam por ele lá embaixo, mas o que importa é que ele valoriza nossos momentos de romance, muito. - Você é o homem mais importante da minha vida e eu te amo demais. - Falei afastando os braços dele aos poucos e dei-lhe um selinho. - Você se tornou um homem maravilhoso desde que nos conhecemos. - Acariciei seu rosto. - Feliz 23 anos, Bieber. - Sussurrei no ouvido dele. - Vá curtir a sua festa. - Ele pareceu não entender.

- Caramba, você é demais. - Respondeu com um sorriso enorme no rosto e não o desfazia nem por um segundo. - Eu amo você demais, babe. - Segurou meu quadril com a palma da mão direita e nos beijamos. Foi rápido. Foi bom (como sempre). Ele me segurou pela mão e descemos pelas escadas de trás.- Festa?

- É. - Fomos até o local onde acontecia a festa. Ele desceu sorridente e parou para complementar o Ryan e sua namorada, que, a propósito, estava com uma saia preta super curta. Quase tão cura quanto a minha, que não era lá aquelas coisas.

- Relaxa. - Falou entre dentes como se tivesse lido minha mente e não respondi. Não ligo. Ele sabe que eu não ligo. Só um pouco.  Haviam cerca de 22 pessoas na área da praia que dava para a churrasqueira. Ele olhou ao redor como se não esperasse e parecia mais animado do que nunca.

- Eu não quero você com essa roupa super curta na frente de todos os meus amigos. - Revirei os olhos. Demorou para que ele reclamasse. - Mas ok, depois eu reclamo sobre isso.

Permaneci ao seu lado e ele foi parabenizado pelos dois. 

- Sua namorada pediu para que os presentes ficassem guardados. - Ryan disse ao fazer um cumprimento com ele.

- Que gay. Você está escondendo meus presentes? - Falou alto, por conta do volume da música vindo de fora, e riu. A música: pedi para que o Nolan fizesse uma boa playlist com vários estilos diferentes. O pessoal da empresa já estava lá, quase todos acompanhados pelos namorados.

- Não é gay. - Discordei e deixei-o conversando. Fui até o outro lado da casa e parei para falar com o pessoal que não via há tempos. Meu pai também está aqui.

- Oi, pai. - Abracei-o forte, que me apertou como se estivesse com saudades.

- Querida... Que saudades de te ver. Como estão as coisas por aqui? Cadê o Bieber?

- Está tudo ótimo... Ele está falando com o Ryan.

- Huh, e a Vallery e o Brandon? Não os vi desde que cheguei.

- Ele estão brincando com os cachorros e a Jade, minha amiga do trabalho. Mais tarde, eles irão sair com a Anna, não quero que vejam todos bebendo por aqui.

- Faz bem... Bom, então eu vou dar um beijo neles e depois falo com o seu noivo. - Disse frio (como sempre). É incrível como ele não muda nunca quando se trata de sua relação com Justin. Eu o chamei, assim como chamei os outros caras que já trabalharam na empresa e ainda moram em Moscou, mas seu pai continua no Canadá, já o meu... está aqui quase sempre. Nos vemos apenas algumas vezes no mês. Ele vem visitar os dois e conversamos, sempre. A verdade é que ele não parece apoiar, até hoje, o fato de que eu e Justin estamos de casamento marcado. Não contamos a quase ninguém. Só o pai dele sabe, seus avós, A Adriele e a Jade. Ainda não consegui conversar com a minha mãe sobre isso. Mas ligarei para ela amanhã mesmo. 

Aliás, a Anna e a Lauren também já sabem, óbvio. Estão felizes por nós. 

Fiquei sentada perto do balcão e pedi uma batida com wodka de uva. Era a minha favorita. Esperei na fila, ao lado de dois caras amigos do Justin e conversamos um pouco sobre a vida.  Não quero beber logo no começo da tarde e de estômago vazio. Vou esperar com a Anna saia com os dois, por volta das 16h e vá ao apartamento que nós temos para passarem a noite fora. Assim eu fico mais tranquila com relação ao barulho por aqui... ou não. Fui até a cozinha e a Lauren já havia preparado a salada e algumas porções de Kulebjaka (uma torta à base de peixes).

Fiquei alguns minutos falando com ela sobre como seriam os preparativos de hoje, já que contratei duas mulheres e um homem para servirem o pessoal o dia todo.

- Mel. - Ouvi a voz dele. - Você chamou quantas pessoas? - tomei um gole da minha batida e ofereci a ele, que provou. Deixei o copo vazio na bancada.

- Acho que 60. Não queria muitas pessoas desnecessárias. 

- Hum. Eu vi que o Jack está aqui... - Pediu uma batida de morango e ficou esperando enquanto falava com um pessoal da empresa. - Cara, eu pensei que vocês estivessem, sei lá, em São Peterburgo.

- Iremos só na próxima semana, Bieber. Você também vai? - Ele tentou me olhar de relance.

- Vou. - respondeu na cara dura, sabendo que eu não falaria nada agora. Sai de perto deles e fui atrás dos meus filhos, que estavam rodeados pelas minhas amigas do trabalho, das aulas de francês e do condomínio. Haviam outras crianças também.

 

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para a Anna. Já são 21h30 e eles devem estar exaustos, no mínimo.

 

"Eles estão dormindo?" - Mel.

 

"Sim. Pode ficar tranquila". - Anna. "Como está a festa?"

 

"Olha, está durando bastante... Seria legal se você tivesse ficado até anoitecer. Eu falei que eles poderiam ficar com outra pessoa" - Mel.

 

"Eu não levo muito jeito para esses tipos de festa... Gosto de ficar aqui com eles" - Anna.

 

Os dois estavam com a Anna num apartamento que eu comprei no ano passado. Sim, eu comprei. Está no meu nome. Foi com o meu dinheiro e o Justin até me parabenizou pela independência, não que ele tenha gostado. Não gostou muito da ideia. Disse que era como se eu estivesse pensando em, caso nos separássemos um dia, eu iria para lá. O que não é verdade. Não foi essa a minha intenção. Eu comprei porque é sempre bom ter um lugar para alguma visita em especial. No caso, hoje foi fundamental o uso do apartamento para os dois. Passei uma hora com eles lá, brincando até que eles ficassem cansados e com sono, o que não foi tão fácil assim. Pretendo deixá-los a noite toda com a Anna lá. Ela pode descansar à vontade e falei que estará de volta amanhã às 11h, já com os dois. Deixei minha Range Rover com ela. A Anna detesta dirigir carros grandes, mas é preciso.

Olhei para a minha direita e avistei o Bryan acompanhado da esposa. Eles conversam com dois caras, que estavam de costas. Era bom o fato de que o Justin se divertia bastante. Alguns de seus amigos estavam fumando cigarro e o cheiro já não me incomodava mais.

- Amor. - Veio até mim e olhei-o de volta. Ele estava com um copo de whisky na mão direita. Por que não na esquerda?

- Eu vou fumar um charuto, mas é só para dar uma relaxada, ok? - Ele nunca duma charuto. Nunca. Pelo menos não que eu saiba. - Só um.

- Eu não gosto muito disso. Você sabe.

- Eu não fumo. É só um. - Mostrou-me. - Você quer?

- Não. - Fui rápida e sai de perto dele. Não iria implicar com isso logo agora. Justin acendeu o charuto segundos depois e eu o observava de longe. Ele realmente estava se divertindo. Não reclamaria ainda hoje. Até tiraram algumas fotos entre amigos.

Passei um tempo dançando com algumas mulheres da empresa e me diverti bastante. Bebi um pouco. Não queria exagerar. Pelo menos um de nós teria que estar sóbrio para dizer tchau aos convidados.

Cantamos um parabéns animado e Justin se sentia um adolescente que acabara de fazer seus 18 anos. Ele estava muito, muito feliz. 

Disse que não daria primeiro pedaço por ser algo muito gay, mas me agradeceu em voz alta pela surpresa e disse que me ama demais. Lindo. 

- Aquele não é o Gregório? - Ryan apontou para longe e passei as mãos no rosto. Eu não o convidei. Ele e Justin são brigados desde a época em que ficamos... É óbvio que eu não o convidaria.

- Puta que pariu... É. 

- Ele vai brigar.

- Não vai não. Se ele não o viu até agora, não fará nada. - Pensei. Estava errada, claro. Justin terminou seu copo com energético e logo foi até ele. Foi como se tivesse ouvido o que eu disse de longe. Suspirei e esperei que ele começasse a brigar. Só espero que não esteja tão bêbado.

 

Justin P.O.V

- Até mais, galera. Valeu pela presença. - Lembro de estar sóbrio o suficiente para me despedir de algumas pessoas, só não me recordo dos rostos.. Avistei ninguém menos que o Gregório próximo à área da piscina, fumando cigarro. O que ele faz aqui? 

- O que você está fazendo aqui? Seu merda. - Falei irritado por vê-lo. - Vai embora da minha casa.

- Eu vim comemorar seu aniversário, cara. Aquelas brigas são águas passadas. - Falou o mais cínico possível e eu estava a ponto de soca-lo. Já não controlo muito minhas ações a partir de agora.  - Não consegui chegar no horário do almoço.

- Você trouxe esse babaca para cá, porra? - Gritei para a Mellanie, que se aproximava aos poucos.

- Eu não o convidei. - Ela falou séria e acreditei. Mesmo assim, alguém o convidou. - Eu não sei por que ele está aqui. - O volume da música foi reduzido por estar muito tarde e outras pessoas se despediram de nós acenando distantes. Ryan foi até a porta para acompanhá-los.

- Eu vim te desejar um feliz aniversário e você me trata como um merda.

- Você é um merda.

- É sério que ele ainda me odeia só porque eu peguei você? - Olhou para a Mellanie, que não respondeu. Acho bom ela não se meter nesse papo. Não quero discutir com ela logo agora.

- Você cala a sua boca, viado. Vai embora da minha casa agora. - Empurrei-o, que me empurrou de volta.

 

 Mellanie P.O.V 

Não me lembro exatamente do que aconteceu entre os dois... Sei que brigaram de leve e tentaram socar um ao outro. Se não me engano, o Ryan parou com a confusão e levou o Greg embora. Há tempos eu não o via. Ele continua o mesmo. Justin terminou a noite furioso pelo acontecimento, mas estava tão cansado e nada sóbrio que isso não era motivo de incômodo.

- Porra, eu não o convidei. - Reclamei. - Você está completamente bêbado. Vai tomar um banho para dormir. 

- Agora eu não quero. 

- Por favor. - Acariciei seu rosto. - Você bebeu demais. - Justin murmurou derrotado e tirou a camisa. Logo a bermuda e jogou o celular na cama, junto com as chaves do carro e o relógio que dei a ele. Tirou também a corrente e foi ao banheiro sem mais uma palavra. Não iríamos brigar agora. Ele não está em condições, nem eu.

 

SPOILER

- Por que você está procurando um motivo pelo qual eu estaria brava com você? - Cruzei os braços.

- Você disse que estava.

- Não disse não.

- Mas deu a entender. - Não repliquei. Esperei que ele dissesse algo. Estava quase lá. - Foi porque eu fumei charuto?

- Eu não gosto de charuto. - Falei séria. - Eu não quero que você volte a fumar.

- Eu só fumei um... Dois... - Contou nos dedos. - Foram dois.
 


Notas Finais


Caraaa, to amando muito os comentários. Obrigada pelos elogios e críticas sobre a fic. To animada com essa temporada. Já no cap 8/9 vai acontecer o que eu to falando desde o início.
Eu não posso falar o que é e nem dar dicas muito óbvias, mas vamos lá: é uma coisa que vai "acontecer" com um dos dois. Pode ser só com o Justin ou só com a Mellanie.
Amo o fato de vocês comentarem que pode ser sobre drogas, mas como eu não dou dicas óbvias, pode ser que não seja hahaha, vocês me conhecem bem!!! Amo todas.
Até o próximo capítulo.
Se tiverem dúvidas, podem fazer perguntas que eu respondo na hora, ok? Bjss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...